Não concordo com essa afirmação.
A Nikon acertou muito nas Z, mas errou ao ir para o cartão único. Agora corrigiu.
Isso custou quase 2 anos de vendas baixas. Os 2 slots poderiam ter mudado a situação!
Digamos que ela ainda não desenvolveu sua ML no mesmo nível da Sony e Canon.
Mas ela está muito perto.
Para determinados segmentos as Z atendem perfeitamente, inclusive casamentos.
Arquitetura, Fotos de pessoas, books, ensaios, natureza, paisagem, e outros.
Na minha opinião apenas esportes de velocidade e alguns tipos de vida selvagem ela pode dificultar a vida do fotógrafo.
Para mais de 90% dos fotógrafos as Z já são suficientes.
Nas DSLR não é necessário nem comentar.
Quem faz melhor que as D500, D850, D6?
Cara me perdoe, achei sua visão um tanto simplista. As coisas não se resumem em apenas "1 slot de cartão". Nem preciso comentar a qualidade dos equipamentos da Nikon, isso é chover no molhado, certo. O que está se discutindo é justamente o tanto de decisões erradas desde 2014 que tem dificultado e muito a situação da Nikon no mercado. Empresas sobrevivem e prosperam de produtos. Pra ter produtos é preciso que tenha demanda. E com as vendas, chegam os lucros. E com os lucros, mais inovações. Sempre foi assim no mercado de tecnologia. Lucro é a base do sistema capitalista, ao contrário do que dizem até os comuna-socialistas rs.
Vou postar trechos de um artigo da situação atual da Nikon (tradução não tá perfeita, vamos lá):
"De acordo com a publicação japonesa Toyo Keizai e resumida pela Digicame-Info , “a prestigiosa Nikon está em apuros” graças à deterioração do negócio principal de câmeras. No negócio de vídeo, que inclui câmeras, as vendas para o próximo trimestre financeiro devem diminuir cerca de 40% em relação ao período anterior para 140 bilhões de ienes (~ $ 1.338.809.640), deixando a empresa com um déficit operacional de 45 bilhões de ienes (~ $ 430.331.670 ).
O bode expiatório mais comum para as vendas fracas de câmeras, o crescimento do mercado de smartphones, não é inteiramente culpado aqui. Toyo Keizai diz que o medo da Nikon de entrar em conflito com as vendas de suas câmeras DSLR fez com que a empresa relutasse em produzir uma câmera sem espelho. Quando entrou no mercado, a Sony já havia se consolidado há muito tempo. Em 2019, a Sony produziu 1,65 milhão de unidades, enquanto a Nikon produziu apenas 280.000. Da mesma forma, a Canon esperou para entrar no mercado, mas se saiu muito melhor com as fortes vendas da EOS R5, cobrindo alguns anos do que está se revelando uma estratégia melhor sem espelho.
Deve-se notar que uma grande diferença entre a Canon e a Nikon é que a Canon é muito mais diversificada. Ela conseguiu esperar para entrar no mercado sem espelho por causa desse modelo, o que prejudicou mais a Nikon por causa de seu negócio muito mais focado.
Mesmo fora da fabricação de câmeras de consumo, a diversificação limitada da Nikon tem tido um desempenho ruim. O negócio de saúde da Nikon está em déficit desde 2017 e seu negócio de maquinário de precisão - onde tradicionalmente tem os maiores números de vendas - caiu 98% em relação ao ano anterior.
Chegando em 2020, é muito provável que a Nikon ainda não tenha se recuperado totalmente de sua terceira falha consecutiva de novo produto em produtos de consumo. A série de câmeras Nikon 1 não conseguiu encontrar popularidade, a linha Keymission de câmeras de ação também entrou em colapso e a linha Nikon DL de câmeras compactas sem espelho foi cancelada antes que uma única unidade fosse vendida. Suas lutas aumentaram conforme as vendas de câmeras despencaram no início de 2020 , deixando a empresa particularmente vulnerável. Nem é preciso dizer que as dificuldades da empresa nos últimos quatro anos e sua incapacidade de se recuperar antes de 2020 se mostraram particularmente inoportunas.
Esta análise financeira mais detalhada vem após o anúncio da Nikon em maio de que iria demitir 700 funcionários no Sudeste Asiático e as notícias do início deste mês de que a empresa estava cortando 20% de sua força de trabalho internacional. Os últimos movimentos da Nikon parecem ser uma tentativa de se reorganizar de volta à lucratividade, mas as muitas decisões que a empresa tomou até este ponto parecem estar tornando a recuperação lenta.
Toyo Kezai relata que “o plano de gestão de médio prazo até 2021 visa criar novos pilares de ganhos, investindo ativamente em áreas de crescimento, como novos negócios”. Ainda assim, a publicação expressou preocupação com esta estratégia e se pergunta se a Nikon pode alcançar um crescimento sustentável quando os negócios existentes estão parados."
Resumo executivo: as decisões de marketing atrapalhadas da empresa, podem fazer a Fuji ir para o terceiro lugar mundial na venda de câmeras ou até torná-la um setor de ultra-nicho como a Pentax. A situação da Nikon, como empresa, é ultra-delicada. Esses dados sairam em jornais japoneses nesse mês de novembro de 2020.
Agora como usuário: quem é fã das DSLR da Nikon é fiel à marca (por motivos óbvios, eles estão certos, equipamentos são de qualidade). AO lançar o sistema Z, a empresa dividiu sua base de clientes, confundindo quem tem DSLR . Por outro lado, não há fortes incentivos em quem usa marcas concorrentes ao migrar para o sistema. Sabemos que hoje em dia o marketing-share das câmeras fotográficas está muito mais voltado pra vídeos do que para fotografia. O motivo: câmeras ainda são bem superiores em diversos aspectos do que celulares. Canon e Sony souberam perceber isso e suas linhas mirrorless no fundo são focadas nesses aspectos.
Bem, é isso, são fatos ok.
Nota: Se eu fosse a Nikon investiria mais no consumidor tradicional, aquele que adora as DSLR Nikon e é fiel à marca, melhorando os aspectos de vídeo.