Autor Tópico: O Instagram detona a imersividade de uma fotografia  (Lida 12479 vezes)

Alexandre Rodrigues

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Resposta #30 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 17:19:42
Eu comecei a usar Instagram no ultimos 2 ou 3 anos e sinecramente nunca fez falta quando eu nao tinha conta assim como nao faz diferenca alguma agora que coloco fotos quase que diariamente. Para mim so serve para perder tempo e poluicao mental e visual, e continuo mais pelo vicio e pelo prazer balar de ganhar uns "likes" para preencher brevemente o meu vazio existencial.
Esse episódio de Black Mirror fez uma "previsão" interessante de onde isso pode ir parar:

https://en.wikipedia.org/wiki/Nosedive_(Black_Mirror)
Alexandre Rodrigues


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Resposta #31 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 17:33:22
Esse episódio de Black Mirror fez uma "previsão" interessante de onde isso pode ir parar:

https://en.wikipedia.org/wiki/Nosedive_(Black_Mirror)
Eu tenho que ler tudo isso mesmo ou vc vai me contar?  :D


cfcsosa

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Resposta #32 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 18:29:37
Não conhecia nenhum dos dois, e acho que entendi o que vc quis mostrar.

O Instagram é a porta de entrada, sendo bem usado como um canal de vendas, e o site deles com mais detalhes. Gostei do modelo de negócio, show!!!
Sim.


Lucas M. Dias

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Resposta #33 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 18:31:00
Aqui, continua a todo vapor. Quando vc ve certas redes de supermercado eh garantido que vc vai ver uma sessao de fotos, e vc ve as gavetas cheias de pacotes esperando os clientes coletarem suas fotos, o que significa que eh bastante usado.

Eu vejo isso como uma questão ligada diretamente a educação da população e a própria história do país. Quanto melhor a educação e maior conhecimento de história em países que já passaram por grande guerras, as pessoas parecem se importar mais com esse tipo de material.
Não lembro quem comentou, mas já ouvi que a primeira coisa que uma família europeia tende a resgatar em uma situação que pode perder a casa são justamente as fotos.


Não sei como está essa relação com os jovens de lá, talvez você possa dizer melhor Márcio. Aqui no Brasil tenho ctza que seria o celular, se bobear inclusive antes de resgatar os familiares rsrs
Aí entra o Instagram, youtube, etc, em que a pessoa confia cegamente e quando é hackeada entra em completo desespero, muitas vezes perdendo fotos que não tem mais no celular também. É comum ver gente com 5mil fotos no rolo da câmera de um celular, como se fosse um ótimo lugar para se guardar.


Aí entramos naquela conversa de geração perdida em termos de história fotográfica, que veio com o começo da fotografia digital. Para uns houve uma mudança no pensamento e começaram a imprimir/fazer backup de algumas coisas, para a grande maioria o smartphone veio pra selar duas décadas sem história para a própria família em um futuro próximo...


Raphael Sombrio

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Resposta #34 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 09:29:40
Eu comecei a usar Instagram no ultimos 2 ou 3 anos e sinecramente nunca fez falta quando eu nao tinha conta assim como nao faz diferenca alguma agora que coloco fotos quase que diariamente. Para mim so serve para perder tempo e poluicao mental e visual, e continuo mais pelo vicio e pelo prazer balar de ganhar uns "likes" para preencher brevemente o meu vazio existencial.

 :hysterical: boa!


Claudio Barros

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Resposta #35 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 10:13:12
Eu comecei a usar Instagram no ultimos 2 ou 3 anos e sinecramente nunca fez falta quando eu nao tinha conta assim como nao faz diferenca alguma agora que coloco fotos quase que diariamente. Para mim so serve para perder tempo e poluicao mental e visual, e continuo mais pelo vicio e pelo prazer balar de ganhar uns "likes" para preencher brevemente o meu vazio existencial.

Uma coisa eu tenho que dizer. Você é bem honesto com você mesmo.  :hysterical: :hysterical: :hysterical:


Alexandre Rodrigues

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Resposta #36 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 10:28:33
Eu tenho que ler tudo isso mesmo ou vc vai me contar?  :D
Melhor você ver o episódio mesmo!  :D
Alexandre Rodrigues


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Resposta #37 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 11:22:56
Eu vejo isso como uma questão ligada diretamente a educação da população e a própria história do país. Quanto melhor a educação e maior conhecimento de história em países que já passaram por grande guerras, as pessoas parecem se importar mais com esse tipo de material.
Não lembro quem comentou, mas já ouvi que a primeira coisa que uma família europeia tende a resgatar em uma situação que pode perder a casa são justamente as fotos.


Não sei como está essa relação com os jovens de lá, talvez você possa dizer melhor Márcio. Aqui no Brasil tenho ctza que seria o celular, se bobear inclusive antes de resgatar os familiares rsrs
Aí entra o Instagram, youtube, etc, em que a pessoa confia cegamente e quando é hackeada entra em completo desespero, muitas vezes perdendo fotos que não tem mais no celular também. É comum ver gente com 5mil fotos no rolo da câmera de um celular, como se fosse um ótimo lugar para se guardar.


Aí entramos naquela conversa de geração perdida em termos de história fotográfica, que veio com o começo da fotografia digital. Para uns houve uma mudança no pensamento e começaram a imprimir/fazer backup de algumas coisas, para a grande maioria o smartphone veio pra selar duas décadas sem história para a própria família em um futuro próximo...

Eu nao sei se tem alguma coisa a ver com educacao. Uma coisa certa eh que Alemaes sao muito lentos para se adaptarem as mudancas. Tirando as cidades grandes, a maioria dos locais ainda nao aceitam cartao de credito nas lojas. Alemaes tem a tendencia de preferir fazer pagamentos com dinheiro do que com cartao. Ate uns 7 anos atras as estacoes de trem ainda nao tinham maquina para vender bilhetes. Em inumeros aspectos A alemanha demora ou resiste mudancas, o que eu suspeito que tenha a ver em certo grau com a influencia da cultura prussiana passada.

acho que eh apenas uma cultura mais forte em ter o retrato de familia todo ano, mandar fotos de sua familia para seus parentes e visinhos, objetos decorativos que vc ve em lojas que servem para enfeitar a casa com fotos, a situacao economica das pessoas que favorecem tais gastos e o custo baixo e praticidade para se fazer isso. Basta levar um pen-drive com as fotos, enfiar na maquina, escolher a ordem que vc quer no livro, ou o tamanho da caneca, ou o tamanho da foto individual, concluir, e pagar no caixa.

Vc pode estar certo sobre essa questao da guerra e tal. Pessoalmente eu nao sei. Mas eu sinto que no caso da Alemanha em particular com sua paranoia com privacidade, muita gente evita compartilhar fotos pessoas via redes sociais e sao muito desconfiados com suas privacidades no computador e celular. Quase nenhum dos meus amigos alemaes mostram fotos da familia na internet. Entao pode ser que isso influencia na preferencia da foto impressa guardada dentro de casa.

Os jovens em si mal usam facebook e demais midias sociais em que se mais compartilham fotos. Geralmente ficam mais nos grupos de Whatsapp e twitter, ou seja, plataformas mais focadas em textos e comunicacao direta, nao tao apropriada ou favoravel para album de fotos. Facebook, Flickr, etc eh coisa de velho igual a nos.


LeandroR

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Resposta #38 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 11:29:22


Os jovens em si mal usam facebook e demais midias sociais em que se mais compartilham fotos. Geralmente ficam mais nos grupos de Whatsapp e twitter, ou seja, plataformas mais focadas em textos e comunicacao direta, nao tao apropriada ou favoravel para album de fotos. Facebook, Flickr, etc eh coisa de velho igual a nos.

Isso é uma coisa que também notei. Convivi com muitos alemães jovens (18 a 28 anos) durante os meus 15 meses na Nova Zelândia e eles não compartilham muitas fotos pessoais nas redes sociais. A maioria até tinha Facebook ou Instagram, mas geralmente não tem fotos pessoais, ou quando tem são bem poucas. Eles valorizam bastante essa questão da privacidade nas redes sociais.
Bem o oposto do que tenho visto aqui no Brasil desde que retornei, em Dezembro. Por aqui o pessoal compartilha com força mesmo, tanto fotos como informações pessoais, muitos usam como se fosse um diário pessoal.

« Última modificação: 07 de Fevereiro de 2019, 11:30:17 por LeandroR »


Lindsay

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Resposta #39 Online: 06 de Março de 2019, 20:48:52
Um artigo de hoje que de certa forma passa pelo assunto do tópico e transcende, em uma analise bem elaborada e profunda:

https://petapixel.com/2019/03/05/three-seconds-of-pleasant-geometry/

Alguns trechos:

"Isso explica por que as partes são sacrificadas em benefício do todo; o "todo" aqui não é a fotografia, mas sim fazer com que as pessoas prestem atenção em nós. A consideração e a apreciação (da fotografia) foram em grande parte descartadas porque não apenas não temos tempo, elas, juntamente com seu objetivo, ou seja, decifrar o significado de uma fotografia, tornaram-se estranhas ao processo mais desejável de reunir atenção."

"Esse estado de coisas não é do Instagram, nem do Facebook. Na verdade, pouco mudou realmente no grande esquema das coisas. A fotografia nunca foi verdadeiramente o fenômeno da mídia de massa que seu uso no serviço das mídias sociais fez parecer. Nós não estamos nos afogando em um "dilúvio fotográfico" porque "todo mundo é um fotógrafo agora." É verdade que todo mundo tem uma câmera agora. Todo mundo olha fotos em seu telefone. Todo mundo tem uma atenção mais curta. Todo mundo gosta de atenção. Exposição é a nossa moeda."
Conhecimento importa mais que equipamento.


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Resposta #40 Online: 07 de Março de 2019, 18:05:42
Um artigo de hoje que de certa forma passa pelo assunto do tópico e transcende, em uma analise bem elaborada e profunda:

https://petapixel.com/2019/03/05/three-seconds-of-pleasant-geometry/

Alguns trechos:

"Isso explica por que as partes são sacrificadas em benefício do todo; o "todo" aqui não é a fotografia, mas sim fazer com que as pessoas prestem atenção em nós. A consideração e a apreciação (da fotografia) foram em grande parte descartadas porque não apenas não temos tempo, elas, juntamente com seu objetivo, ou seja, decifrar o significado de uma fotografia, tornaram-se estranhas ao processo mais desejável de reunir atenção."

"Esse estado de coisas não é do Instagram, nem do Facebook. Na verdade, pouco mudou realmente no grande esquema das coisas. A fotografia nunca foi verdadeiramente o fenômeno da mídia de massa que seu uso no serviço das mídias sociais fez parecer. Nós não estamos nos afogando em um "dilúvio fotográfico" porque "todo mundo é um fotógrafo agora." É verdade que todo mundo tem uma câmera agora. Todo mundo olha fotos em seu telefone. Todo mundo tem uma atenção mais curta. Todo mundo gosta de atenção. Exposição é a nossa moeda."

Perdoe me por nao membrar o autor, talvez Susanne Langer, que diz que toda obra de expressao eh feita para um outro imaginario, que a principio seria o eu conciente obtendo a expressao do eu inconciente, mas o resultado que confirme a nos mesmo depende de um outro extrenos a nos, e Jean Amery dizia que precisamos da atencao do outro como forma de auto afirmacao de nossa propria existencia, pq nao tem como existir um "eu" para nos sem haver o "outro" que confirme nos mesmos.

O que tambem tem haver com o que Winnicott dizia, sobre a crianca so ser capaz de perceber a si mesmo como um individuo aparte do mundo e dos demais, quando ela percebe que sua mae eh um "outro" que confirma a individualidade da crianca a si mesma. Antes disso, a crianca ao nascer e as primeiras semanas de vida, percebe sua mae e o mundo externo como parte dela propria, como se o mundo la fore e o mundo detro dela fosse uma coisa so ou parte interna dela mesma, ou criacao mental dela mesma. E apesar de aprendermos a ver essa dissociacao do mundo externo e das pessoas como aparte de nos, vivemos o resto da vida necessitando do outro como forma de confirmacao de nos mesmos. Em outras palavras, precisamos do outro para que possa haver um "eu". Eh o que nos faz sermos animais sociais.

A midia social eh apenas uma ferramenta no meio disso tudo, tal como a arte ou qualquer forma de expressao individual e criacao mesmo antes das midias sociais.


Gabriel Büll

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Resposta #41 Online: 22 de Março de 2019, 23:35:33
Minha opinião sincera sobre fotos e câmeras nos dias de hoje, sites como o Flickr acredito ser o futuro para visualizar fotos, por exemplo câmera com alto MP não fara muito diferença se imprimir em tamanhos pequenos ou médios, iso melhor também não faz muita diferença nesses casos. Só é possível ver o limite da câmera visualizando em monitores e tvs grandes. Eu gosto de visualizar fotos no flickr para ter melhor imersão, por exemplo um gavião com um pequeno pássaro nas garras, visualizando grande da para ver qual pássaro é. Caso fosse em monitor pequeno ou a foto não estivesse em alta resolução só iria ver um ponto branco nas garras, isso revela pequenos detalhes que iriam passar despercebidos, caso não fosse ampliado. Agora tvs 4k só se nota diferença se for acima de 50", isso exige muito mais da câmera, no caso uma 4k de 75", é um desafio fazer foto com excelente qualidade nessa resolução, tenho poucas fotos nessa resolução.


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Resposta #42 Online: 23 de Março de 2019, 08:04:11
Minha opinião sincera sobre fotos e câmeras nos dias de hoje, sites como o Flickr acredito ser o futuro para visualizar fotos, por exemplo câmera com alto MP não fara muito diferença se imprimir em tamanhos pequenos ou médios, iso melhor também não faz muita diferença nesses casos. Só é possível ver o limite da câmera visualizando em monitores e tvs grandes. Eu gosto de visualizar fotos no flickr para ter melhor imersão, por exemplo um gavião com um pequeno pássaro nas garras, visualizando grande da para ver qual pássaro é. Caso fosse em monitor pequeno ou a foto não estivesse em alta resolução só iria ver um ponto branco nas garras, isso revela pequenos detalhes que iriam passar despercebidos, caso não fosse ampliado. Agora tvs 4k só se nota diferença se for acima de 50", isso exige muito mais da câmera, no caso uma 4k de 75", é um desafio fazer foto com excelente qualidade nessa resolução, tenho poucas fotos nessa resolução.
O Flickr vai acabar, já está morrendo faz tempo.

O único jeito de ter suas fotos preservadas com total imersão é no papel.

E no papel, tanto faz se sua câmera é maravilhosa de certa forma, no fim das contas tudo se resume a 100dpi.

Eu uso TV de vez em quando, em uma TV 4K de 50" ou em uma TV de 55" FHD, tanto faz, as imagens de uma velha NEX F3 ficam fantásticas.


Gabriel Büll

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Resposta #43 Online: 23 de Março de 2019, 08:29:09
O Flickr vai acabar, já está morrendo faz tempo.

O único jeito de ter suas fotos preservadas com total imersão é no papel.

E no papel, tanto faz se sua câmera é maravilhosa de certa forma, no fim das contas tudo se resume a 100dpi.

Eu uso TV de vez em quando, em uma TV 4K de 50" ou em uma TV de 55" FHD, tanto faz, as imagens de uma velha NEX F3 ficam fantásticas.

Pensando desse modo, não tem porque câmera e lentes melhorarem mais. Acaba sendo mais pratico ver uma foto grande em uma tela, ou em um óculos de realidade virtual que realmente traz mais imersão. Acredito que a quantidade de pessoas que iram revelar todas suas fotos em mais de 1 metro é muito menor do que as que vão visualizar em tvs. Apenas minha opinião não quero ofender ninguém.


Leonardo Tonin

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Resposta #44 Online: 24 de Março de 2019, 05:11:12
Fotografia em papel é mais seria.