Tem que ver exatamente o que estão alegando. Eu não acompanhei nada nem tenho interesse nos detalhes específicos desse caso, mas patente é uma coisa muito complicada e nebulosa as vezes.
Pode patentear uma idéia, mas aí dá uma ampla margem que dependendo da intenção e do jeito que foi descrita ser até interpretada como trolagem de patente. Tipo assim: "ícones retangulares na proporção de 4:3 com cantos arredondados" ou "compressão de vídeo sem perdas a partir de processo matemático com resolução de x bits". Isso é muito genérico e nesses exemplos é bem na cara a má intenção.
Já se o tal método tiver a descrição do algoritmo usado, aí sim.
Um fato interessante é que não se pode patentear código atualmente em alguns países. O algoritmo sim, o código não.
Depois tem que provar irrefutavelmente que houve violação. Um caso conhecido no meio foi o processo da SCO x IBM sobre UNIX. A SCO queria uma compensação bilionária da IBM mas nunca conseguiu provar que a IBM copiou alguma coisa nem muito menos conseguiu mostrar o que a IBM alegadamente copiou. O processo se arrastou por mais de 20 anos.
https://www.zdnet.com/article/after-almost-20-years-the-sco-vs-ibm-lawsuit-may-finally-be-ending/
Patentes são registradas regionalmente e devem ser renovadas periodicamente até um tempo no qual elas passam a ser de domínio público.
Ou seja, tem que registrar a mesma coisa em diversas regiões, senão não adianta nada. E vale lembrar que patentear alguma coisa na China é complicado...
Um bom indicativo será com o lançamento da Nikon Z8.
Se ela tiver a compactação N-RAW é um indicativo que a Nikon teve êxito em seus argumentos. Lembrando qua a Nikon entro convicta de suas alegações e, que a RED não tinha direito sobre a patente. Logo, a Nikon não aceitava pagar royalties a RED.
"Em maio passado, RED processou Nikon por copiar ilegalmente sua tecnologia de compressão de dados na empresa de câmeras japonesa atualização maciça do firmware 2.0 para a câmera Z9. O processo alegou que a Nikon havia infringido sete de suas patentes que tratavam especificamente de "uma câmera de vídeo que pode ser configurada para compactar dados de vídeo de maneira visualmente sem perdas".
Em setembro seguinte, a Nikon reagiu e contestou a veracidade das patentes da RED, chegando ao ponto de argumentar que eles nunca deveriam ter sido concedidos em primeiro lugar. A Nikon admitiu que estava ciente de vários processos judiciais que a RED havia apresentado no passado contra outras empresas por infrações semelhantes, mas acrescentou que as reivindicações que a RED apresentou nesses casos eram "inválidas", pois não "satisfaziam as condições de patenteabilidade".