Autor Tópico: Análise da Fotografia - Como Criticar e Receber Criticas  (Lida 4744 vezes)

Lindsay

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Online: 16 de Novembro de 2020, 15:10:00
Por meio da análise imagética da fotografia, como elaborar e entender os códigos, a mensagem e representações inseridas em uma foto???

Critica em todos os âmbitos, seja de uma fotografia como espectador, e tbm de sua própria produção.

Bem vindos, acho que a gente esta precisando conversar sobre isso.
Conhecimento importa mais que equipamento.


Lindsay

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Resposta #1 Online: 16 de Novembro de 2020, 15:41:29
Tem muito assunto inserido neste contexto, então alguém poderia puxar alguma questão para iniciar, fiquem a vontade.
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Maneco Pizarro

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Resposta #2 Online: 16 de Novembro de 2020, 15:59:56
Caraca, Lindsay... Acredito que seja um tema de fácil compreensão e, por consequência, de fácil trânsito aqui no Fórum.
Por enquanto, ainda estou na 1ª página do Google pesquisando sobre "Análise Imagética da Fotografia".
Depois que compreender algo (se é que vou), volto aqui pois, como disse, uma tema fácil e corriqueiro...  :D


C R O I X

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Resposta #3 Online: 16 de Novembro de 2020, 16:11:29
O meu processo:

1. Olhar a imagem. E olhar nao significa julgar, eh simplesmente colocar o olho nela e observar os detalhes e o todo de forma aleatoria, cores, formas, texturas, elementos na imagem, linhas, brilhos e sombras, a relacao de tudo isso um com o outro ao qual chamamos de composicao, e a relacao de tudo isso com a area da umagem ao qual chamamos de enquadramento. Eh apenas olhar, sem buscar conclusao, sem julgar, sem fazer associacoes, sem nomear e sem pensar.

Esse processo eu acho o mais importante pq so assim eh que eh possivel realmente ver. Ver o mundo abistrato por tras dos vicios das metaforas de nossa linguagem. Se nao fizer esse processo vc nao ve as coisas em si, vc nao percebe o que seu corpo sente, vc enxerga apenas as coisas atravez da metaforas de nossa linguagem.

2. Sentir a imagem. Isso significa fazer o processo acima prestando atencao em como seu corpo reage.
Existe uma dualidade em nos (corpo e mente). O corpo tem expressoes, reacoes e vontades independente da mente. Na verdade, eh dito que o nosso sistema nervoso no abdomem eh o nosso cerebro primitivo. O corpo sempre esta reagindo ao que os seus sentidos percebem no mundo externo e interno tambem. Vamos chamar essa reacao somatica de emocao.
Sendo assim, esse segundo processo eh sentir como seu corpo involuntariamente reage a experiencia do que vc observa na imagem e em cada detalhe.

Mas essa experiencia so eh clara e pura da imagem se nao tiver a influencia do pensar. Por isso que eh dito que grandes obras de arte nos fazem deixar sem palavras, pq a emocao (a reacao somatica) eh tao forte que deixa a mente no escanteio. Uma vez passamos a visualizar a obra de arte em nossa mente eh como se ela desaparecesse para o corpo, mesmo que vc ainda esteja em frente da obra. Transformar o objeto experienciado pelo corpo em imagem eh o que chamamos de imaginacao. Sendo assim, uma vez que o pensar entra em campo, usando das metaforas linguisticar para descrever e julgar algo que ve, o corpo ja nao esta mais reagindo ao objeto artistico em sua frente mas sim a imagem do objeto em sua mente. E o que sentimos pela imagem do objeto na mente podemos chamar de sentimento.

Esses dois processos acima trabalham juntos para que possamos realmente ver imagem e realmente sentir nos "emocionar" pela imagem que esta em nossa frente, ao invez de limitar a experiencia em sentimentos e emocoes na traducao metaforica da obra, em linguagem.

3. Racionalizar o que viu e o que sentiu. E so apos os dois processos acima que depois podemos julgar. Eh ai que entra o pensar. Esse julgamento nao eh o da imagem em si mas o da sua experiencia ao ser exposto pela imagem.

Eh importante resaltar que o primeiro processo nao deve ser feito de maneira rapido ou como exercicio, mas sim como uma atividade natural e casual, sem objetivos (se tiver objetivo passa a ser um exercicio). O motivo para isso eh que nesse processo, quanto mais longo mais se ve. Mas esse ver nao eh ativo e sim passivo. Eh igual quando vc entra em quarto escuro e nos primeiros minutos vc nao ve nada, mas depois de 10 minutos vc comeca a ver frestas de luz vazando de algum canto. E quanto mais vc fica olhando o escuro mais vc vai ver frestas de luz. Mas isso demanda tempo para que seus olhes se acostumem, se dilatem e fiquem entao mais sensivel a luz. O mesmo processo eh similar no olhar da imagem. Em resumo, nao eh vc que esta ativamente vendo mas eh como se a imagem estivesse se revelando para vc, se comunicando com vc, pq vc parou para "ouvir" o que ela tem a dizer, e deu o seu tempo a ela.

Isso significa que esse terceiro processo de racionalizacao sera tao rico ou tao pobre a medida que vc de tempo para seus sentidos se sensibilivar ao objeto observado.

Essa racionalizacao em tentar entender pq dois elementos que juntos formam uma linha ou uma forma, ou um padrao de cor, fez vc se emocionar (seu corpo reagir) de forma tao direta, forte, clara. E assim vc procura fazer as correlacoes de dados que facam sentido para a sua mente (sentimeto).

4. A critica ou julgamento de uma imagem a um espectador (o criador da obra ou pessoas que querem saber a sua opiniao sobre a obra).

Esse processo final eh a apresentacao dessa racionalizazao da experiencia somatica que vc teve da obra. Nesse sentido, nao eh uma critica a obra em sim mas a descricao de como seu corpo e mente reagiram a obra.

O fato eh que nosso cerebro tem memorias de experiencias cognitivas que muitas outras pessoas tambem tem, seja por compartilharem de uma mesma cultura, de uma mesma influencia artistica, de uma mesma epoca, e ate mesmo de uma mesma classe social, ou paisagem. Poir isso, essa racionalizacao que tenta explicar pq seu corpo reage a certos elementos em uma obra pode fazer sentido e ser claro para algumas ou muitas pessoas que sentem sentir o mesmo. E assim as pessoas criam suas regras de harmonia, etc.

Mas a contece que se as pessoas se apegam a essas regras elas se tornam uma linguagem pelo qual as pessoas passam a medir as obras de arte nessa regua. Deixando entao de realmente olhar e sentir a obra em si. Mas a memoria dessas racionalizacoes ajudam a nos entender e racionalizar os sentimentos que temos de demais obras futura.

Eh nesse sentido que a obra de arte eh algo vivo, a reacao de nosso corpo a percepcao sensorial das obras de arte, ou qualquer objeto, eh que nos da a sensacao de que as obras se expressam para nos.

Eh isso.


Lindsay

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Resposta #4 Online: 16 de Novembro de 2020, 18:36:54
Legal Marcio, olha só, preciso ler mais umas 3 vezes ainda tudo o que vc carinhosamente escreveu e refletir pra tentar entender essa questão vc colocou quanto a dualidade de corpo e mente, quanto ao entender o que o corpo sente.

A partir do item 3 é mais ou menos assim mesmo, eu poderia dizer algo parecido mas com outras palavras.


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pkawazoe

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Resposta #5 Online: 16 de Novembro de 2020, 20:49:23
vou colocar o que escrevi em um post antigo, mas que é mais adequado para esse.

"eu acredito que opinião e análise crítica são coisas diferentes
são julgamentos, onde o processo é diferente
o processo de formular um conceito...

a opinião, que necessariamente é um ponto de vista, parte justamente do gosto pessoal,
e isso é uma característica do indivíduo contemporâneo, e todos tem o direito a ela............
todos tem o direito a dar a sua opinião.

já a análise critica parte de uma metodologia de analise dos elementos constituídos do objeto, que pode ser uma fotografia pintura etc, etc.

eu sempre gosto de citar um trecho de uma entrevista do Antonio Candido

“a obra de arte pode depender do que for, da personalidade do autor, da classe social dele, da situação econômica, do momento histórico, mas quando ela é realizada, ela é ela. Ela tem sua própria individualidade. Então a primeira coisa que é preciso fazer é estudar a própria obra. Isso ficou na minha cabeça. Mas eu também não queria abrir mão, dada a minha formação, do social. Importante então é o seguinte: reconhecer que a obra é autônoma, mas que foi formada por coisas que vieram de fora dela, por influências da sociedade, da ideologia do tempo, do autor. Não é dizer: a sociedade é assim, portanto a obra é assim. O importante é: quais são os elementos da realidade social que se transformaram em estrutura estética.”

os elementos que constituem o objeto, podem variar de acordo com época e sociedade, por isso o conceito de beleza na idade média é diferente do romântico e por sua vez diferente dos dias atuais,
mas a metodologia de análise é igual para obras de diferente períodos e épocas.


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Resposta #6 Online: 17 de Novembro de 2020, 10:17:32
mas a metodologia de análise é igual para obras de diferente períodos e épocas.

Eu provavelmente nao entendi o que vc quis dizer com isso. Mas baseado no meu entendimento e interpretacao da frase, eu discordo.

A metodologia de analise de diferentes epocas eh tao distintas que a tendencia de usarmos a metodologia de hoje em dia em obras passadas faz com que a vemos de maneira que elas nunca foram vistas em suas proprias epocas e interpretadas totalmente diferente do que era interpretado outra hora.

Nos somos as ferramentas que usamos para interpretar as coisas, o mundo e a realidade. Por isso, interpretamos tudo isso nao como elas sao mas sim como nos somos. Visto que nos somos diferentes em diferentes epocas, momentos, etc, nossa interpretacao e metodologias para tais interpretacoes serao tambem sempre diferentes de acordo com as diferentes epocas.

A obra tem influencias de sua epoca e cultura mas a analises e suas metodologias tambem.


pkawazoe

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Resposta #7 Online: 17 de Novembro de 2020, 13:11:21
Eu provavelmente nao entendi o que vc quis dizer com isso. Mas baseado no meu entendimento e interpretacao da frase, eu discordo.

A metodologia de analise de diferentes epocas eh tao distintas que a tendencia de usarmos a metodologia de hoje em dia em obras passadas faz com que a vemos de maneira que elas nunca foram vistas em suas proprias epocas e interpretadas totalmente diferente do que era interpretado outra hora.

Nos somos as ferramentas que usamos para interpretar as coisas, o mundo e a realidade. Por isso, interpretamos tudo isso nao como elas sao mas sim como nos somos. Visto que nos somos diferentes em diferentes epocas, momentos, etc, nossa interpretacao e metodologias para tais interpretacoes serao tambem sempre diferentes de acordo com as diferentes epocas.

A obra tem influencias de sua epoca e cultura mas a analises e suas metodologias tambem.

acho que estamos falando de coisas diferentes,
interpretação é uma coisa, e ela existe desde os tempos pré-históricos, de uma maneira bem, mas bem resumida pode-se dizer que a maneira como as pessoas veem o mundo, influenciadas por vários fatores e que tbm a seu modo influencia outros.

O que eu estou me referindo é análise crítica, ou um termo mais adequado seria "crítica de arte"
esse conceito que teve ínicio no séc.XIX e teve um dos seus maiores precursores o Charles Baudelaire, isso mesmo o famoso poeta francês,
que tinha como idéia que obra e autor fossem a mesma coisa,
um movimento de intelectuais de 1920 deu inicio ao que foi chamado "A Nova Crítica" e era a idéia de a obra ser independente do autor,
e é esse questionamento que Antônio Cândido(ele era critico literário) faz na sua citação.

isso são metodologias de critica de arte, vc pode pegar qualquer uma delas e aplicar em qualquer obra de qualquer período.

eu particularmente prefiro a vertente do Antônio Cândido, acho que ele explifica muito bem como eu penso.






Lindsay

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Resposta #8 Online: 17 de Novembro de 2020, 13:29:38
acho que estamos falando de coisas diferentes,
interpretação é uma coisa, e ela existe desde os tempos pré-históricos, de uma maneira bem, mas bem resumida pode-se dizer que a maneira como as pessoas veem o mundo, influenciadas por vários fatores e que tbm a seu modo influencia outros.

O que eu estou me referindo é análise crítica, ou um termo mais adequado seria "crítica de arte"
esse conceito que teve ínicio no séc.XIX e teve um dos seus maiores precursores o Charles Baudelaire, isso mesmo o famoso poeta francês,
que tinha como idéia que obra e autor fossem a mesma coisa,
um movimento de intelectuais de 1920 deu inicio ao que foi chamado "A Nova Crítica" e era a idéia de a obra ser independente do autor,
e é esse questionamento que Antônio Cândido(ele era critico literário) faz na sua citação.

isso são metodologias de critica de arte, vc pode pegar qualquer uma delas e aplicar em qualquer obra de qualquer período.

eu particularmente prefiro a vertente do Antônio Cândido, acho que ele explifica muito bem como eu penso.
Paulo, na referencia que vc fez a "Antônio Candido", quando ele diz:
"Então a primeira coisa que é preciso fazer é estudar a própria obra. "

Vc poderia explicar melhor, na visão do autor, esse processo ???
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Resposta #9 Online: 17 de Novembro de 2020, 13:54:16
acho que a gente pode pegar essa frase e usar de exemplo.
" quais são os elementos da realidade social que se transformaram em estrutura estética"

e algo que me vem a mente é o fim do academicismo com a chegada da modernidade,
se não me engano o que vigorava era a estética de Kant, que para se alcançar o belo era preciso e um apredizado na experiencia pessoal,
ou seja, aprender a técnica para depois alçar um estilo, lembrando que a palavra arte em grego é "tékne".
Com o modernismo tudo isso muda, a estética parte do intelecto, por isso que nascem movimentos como Neoplasticismo ou Dadaísmo, vc não precisava
adquirir grande habilidade de pintura e escultura pra fazer o que eles faziam, sem falar das transformações sociais e politicas que a Europa estava passando na época.

então analisando uma obra independente do autor mas que sofre infuencias de acordo com seu contexto, é de uma forma bem resumida como eu penso.


pkawazoe

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Resposta #10 Online: 17 de Novembro de 2020, 14:02:38
Paulo, na referencia que vc fez a "Antônio Candido", quando ele diz:
"Então a primeira coisa que é preciso fazer é estudar a própria obra. "

Vc poderia explicar melhor, na visão do autor, esse processo ???

na visão do autor? essa frase é na visão do crítico.
ou vc esta se referindo do autor da frase, o Antônio Candido?

ah, isso era o conceito principal da "nova crítica" o autor podia ser famoso, rico  ou bonito, tudo isso não era importante,
o que eles analisavam era composição, linhas, formas, se estava dentro de algum estilo ou conceito.
mas e realidade social de uma época, não influencia como vemos as coisas?
é como eu falei no post anterior o fim do academicismo com o início do modernismo resultou numa mudança de paradigma.
« Última modificação: 17 de Novembro de 2020, 14:05:10 por pkawazoe »


Lindsay

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Resposta #11 Online: 17 de Novembro de 2020, 19:20:23
ok muito bom Marcio e Paulo, mas assim, eu gostaria da opinião dos senhores dirigida para um fotografo que está iniciando nesta experiência de criticar uma foto, digamos, a principio, como o(a) cara vai fazer para criticar o seu próprio trabalho???
Como é que se dever proceder para identificar as situações e armadilhas que uma pessoa normalmente tem ao interpretar o seu próprio trabalho fotográfico???
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Resposta #12 Online: 18 de Novembro de 2020, 13:21:12
acho que estamos falando de coisas diferentes,
interpretação é uma coisa, e ela existe desde os tempos pré-históricos, de uma maneira bem, mas bem resumida pode-se dizer que a maneira como as pessoas veem o mundo, influenciadas por vários fatores e que tbm a seu modo influencia outros.

O que eu estou me referindo é análise crítica, ou um termo mais adequado seria "crítica de arte"
esse conceito que teve ínicio no séc.XIX e teve um dos seus maiores precursores o Charles Baudelaire, isso mesmo o famoso poeta francês,
que tinha como idéia que obra e autor fossem a mesma coisa,
um movimento de intelectuais de 1920 deu inicio ao que foi chamado "A Nova Crítica" e era a idéia de a obra ser independente do autor,
e é esse questionamento que Antônio Cândido(ele era critico literário) faz na sua citação.

isso são metodologias de critica de arte, vc pode pegar qualquer uma delas e aplicar em qualquer obra de qualquer período.

eu particularmente prefiro a vertente do Antônio Cândido, acho que ele explifica muito bem como eu penso.

Ok, e o que difere a interpretacao da analise critica?


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Resposta #13 Online: 18 de Novembro de 2020, 13:31:09
ok muito bom Marcio e Paulo, mas assim, eu gostaria da opinião dos senhores dirigida para um fotografo que está iniciando nesta experiência de criticar uma foto, digamos, a principio, como o(a) cara vai fazer para criticar o seu próprio trabalho???
Como é que se dever proceder para identificar as situações e armadilhas que uma pessoa normalmente tem ao interpretar o seu próprio trabalho fotográfico???

Isso eu apresentei no meu primeiro post.
Mas lendo agora vc falar em como evitar armadinhas ao interpretar o proprio trabalho. Eu sinceramente nao acredito que haja interpretacao sem armadilhas. Pq como eu descrevi no meu primeiro post, interpretar eh racionalizar uma obra ou objeto fora do que ela realmente eh, para ser traduzida usando as metaforas de nossa linguagem, ao qual usamos para comunicas nossas esperiencias.

Por isso que meu processo de apreciacao de obras de arte ou qualquer objeto tem como primeiro e segundo passo nao a interpretacao da obra, mas sim o foco na experiencia da obra sem usar ferramentas comunicativas para traduzir tais experiencias.

Uma vez interpretada a obra nos nao estamos mais experienciando a obra em si, mas sim as metaforas comunicativas que correlacionamos com a obra.

A primeira parte, da experiencia da obra, eh um processo somatico (emocao). A segunda parte, que eh a interpretacao para comunicar a experiencia da obra, eh um processo mental (sentimento). Essa eh a dualidade que eu me referi inicialmente que ha em todos nos, de termos dois processos de experiencias a realidade.


Lindsay

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Resposta #14 Online: 19 de Novembro de 2020, 12:38:45
Pergunta aos colegas:

Do ponto de vista do fotografo que critica uma foto que ele não fez, relacione entre as alternativas, a(s) que descreve(m) o significado de criticar uma foto.

a) Falar bem ou mau da foto, como espectador
b) Afirmar que a foto é boa ou ruim
c) Dizer que a foto é feia ou bonita
d) Editar a foto que ele não fez, por um modo de raciocínio próprio, intimo
e) Dizer que aquele fotografo é bom ou péssimo fotógrafo
f) Ficar puxando o saco de um amigo que fotografou, pq que vc o admira
g) Incentivar um fotografo novato, para que ele continue
h) Mostrar o caminho correto para o cara fotografar bem
i) Ficar falando mau do fotografo que é desafeto pessoal

Comentem, e se estiver faltando alguma coisa nesta lista, por favor acrescente.
« Última modificação: 19 de Novembro de 2020, 12:40:36 por Lindsay »
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