[pkawazoe]

Como é o processo criativo e como chegam ao resultado que vocês querem?

Bom eu vou falar sobre as minhas fotos e comigo funciona de 2 jeitos o insight e a inspiração.

A inspiração vem de uma foto, um quadro ou até mesmo um livro, algo que me remete a uma sensação e uma curiosidade, e eu tento reproduzir do meu jeito e o resultado final tem que ter uma personalidade.

Já o insight é como um soco ou um estalo, como esse último projeto que eu postei “Lado a lado” eu vi como as imagens combinavam juntas e fui compelido a procurar mais dentro das minhas outras fotos, isso também acontece quando fotografo na rua, as vezes é uma luz ou uma pessoa e de repente todo aquele conjunto entra em harmonia e eu faço o click.

E para vocês como é?

[RFP]

Há muito tempo, quando eu tentava fazer uma fotografia mais experimental, era mera cópia das ideias de outros.

Hoje não "crio" mais nada, só observo.

[alcure]

Como é o processo criativo e como chegam ao resultado que vocês querem?

Bom eu vou falar sobre as minhas fotos e comigo funciona de 2 jeitos o insight e a inspiração.

A inspiração vem de uma foto, um quadro ou até mesmo um livro, algo que me remete a uma sensação e uma curiosidade, e eu tento reproduzir do meu jeito e o resultado final tem que ter uma personalidade.

Já o insight é como um soco ou um estalo, como esse último projeto que eu postei “Lado a lado” eu vi como as imagens combinavam juntas e fui compelido a procurar mais dentro das minhas outras fotos, isso também acontece quando fotografo na rua, as vezes é uma luz ou uma pessoa e de repente todo aquele conjunto entra em harmonia e eu faço o click.

E para vocês como é?

Antigamente eu pegava alguns retratos que gostava, salvava numa galeria e tentava replicar com pequenas alterações dado o que eu tinha disponivel para executar. Com o tempo fui percebendo que isso engessa demais o processo criativo e te faz focar demais em algumas coisas e esquecer de muitas outras no seu entorno, limitando em muito a capacidade de criar. Hoje basicamente troco referencias com os envolvidos, para sabermos mais ou menos o que esperar um do outro, e, na hora da execução eu me viro sem ficar consultando referencias e nem nada. Saco a câmera e deixo rolar. Com isso passei a ser mais criativo e improvisar melhor, mas num aspecto geral, acho que oq mais contribuiu para isso é a experiência mesmo.

Meu conselho aos mais novatos é: faça, faça, faça, faça...com o tempo você percebe que criou algo parecido com memória muscular para seu estilo pessoal/técnica e acaba ficando mais criativo, já que à esta altura do campeonato, após muito "replicar", já deve ter tido dezenas de problemas técnicos, teve de lidar com limitações, improvisações, erros etc o suficiente para não depender de bengala para criar. 

[ChristianSC]

Eu presto atenção em como a luz natural cai sobre o que eu quero fotografar. Se precisar mudar de ângulo eu mudo. Se a luz não colaborar, posso tirar uma foto de lembrança se for uma ocasião ou lugar que quero lembrar, mas não vai ser uma das minhas fotos que eu mostraria a alguém. Se eu precisar usar flash pra clarear sombras, posso fazer isso também.
Tudo depende da luz porque por mais que se possa manipular uma imagem depois, a qualidade da luz determina a beleza da imagem e pra mim não tem nada mais importante que isso...

[pkawazoe]

Há muito tempo, quando eu tentava fazer uma fotografia mais experimental, era mera cópia das ideias de outros.

Hoje não "crio" mais nada, só observo.

Poxa Rodrigo acho legal as suas fotos, gostei do seu poste sobre a pandemia e como registrou a sua família, me lembro um pouco
a fotos do Sávio(spiderman)

a ideia de registrar as pessoas ao redor é algo que muitos fotógrafos já fizeram e tem uns trabalhos bem interessantes.

[pkawazoe]

Antigamente eu pegava alguns retratos que gostava, salvava numa galeria e tentava replicar com pequenas alterações dado o que eu tinha disponivel para executar. Com o tempo fui percebendo que isso engessa demais o processo criativo e te faz focar demais em algumas coisas e esquecer de muitas outras no seu entorno, limitando em muito a capacidade de criar. Hoje basicamente troco referencias com os envolvidos, para sabermos mais ou menos o que esperar um do outro, e, na hora da execução eu me viro sem ficar consultando referencias e nem nada. Saco a câmera e deixo rolar. Com isso passei a ser mais criativo e improvisar melhor, mas num aspecto geral, acho que oq mais contribuiu para isso é a experiência mesmo.

Meu conselho aos mais novatos é: faça, faça, faça, faça...com o tempo você percebe que criou algo parecido com memória muscular para seu estilo pessoal/técnica e acaba ficando mais criativo, já que à esta altura do campeonato, após muito "replicar", já deve ter tido dezenas de problemas técnicos, teve de lidar com limitações, improvisações, erros etc o suficiente para não depender de bengala para criar. 

acho que a cópia é algo muito antigo, no academicismo era costume vc tentar pintar  um quadro de outro artista muitas e muitas vezes até vc alcançar um estilo próprio,
e isso ajuda a aprimorar a técnica,
mas eu gostei do que vc falou sobre a memória muscular e o nosso olhar se torna um reflexo do nosso musculo, vc vê algo interessante e reage e os problemas não são limitações são degraus para imagens mais sofisticadas e complexas.

P.S. ah eu vi o seu instagram e vc tem um trabalho muito bom, parabéns!!!

[pkawazoe]

Eu presto atenção em como a luz natural cai sobre o que eu quero fotografar. Se precisar mudar de ângulo eu mudo. Se a luz não colaborar, posso tirar uma foto de lembrança se for uma ocasião ou lugar que quero lembrar, mas não vai ser uma das minhas fotos que eu mostraria a alguém. Se eu precisar usar flash pra clarear sombras, posso fazer isso também.
Tudo depende da luz porque por mais que se possa manipular uma imagem depois, a qualidade da luz determina a beleza da imagem e pra mim não tem nada mais importante que isso...

legal, é isso luz é tudo, ou quase tudo.
gosto dessa sua percepção do que ver e essa consciência e como a luz pode mudar um fotografia.

[wdb2021]

Eu farei meu mapeamento áspero do que vou fazer. Depois disso, começamos a tirar fotos conforme planejado.

[erickdlm]

Seguindo a premissa que nada se cria, tudo se copia, creio que a maioria vai tentar replicar, da sua própria maneira, o que lhe agrada em sentido fotográfico, e fica aquela busca por fazer algo único, diferenciado, como foi dito antes: faça, faça, faça, mas faça de maneira direcionada, creio que aqueles que continuam na busca tem muito mais probabilidade de conseguir.
Eu tenho algumas referências e procuro seguir esse direcionamento, tentando absorver e aplicar mais conhecimento sobre luz, posicionamento e técnicas.

[pkawazoe]

Seguindo a premissa que nada se cria, tudo se copia, creio que a maioria vai tentar replicar, da sua própria maneira, o que lhe agrada em sentido fotográfico, e fica aquela busca por fazer algo único, diferenciado, como foi dito antes: faça, faça, faça, mas faça de maneira direcionada, creio que aqueles que continuam na busca tem muito mais probabilidade de conseguir.
Eu tenho algumas referências e procuro seguir esse direcionamento, tentando absorver e aplicar mais conhecimento sobre luz, posicionamento e técnicas.

na minha opinião vc está absolutamente certo, somos sempre influenciados por algo ou alguém e não acredito que nada seja 100% original
e o fazer nos leva a vários caminhos (bem mais de um)

[felipemendes]

Eu tenho fotografado muito o céu noturno. É necessário planejamento pra selecionar o equipamento e posicioná-lo de forma a evitar interferência de luzes da rua, árvores e quaisquer obstáculos altos. Pra prever a foto, uso software que me permite escolher o melhor enquadramento (distância focal e ângulo da câmera). Mais importante que tudo, quais as condições climáticas naquela noite.

Dependendo do objeto, uso diferentes filtros.

Depois disso, é processamento, processamento, processamento. Nesse momento, a única regra é não colocar nada que não estava ali.

Na minha fotografia "normal", eu gostaria de ser dessas pessoas que consegue construir sua foto, colocando luz nos lugares certos, sombras onde necessário e fundo combinando. Mas não tenho tempo nem paciência.

[pkawazoe]

Eu tenho fotografado muito o céu noturno. É necessário planejamento pra selecionar o equipamento e posicioná-lo de forma a evitar interferência de luzes da rua, árvores e quaisquer obstáculos altos. Pra prever a foto, uso software que me permite escolher o melhor enquadramento (distância focal e ângulo da câmera). Mais importante que tudo, quais as condições climáticas naquela noite.

Dependendo do objeto, uso diferentes filtros.

Depois disso, é processamento, processamento, processamento. Nesse momento, a única regra é não colocar nada que não estava ali.

Na minha fotografia "normal", eu gostaria de ser dessas pessoas que consegue construir sua foto, colocando luz nos lugares certos, sombras onde necessário e fundo combinando. Mas não tenho tempo nem paciência.

muito legal, é um tipo de fotografia que exige bastante técnica, parabéns

[Lindsay]

Antigamente eu saia sem rumo, sem ideia e ficava esperando alguma coisa aparecer em minha mente para fotografar. Ficava na espreita tentando me conectar com o ambiente, tentando ficar ligado e esperando encontrar algo interessante.

Atualmente faço diferente; saio com uma única ideia na cabeça, e procuro apenas cumprir aquela ideia. Tento ficar o tempo todo na busca por aquele único objetivo. Tem que ser algo simples, pq se for detalhado e cheio de possibilidades de assuntos para inserir na foto é mais difícil, e penso que atrapalha a concentração.

Simplicidade é tudo, simples é melhor.

[Mike Castro]

Minha fotografia, infelizmente, é mais "comercialzona". Formatura, casamento, pré-wedding, aniversariozinho, batismo...
Nessas situações, é sempre a mesma coisa, mudando apenas cenário/decoração/figurinos.

Casamento, seja na garagem da chácara ou no buffet mais top da cidade, é igual: making of dos noivos, entradas, alianças, beijo, saída... Devido a isso, tento variar um pouco as coisas com luz. Enquanto todo mundo faz casamento com luz natural, luz do salão, eu levo sempre flashes, modificadores, pra tentar dar uma cara "minha" para as fotos.

Formatura, é f***. Faço o que o contratante mandar, recebo o meu freela e boa. Algumas vezes, sou contratado pra fazer algo mais jornalístico/espontâneo, aí consigo captar algo mais emocionante. Tirando isso, é "estúdio família e sozinho-entrada-juramento-entrega de certificado" e tchau.

Uma curiosidade: não tenho hábito de fotografar por hobby. Passo maior parte do tempo respirando fotografia, seja fotografando, editando, atendendo, etc. Então, quando tô de folga, deixo minhas tralhas guardadas, e esqueço que sou fotógrafo, hehe. Em 20 anos de fotografia, dá pra contar nos dedos das mãos quantas vezes "saí pra fotografar". Sei que isso engessa minhas capacidades criativas, mas não tenho paciência, rsrsrs.

 

[nandoespinosa]

Eu tenho 2 atuações profissionais. Raramente faço algo realmente "autoral"..
Mas minha fotografia tem suas particularidades.
A primeira forma é a atuação em espetáculos. Bom gente. Tenho que ser sincero. Há quase nenhum tempo e controle aqui pra autoria no clique. O "meu estilo" fica todo no pós. A função principal do fotógrafo de espetáculo, na minha humilde opinião, é não perder o clique. E isso acontece em frações de segundo. Às vezes de forma repetida. Então é colar o olho no VF e clicar. Nada de ficar olhando foto, nada de baixa a câmera pra ajustas as configs.
Ajustar luz, combinar com os bailarinos alguma foto, etc... são luxos que não acontecem nessa área.

A segunda são os ensaios. Normalmente voltados pra dança. Mas esses dias fiz de um casal com o seu cão (sou vet também). E achei bem legal também.
Mas os ensaios de dança me dão bem mais liberdade criativa. Porém são raros. Gosto demais de luz natural, e tive raras experiências em estúdio - sempre fui no mesmo onde o dono é fotógrafo que deixa a luz na feição pro que eu peço.
Esses ensaios normalmente começam com uma visão de objetivo bem definida pelo cliente. E conforme o ensaio vai rolando, vou tentando algumas poses e fotos mais diferentes. Mas ainda tenho a limitação criativa do que o cliente propôs pra essas fotos.
Há um tempo conversei inclusive com o Lindsay que eu sequer me enxergava como um artista. Me via mais como um registrador.
Mudei um pouco minha visão quando fiz uma exposição do meu trabalho, veio também um reconhecimento por parte da cultura e mídia local e fui até indicado ao Prêmio Açorianos aqui da minha cidade - que é um reconhecimento artístico bem legal.
Percebi que tinha sim um importante papel de registro cultural. Pois minhas imagens irão mostrar e guardar parte da produção cultural na dança. Mas o meu processo criativo é muito mais intuitivo do que algo elaborado, desenvolvido.
Claro que sempre busco referências. Mas quem não faz isso? Acho praticamente impossível, hoje em dia, um processo criativo ser 100% inédito.
Mesmo que não percebamos, nossa "intuição" é carregada de nossas experiências e referências. Mesmo inconscientemente o processo criativo é influenciado pelo que lemos, vemos e vivemos.