Custei para entender a pergunta...
As câmeras digitais podem recuperar muito as sombras e quase nada as altas. Basta regular o alerta de estouro (alerta de destaque na Canon, Realce na Nikon) e você já sabe onde você vai ter estouros não recuperáveis. O histograma empilhando na direita também mostra isso.
Do outro lado, quanto menos fechadas as sombras, mais qualidade na hora de levantar na pós.
E também, quanto mais alto o ISO, menor o alcance dinâmico. Quando você descobre qual é o alcance dinâmico do seu sensor, isso vale para o ISO nativo, que é sempre um ISO bem baixo.
Daí a lógica ETTR (expor para a direita). Puxar o histograma o máximo para a direita, até encostar, e depois desencostar um pouquinho. Aí você terá as altas tratáveis (sem estouro) e as sobras expostas ao máximo (se vai ser tratável é outra história).
Nas altas luzes é cara ou coroa. Se não estourar é tratável na qualidade máxima. Se estourar é intratável. Daí ser não importante não deixar estourar. (vou explicar em outro post)
Nas sombras a coisa é bem mais variável. Mas vai ser bem mais tratável em ISOs mais baixos.
Repara que a lógica ETTR não vai gerar fotos super-expostas ou sub-expostas por definição.
Se a cena é contrastada a foto tende a ser sub-exposta. Você segura as altas e tende a ter sombras fechadas. No tratamento basicamente você terá que levantar as sombras.
Por outro lado, em cenas mais flat você vai ter fotos super expostas - você encosta as altas lá na direita e levanta as sombras junto. E no tratamento você vai ter que baixar a exposição. Mas nesse caso a qualidade será maior do que simplesmente expor a foto corretamente.