Concordo Lindsay, e a doença é da sociedade, pois não se limita a um ou dois cidadãos. É como o machismo, ele prejudica os dois lados homem e mulher. O país é miscigenado, mas os habitantes de uma região não conhecem a realidade das outras quatro existentes no país e até não se unem entre si. Eu não tenho amigos negros, sinto falta, raciocino que este rumo atual não é desejável. Concordo que devem ter ações da política no sentido de esclarecer e fortalecer a consciência e o sentimento de igualdade. Fica difícil porque as oportunidades não são as mesmas.
Saindo do assunto, isso é interessante, e não de uma maneira boa. Vejo muitos amigos que vivem em uma bolha: acham que escola tem que ser paga mesmo, porque a família pagou pra eles; acham que meritocracia é uma boa, porque se eles chegaram onde chegaram, qualquer um pode chegar; pior ainda, acham que porque
eles não veem motivo pra reclamação, que tudo é mimimi.
Eu detesto frases do tipo "a casa grande pira quando a senzala aprende a ler", porque é uma frase mais provocativa que qualquer outra coisa, e isso arruina o diálogo. Como disse o Leo Tonin:
Com a internet as pessoas foram desafiadas com algo que nao esperavam... O dialogo.
O problema é que as pessoas nunca souberam dialogar. Enquanto viviam em mundos distantes, os problemas pareciam não existir (mas já existiam, embora alguns achem que é mimimi). Mas agora que todos convivem na internet, as pessoas se deparam com o problema de não saber se expressar, e de não saber entender.
Então, em relação ao que você falou, creio que o problema seja mais pulverizado do que vc falou: ele está nas bolhas individuais de cada um. Claro que em regiões mais ricas, a bolha pessoal de váras pessoas se junta e se reforça.
Sobre Pernanbuco, não sei opinar. Sempre quis ir, mas quando visito o Brasil, se não ficar no Rio de Janeiro, tem treta séria com a família.