Como muitos sabem, desde 2016 iniciei em uma tarefa para com a fotografia, fazendo com que a mesma deixasse de ser, ao menos pra mim, um passatempo, diversão, e passasse a ser muito mais importante, com certa dose de responsabilidade, a partir do momento em que se dispõe a ser documental, ser literalmente um registro que necessita transmitir uma informação.
Nesse caso, acreditei ser imprescindível deixar de lado toda os exageros e surrealidades que uma edição mais artística poderia gerar, passando a construir um conjunto de imagens que fossem o mais natural possível, o mais próximo possível da cena testemunhada, claro, sem com isso deixar de ser interessante.
Confesso que no início foi um pouco difícil pra mim. Vinha em um caminho - hoje creio - um pouco perdido, sem conseguir perceber os limites do aceitável, mas eram outros tempos e outros objetivos.
Dessa forma, tenho refeito diversas imagens no que diz respeito a edição, fusão e tratamento, em busca de novos resultados, que tenham mais coerência com meus objetivos atuais, que como disse, são resultados mais naturais.
Abaixo está um exemplo dessa situação. Essa fotografia é o resultado de uma fusão a partir de 3 capturas, a primeira versão é o resultado que cheguei em setembro de 2015, bem mais impactante eu diria, mas muito próximo de algo surreal, e a segunda é um resultado desse ano, onde busquei fugir ao máximo de qualquer invenção ou licença poética, no estilo das fotografias que irão compor os livros sobre os Aparados da Serra, cujo primeiro já estamos em fase de iniciar a edição/diagramação.
Mas pergunto: O que acharam dos resultados? Qual sua opinião a respeito de uma edição mais pesada?