[waldyrneto]

Sim, Waldyr. O problema é que algumas vezes há diferença absurda nos canais. E acaba que você acertar o canal R, normalmente sacrifica demais o G e o B na subexposição. E consertar isso na pós dá um trabalho do cão, com resultado não muito satisfatório.
No meu caso, pro meu tipo de trabalho, não me proponho a fazer nem uma coisa, nem outra. Meu trabalho é dinâmico demais pra ter essa finesa de ajuste durante o click. E meu volume é muito grande pra ficar ajustando isso na pós... Paciência.

Entendi Nando! Eu faço mais fotos de paisagem, e tenho certeza que funciona. Todas as minhas fotos de paisagem são feitas assim - ETTR com histograma RGB e tratamento a partir do RAW. A única exceção são algumas onde o contraste é tão grande que eu opto por fazer um HDR, mas mesmo nesse caso uma das fotos do HDR (a mais escura) é a foto ETTR. Quando eu chego em casa eu testo o tratamento da foto ETTR e comparo com o HDR.

Mas isso não se aplica à situações onde o timing é mais importante. Ou mesmo na situação de não ter tempo de tratar as fotos.

[C R O I X]

Depende do ponto de vista... Que cor é a neve?
Até o estouro pode ser necessário, às vezes.
Não foi o caso do AFShalders. Que disse que errou na fotometria.
Mas um exemplo de fotometria ideal fora do zero. Só isso.

Não podemos esquecer que o estouro pode acontecer em um dos três canais (RGB) e não no(s) outro(s). Eu tenho bastante problema com luzes azuis e vermelhas intensas que quando usadas isoladamente ferram as imagens. Se não tiver uma base de luz branca ou amarelo, não tem o que fazer. Estoura tudo.

Eh o tipo de estouro que acho irrelevante.

[Raphael Sombrio]

É só você fazer ETTR (expor para a direita) usando o histograma RGB. A primeira cor que encostar na direita você desencosta. Em paisagem, na hora de nascer e pôr do sol o canal vermelho encosta primeiro. Se não desencostar vai ter uma parte da foto com vermelho puro, sem semitons.

Exato. No meu caso isso só pode ser conferido depois da imagem feita, pois meu equipamento não me permite verificar o histograma ( ou mesmo as áreas de estouro, ainda que de um JPG ) antes.
Hoje já to tão familiarizado que sei um pouco até onde posso ir, tanto pra um lado quanto para outro. Via de regra, em cenas como com o sol se pondo ou antes/depois de posto fica impossível conseguir algo apresentável sem ao menos duas fotos com exposições diferentes. Agora se for com uma luz mais dura aí sempre preservo as altas.

Como dito, o esquema que o Márcio descreveu é perfeito na teoria, mas em campo as coisas não são tão puras e simples. Em um estúdio onde vc controla a luz, beleza.

[C R O I X]

[...]
Como dito, o esquema que o Márcio descreveu é perfeito na teoria, mas em campo as coisas não são tão puras e simples. Em um estúdio onde vc controla a luz, beleza.

Funciona perfeitamente na pratica e nao eh preciso ter controlede luz.

Mas pelo o que vc comentou no paragrafo anterior, parece que vc esta questionando a eficiencia do metodo em conseguir expor sem estourar as luzes e sombras em fotos com alto contraste de luz. E de fato o metodo nao eh para isso e nem foi apresentado com esse proposito.

O metodo eh apenas para se conseguir uma boa leitura da luz e uma exposicao mais eficaz e precisa para o seu qualquer proposito que se busque.

[C R O I X]

Para ficar mais claro Raphael Sombrio.










Outro exemplo:










https://photography.tutsplus.com/tutorials/understanding-using-ansel-adams-zone-system--photo-5607

[nandoespinosa]

Eh o tipo de estouro que acho irrelevante.

Já eu tenho vontade de esgoelar o iluminador.
Imagina isso numa coreografia de crianças. Fica que parecem uns diabinhos no palco... E se for azul, Smurfs.

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[AFShalders]

Falou o cara que diz que a Canon RP equivale a uma Rebel 
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Quem disse isso ?

[C R O I X]

Quem disse isso ?

[AFShalders]

Sim, Waldyr. O problema é que algumas vezes há diferença absurda nos canais. E acaba que você acertar o canal R, normalmente sacrifica demais o G e o B na subexposição. E consertar isso na pós dá um trabalho do cão, com resultado não muito satisfatório.

Isso acontece de montão em fotos de flores por exemplo. Normal o R e o B irem lá pra cima e o G ficar normal.
Aí você olha o histograma separado por componentes e vê aqueles picos imensos nesses dois canais, lá encostados na direita.

Na Sigma SD1 Merril, o canal vermelho satura com uma facilidade imensa. Saturação no sentido de estourar mesmo e não no sentido de saturação de intensidade de cor. Então o jeito é subexpor algo ente -1/2 a -1 ponto e compensar na pós, senão dá um resultado muito estranho.

[AFShalders]

Verdade, senão aquela espiral maldita volta. 

[Lindsay]

Quem disse isso ?

Canon RP equivale à uma Rebel!!!

[C R O I X]

Vou ler um livro.

Abracos.

[Raphael Sombrio]

Obrigado pelas explicações Márcio...um dia eu chego lá 

[waldyrneto]

Vale lembrar que, dependendo da marca/modelo da câmera, expôr a direita significa sobreexpor.

E, dependendo da câmera, significa subexpor.

Dessa forma, esta expressão ETTR significa sobreexpor, é isso ?




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Na verdade o ETTR vai mudar pouco de câmera para câmera. A diferença será no resultado. Câmeras melhores vão recuperar sombras com mais qualidade.

Se vai se sub ou super exposto só depende do contraste da cena, não da câmera. Em cenas muito contrastadas ao encaixar as altas no limite do histograma, as sombras vão ficar lá na esquerda, fechadas. Assim a foto vai parecer sub-exposta, na visão convencional. Mas na prática as altas estarão bem expostas, e as sombras sub-expostas.

Mas numa cena com pouco contraste, usando o ETTR a foto tende a ficar toda super exposta. E no tratamento é feito o acerto.

[waldyrneto]

Eu já tive cameras onde expor a direita sub-expunha a foto

Hoje, ETTR na minha câmera significa sobre-expor

E eu posso modificá-lo se quiser. (para que sub-exponha)


Então, vou convencionar que se quer dizer sobre-ppr quando fala ETTR 


Precisamos padronizar a linguagem para que eu possa te entender




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ETTR - Exposing To The Right - expor para a direita.

A direita é a do histograma. Essa técnica te permite a melhor captura possível de dados em RAW e não deve ser usada em JPEG.

Basicamente você vai expor a foto ao máximo, até o limite do estouro. Com isso você:

- Evita o estouro
- Levanta as sombras o máximo possível (vai te dar uma recuperação melhor, ou menos ruim)
- Corrige as luzes no tratamento

Aqui um slide da minha oficina de fotografia. Na captura preserva as altas luzes no limite do estouro e com isso levanta ao máximo as sombras. No tratamento levanta as sombras.



how do you print screen


Hoje quando eu encontro um contraste muito grande eu acabo fazendo fotos para um HDR, sendo que a mais escura é a foto ETTR.



Tento sempre primeiro recuperar as sombras na foto ETTR (a primeira das três capturas). Se ficar bom está resolvido. Se não, monto o HDR, que foi o que aconteceu nessa foto.

screenshot utility windows


Esse processo todo é prático e rápido, e resolve. Dai eu não entender (até abri outro tópico sobre isso) por que alguém ainda usa sistema de zonas em foto digital.

Resumindo... o ETTR vai dar o mesmo resultado em qualquer câmera, pois se vai ficar sub ou super exposto vai depender da cena, não da câmera. Em cenas contrastadas (como nos exemplos) o histograma é bem aberto e a foto ficará sub exposta. Em cenas pouco contrastadas o histograma é fechado e a foto ficará super exposta. Nesse segundo caso usar ETTR é opcional. Se você expor a cena certinha tá resolvido. Se você fizer ETTR e depois sub-expor no tratamento você terá a imagem um pouquinho mais limpa. Mas o ganho é pequeno.