Quem seria essa "gente"? Tudo indica q são os "especialistas" de sempre: os comentadores de foruns.. A própria relação q "..se a E-M1-X não vender bem a Olympus sai do mercado" não tem a ver.. Teria sentido se fosse um produto com pretensão de atingir uma ampla parcela do mercado fotografico, onde o sucesso ou fracasso fosse impactante mas, ao contrário, é um produto de nicho, bastante caro, de produção limitada, restrito a poucas areas profissionais (vida selvagem e algumas modalidades esportivas outdoor, no geral). Muito provavelmente, mesmo se for um fracasso enorme, em quase nada impactaria a receita global. Portanto, a relação desse produto com a saida da Olympus do mercado é completamente sem sentido. Por outro lado, tem toda a linha de objetivas e os outros modelos q continuam em linha e q compõem, bem ou mau, a receita. E nenhum deles foi anunciado como fora de linha como a PenF, logo, devem estar vendendo, supõem-se.. Além disso, a divisão de imagem da Olympus corresponde a menos de 7% da empresa, q nos demais setores vai indo muito bem. Não tenho os dados no momento, mas a divisão de imagem da Panasonic, cameras principalmente, vem dando prejuízo há muitos anos seguidos. É de se supor q deve haver algum motivo inteligente para a manutenção desses setores..
A maior parte das informações tenho visto vir do Vitaly, do Personal View, que diz que tem conhecidos lá dentro (assim como na Panasonic). Ele realmente gosta de ser meio apocalíptico e pseudo-revolucionário, mas às vezes acerta - foi um dos primeiros a avisar que as fontes deles disseram que a Samsung iria parar de fazer câmeras (o que parecia absurdo pois a NX1 foi um tremendo sucesso).
Mas essa informação tem vindo, em menor escala, de vários lados - assim como foi com a Samsung. E alguns sinais me preocupam mesmo - em todo lugar as pessoas estão clamando por uma E-M5 MK III (eu estou entre eles) - e o ciclo de versões da Olympus costuma ser exatamente de 3 anos. A E-M5 foi anunciada em fevereiro de 2012, a E-M5 MK II em fevereiro de 2015 (esse ciclo se repetiu com as versões da E-M1 também - os ciclos da E-M10 é que foram mais curtos, mas a MK III usou partes já existentes e não trouxe o sensor de 20mp). Não há sinal de uma E-M5 MK III, nem rumores disso. O ciclo de 3 anos da E-M1 será em setembro, mas sem rumores também.
E como falei no dia do lançamento da E-M1 X, ela usar o mesmo processador TruePic da E-M1 MK II (e da E-M10 MK III) foi bem preocupante - pois a lógica costuma ser usar os TruePic novos nas câmeras de topo e eles irem "descendo" na linha. A única hipótese é que ele ainda não esteja pronto e ela não quis perder o timing da E-M1 X, mas foi uma atitude estranha - ao invés disso, usou dois TruePic da E-M1 MK II para dar conta. E não seria uma atitude inédita da Olympus - alguns lembraram que ela fez o mesmo com a última câmera Four Thirds lançada, a E5; lançou tudo que tinham de tecnologia em um corpo.
Fico atento com essas coisas pois é preciso; quando a NX500 apareceu, pensei seriamente em comprar uma. A Samsung estava à frente do seu tempo - a NX1 até hoje é uma câmera competitiva, e a NX500 até hoje tem a 2a. posição no DxOMark em APS-C - as fotos da NX500 eram incríveis e o vídeo 4k dela até hoje é um dos mais nítidos que já vi (não comprei pelo crop em 4k e por não ter IBIS). Um tempo depois, começaram os rumores de saída da Samsung, e eu comentava isso em um fórum de usuários da Samsung, com o intuito de deixar o pessoal alerta, pois os sinais começaram a vir de todos os lados. Cheguei a receber ameaça via mensagem pessoal, me chamavam de fanboy e maluco. Saí do grupo, e 4 meses depois as notícias se confirmaram.
Tenho zero interesse na saída da Olympus - inclusive comprei uma E-M10 MK III faz tempo e gostando muito dela (se tivesse os mesmos recursos em firmware da MK II, seria praticamente perfeita). Estou esperando a E-M1 MK III ansiosamente, pois pode ser a m4/3 que sempre quis. Mas fico atento com essas coisas, pois investi bastante no sistema (tenho 5 corpos aqui - dois em uso - e várias lentes), sempre vou ter algo do sistema mesmo que ele não vá pra frente (vai ser sempre imbatível como câmera de viagem, vai ser sempre um ótimo sistema pra vídeo, e para não atrair a atenção), e foi o sistema que entrei na fotografia. E, fora low light, para o meu uso não preciso de um sensor maior. Mas é um investimento, e como tal as emoções têm de ser deixadas de lado e acompanho o futuro dele atentamente.
E no momento ele não me parece bom. Espero, de verdade, estar errado. Uma GH6 da Panasonic com certeza vai sair (a GH5 é um imenso sucesso, e mesmo após essa 1a leva de full frames mirrorless ela ainda é muito competitiva em vídeo), mas a GX9 e a LX100 II também não me pareceram bom sinais (mesmo uso de tecnologias já existentes, sem chipset novo). Várias pessoas também pedem há tempos uma G85 MK II, e nem sinal da Panasonic (as fontes do Vitaly disseram no lançamento da G9 que uma G85 MK II não sairia, e parece que estavam certas). Vai sair uma FZ1000 MK II agora, só olhei por cima, mas me parece também tecnologia reusada.
O mercado de câmeras segue encolhendo, e a Canon prevê que ele encolha pela metade até 2020. Pode ser que tudo isso seja uma volta aos tempos da câmeras de filme, com lançamentos mais longos e espaçados, somente com "saltos" de tecnologia relevantes, que façam as pessoas trocarem de corpos. Os preços também vão subir, como já acontece faz tempo (as GH da Panasonic são o melhor exemplo disso) - se a quantidade diminui, as margens precisam subir. E pode não ter lugar para todos - vários rumores também que a Pentax está por um fio.
Acho que o m4/3 ainda tem lugar, e espero MESMO que ele siga adiante. Mas os fabricantes foram atrás das margens de lucro do full frame, e infelizmente me parece que as pessoas estão embarcando na onda.