Autor Tópico: A redução drástica das vendas da Canon e o que vem por aí.  (Lida 17081 vezes)

waldyrneto

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Online: 06 de Fevereiro de 2019, 08:11:05
Oi Pessoal, vou colocar aqui a minha impressão sobre o tema e vocês comentem a vontade com suas impressões.


Li um artigo dizendo que a Canon já está com ociosidade nas fábricas e prevendo uma redução de vendas de 50% (metade da produção) nos próximos 2 ou 3 anos.

Nikon sai do Brasil e nem sei dura muito.

O mundo elege o Instagram como o lugar onde postar fotos...     :no:

Pra fazer sucesso no Instagram só precisa de um smartphone e um pau de selfie.

Smartphones e paus de selfie vendem como nunca...

Produtos como o DJI Osmo Pocket parecem ser a coisa mais bem posicionada para esses tempos. É compacto, tem resolução suficiente para redes sociais, faz foto, faz vídeo, faz selfie, faz vlog, faz efeitos bacaninhas pra vídeo. E custam menos que uma câmera de entrada.

Meu blog com artigos técnicos tem cada vez menos leitores. (ninguém quer estudar)

Hoje tenho muita dificuldade de vender workshops. Por outro lado os passeios ainda vendem bem. (ninguém quer estudar)

Vídeos estão em alta. Vídeos no Instagram só podem ter 1 minuto no feed e 10 segundos no stories. E a galerinha não tem paciência para ver coisas mais longas do que isso.

A própria atividade de turismo hoje é basicamente levar pessoas para um atrativo que esteja na moda e formar uma fila pra fazer selfie. Bizarro...   :shock:

A Super Interessante publicou uma matéria de capa chamada "A era da burrice"...  :no:


Bom, dito tudo isso, a minha análise.

A fotografia como nós concebemos vai ser bem mais restrita aos apaixonados (o que pode ser bom). Quem trabalha com workshops e expedições fotográficas, como eu, vai ter que fazer um grande esforço para qualificar o público e encontrar essas pessoas. Alguém com menos de 30 anos dificilmente será meu público. Alguém que posta selfies no Instagram dificilmente será meu público. Alguém que não tem paciência para ler um artigo técnico ou assistir um vídeo de mais de 5 minutos sobre técnicas fotográficas dificilmente será meu público.

Então eu tenho que continuar a fazer artigos e vídeos técnicos para filtrar quem é ou não é meu público. E não tentar me adaptar à linguagem do Instagram pra ter mais seguidores e likes.  (quase cometi esse erro...)

Em tempos de propaganda nas redes sociais, qualificar o público vai ser fundamental.

Já a fotografia como um todo deve ser composta de uma infinidade de porcaria típica do Instagram, e um garimpo por fotos e fotógrafos bons.

E isso tudo não é exclusivo da fotografia. Basta olhar a produção musical de hoje e o processo é o mesmo. Pra achar alguma coisa boa só garimpando e descobrindo músicos e bandas que não fazem grande sucesso. Idem mercado literário, idem outras áreas...

Ou você pode surfar a onda... dar cursos de selfie, ter um canal no You Tube para vloggers iniciantes, etc, etc.

Ou isso tudo pode cansar... e a boa foto voltar a moda.

Mas pessoalmente acho que a boa foto vai ser nicho. E essa turma da selfie vai cansar e descobrir outra modinha, que talvez não seja fotografia.

Os últimos anos foram bem duros para quem se sustenta de fotografia. Os próximos anos serão bem duros para que se sustenta de fotografia....  :shock:

Enfim. O que vocês acham?





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Resposta #1 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 08:22:17
Eu acho que você está correto em relação ao vídeo, o que não é de todo ruim, as pessoas não dominam vídeo, isso talvez ajude os fotógrafos de eventos por exemplo, eles podem migrar pro vídeo (Acho que isso vai acontecer).

Com relação específica ao que você faz, acho que o Instagram é sim uma ótima porta de entrada, ninguém vai te conhecer se você ficar escondido, sob o aspecto comercial, qualquer ponto de propaganda é importante, ainda mais em tempos difíceis.

Canais no YouTube também ajudam, certamente tem gente fazendo coisa boa, o que vejo é que enquanto lá fora as pessoas não se importam em fazer material de qualidade, bem produzido e a ensinar algo pras pessoas, aqui no Brasil nós queremos sempre nos valer do conhecimento, como se não fosse possível obtê -lo por outras formas, quem procura auxílio educacional geralmente quer salvar tempo e acelerar a curva, além é óbvio, fazer amizades e passar um tempo imerso.

Aí entra seu público: De fato, jovens não tem grana pra equipamento fotográfico, ele é caro e a curva inicial decepcionante, mas sempre foi assim não ?

Acredito que seu público sim é composto de gente estabilizada financeiramente, mas essa turma também está no Instagram e em outras redes sociais.

É o que eu acho.



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Resposta #2 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 10:00:40
Eu acho que você está correto em relação ao vídeo, o que não é de todo ruim, as pessoas não dominam vídeo, isso talvez ajude os fotógrafos de eventos por exemplo, eles podem migrar pro vídeo (Acho que isso vai acontecer).

Com relação específica ao que você faz, acho que o Instagram é sim uma ótima porta de entrada, ninguém vai te conhecer se você ficar escondido, sob o aspecto comercial, qualquer ponto de propaganda é importante, ainda mais em tempos difíceis.

Canais no YouTube também ajudam, certamente tem gente fazendo coisa boa, o que vejo é que enquanto lá fora as pessoas não se importam em fazer material de qualidade, bem produzido e a ensinar algo pras pessoas, aqui no Brasil nós queremos sempre nos valer do conhecimento, como se não fosse possível obtê -lo por outras formas, quem procura auxílio educacional geralmente quer salvar tempo e acelerar a curva, além é óbvio, fazer amizades e passar um tempo imerso.

Aí entra seu público: De fato, jovens não tem grana pra equipamento fotográfico, ele é caro e a curva inicial decepcionante, mas sempre foi assim não ?

Acredito que seu público sim é composto de gente estabilizada financeiramente, mas essa turma também está no Instagram e em outras redes sociais.

É o que eu acho.

Sim Carlos, de alguma forma todos estão no Instagram. Mas nos meus anúncios eu não incluo a turma com menos de 30 anos no filtro. Já a questão dos custos, hoje um celular de ponta é mais caro que uma câmera D-SLR de entrada. Acho que é uma questão de prioridades, não de grana.
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Resposta #3 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 10:04:15
Sim Carlos, de alguma forma todos estão no Instagram. Mas nos meus anúncios eu não incluo a turma com menos de 30 anos no filtro. Já a questão dos custos, hoje um celular de ponta é mais caro que uma câmera D-SLR de entrada. Acho que é uma questão de prioridades, não de grana.
Fotografia é algo caro quando você resolve investir e convenhamos que um celular é item de necessidade hoje em dia enquanto uma DSLR não é.

Além disso os celulares hoje tem ótimas câmeras, vejo excelentes fotografias feitas com celular, mas isso é outro assunto.

Apenas resumindo, não importa que equipamento tem seu aluno, ele pode sair do seu curso entendendo que necessita de uma câmera.

Eu fiz um WS de retratos tem duas semanas, tinha gente com câmeras point and shoot lá.


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Resposta #4 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 12:48:34
Falando em estudar, o que eu concordo que sao poucos os que querem (principalmente no Brasil onde saber/estudar uma segunda lingua eh considerado coisa de gente metida, ou abordar um tema por outras perspectivas e areas eh considerado coisa de gente metida a intelectual) eu recomendo a leitura das obras sobre midia de Marshall McLuhan, ao qual quem ja conhece, ja via as tendencias na area da fotografia muito antes de acontecer, e por isso nao ha surpresa ou lamentacao alguma.

McLuhan la nos anos 60 e 70 ja dizia que "a midia eh a mensagem". Ou seja, as ferramentas que usamos moldam o conteudo do que nos criamos. Alem disso "nos nos tornamos aquilo que admiramos. Nos moldamos as nossas ferramentas para em seguida as nossasferramentas moldarem a nos". Ele tambem dizia que "eh aestrutura que muda em cada nova tecnologia, e nao apenas a imagem na moldura".

Alem dele, outro que tambem pode trazer um bom entendimento sobre a questao da influencia da tecnologia/midia no conteudo criado nas obras e mente das pessoas, eh o Neil Postman em seu livro "Amusing ourselves to death".

Bons estudos... caso queiram estudar.



ronaldom1

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Resposta #5 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 13:35:39
Apenas alguns comentários e pensamentos:
A fotografia sempre teve o lado "automatico" e despretensioso de quem apenas desejava um registro do momento..... mesmo na época analógica... vide as inúmeras câmeras e filmes para uso em viagens, etc... a maioria não sabia nada, absolutamente nada de fotometria ou outros detalhes técnicos...
Com a revolução digital... a diferença de qualidade entre uma foto feita por um celular ou por uma compacta e uma DSRL.. era inicialmente grande... cores, definição, nitidez, detalhes e desfoque... tudo fazia a DSLR ser cobiçada... não por um interesse real em estudar técnicas e fotografias... mas apenas para uma qualidade melhor do arquivo... muitos se mantiveram no automatico e no JPG. Com este boom de novos donos de DSLR e as possibilidades de controle manuais... O interesse por estudo, fotometria, controles da camera... cresceu e os cursos, WS, tiveram também um aumento grande.... veja bem... acredito que é um mercado fora da realidade... de clientes que no fundo queriam apenas apertar um botão e ter uma foto legal de um passeio, com boas cores, conseguir desfocar o fundo em alguns momentos etc... nunca foram em realidade o público do Mercado Fotográfico ...
Hoje, o celular atende este imenso público... o mercado encolheu... mas com muita gente ofertando os serviços... para um público que não vê ou percebe tanto valor no serviço ofertado... a conclusão é óbvia... mercado saturado e dificuldades para vender serviços...
Enfim, acredito que é uma fase de readequação do Mercado... Acho que o meio/tecnologia da captura da foto... terá cada vez menos importância... restarão os que se diferenciam pelo bom uso da luz, contornos, contrastes, sombras ou iluminação... no caso de ensaios e fotos em estúdio....
Abraços e boas fotos... tenho certeza que está dentro deste seleto grupo, e apesar das dificuldades permanecerá com seu belo trabalho de paisagens e a excelente ideia de fotografia em campo e viagens.
Observar os detalhes da vida: o céu, o sol, as expressões e olhares... fotografar é viver intensamente !

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jeans

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Resposta #6 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 14:41:10
Oi Pessoal, vou colocar aqui a minha impressão sobre o tema e vocês comentem a vontade com suas impressões.


Li um artigo dizendo que a Canon já está com ociosidade nas fábricas e prevendo uma redução de vendas de 50% (metade da produção) nos próximos 2 ou 3 anos.

Nikon sai do Brasil e nem sei dura muito.

O mundo elege o Instagram como o lugar onde postar fotos...     :no:

Pra fazer sucesso no Instagram só precisa de um smartphone e um pau de selfie.

Smartphones e paus de selfie vendem como nunca...

Produtos como o DJI Osmo Pocket parecem ser a coisa mais bem posicionada para esses tempos. É compacto, tem resolução suficiente para redes sociais, faz foto, faz vídeo, faz selfie, faz vlog, faz efeitos bacaninhas pra vídeo. E custam menos que uma câmera de entrada.

Meu blog com artigos técnicos tem cada vez menos leitores. (ninguém quer estudar)

Hoje tenho muita dificuldade de vender workshops. Por outro lado os passeios ainda vendem bem. (ninguém quer estudar)

Vídeos estão em alta. Vídeos no Instagram só podem ter 1 minuto no feed e 10 segundos no stories. E a galerinha não tem paciência para ver coisas mais longas do que isso.

A própria atividade de turismo hoje é basicamente levar pessoas para um atrativo que esteja na moda e formar uma fila pra fazer selfie. Bizarro...   :shock:

A Super Interessante publicou uma matéria de capa chamada "A era da burrice"...  :no:


Bom, dito tudo isso, a minha análise.

A fotografia como nós concebemos vai ser bem mais restrita aos apaixonados (o que pode ser bom). Quem trabalha com workshops e expedições fotográficas, como eu, vai ter que fazer um grande esforço para qualificar o público e encontrar essas pessoas. Alguém com menos de 30 anos dificilmente será meu público. Alguém que posta selfies no Instagram dificilmente será meu público. Alguém que não tem paciência para ler um artigo técnico ou assistir um vídeo de mais de 5 minutos sobre técnicas fotográficas dificilmente será meu público.

Então eu tenho que continuar a fazer artigos e vídeos técnicos para filtrar quem é ou não é meu público. E não tentar me adaptar à linguagem do Instagram pra ter mais seguidores e likes.  (quase cometi esse erro...)

Em tempos de propaganda nas redes sociais, qualificar o público vai ser fundamental.

Já a fotografia como um todo deve ser composta de uma infinidade de porcaria típica do Instagram, e um garimpo por fotos e fotógrafos bons.

E isso tudo não é exclusivo da fotografia. Basta olhar a produção musical de hoje e o processo é o mesmo. Pra achar alguma coisa boa só garimpando e descobrindo músicos e bandas que não fazem grande sucesso. Idem mercado literário, idem outras áreas...

Ou você pode surfar a onda... dar cursos de selfie, ter um canal no You Tube para vloggers iniciantes, etc, etc.

Ou isso tudo pode cansar... e a boa foto voltar a moda.

Mas pessoalmente acho que a boa foto vai ser nicho. E essa turma da selfie vai cansar e descobrir outra modinha, que talvez não seja fotografia.

Os últimos anos foram bem duros para quem se sustenta de fotografia. Os próximos anos serão bem duros para que se sustenta de fotografia....  :shock:

Enfim. O que vocês acham?

o que seriam esses passeios q vc comentou? pra eu poder opinar de modo completo. obg


bjorn

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Resposta #7 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 16:23:57

Acredito que TUDO possa ser resumido na frase dito acima .... estamos na era da burrice !

Eu trabalhei 45 anos em duas profissões , e tive o cuidado de registrar as duas .
Fazem menos de um ano que vesti o pijama .
O desenvolvimento nas duas areas nesses 12 meses foi realmente estrondoso .
NADA do que foi desenvolvido visou ao profissional em si , mas à profissão , com diminuição de carga de trabalho e consequentemente melhoria de resultados .
O ser humano está se tornando um imbecil alienado , pois descobriu a tecnologia em si , mas a usa para diminuir os empregos e não para melhorar os existentes .
Em muito breve nem mesmo as filas de desempregados teremos , elas serão preenchidas por maquinas procurando empregos .
Verdade ou mentira , utopia ou não , tudo indica que isso irá acontecer num futuro proximo se o ser humano não controlar a tecnologia , pois até esse momento , ela JÁ ESTÁ nos controlando .
A P O S E N T A D O  ... fotografia agora SÓ por puro prazer ... !


bjorn

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Resposta #8 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 16:30:21
Eu continuo no caminho contrario , prefiro um bom livro , ainda existem boas musicas , acender minha luz ao invez de falar e um sensor de voz fazer o meu serviço , caminhar e naturalmente fotografar como antigamente ( embora usando uma camera digital ) . >:(

O ser humano está ... " .. emburrecendo .. " ... mesmo criando tanta tecnologia , e a fotografia entre outras artes , como seria de se esperar , está sendo drasticamente afetada , e sorrateiramente nos substituindo .
« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2019, 16:38:30 por bjorn »
A P O S E N T A D O  ... fotografia agora SÓ por puro prazer ... !


C R O I X

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Resposta #9 Online: 06 de Fevereiro de 2019, 16:37:19
Apenas alguns comentários e pensamentos:
A fotografia sempre teve o lado "automatico" e despretensioso de quem apenas desejava um registro do momento..... mesmo na época analógica... vide as inúmeras câmeras e filmes para uso em viagens, etc... a maioria não sabia nada, absolutamente nada de fotometria ou outros detalhes técnicos...
Com a revolução digital... a diferença de qualidade entre uma foto feita por um celular ou por uma compacta e uma DSRL.. era inicialmente grande... cores, definição, nitidez, detalhes e desfoque... tudo fazia a DSLR ser cobiçada... não por um interesse real em estudar técnicas e fotografias... mas apenas para uma qualidade melhor do arquivo... muitos se mantiveram no automatico e no JPG. Com este boom de novos donos de DSLR e as possibilidades de controle manuais... O interesse por estudo, fotometria, controles da camera... cresceu e os cursos, WS, tiveram também um aumento grande.... veja bem... acredito que é um mercado fora da realidade... de clientes que no fundo queriam apenas apertar um botão e ter uma foto legal de um passeio, com boas cores, conseguir desfocar o fundo em alguns momentos etc... nunca foram em realidade o público do Mercado Fotográfico ...
Hoje, o celular atende este imenso público... o mercado encolheu... mas com muita gente ofertando os serviços... para um público que não vê ou percebe tanto valor no serviço ofertado... a conclusão é óbvia... mercado saturado e dificuldades para vender serviços...
Enfim, acredito que é uma fase de readequação do Mercado... Acho que o meio/tecnologia da captura da foto... terá cada vez menos importância... restarão os que se diferenciam pelo bom uso da luz, contornos, contrastes, sombras ou iluminação... no caso de ensaios e fotos em estúdio....
Abraços e boas fotos... tenho certeza que está dentro deste seleto grupo, e apesar das dificuldades permanecerá com seu belo trabalho de paisagens e a excelente ideia de fotografia em campo e viagens.

Vc foi exato ao ponto.
Teve a moda do ser fotografo, fazer curso para fazer uma foto melhor, workshops, ter uma DSLR. Mas tudo isso foi apenas moda de um publico que como vc disse, sempre foi despretencioso, querendo apenas aprender a fazer alguns truques diferentes para sentir que estava fazendo fotos melhores ou diferente.

As fabricantes de camera impulsionaram tal moda e conseguiram ganham muito dinheiro com isso. Mas como vc disse, com a melhora das qualidades dos celulares e camera sem espelhos automaticas, o mercado se reajustou a tal publico.


Os fotografos que ja nao conseguia mais ganhar a vida fotografando passaram a dar aula de fotografia. E agora que esse mercado tambem esta encolhendo estao chorando e os demais fotografos caindo na onda do choro. Ninguem precisa fazer curso ou aprender tecnicas para fazer fotos despretenciosas, de momento, de passeios e festas. A maneira que os outros fotografam e seus resultados para fins proprios nao eh problema de ninguem, so do professor perdendo alunos.
« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2019, 16:42:20 por C R O I X »


waldyrneto

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Resposta #10 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 08:07:17
o que seriam esses passeios q vc comentou? pra eu poder opinar de modo completo. obg

Oi Jeans, são expedições fotográficas, como essa do link: https://amagiadamontanha.blogspot.com/2017/03/expedicao-fotografica-aos-tres-picos-e.html

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Resposta #11 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 08:19:06
Esta geração cresceu com tudo de graça ou pirata


Os donos do Kazaa, Torrent e Napster, que foram presos, agora deram lugar aos milhonários donos do iTunes, Youtube, Netflix...  :eek:


Não se compra musica
Não se paga o músico como se pagava antes
Não se compra filme
Não se paga o artista como se pagava antes
Não se compra foto
Não se paga o fotografo como se pagava antes
Remédio tb não paga patente (genérico)
Não se paga o cientista como se pagava antes


E na hora que ninguém mais comprar nada original

Ninguém mais terá dinheiro para novas músicas,
os instrumentos musicais quebram (Fender e Gibson)

Os mercados de cinema cairão, virou tudo desenho animado (pq é mais barato)

Não há mais artistas milhonários recebendo como antes


Não há mais músicos milhonários e nem novas músicas elaboradas (pq o músico ganha menos)


E não haverá mais fotografos... algum tio/parente fotografará de graça


E a economia destes mercados quebra e desaparece.

E só os líderes da pirataria sobreviverão



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Perfeito Ernesto! Estamos destruindo empregos de forma acelerada, e em especial os empregos de criar conteúdo - textos (livros, imprensa), música, fotografia. Toda a informação está ficando gratuita. Se por um lado parece uma "democratização", por outro mata a geração do conteúdo de qualidade.

Com Instagram, Facebook, Amazon (Kindle), You Tube, etc., todo mundo é fotógrafo, escritor, professor de música, cinegrafista, articulista, etc. etc... Mas ninguém ganha dinheiro com isso para se sustentar. E você para ser realmente bom, mestre, em alguma coisa tem que ter uma dedicação imensa no assunto. Sem se sustentar com isso não dá para ter essa dedicação.

E do outro lado parece que o público está satisfeito com a mediocridade que está sendo produzida... Tempos estranhos...

Faça um teste.... vá num barzinho que tenha uma bandinha ao vivo. Repare que todas as bandas são cover e tocam músicas até a metade dos anos 90. Depois disso a produção musical de qualidade (músicas novas) praticamente acabou.
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Resposta #12 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 08:21:21
Antes, para se ver um carro, um animal selvagem, ou uma foto de Paris...


Se pagava por uma revista... se comprava...


Agora vai no Google...é tudo de graça... já era



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Perfeito! E se quiser aprender qualquer coisa num nível superficial procura tutoriais no You Tube e em blogs. E quase ninguém quer aprender alguma coisa além do superficial.
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Resposta #13 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 08:34:18
Em tempo...

Diferente de muitos de vocês, eu nunca cheguei a trabalhar como fotógrafo propriamente dito. Quando resolvi apostar na fotografia o mercado já estava virando "mico". Fiz uma aposta numa mistura de fotografia (em baixa) e turismo (em alta). Eu penso sempre em oferecer algo que não possa ser substituído por videos no You Tube, que é a experiência do passeio e estar do lado da pessoa quando ela está regulando a câmera.

Mas mesmo isso está mudando, pois a geração nova não quer saber como regula a câmera. Por outro lado, meu público é um pouco mais velho. Mas já percebo que o meu produto precisa ser redefinido.

Alguns fotógrafos procuram meus cursos para ver como é, e depois oferecer cursos também. Estão fugindo dos seus mercados em queda (fotografia de revistas, jornalismo, etc) e procurando uma área que ainda de retorno. Mas já estão percebendo que não é tão fácil assim.
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Resposta #14 Online: 07 de Fevereiro de 2019, 11:33:24
Esta geração cresceu com tudo de graça ou pirata


Os donos do Kazaa, Torrent e Napster, que foram presos, agora deram lugar aos milhonários donos do iTunes, Youtube, Netflix...  :eek:


Não se compra musica
Não se paga o músico como se pagava antes
Não se compra filme
Não se paga o artista como se pagava antes
Não se compra foto
Não se paga o fotografo como se pagava antes
Remédio tb não paga patente (genérico)
Não se paga o cientista como se pagava antes


E na hora que ninguém mais comprar nada original

Ninguém mais terá dinheiro para novas músicas,
os instrumentos musicais quebram (Fender e Gibson)

Os mercados de cinema cairão, virou tudo desenho animado (pq é mais barato)

Não há mais artistas milhonários recebendo como antes


Não há mais músicos milhonários e nem novas músicas elaboradas (pq o músico ganha menos)


E não haverá mais fotografos... algum tio/parente fotografará de graça


E a economia destes mercados quebra e desaparece.

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De graca nao eh ja que muita gente paga Netflix e seus derivados como tambem Spotfy e seus derivados, o que eh muito mais pratico e conveniente do que ficar procurando e baixando musica pirata para guardar em algum dispositivo, e muito barato.

Mas sim, musicos e demais artistas, por conta da competicao e quantidade de distribuicao ganham menos.

Toda essa mudanca faz parte de uma nova economia de compartilhamento, em que vc cria e obtem coisas de graca, primeiro pq nao vale a pena o trabalho para opouco que vai ganhar entao faz pelo prazer mesmo e aplausos mesmo, e segundo por causa da tecnologia que tornu tudo muito acessivel a todos. Ou seja, nao tem como mudar isso a nao ser retrocedendo technologicamente.

Uma palestra legal sobre o assunto com o economista autor do Livro: A sociedade do custo marginal Zero


Em resumo e como sempre, quem tentar resistir vai regredir, os que primeiro conseguirem se adaptar a tal economia vao prosperar.
« Última modificação: 07 de Fevereiro de 2019, 11:37:52 por C R O I X »