Autor Tópico: Treta Fotografo X Feministas  (Lida 1839 vezes)



rahmati

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    • Rodrigo Rahmati
Resposta #1 Online: 28 de Março de 2019, 09:16:38
Complicado, hein...?

Concordo que o uso da palavra "inventário" não foi a melhor das escolhas, mas acho que o pessoal está exagerando um pouco aí. Tem a tal da liberdade de expressão, né... E as modelos são voluntárias; as mulheres que estão reclamando também têm que entender — na minha opinião — que a vontade dessas voluntárias também tem que ser respeitada. Se elas querem posar e não acham que isso deslegitima o esforço pela igualdade de gêneros, paciência.

Mas soltar uma nota de repúdio também é exercer a livre expressão...

 :snack:
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Lucas M. Dias

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Resposta #2 Online: 28 de Março de 2019, 09:39:12
Hoje em dia tem que tomar bastante cuidado com o que se fala por aí, esses grupos "extremistas" procuram pelo em ovo para aparecer e fazer um estardalhaço...

Eu acredito que esse comentário resumiu tudo o que vivemos hoje:

"As gerações que hoje proclamam o feminismo estão confundindo um pouco o lugar da mulher com feminismo. Essa polarização é muito nociva à sociedade e cultura brasileiras, pois ajudam mais a confundir do que a difundir um conceito de igualdade. Igualdade entre gêneros começa pelo respeito ao outro, ao diferente e não reforça a negação do outro do diferente, do que não pensa ou não vive como eu. Estamos discutindo o fazer artístico, acima de tudo, e inclusive. Cheguei a ouvir que somente a mulher é capaz de retratar a nudez de outra mulher", analisa Rosely.


Cledilson

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Resposta #3 Online: 28 de Março de 2019, 10:19:15
Tá tudo muito louco, nem sei se apoio uma exposição assim.
Mas me intriga que a arte não deva ser cerceada quando é alguém com discurso conveniente.

As mesmas pessoas que no caso da exposição do Santander acharam que tudo bem, "não censurem os artistas", no caso em discussão acham um absurdo e uma exposição ofensiva.

Independente de gostar ou não das exposições, é nítida a incoerência.

   


Leonardo Tonin

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Resposta #4 Online: 28 de Março de 2019, 17:06:29
O kazuo Okubo tem trabalhos interessantissimos. Mas talvez por ter se acostumado com a visao que ele possui, ele nao tenha percebido uma outra interpretacao sobre o trabalho que ele estava fazendo.

De todo modo... pintura, fotografia, nao possuem necessariamente a narrativa conclusiva de filmes. 

Um filme sobre nazismo, nao e visto como um filme nazista. 

Santander....  parece que teve um equivoco no modo como foi organizada.





cheferson

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Resposta #5 Online: 02 de Abril de 2019, 01:43:15
Apóio demais o feminismo raiz; mas o Nutella é um mimimi sem fim que dá sono. Não respondo gente louca rsrs afinal pra muitas ditas feministas atuais, elas praticam o feminismo quando convêm. Um exemplo disso é que elas falam em direitos iguais, mas se vocẽ não paga a conta do jantar, você homem é machista... ou seja, é muita frescura mesmo kkkkkk



Aria

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Resposta #6 Online: 02 de Abril de 2019, 17:10:25
Eu me considero uma feminista. Não sou estudiosa do assunto, mas sei que dentro do movimento feminista existem diversas correntes. E existe sim uma parte que tem um discurso mais radical. Parte essa que não pode ser usada para generalizar e caracterizar todo o movimento feminista. É um movimento, formado por diversas pluralidades, e que por isso terá diversos espectros.
Confesso que lendo a matéria e também a nota aberta divulgada pelos coletivos, não consegui ter uma visão tão clara sobre esse embate. Isso porque parece que tudo começou com a foto publicada pelo Kazuo Okubo para atrair voluntárias para o projeto. Eu gostaria de saber se ele já chegou a fazer algumas fotos desse projeto e se elas já foram divulgadas. Porque na nota do coletivo elas dizem que esse projeto está em execução há dez anos. Se for isso mesmo, então talvez tenha algo a mais por trás da história. Até porque na nota elas dão a entender que em suas rodas de conversa elas já demonstravam desconforto com o projeto. Enfim...Não sei. Gostaria de saber mais sobre isso.
No final, elas escrevem "Com esta NOTA esperamos uma reflexão e revisão nas estratégias de apresentação e execução do projeto". Não pareceu então uma tentativa de censura ao projeto (o que eu consideraria errado), mas sim uma tentativa de provocar reflexão no fotógrafo.
Conheço um pouco o trabalho do Kazuo Okubo e gosto muito de suas imagens. Nunca considerei que suas fotos de nu feminino tratassem o corpo feminino como objeto. Até porque ele também faz nus masculinos e, das fotos que já vi dele, eu acho que ele usa a mesma linguagem no nu feminino e no masculino.
Acho que o título do projeto "Inventário" realmente foi infeliz. E a matéria afirma que ele próprio reconhece que cometeu uma "sucessão de pequenos erros". Esse é um aspecto importante, porque me parece indicar que ele fez uma reflexão sobre seu projeto, que era o objetivo da nota lançada pelos coletivos.
Gostaria de saber se os coletivos tiveram acesso a alguma fotografia feita para este projeto. Se elas não tiveram acesso, então me parece que alguns posicionamentos e conclusões são precipitados. Não há como ter opinião sobre uma imagem, sem vê-la. Eu não pensaria em fazer uma série sobre o órgão sexual feminino, mas eu acho que é possível sim fazer esse projeto de uma forma sensível, sem colocar o corpo feminino como objeto e abarcando diversas visões sobre o que é o feminino. A questão pra mim é: eu só posso refletir e avaliar as fotos dele, quando finalmente vê-las.
"Una persona puede cambiar de nombre, de calle, de cara…pero hay una cosa que no puede cambiar… no puede cambiar de pasión".

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Thales Souto

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Resposta #7 Online: 02 de Abril de 2019, 17:13:03
Hoje em dia tem que tomar bastante cuidado com o que se fala por aí, esses grupos "extremistas" procuram pelo em ovo para aparecer e fazer um estardalhaço...

Eu acredito que esse comentário resumiu tudo o que vivemos hoje:

"As gerações que hoje proclamam o feminismo estão confundindo um pouco o lugar da mulher com feminismo. Essa polarização é muito nociva à sociedade e cultura brasileiras, pois ajudam mais a confundir do que a difundir um conceito de igualdade. Igualdade entre gêneros começa pelo respeito ao outro, ao diferente e não reforça a negação do outro do diferente, do que não pensa ou não vive como eu. Estamos discutindo o fazer artístico, acima de tudo, e inclusive. Cheguei a ouvir que somente a mulher é capaz de retratar a nudez de outra mulher", analisa Rosely.
Lucas é bem por aí mesmo... o mundo de hoje tá chato. Eu sei que na minha época de infância e adolescência (anos 80 e 90) tinha até uns exageros mas era bem mais legal. Hoje tudo tem um grupo/ideologia te policiando.
Junta-se isso com as bolhas sociais gerados por Facebook, Twitter, Blogs, YouTube e por aí vai e tudo fica mais complicado ainda.
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