Chegou minha X-H1!
Ainda não pude testar tudo (falta foco rápido em esportes), mas já testei várias coisas, e até um teste involuntário (mais sobre isso adiante).
Gostei:
Ergonomia e tamanho: Eu usava uma X-E2, e não sentia muita falta, até pegar esta câmera. É excelente ter o grip de novo. A posição da maioria dos botões é bem intuitiva pra mim na câmera, mas a posição do Q não ficou legal pra mim. Várias vezes esbarro nele. O botão de disparo do grip também é acionado involuntariamente às vezes. Estranho que o botão Q é rebaixado no grip, pra evitar ser apertado involuntariamente, mas no corpo da câmera, não. Mas estes são problemas menores.
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Felipe Mendes, no Flickr
A interface é parecida com a de todas as Fuji anteriores, mas podem ser acionadas pelo D-Pad ou pelo joystick. As opções do menu Q podem ser acessadas pelo D-Pad e joystick junto com a roda traseira, ou pela tela de toque. Como não tem botões de zoom, agora a rodinha traseira também atua como botão de zoom, além do "pinch to zoom" da tela de toque.
No modo de visualização, uma coisa que acho que deveria ser diferente são os controles. Quando olhando uma imagem em zoom, D-pad, joystick e tela navegam na foto. Seria mais inteligente (na minha opinião) usar um dos controles pra navegar na foto e outro pra mudar de foto, mesmo em zoom. Pra mudar de foto, tem que visualizar a foto inteira. EDIT: a rodinha da frente muda de foto, e a rodinha de trás faz o zoom. Legal.
O Eye focus funciona! Não sempre, mas mais frequentemente que eu esperava. Mesmo na penumbra, reconheceu o rosto do meu filho. Note que o rosto dele está iluminado quase que só pelo celular. Não parece, mas estava bem escuro nesta foto.
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Felipe Mendes, no Flickr
IBIS: Note que esta foto foi em 1/4s. Consegui fazer cerca de metade das fotos sem tremer em 1/2 e lente 35mm, mais lento que isso, já é testar a sorte. Já em 1/8 e mais rápido, todas as fotos saíram sem tremer. Uma coisa estranha no IBIS é que a câmera fica emitindo um zumbido quando fotografo, esteja o IBIS ligado ou desligado. É bem baixo, só consigo ouvir em ambientes silenciosos. Segundo pesquisei, o mesmo sistema que move o sensor quando o IBIS está ligado faz o sensor ficar parado quando o IBIS está desligado. Faz sentido. Quando estou vendo as fotos, o ruído para.
Ainda sobre a foto acima, foi tirada em ISO 12800. Achei excelente. Clicando na foto, tem como ver em 100%. De perto, tem ruído, mas pro meu uso está excelente.
Mais uma foto tirada em 0.5 segundo de exposição:
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Felipe Mendes, no Flickr
Ainda não testei o foco contínuo pra saber se é rápido. Tentei testar hoje, mas estava frio e a vi bem poucos ciclistas. Mas no modo Single, a câmera foca bem rápido.
O EVF também tem uma diferença absurda pro da X-E2. Usando uma lente 7-artisans manual que eu tenho aqui, sempre achei que a lente não fosse lá essas coisas, porque nunca consegui acertar o foco. Com a X-H1, não só consegui como ainda nem foi tão difícil.
Nem tudo são flores. Tem umas coisas que não curti, embora sejam pouco relevantes na maioria:
A câmera tem dois modos: normal e boost. No modo boost, o EVF funciona em uma freqência de atualização maior (além de fazer mais fps). Não seria problema se, depois de alguns segundos, no modo normal o visor não começasse a engasgar. Basta apertar o disparador pela metado, que volta ao normal, mas é um aspecto que não deveria existir. Deixo a câmera direto no modo boost.
Ao ligar o USB, o LCD fica mostrando que está conectado. A tela pequena seria perfeita pra isso, mas não é usado. Gasta bateria à toa. A msg "USB" fica mexendo no LCD, mostrando que houve deliberação sobre o assunto.
O bluetooth vem ligado por padrão. Legal, permite transferência de fotos pro celular imediatamente e geotagging, mas consome muita bateria. Não tem NFC, mas não é um problema. Desliguei o BT e pronto.
Por incrível que pareça não vem cabo USB na câmera!!! Achei que eu tivesse perdido na caixa (o grip e carregador do grip vêm na mesma caixa, um monte de caixinhas dentro da caixona), mas não tem mesmo. Bem estranho.
Falei que eu tinha testado uma coisa involuntária... Pois é.
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Felipe Mendes, no Flickr
Quando eu tinha minha primeira X-E2, as crianças derrubaram da mesinha de centro, e ela caiu de quina. Quebrou o EVF, que só mostrava uma nesga de imagem. Na época a solução foi comprar outra, pq não valia a pena o conserto. Pois bem, ontem eu ia testar o desempenho em astrofotografia (M-31 estava no alto do céu) mas, por causa do frio, as pernas do tripé contraíram, ficaram frouxas, uma delas encolheu e deu um tombo na câmera+grip+Nikon 180mm f/2.8+escópio+motor. Todo o conjunto deve pesar uns 6-7 kg, no chão de concreto (pensando bem foi uma sorte não ter caído dentro da piscina). O primeiro impacto foi no escópio, que amassou todo. Ele estava preso na sapata do flash, que também amassou e rachou. Agora o flash fica torto em cima da câmera, mas ainda funciona. Segunda feira vou na assistência técnica saber quanto fica a facada de consertar.