Autor Tópico: Passando juntos pelo "CORONA VIRUS"  (Lida 57251 vezes)

Edubastos

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Resposta #390 Online: 21 de Maio de 2020, 18:56:46
A meu ver, essa questão não envolve nem política nem ciência.

Oi?  Como assim?
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Lindsay

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Resposta #392 Online: 21 de Maio de 2020, 19:03:43
Você leu o trabalho ou só essa página?

Desculpe. Ciência não deve ser politizada e nem relativizada. Sabe porque a maioria dos estudos que diz que ela tem eficiência não são levados
a sério? Não seguem o método científico!

"In our  analysis, which is not a RCT but which relates the real-life experience of physicians treating patients in the context of an emerging pandemic, we report the outcomes of 1061 COVID-19 patients treated with an HCQ+AZ combination from the time of diagnosis."

Randomized control trial (RCT)

Como saber se foi o remédio ou o efeito placebo? Ou mesmo outros remédios?  Ou sei lá que outra variável....

Ciência se faz com método, o resto é salame.

abs
Então Edu, como falei, isso é o que se consegue ter hoje no meio da pandemia que começou meses atrás, não é um procedimento que passou por todos os tramites para ser um procedimento aprovado pelos órgãos, ok??? Isso demoraria anos. Eles chamam esse estudo de: "Nível de evidência é V, opinião de especialistas."

Vc é médico Edu??? Ou cientista??? Trabalha para algum laboratório, hospital ou empresa farmacêutica???

Mais uma pergunta Edu, sendo essa uma das poucas esperanças, se um medico te receitasse vc não tomaria???
« Última modificação: 21 de Maio de 2020, 19:06:23 por Lindsay »
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Resposta #393 Online: 21 de Maio de 2020, 19:17:03
Então Edu, como falei, isso é o que se consegue ter hoje no meio da pandemia que começou meses atrás, não é um procedimento que passou por todos os tramites para ser um procedimento aprovado pelos órgãos, ok??? Eles chamam esse estudo de: "Nível de evidência é V, opinião de especialistas."

Vc é médico Edu??? Ou cientista??? Trabalha para algum laboratório, hospital ou empresa farmacêutica???

Mais uma pergunta Edu, sendo essa uma das poucas esperanças, se um medico te receitasse vc não tomaria???

Opa, não é minha área, mas sou doutor em Biotecnologia e Biociências pela UFSC. E sim, sou um cientista, apesar de não ser uma profissão no Brazil. Nessa "profissão", além de fazer pesquisa e publicar artigos científicos, também avalio artigos que poderão ser publicados nestas revistas científicas. Por isso, ter um senso crítico é importante. Publicação não significa qualidade.

Não estou dizendo que estes trabalhos não servem para nada, eles ajudam a entender, mas possuem muitos problemas que não justificam ou embasam suas conclusões. Ciência lida com fatos e não opiniões.

Quanto a tomar, já avisei aqui em casa que não. Não aceito tomar e ninguém deve assinar autorização por mim.

Hoje, pelo que se sabe, a diferença entre usar cloroquina e seus derivados ou tomar chá de camomila, é que chá de camomila não têm efeitos colaterais.

Abs
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Lindsay

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Resposta #394 Online: 21 de Maio de 2020, 19:33:42
Opa, não é minha área, mas sou doutor em Biotecnologia e Biociências pela UFSC. E sim, sou um cientista, apesar de não ser uma profissão no Brazil. Nessa "profissão", além de fazer pesquisa e publicar artigos científicos, também avalio artigos que poderão ser publicados nestas revistas científicas. Por isso, ter um senso crítico é importante. Publicação não significa qualidade.

Não estou dizendo que estes trabalhos não servem para nada, eles ajudam a entender, mas possuem muitos problemas que não justificam ou embasam suas conclusões. Ciência lida com fatos e não opiniões.

Quanto a tomar, já avisei aqui em casa que não. Não aceito tomar e ninguém deve assinar autorização por mim.

Hoje, pelo que se sabe, a diferença entre usar cloroquina e seus derivados ou tomar chá de camomila, é que chá de camomila não têm efeitos colaterais.

Abs
Certo Edu, obrigado pela resposta, agora mais uma curiosidade que tenho.
Como já relatei antes, eu morei por quase 2 anos em Porto Velho - RO, acho que foi final dos anos 80 ou inicio da década de 90.Como engenheiro fui tocar obras que a empresa onde eu trabalhava contratou (sim sou engenheiro, somente nos anos 2000 que resolvi ganhar dinheiro com fotografia). Levamos cerca de 200 funcionários daqui de Sampa, tínhamos uma alojamento grande, e lá a malária era (penso que ainda é) uma doença corriqueira. Eu não peguei malaria, mas vários funcionários pegaram essa doença, que se não me engano são 3 tipos diferentes e com tratamentos diferentes. Eu levava os funcionários ao hospital, alguns em estagio inicial da doença tomava comprimidos, outros em estagio mais avançado entravam no soro misturado com o remédio, ou seja administrado na veia mesmo.

Minha curiosidade é:
Entendi que pela Covid, vc não aceita o tratamento pela hidroxicloroquina. Mas se vc estivesse na Amazônia e pegasse malária, nesta situação vc aceitaria o tratamento com a hidroxicloroquina???
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Edubastos

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Resposta #395 Online: 21 de Maio de 2020, 19:52:13
Certo Edu, obrigado pela resposta, agora mais uma curiosidade que tenho.
Como já relatei antes, eu morei por quase 2 anos em Porto Velho - RO, acho que foi final dos anos 80 ou inicio da década de 90.Como engenheiro fui tocar obras que a empresa onde eu trabalhava contratou (sim sou engenheiro, somente nos anos 2000 que resolvi ganhar dinheiro com fotografia). Levamos cerca de 200 funcionários daqui de Sampa, tínhamos uma alojamento grande, e lá a malária era (penso que ainda é) uma doença corriqueira. Eu não peguei malaria, mas vários funcionários pegaram essa doença, que se não me engano são 3 tipos diferentes e com tratamentos diferentes. Eu levava os funcionários ao hospital, alguns em estagio inicial da doença tomava comprimidos, outros em estagio mais avançado entravam no soro misturado com o remédio, ou seja administrado na veia mesmo.

Minha curiosidade é:
Entendi que pela Covid, vc não aceita o tratamento pela hidroxicloroquina. Mas se vc estivesse na Amazônia e pegasse malária, nesta situação vc aceitaria o tratamento com a hidroxicloroquina???

Isso mesmo. A droga tem efeitos comprovados para algumas doenças, mas sempre terá efeitos colaterais que devem ser monitorados. Até onde sei, quem usa está droga faz diversos exames frequentemente.

Outra questão, é que para estas doenças citadas já se sabe a posologia. Para COVID, os estudos com diferentes posologias não apresentaram resultados significativos e nas concentrações mais altas provocaram arritmia cardíaca que pode evoluir para problemas mais graves no coração, como infarto. Diversos destes estudos, inclusive no Brasil, foram interrompidos por alto risco para o paciente.

O maior problema é que o COVID é multissistemico. Complicando o tratamento e exigindo ainda mais trabalhos sérios para comprovar as drogas e suas concentrações.

Eu, realmente desejaria que funcionasse, mas isso não tem sido demonstrado na prática. O bom é que tem outras drogas que estão apresentando resultados bons, assim como a vacina de Oxford. Uma hora algo da certo.
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nandoespinosa

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Resposta #396 Online: 21 de Maio de 2020, 20:00:16
O próprio trabalho, todo capenga como já foi dito, não conclui que o uso da cloroquina + azitromicina é eficaz ou sequer fala em melhora de sintomas, diminuição do período de internamento ou qualquer coisa que seja positiva...
Nesse caso, qualquer medicamento poderia ser a "cloroquina"...

Aqui um trabalho publicado em um journal conceituado:

https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2012410#.XsXFdxGmmzU.facebook

Enviado pelo Tapatalk - talvez por isso, com erro de português.
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Resposta #397 Online: 21 de Maio de 2020, 20:10:24
Isso mesmo. A droga tem efeitos comprovados para algumas doenças, mas sempre terá efeitos colaterais que devem ser monitorados. Até onde sei, quem usa está droga faz diversos exames frequentemente.

Outra questão, é que para estas doenças citadas já se sabe a posologia. Para COVID, os estudos com diferentes posologias não apresentaram resultados significativos e nas concentrações mais altas provocaram arritmia cardíaca que pode evoluir para problemas mais graves no coração, como infarto. Diversos destes estudos, inclusive no Brasil, foram interrompidos por alto risco para o paciente.

O maior problema é que o COVID é multissistemico. Complicando o tratamento e exigindo ainda mais trabalhos sérios para comprovar as drogas e suas concentrações.

Eu, realmente desejaria que funcionasse, mas isso não tem sido demonstrado na prática. O bom é que tem outras drogas que estão apresentando resultados bons, assim como a vacina de Oxford. Uma hora algo da certo.
Sim, mas esses efeitos colaterais estão descritos na bula do remédio, as dosagens tbm, veja abaixo. Entenda que o medico que for ministrar o remédio já sabe disso. E não é só esse problema cardíaco não, vai muito além disso, tem uma série de outras contra indicações...

Veja a bula:
https://consultaremedios.com.br/reuquinol/bula

Extraído da bula no link acima:

"A hidroxicloroquina pode causar alterações do ritmo cardíaco em alguns pacientes:

Deve ter precaução ao usar hidroxicloroquina se você nasceu ou tem histórico familiar de intervalo QT prolongado, se você tem prolongamento QT adquirido (observado no ECG, registro elétrico do coração), se você tem problemas cardíacos, ou tem histórico de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio), se você tiver desequilíbrio eletrolítico no sangue (especialmente baixo nível de potássio ou magnésio, vide "Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Reuquinol com outros remédios".



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Resposta #398 Online: 21 de Maio de 2020, 20:14:55
O próprio trabalho, todo capenga como já foi dito, não conclui que o uso da cloroquina + azitromicina é eficaz ou sequer fala em melhora de sintomas, diminuição do período de internamento ou qualquer coisa que seja positiva...
Nesse caso, qualquer medicamento poderia ser a "cloroquina"...

Aqui um trabalho publicado em um journal conceituado:

https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2012410#.XsXFdxGmmzU.facebook

Enviado pelo Tapatalk - talvez por isso, com erro de português.
Nando eu não acessei o link que vc postou, mas é exatamente isso. Não tem eficiência comprovada, e não haverá tempo para concluir os protocolos e aprovar a utilização. O pessoal que esta fazendo isso é baseado em evidencias, e por esse motivo fica a critério de cada um aceitar tomar ou não. É uma das poucas alternativas que pode trazer esperança para algumas pessoas. Só isso...  :ok:
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Edubastos

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Resposta #399 Online: 21 de Maio de 2020, 20:23:43
Sim, mas esses efeitos colaterais estão descritos na bula do remédio, as dosagens tbm, veja abaixo. Entenda que o medico que for ministrar o remédio já sabe disso. E não é só isso, tem uma série de contra indicações...

Veja a bula:
https://consultaremedios.com.br/reuquinol/bula

Extraído da bula no link acima:

"A hidroxicloroquina pode causar alterações do ritmo cardíaco em alguns pacientes:

Deve ter precaução ao usar hidroxicloroquina se você nasceu ou tem histórico familiar de intervalo QT prolongado, se você tem prolongamento QT adquirido (observado no ECG, registro elétrico do coração), se você tem problemas cardíacos, ou tem histórico de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio), se você tiver desequilíbrio eletrolítico no sangue (especialmente baixo nível de potássio ou magnésio, vide "Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Reuquinol com outros remédios".

Sim, mas essa posologia são para as doenças testadas e que apresentaram resultados significativos para a posologia que está na bula. Não adianta usar dosagem para Lupus em quem tem malária. Cada coisa é uma coisa e exige um tratamento diferente. Para cada doença é necessário estudos para dosagem.

É necessário primeiro comprovar sua eficácia e depois a posologia.

Quer um exemplo?  Botox. Usa-se concentrações altas para quem tem paralisia muscular e baixíssimas para diminuir rugas. Imagina usar as doses que usam na paralisia muscular em um rostinho com rugas! :D.  Mas se errar na quantidade mata com eficiência.

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Resposta #400 Online: 21 de Maio de 2020, 20:31:05
Sim, mas essa posologia são para as doenças testadas e que apresentaram resultados significativos para a posologia que está na bula. Não adianta usar dosagem para Lupus em quem tem malária. Cada coisa é uma coisa e exige um tratamento diferente. Para cada doença é necessário estudos para dosagem.

É necessário primeiro comprovar sua eficácia e depois a posologia.

Quer um exemplo?  Botox. Usa-se concentrações altas para quem tem paralisia muscular e baixíssimas para diminuir rugas. Imagina usar as doses que usam na paralisia muscular em um rostinho com rugas! :D.  Mas se errar na quantidade mata com eficiência.
Sim Edu, perfeitamente, como vc sabe a OMS aprovou os testes com esses medicamentos, pelo que entendi a dosagem que o pessoal esta usando da hidroxicloroquina associada com o antibiótico a base de zinco, é com base nesses estudos, que estão sendo feitos pelo mundo inteiro.
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Resposta #401 Online: 21 de Maio de 2020, 20:33:27
O mais curioso de tudo é que hoje cedo em entrevista a uma radio, eu ouvi o prefeito de são paulo falado o seguinte:

a pergunta foi: o que muda com a nova orientação do MS sobre o uso de cloroquina???
reesposta: não muda nada pq a prefeitura ja esta usando a cloroquina nos tratamentos.

fiquei sem entender direito, pq eu pensava que o prefeito era contra o uso desse medicamento, mas pelo jeito não é.


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Resposta #402 Online: 21 de Maio de 2020, 20:37:35
E o pior de tudo é que ai fui pesquisar, e encontro reportagens como essa aqui, dizendo que vários estados estão usando o medicamento.

https://diariodopoder.com.br/claudio-humberto-home/apenas-tres-estados-nao-tem-protocolo-ou-recomendam-uso-da-cloroquina-contra-covid-19

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Resposta #404 Online: 21 de Maio de 2020, 20:45:19
Sim Edu, perfeitamente, como vc sabe a OMS aprovou os testes com esses medicamentos, pelo que entendi a dosagem que o pessoal esta usando da hidroxicloroquina associada com o antibiótico a base de zinco, é com base nesses estudos, que estão sendo feitos pelo mundo inteiro.

Os estudos sérios, não tiveram resultados significativos que comprovem a eficácia. Alguns, inclusive no Brasil, aumentaram a dose para tentar forçar uma resposta. Isso é comum para tentar achar a curva de eficiência do medicamento. Entretanto, estas doses altas provocaram arritmia e cancelaram o estudo por conta do risco.

https://www.sciencealert.com/clinical-trial-for-high-dose-of-chloroquine-stopped-early-due-to-safety-concerns
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