Deixando meus 5 cents, eu acho que a fotografia nunca vai morrer.
E o vídeo nunca vai substituí-la.
O que acontece pra mim são ciclos, uma hora um deles tem mais apelo, outra hora outro tem.
Tanto que os grandes fabricantes de aparelhos que produzem mídia não os desvinculam, sempre dando a opção dos 2.
Sempre, podem reparar.
Se houvesse um processo no qual a fotografia fosse por um caminho de extinção eles a aboliriam de verdade.
Quanto ao fato dela ser um mercado de trabalho, eu já acho que isso tende a decair, porque bem ou mal, a capacidade de produzir fotografias de recordação por qualquer pessoa se expande a cada dia.
Não estou falando de qualidade, mas de possibilidade.
Mesmo que um evento seja mal fotografado o importante para quem participa é poder ter a recordação daquele fato.
Da forma que for e com a qualidade que for.
E para isso não existe, ainda, nada que se assemelhe à fotografia.
X2.
Concordo 100%!
Falando sobre a questão foto x video, na área em que trabalho, casamentos e eventos:
Antigamente, filmagem de casamento era uma MERDA. Aquela filmadorazona ruim, com uma luz forte e quente na cara dos outros, e o vídeo em si, era um lixo.
Duas horas corridas, uma tortura. Era ótimo para espantar visita: "vamos ver o vídeo do meu casamento"
Na entrada dos padrinhos, o povo já vazava.
Aí vieram as filmadoras digitais, possibilidade de edição, autoração do DVD. Era um sonho, o menu de títulos todinho, ver apenas o trailer (na época era "melhores momentos") ou assistir apenas a troca de alianças, top! E com boa qualidade.
Veio o full HD. Uauu, ver os filmes direto no PC, ou plugar o pendrive na TV, melhor ainda.!
Porém...
Antigamente se filmava conforme acontecia o evento. Hoje, os filmmakers (não pode mais chamar cinegrafista) estão tomando conta do eventos. Não estão lá para registrar o que acontece, e sim para dirigir a produção. Acredito que seja uma questão de tempo até os casais e promoters encherem o saco com tanta intromissão.
Enquanto isso, "fotógrafos jornalísticos de casamento" seguirão pegando sorrisos espontâneos, olhares apaixonados e lágrimas involuntárias.
Vai cair o movimento? LOGICO. Tem gente demais fazendo as mesmas coisas. Mas isso não é só na fotografia. Tem engenheiro assinando planta "minha casa, minha vida" por duzentão.
Tem bacharel em direito guiando Uber.
Sobre mim: eu já abandonei aniversário infantil. Não consigo precificar decentemente, e nem mostrar pro cliente que minhas fotos valem mais do que os outros cobram.
Fulano posta pedindo indicação no feicebuque, em 30 minutos tem 100 comentários de gente novata fazendo niver por 150 conto.
Pra mim não dá, infelizmente.
Então, tô migrando pra outro lado: formatura. Algo que gosto, e sempre vai ter. Peguei algumas turmas para mim, sempre focando no que falta a muitas empresas de formatura: honestidade.
Em vez de dar as fotos "de graça" e mandar um vendedor entubar um albinho ruim de 5 mil, tô oferecendo pacotes às comissões de formatura, onde fica claro o que cada um vai receber, e o valor. Quem quiser algo extra, ok. Se ninguém quiser, ótimo, o meu já tá pago.
Tenho tido algum sucesso nessa direção.
Abraço.