Danton:
Assim sinto inveja -risos.
Tenho muita vontade de ter uma Zorki I ou II com a retrátil Industar-22 50/3.5, cópia da Elmar e dita excelente. Me atrai nela o fato de ser retrátil, exatamente o encanto do conceito das Leicas iniciais, ser muito pequena, quase caber no bolso. É uma linda câmera.
A outra ótica sua, a 50/2 é igual à minha, uma Jupiter-8, só variando o mount. Ela na realidade é uma ótica Zeiss para a Contax II e III que foi adaptada à rosca Leica e ao helicoide do telêmetro. O mesmo se dá com a 135mm, a Jupiter-11. A 35mm/2.8 é a Jupiter-12 Biogon, que não serve nas Leicas mesmo pois nelas a lentilha traseira roça na cortina, parece, pelo menos é o que diz o Stephen Gandy que tem talvez o site mais interessante sobre rangefinders. Um amigo que tem uma Leica experimentou a J-12 mas teve medo de continuar a usar, e experimentou também numa Voigtlander Bessa L (mount rosca Leica) mas também não é recomendado. É uma lente muito estranha pela profundidade que tem.
O visor é o Turret Universal Finder, não é? Esse também tenho vontade de ter, e parece que tem correção de paralaxe, mas não acoplada, isto é, você tem de fazer o foco no telêmetro e transferir para ele as informações de distância e aí ele indica a visada.
Há um macete nas Kiev e Zorkis. É preciso antes de acertar a velocidade armar o filme, principalmente se usa o seletor de baixas velocidades na frente dela.
Lhe digo uma coisa: a Jupiter-8, 50mm é fantástica. É a que mais gosto entre as que tenho, talvez porque o visor seja para ela. mas a Industar é dita uma lente extremamente nítida. Vale a pena usá-la, e às vezes é preciso gastar um certo número de filmes para adaptar-se.