Autor Tópico: O Que está Acontecendo com a Nikon?  (Lida 26361 vezes)

felipemendes

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Resposta #75 Online: 05 de Abril de 2020, 22:03:41
Depois disso acredito que vou morrer e não vou ver isso, tem muito coisa para ser criada e melhorada.
Ainda acho mais simples almentar o tamanho do sensor do smartphone.

Mas penso aqui, imaginem o dia que colocarem um sensor APSC num celular aliado com essa tecnologia computacional e um suporte pra lentes.






Esqueçam tamanho de sensor, gente... Do artigo que eu mandei:
Citar
A recent photograph of a black hole would not have been taken without using computational photography methods. To take such picture with a standard telescope, we would have to make it the size of the Earth. However, by combining the data of eight radio telescopes at different locations of our Earth-ball and writing some cool Python scripts, we got the world's first picture of the event horizon.

Já é uma tecnologia manjada a de fazer um panorama de várias imagens pra fazer uma imagem simulando um sensor maior. Tem até algumas fotos aqui no fórum usando esta técnica. Com alguns sensores pequenos e um pouco de tecnolgia, se pode simular um sensor bem maior que a soma dos sensores pequenos.

Sobre sensores grandes e suporte pra lentes, já existe, e foi um fiasco. Quem tem um smartphone pode até abrir mão de uns poucos milímetros de espessura pra ter uma câmera maior, mas não veremos mais smartphones com 15, 20mm de espessura.

Seria a hora de continuar esse papo naquele tópico do celular substituindo uma DSLR?
« Última modificação: 05 de Abril de 2020, 22:04:02 por felipemendes »


AFShalders

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Resposta #76 Online: 06 de Abril de 2020, 00:34:51
Felipe,

O caso de processamento de imagem aplicado à astronomia é algo que nem em sonho está em uma realidade próxima nem para câmeras fotográficas profissionais nem muito menos para celulares. Na verdade nem sei se isso é possível a não ser que aconteça um salto tecnológico absurdamente bizarro, tipo computação quantica e ótica não linear a preço de banana.

A quantidade de recursos óticos e computacionais exigidos para ter uma imagem astronomica nem tão avançada assim, como as do Hubble (eu disse avançada, e não que não sejam espetaculares em todos os sentidos) é imensa. Algumas imagens levaram meses para serem processadas, isso fora o tempo de captura. E isso sendo feito com computação a sério e um monte de cientistas especializados e altamente capacitados.

As imagens do ESO e do KEK, que usam ótica adaptativa, interferometria ótica que simula abertura sintética são coisas em um patamar tão mais elevado que não dá para comparar.

Claro que as imagens dos celulares irão melhorar e poderão ser capazes de produzie imagens mais do que adequada para 90% da população, mas isso ainda não foi alcançado nem com os celulares multi câmeras mais avançados.

Fiz recentemente um teste com um Huawei P30 x uma Panasonic LX100 em luz do dia e em noturnas. Na boa, perde FEIO para a LX100 em qualquer situação. Idem iPhone X, S10, Xiaomi, etc.

Se a imagem desses telefones é ruim ? Não. Serve para um monte de coisas, mas ainda falta um bom tempo até chegar perto de uma simples compacta premium APS.

Lembre que tudo que for possivel fazer na pós em uma imagem proveniente de um celular, também pode ser feito nas imegens feitas com câmeras, então o gap entre os dois continuará relativamente igual por muito tempo.


felipemendes

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Resposta #77 Online: 06 de Abril de 2020, 02:47:57
Felipe,

O caso de processamento de imagem aplicado à astronomia é algo que nem em sonho está em uma realidade próxima nem para câmeras fotográficas profissionais nem muito menos para celulares. Na verdade nem sei se isso é possível a não ser que aconteça um salto tecnológico absurdamente bizarro, tipo computação quantica e ótica não linear a preço de banana.

A quantidade de recursos óticos e computacionais exigidos para ter uma imagem astronomica nem tão avançada assim, como as do Hubble (eu disse avançada, e não que não sejam espetaculares em todos os sentidos) é imensa. Algumas imagens levaram meses para serem processadas, isso fora o tempo de captura. E isso sendo feito com computação a sério e um monte de cientistas especializados e altamente capacitados.

As imagens do ESO e do KEK, que usam ótica adaptativa, interferometria ótica que simula abertura sintética são coisas em um patamar tão mais elevado que não dá para comparar.

Claro que as imagens dos celulares irão melhorar e poderão ser capazes de produzie imagens mais do que adequada para 90% da população, mas isso ainda não foi alcançado nem com os celulares multi câmeras mais avançados.

Fiz recentemente um teste com um Huawei P30 x uma Panasonic LX100 em luz do dia e em noturnas. Na boa, perde FEIO para a LX100 em qualquer situação. Idem iPhone X, S10, Xiaomi, etc.

Se a imagem desses telefones é ruim ? Não. Serve para um monte de coisas, mas ainda falta um bom tempo até chegar perto de uma simples compacta premium APS.

Lembre que tudo que for possivel fazer na pós em uma imagem proveniente de um celular, também pode ser feito nas imegens feitas com câmeras, então o gap entre os dois continuará relativamente igual por muito tempo.

Claro que não dá pra comparar uma exposição de dezenas (ou centenas) de horas equivalentes de uma câmera dedicada com um celular... Da mesma forma que não dá pra comparar uma única imagem de qualquer câmera, mesmo FF, com um sistema dedicado, com tracking, empilhamento, processamento LRGB, etc. O que não quer dizer que já não haja celulares capazes de fazer empilhamento de imagens de forma transparente, pra criar imagens de ambientes escuros com ruído bastante baixo. Talvez nunca se chegue ao que vc está propondo simplesmente porque tirar fotos da via láctea seja o suficiente.

O Huawei P30, se não me engano, tinha um "recurso" interessante: quando ele via que você queria tirar uma foto da lua, ele aumentava artificialmente detalhes... Assim não vale.

Finalmente, "tudo que for possivel fazer na pós em uma imagem proveniente de um celular, também pode ser feito nas imegens feitas com câmeras" é relativamente verdade. Pode ser feito é bem diferente de está sendo feito. E é por isso que as câmeras dedicadas continuam perdendo feio em aceitação.


cfcsosa

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Resposta #78 Online: 06 de Abril de 2020, 13:56:14
Sem contar que pra vídeo hoje já é bastante possível usar celular como fonte primária de captação.


Leonardo Tonin

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Resposta #79 Online: 07 de Abril de 2020, 06:24:31
Mobile significa poder aquisitivo no mercado caindo.

Muitos consumidores nao consomem nenhum livro, revista, nao tem interesse nenhum por grafia.

Acho que vai ser a morte do fazer.
Sera apenas o gosto.

O proximo comando de ai voce nao dispara a foto.


« Última modificação: 07 de Abril de 2020, 06:26:38 por Leonardo Tonin »


Shevek

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Resposta #80 Online: 07 de Abril de 2020, 06:58:17
Mobile significa poder aquisitivo no mercado caindo.

Muitos consumidores nao consomem nenhum livro, revista, nao tem interesse nenhum por grafia.

Acho que vai ser a morte do fazer.
Sera apenas o gosto.

O proximo comando de ai voce nao dispara a foto.

Quanto moralismo...  :shock:


Leonardo Tonin

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Resposta #81 Online: 07 de Abril de 2020, 09:03:08
Imagine usar uma camera que nem tira foto,  apenas filma.  A camera ja tem varias fotos coletadas dos bancos de imagem museus os principals fotografos, pintores para usar inteligencia artificial ... e o consumidor so aperta alguns botoes... Vai filmando.  Em casa liga algum Software que percebe situacao de luz, distancia entre fotografado e fotografo, tracos faciais, luz e faz toda edicao seguindo inteligencia artificial.  O melhor é quem puder pagar o melhor software e a melhor camera.  :snack:

Só sobra marketing, vendas.
« Última modificação: 07 de Abril de 2020, 09:13:46 por Leonardo Tonin »


Leonardo Tonin

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Resposta #82 Online: 07 de Abril de 2020, 09:26:58
Quanto moralismo...  :shock:

Se vc nao gosta de aprender com o processo fotografico ou sobre fotografia voce podera ter mais tempo para estudar outras coisas que envolvem fotografia.
O processo fotografico de registrar, originalidade... Eu acho que nao vai mais valer nada se seguir o que eu disse.

 :snack:

Vai ser outra coisa. Outro trabalho, outro modo de vida.
« Última modificação: 07 de Abril de 2020, 09:43:53 por Leonardo Tonin »


Leonardo Tonin

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Resposta #83 Online: 07 de Abril de 2020, 10:19:34
Nao.. Eu acho que seria possivel ser criativo mas nao autor no sentido estetico, tecnico.
« Última modificação: 07 de Abril de 2020, 10:20:24 por Leonardo Tonin »


Gabriel Büll

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Resposta #84 Online: 07 de Abril de 2020, 10:23:01
Novamente isso cai na questão de estar satisfeito com a qualidade ou não, é uma coisa muito pessoal...
No texto o cara diz que prefere usar o smartphone ao invés da câmera de 3K, é lógico que ele não se importa com a qualidade, ele só gosta da praticidade.
Outro exemplo a maioria das pessoas ouve música no smartphone, essas pessoas estão satisfeitas com a qualidade MP3 ou uma simulação multicanal.
São poucos que preferem um player dedicado com codec de alta qualidade executando música em Flac, utilizando fone de ouvido em conjunto com amplificador para fones mais "parrudos".
Mesmo que seja muito raro ver alguém com esses equipamentos, sempre vai ter alguém querendo o melhor em qualidade abrindo mão da praticidade, com isso esses equipamentos nunca param de ser fabricados e melhorados, pois sempre vai ter alguém querendo melhorar oque já é muito bom...



Shevek

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Resposta #85 Online: 07 de Abril de 2020, 10:27:32
Nao.. Eu acho que seria possivel ser criativo mas nao autor no sentido estetico, tecnico.

Bobagem. Leia Flusser. Na fotografia o fotógrafo não é autor.


Carlos HP

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Resposta #86 Online: 07 de Abril de 2020, 10:29:49
Em decorrência de manter uma determinada tradição, a Nikon acabou se perdendo na transição do maior peso da ótica para a eletrônica na fotografia. Primeiro, saiu atrás na corrida do foco automático para manter a compatibilidade do mount F, depois demorou em lançar uma ML mais séria. E esse freio de mão puxado acabou barrando as poucas iniciativas de inovação da empresa. As câmeras CX tinham reviews muito positivos quanta a usabilidade, mas acabaram lançando sensor pequeno, quando  mercado já estava sendo tomado pelos smartphones. Se tivessem lançado APS-C, certamente teriam uma receptividade maior. Ainda acho que as Z6 e Z7 foram muito bem lançadas e depende da Nikon acertar a mão nas segunda rodada. Certamente a Canon sabe ler muito melhor o mercado e lançou lentes para causar mais burburinho nos blogs, e mais acessíveis a uma boa parte dos fotógrafos. Contudo, o rumo do mercado colocará, cada vez mais, câmeras como objeto de profissionais e entusiastas e marcas vão sumir. A Nikon talvez seja uma delas.


Leonardo Tonin

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Resposta #87 Online: 07 de Abril de 2020, 10:31:51
Bobagem. Leia Flusser. Na fotografia o fotógrafo não é autor.

Bem tem  escritores e filosofos que valorizam o que existe de pior,  gente vagabunda. Mas Lerei.
« Última modificação: 07 de Abril de 2020, 10:34:03 por Leonardo Tonin »


Leonardo Tonin

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Resposta #88 Online: 07 de Abril de 2020, 10:48:34
Vai morrer mesmo, a fotografia tende a ser corporativa, tecnica.

Talvez essa seja a natureza da maquina, como qualquer outra.


Carlos HP

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Resposta #89 Online: 07 de Abril de 2020, 11:20:34
Vai morrer mesmo, a fotografia tende a ser corporativa, tecnica.

Talvez essa seja a natureza da maquina, como qualquer outra.

Talvez, volte ao status do passado, antes da popularização das DSLR...