Autor Tópico: Regra dos terços  (Lida 2158 vezes)

Roberto Dellano

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Online: 15 de Dezembro de 2020, 14:10:55
Pessoal, já tem um tempo que estou testando uma teoria com meus clientes, sempre que faço ensaio, em algum determinado ponto do ensaio, eu faço duas fotos da mesma pose, no mesmo cenário, uma na regra dos terços, e a outra centralizada, deixo apenas essas duas opções nessa pose, e envio as provas para os clientes, quase que 100% dos clientes escolhem a foto centralizada, e olha que eu sempre escolho situações que favoreçam a regra dos terços.

A regra dos terços acho que é a regra mais conhecida das artes visuais, seja fotografia ou qualquer outra forma de arte ou reprodução da imagem. Mas a questão que tenho feito é:
Até que ponto isso é valido quando fotografamos para quem é leigo?

Nossos olhar já foi "adestrado" para essa, ou qualquer outra regra de composição, mas nós retratistas de eventos e ensaios, fotografamos para quem é leigo, e ao que me parece as fotos fora de "padrão" são mais valorizadas por essas pessoas que constituem nossa clientela.

Tenho tentado quebrar pelo menos a regra dos terços nos meus ensaios, mas é difícil, quando você vê já foi, e mesmo nas fotos que consigo, na hora de editar o dedo coça para dar um crop, mas como eu disse, as fotos centralizadas são as preferidas dos clientes.

Os amigos tem alguma opinião sobre esse assunto?

Abraço a todos.



cheferson

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Resposta #1 Online: 15 de Dezembro de 2020, 15:33:29
Roberto, eu sou do tipo que sempre achei uma porcaria usar regras dos terços. Gosto muito mais em retratos, por exemplo, do "ponto de fuga", ou "linhas-guia" que são quando você tem uma calçada, por exemplo, ou linhas na composição enfim, eu também prefiro um retrato centralizado, com um pouco de vinheta nas bordas do que regra dos terços.

Acho legal esse vídeo do Armando sobre o assunto:



hribeiro

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Resposta #2 Online: 15 de Dezembro de 2020, 16:11:22
Dellano,

Quem sabe os clientes gostam de uma foto convencional...
Embora a foto centralizada fique mais previsível, ela também é uma imagem natural quando vemos as pessoas no meio da cena, em frente a nós.
Se olharmos para revistas de moda, há muita foto com o modelo posando no centro do quadro,
e não fica ruim. É um posicionamento "normal", digamos.
Claro que a fotografia criativa procura no meio de várias fotos, fazer algo diferente do "normal" e aí
coloca o modelo nos cantos, usa o espaço negativo, tira um pouco do centro, etc.
Na verdade a regra dos terços é apenas uma das várias formas de se colocar o modelo no quadro.
Muitas vezes o rosto do modelo fica nos terços mas o corpo fica no centro.
E aí? Consideramos essa posição "nos terços" ou no centro?

Aí vão umas fotos de uma atriz para a gente refletir. Recente.
Há várias centralizadas. E algumas quase centralizadas, com pequeno deslocamento
para um dos lados.

https://revistaglamour.globo.com/Celebridades/noticia/2020/11/juliana-paes-posa-poderosa-nas-maldivas.html
Helvio

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hribeiro

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Resposta #3 Online: 15 de Dezembro de 2020, 16:17:59
Roberto, eu sou do tipo que sempre achei uma porcaria usar regras dos terços. Gosto muito mais em retratos, por exemplo, do "ponto de fuga", ou "linhas-guia" que são quando você tem uma calçada, por exemplo, ou linhas na composição enfim, eu também prefiro um retrato centralizado, com um pouco de vinheta nas bordas do que regra dos terços.

Acho legal esse vídeo do Armando sobre o assunto:


Armando sempre mandando bem.
Uma abordagem raiz do tema. Com mais detalhes do que se usa atualmente.
Mas ele nos lembra que o pintor tem 100% de controle da cena.
E o fotógrafo não. Você não pode mudar o sol e a luz natural de lugar.
Quando possível se muda o modelo. Mas o background fica diferente.
E em foto de rua geralmente não se consegue mudar nada.
Só o ponto de vista.
Helvio

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cheferson

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Resposta #4 Online: 16 de Dezembro de 2020, 10:25:31
Armando sempre mandando bem.
Uma abordagem raiz do tema. Com mais detalhes do que se usa atualmente.
Mas ele nos lembra que o pintor tem 100% de controle da cena.
E o fotógrafo não. Você não pode mudar o sol e a luz natural de lugar.
Quando possível se muda o modelo. Mas o background fica diferente.
E em foto de rua geralmente não se consegue mudar nada.
Só o ponto de vista.

Gosto muito do canal do Armando, pra mim ele e o Bagnola são dois grandes mestres.


cxpostal

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Resposta #5 Online: 16 de Dezembro de 2020, 21:49:40
<...>
A regra dos terços acho que é a regra mais conhecida das artes
Nossos olhar já foi "adestrado" para essa, ou qualquer outra regra de composição, mas nós retratistas de eventos e ensaios, fotografamos para quem é leigo, e ao que me parece as fotos fora de "padrão" são mais valorizadas por essas pessoas que constituem nossa clientela.
<...>

Pergunta difícil, mas achei um paralelo que talvez explique (não justifique).

Já presenciou alguém provando pela primeira vez um queijo, por exemplo, roquefort? Talvez prefira queijo minas Tirolez.


Carlos

"Quem descreve nao é dono do assunto, mas quem inventa é."  --Manoel de barros
https://www.instagram.com/reel/C3tJeUkR_jR/?igsh=MWZ4eGJ4NTl0bWJ4MQ==   --ariano suassuna


C R O I X

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Resposta #6 Online: 18 de Dezembro de 2020, 15:50:38
A maneira que vc explica isso faz parecer que so existe a regra do terco. Retrato com a pessoa centralizada na imagem tambem obdece outra regra: A de causar maior impacto visual fazendo o sujeito parecer mais importante e imponente no cenro da imagem. O centro significa impacto.

A regra do terco eh mais para ser usado para compor um objeto dentro de um cenario. Vc pode usar a regra para compor o olhar ou o rosto dentro do cenario da foto, mas quando o foco eh diretamente a pessoa e o ambiente menor relevante ou irrelevante, vc pode usar outras regras.


Mas a sua descricao de experimento tambem me chamou atencao pata outra coisa. Vc tem muita atencao para a regra e que talzes faca vc nao sentir a imagem por ela mesmo. Clientes ou pessoas eh geral nao veem regras nenhuma, elas apenas sentem as imagens.

As regras foram criadas baseadas no que as pessoas sentes. Mas se vc subistituir a experiencia do que se sente na imagem pela experiencia do que vc ve como regra, vc e o cliente estarao experienciando coisas diferentes e distintas.

Eh por isso que eh dito que regras nao sao regras, mas sim referencias (e quem nao entende isso acha que isso quer dizer "quebrar regras"). O que isso significa eh que ao fazer retratos vc pode aplicar as regras para ter uma rapida referencia em onde achar uma harmonia na composicao da imagem, mas apos aplicar a regra vc deve esquecer ela e olhar para a imagem em si e sentir ela, e assim vc vai ajustando a composicao de acordo to quanto agradavel ou desagradavel vc sente estar o resultado (nao de acordo com regras).

O resultado da harmonia que vc sentir na foto tendera a ser o que seus clientes sentirao na foto tambem. E quanto mais atento vc estiver a esse ajustamento de acordo com o que vc sente ao ver a imagem em si (sem o filtro das regras), mas as pessoas sentirao que a foto tem algo seu, um olhar seu, um sentimento seu, que as pessoas experienciam ao olhar a foto. Conciente ou inconciente elas sentem essa harmonia.

Trabalhos que finalisam em regras geram resultados padronizados e que o publico tende a sentir nao ter uma essencia do criador na obra obra em si.

Editado: Eu falei de composicao mas a regra do terco eh mais uma regra de enquadramento. E  por mais que enquadramento seja uma das principais questoes na fotografia, a fotografia eh muito mais do que apenas enquadramento.
« Última modificação: 18 de Dezembro de 2020, 16:00:31 por C R O I X »


Lindsay

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Resposta #7 Online: 18 de Dezembro de 2020, 16:30:42
Tenho coisas pra falar mas sem muita paciência para escrever. Depois vou ler o tópico inteiro, mas em relação ao primeiro post Dellano, penso que existe um analfabetismo imagético da galera que não conseguem perceber aquilo que estão vendo. Por exemplo as pessoas assistem novela e veem filmes todos os dias mas não raciocinam com cores, nem com composição, com luz, com os elementos presentes nas fotos, etc...

Vc fotógrafo esta preocupado com uma coisa, e o seu cliente com outra.
Conhecimento importa mais que equipamento.


Thales Souto

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Resposta #8 Online: 18 de Dezembro de 2020, 17:41:57
 :snack: :snack: Tentarei ler tudo mais tarde com calma
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"Polímeros, aulas, família e fotografia. Não necessariamente nessa mesma ordem...."
Meu canal no YouTube sobre fotografia: http://www.youtube.com/channel/UCCS35q7G_BRE6aVdXXEOKNg
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cheferson

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Resposta #9 Online: 19 de Dezembro de 2020, 08:30:05
Croix obrigado por seus pontos de vista, sempre adicionando conhecimentos valiosos no fórum. Vou somar sua opinião e a o que Lindsay disse muito bem sobre o fotógrafo querer algo e o cliente outra. Vou adicionar um pouco do meu ponto de vista (lá vem texto longo,  :D :D :D )

Sobre o tópico em si: creio que o autor do mesmo falou sobre a regra dos terços para retratos. Eu entendo que no retrato, há uma expressão e um sentimento expressos na fotografia. Podemos dizer que a linguagem estética não está presa a regra de terços e a nenhuma outra regra da fotografia e vou explicar alguns motivos:

O primeiro deles é que muito mais importante que regras, são a direção de modelos. E quando eu falo de direção de modelos estou falando de humanos. Humanos tem pontos fortes e fracos. E usar esse recurso na fotografia é algo realmente espetacular. Por exemplo, eu trabalho a 5 anos com ensaios, não gosto de retratar tristeza.Por isso eu já sei de ante-mão que o estado emocional do cliente ANTES do ensaio começar é muito importante. Sabe fazer umas piadas, demonstrar um interesse genuíno em conhecer a pessoa, faz ela se soltar e ser natural nas fotos.

Segundo ponto é a iluminação. Embora a luz natural seja perfeita pra muitas situações, uma foto com iluminação ruim não será uma foto boa. Nosso cérebro enxerga por contraste. Então estudar cores complementares e opostas por exemplo, é uma "regra" de fotografia bem mais interessante pra ensaios de pessoas do que regras de terços.

Terceiro: foco. Nossos olhos se voltam aonde há foco na imagem. POr isso se eu usar uma  lente que tem bom desfoque como uma 50 ou 85MM por exemplo, o olhar de quem vê a foto irá para onde está o foco. Por isso achei um avançado incrível as últimas mirrorless terem foco cravado no olho. Os olhos expressam muito sobre quem a pessoa é e como ela se sente na hora da foto (vide acima sobre direção de modelos, quebrar o gelo, deixar a modelo bem humorada, etc) .

Quarto: a linguagem estética. A linguagem estética na fotografia depende sobretudo do tipo de lente que se usa. Uma linguagem estética ativa é quando fotografamos pessoas incluindo o cenário. Lentes grande-angular são muito boas para esse tipo. Particularmente, no Fullframe, distância entre 24-45 milímetros passam essa linguagem visual onde se eu der um passo, eu estou dentro da fotografia. Por isso é uma estética mais ativa, com o elemento humano inserido dentro de um contexto que o convida a adentrar a cena, fazendo com que, mesmo inconscientemente, quem vê a fotografia , sente que se der um passo está dentro do ambiente.

Jà as lentes mais "normais" (a partir de 50MM ) e as lentes tele, possuem linguagem mais passiva, ou seja, um olhar de observação. Nesse tipo de retrato, o foco é mostrar o rosto, a expressão facial, algumas roupas e poses do modelo, ignorando o cenário de fundo. Nesse contexto, a estética é passiva, de observação. Quem vê a foto sente que está observando uma pessoa à distância e o cenário é apenas um leve complemento da exposição da foto.

Vou colocar dois exemplos de fotos minhas. Não sou um fotógrafo top das galáxias (mas estudando e praticando pra ser kkkk ) .
Foto 1:
Chefferson Amaro. Instagram @cafefocofoto. by Chefferson Amaro, no Flickr

Essa foto é do meu filho que estava brincando de correr. Usei a 40MM 2.8 pancake da Canon. Notem que essa foto possui uma estética ativa, já que isso acontece porque inclui o cenário na composição. Eu ignorei totalmente a regra dos terços. Notem que não importa onde o modelo está. Se há um cenário e apenas 1 ser humano nele, nossos olhos irão olhar para o ser humano.

No exemplo desta foto, eu usei o espelho como parte da composição. Reparem que vc olha primeiro meu filho, depois o espelho e depois ele de novo, pra ser o destaque da foto. Ou seja, o cenário e o espelho que são as "regras" de composição da foto, onde ignorei qualquer regra de terços, mas explorei essa e outras "regras" (por exemplo, usei as linhas guia da calçada e do meio fio pra dar uma sensação maior de profundidade na cena) .

Também me agachei pois meu filho é uma criança e uma foto feita no mesmo ângulo do fotografado faz a composição ficar 1.000 vezes melhor , principalmente em crianças.

Como se pode notar, veja que usei (ainda que não totalmente consciente) uma série de "regras", mas também dei minha personalidade e olhar à imagem, quebrando essas regras, e ignorando totalmente regras de terços. A 40MM é uma lente ainda angular, então ela incluirá uma boa parte do cenário na composição. Nisso precisamos sempre pensar em posicionar o ser humano de maneira que nosso olhar vá pra ele em primeiro e o cenário é usado de maneira ativa pra complementar a composição da fotografia.

É uma estética ativa: se eu der um passo, quem vê a foto se imagina lá dentro brincando um pouco.  :D :D :D


Foto 2:
Chefferson Amaro. Instagram @cafefocofoto. by Chefferson Amaro, no Flickr

Jà esse retrato foi feito com uma 58MM em sensor APSC o que me dá um enquadramento praticamente de uma 85MM , ou seja, um enquadramento de uma lente do estilo "retrato clássico" .

Nesse tipo de composição, o fundo pouco aparece, e o destaque deixa de ser o cenário. Passamos a contemplar a beleza da modelo, seus olhos, expressão facial, de um jeito passivo, ou seja, observador. Não é assim que observamos uma obra de arte de pessoas?

É claro que podemos usar uma lente tele pra paisagens, por exemplo, mas elas sempre irão gerar essa linguagem de observação.

Pra finalizar: em fotos de pessoas, regras de terço são apenas uma referência, nunca uma obrigação. E centralizar a foto pode gerar algo muito mais interessante principalmente se minha linguagem for mais passiva/de observação /apreciação, ex:
Chefferson Amaro. Instagram @cafefocofoto. by Chefferson Amaro, no Flickr



cheferson

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Resposta #10 Online: 19 de Dezembro de 2020, 09:29:20
Sobre a questão abordada pelo Lindsay "o que o fotógrafo enxerga e o que o cliente enxerga" - há uma diferença realmente grande. Por exemplo, se seus clientes gostam mais do retrato centralizado há de se perguntar porque um leigo gosta de algo que um fotógrafo não gosta.

A conclusão que cheguei é que geralmente os clientes são muito menos exigentes do que os fotógrafos.Isso porque basta saber fotografia mais do que eles em termos de composição, expressão, fotometria, foco, iluminação, etc, que você já será mais capacitado do que eles que só tiram selfies sem essas preocupações. No geral, a não ser que seu cliente seja uma agência de moda, ou alguma agência de propaganda, ou um fotógrafo mesmo, as exigências de seus clientes serão bem menores do que se pensa. O cliente nota mais as questões humano-profissionais como, por exemplo, se você entrega as fotos conforme o combinado ou dentro do prazo.

Dito tudo isso, olhem as voltas do que eu tive que comentar, para falar sobre regra de terços não ser uma coisa tão importante assim na fotografia de pessoas.Acho que há outras questões bem mais importantes desde o trato humano, o olhar, o sentimento transmitido, e outros aspectos técnicos já mencionados que julgo serem de uma importância muito maior . Resumo: se seus cliente amam fotos centralizadas, faça o seu estilo e entregue o que eles pedem. Acho que isso resume o textão que postei kkkk


C R O I X

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Resposta #11 Online: 19 de Dezembro de 2020, 16:29:02
Eu acho interessante uma questao que esta em conflito aqui.

Como trabalho comercial, o fotografo supostamente tem que ver o que o cliente ve, para conseguir reproduzir o que o cliente quer.

Como trabalho artistico, o fotografo supostamente them que fazer o cliente ou as pessoas verem o que ele como artista ve. O que eh a parte que abordei no meu post anterior.

Se nao for nem um e nem outro esta tendo alguma falha de comuniacao entre criador e cliente. Mas o fato do OP fazer fotos de maneira que sabe que o cliente tende a escolher, e mandar como opicao, significa que ele ja sabe como o cliente ve e o que o cliente quer. No aspecto comercial eh o que ele tem que prover.

Um exemplo disso eh quando eu vou no cabelereiro. Literalmente nao existe cabelereiro bom na minha regiao, no sentido de olhar para o meu rosto ou entender o que eu quero, nao conseguindo entao fazer o resultado que eu desejo. Em geral, os cabelereiros tem suas regras e cortes padronizados de acordo com a moda e que reporduzem (ficam focados nas regras).
Eu pedi a um deles para nao passar maquina no caminho de cabelo que desce no pescoco embaixo da nuca, o cara a principio disse que entendeu mas falou que nao era para dizer que ele cortou meu cabelo pq "estava errado" nao passar a maquina. Chegou no final do corte ele passou a maquina. 8-)
Ou seja, fazer algo que eu queria e que quebrasse as regras deixou esse cabelereiro extremamente inseguro, por julgar "ser errado".

Ele eh um otimo cabelereiro e corta muito bem. Mas nao ele nao faz o estilo e corte que eu realmente quero e gosto pq nao esta dentro das regras da moda de hoje em dia. Eu acabo preferindo cabelereiros menos esperientes pq eles estao mais dispostos a fazer de acordo com o que eu pesso (fora das regras), e mesmo que o corte nao saia perfeito o resultado sai bem melhor e eu fico muito mais atraente de acordo com os olhares e cantada das mulheres.  :D
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2020, 16:32:13 por C R O I X »


cheferson

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Resposta #12 Online: 20 de Dezembro de 2020, 04:22:29
mesmo que o corte nao saia perfeito o resultado sai bem melhor e eu fico muito mais atraente de acordo com os olhares e cantada das mulheres.  :D

Garanhão kkkkk  :hysterical: :hysterical: :hysterical:

(significado de "garanhão" no Brasil - Homem sexualmente atraente para as mulheres )
« Última modificação: 20 de Dezembro de 2020, 04:23:17 por cheferson »


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Resposta #13 Online: 20 de Dezembro de 2020, 06:14:14
Garanhão kkkkk  :hysterical: :hysterical: :hysterical:

(significado de "garanhão" no Brasil - Homem sexualmente atraente para as mulheres )

Mas a moral da historia eh que enquanto o cabelereiro estava apenas olhando as regras do corte "correto" e na moda, nada disso serve para mim pq nao eh o melhor resultado para o meu tipo se rosto. Eh apenas um resultado padronizado.

Eu, como cliente, quero algo que sirva para mim, nao regras.


cheferson

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Resposta #14 Online: 21 de Dezembro de 2020, 22:34:56
Mas a moral da historia eh que enquanto o cabelereiro estava apenas olhando as regras do corte "correto" e na moda, nada disso serve para mim pq nao eh o melhor resultado para o meu tipo se rosto. Eh apenas um resultado padronizado.

Eu, como cliente, quero algo que sirva para mim, nao regras.

Exatamente e para o cliente na fotografia é mais importante o momento registrado do que a regra de composição, eu percebi isso nos últimos anos.