A fotografia evoluiu muito nesse último século, não estou falando sobre a máquina, mas sobre nós e o nosso olhar, sobre a percepção que temos do nosso mundo e em como podemos nos expressar através de imagens, o tempo de Cartie Bresson, a forma de Edward Weston, a cor de William Eggleston, o olhar em primeira pessoa do Robert Frank, a vida do fotografo como arte por Nan Goldin, a desconstrução da fotografia feita por David Hockney e a imagem como reflexo da alma por Minor White, linguagens da fotografia que são a antítese daquilo que Walter Benjamin quis dizer com seu texto "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica" de 1935.
A fotografia nasceu tentando copiar aquilo que era real, a foto de uma paisagem sempre será menos que a paisagem em si, é por isso que a gente só olha por alguns segundos ou máximo um minuto uma foto de por do sol e vários minutos o por do sol em si, pq o real tem calor, cheiro, som e vento no rosto ele emociona e fica na lembrança.
E se a minha fotografia não for uma tentativa de registrar aquilo que eu vejo, mas de registrar um sentimento, uma culpa, dor, amor, se for sobre forma ou tempo, e se a minha fotografia não for sobre a verdade mas como eu vejo a verdade.
Todo mundo pode fotografar um por do sol mas ninguém pode fotografar como eu me sinto em relação a esse por do sol, somente eu, e isso é único e talvez ela tenha um pouco de aura.
Aqui um exemplo de uma foto com aura
Aura, literalmente, tanto na estética como na metáfora.
a gente pode tentar reproduzir essa foto mas nunca a percepção do Leandro em relação ao cowboy.