Até entendo os dois lados: o do profissional que _precisa_ apresentar o melhor resultado e o mais rápido possível; e o do artista, que _pode_ se deliciar com o processo e f*da-se o resultado. Ninguém tá "certo" ou "errado", aqui.
É muito bom estar nesta segunda posição. Mas nem sempre dá.
"Brincar" com o foco manual, durante o trabalho é impensável. E é óbvio que eu não faço. Ali não é a hora de mostrar como sou hábil com a ferramenta. Todo mundo sabe disso.
Mas quando estou "off duty", o processo é tudo. É quando a câmera deixa de ser "ferramenta" e passa a ser "brinquedo".
A fotografia analógica/com filme é bem isso. É o "slow down", o "chill out", para quem curte.
É quando cada foto tem uma história, que só você e seus amigos conhecem. E a história da foto conta mais do que a nitidez e o foco perfeito.
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O casal Chelsea e "Sony" Northrup já abordaram este tema mais de uma vez em seu canal no YouTube e no livro deles.
O Tony já relatou que uma de suas fotos favoritas era de um pássaro alimentando seus filhotes. Ele passou horas na chuva pra conseguir a imagem... que acabou nem sendo aceita no Shutterstock, por não ter qualidade técnica suficiente.
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Isso nos leva a entender também que _os_públicos_ são diferentes: há os clientes, que só querem resultados; há os amigos ou entusiastas que preferem ouvir a história que você tem para contar sobre a foto.
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A pergunta inicial, poderia ser melhorada: eu sei que na hora do trabalho, a gente liga todos os recursos disponíveis na câmera.
Mas quando você está brincando, se divertindo, quais são os recursos que você desliga?! O que é que você considera desnecessário na sua brincadeira?!
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