Eu vi a entrevista dele na TV, achei a argumentação dele difícil, ele inclusive criticou o ministro. Ele quer isolar e tratar o grupo de risco, como idosos e doentes crônicos, o resto continua produzindo pq o "corona" não passará de uma gripe fraca. Ele acredita que isso ajudaria a economia.
Então temos o seguinte:
- Os empresários defendendo aquilo que é deles, inclusive, em minha opinião, o pano de fundo são os negócios, o dinheiro deles, empresários.
- Temos os médicos preocupados com a merda toda que será tamanha confusão.
- Temos os políticos jogando pra galera, aproveitando toda e qualquer oportunidade que represente votos nas próximas eleição.
É uma selva.
É cruel pensar assim, mas vejo a situação de quem está no comando da situação como tentar achar o ponto de equilíbrio entre economia paralisada x disseminação da doença.
Hipoteticamente, se paralisarmos tudo, 100%, ninguém sai de casa, etc., certamente reduziríamos os números de mortes e infectados, mas qual o preço a se pagar? Nas palavras do Ministro na entrevista de ontem, que achei muito oportuno, temos que ter cuidado para o remédio da doença não ter efeito colateral mais desastroso que a doença em si.
Exemplo: Santa Catarina foi um dos primeiros estados a impor decreto fechando comércio, tudo foi feito a "toque de caixa", sem muito tempo para análise, e decidiu-se que apenas serviços essenciais continuariam a funcionar, porém não existe definição do que é essencial ou não. Resuldao: pararam os abatedouros de aves e suínos no dia seguinte ao decreto. Logo em seguida entrou liminar federal para que os abatedouros seguissem funcionando, afinal não adianta vencermos o vírus e cairmos em uma crise de comida e fome, o que seria muito mais catastrófico.
Há algumas semanas estou lendo o livro de memórias do Winston Churchill sobre a Segunda Guerra Mundial, é engraçado como, devidas proporções e contexto, as decisões do estadista à época da guerra se assemelham com o que vivemos no presente. Muitas vezes Churchill teve que sacrificar um batalhão em batalhas perdidas apenas para segurar o inimigo e dar tempo de salvar outros combatentes. Decisões dificílimas que envolvem condenar um grupo de pessoas à morte para salvar um grupo de número maior.