Autor Tópico: TEM CULPA, eu?  (Lida 1268 vezes)

neocosmo

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Online: 18 de Maio de 2007, 02:20:48
Veja só que interessante:

http://www.youtube.com/watch?v=r_XNEmt4gWo...related&search=


No mesmo sentido:


Arnaldo Jabor
>
>
>
>Carta a um meritíssimo juiz
>
>
>
>Sr. Juiz, ainda não sei se a Câmara dos Deputados vai me processar, como
>anunciou em plenário o presidente Arlindo Chinaglia. Mas, caso V. Exa.
>surja à minha frente de capa negra e cenho severo, quero que saiba
>exatamente do que me acusam, pois, nas palavras dos deputados e de seu
>presidente, eu teria insinuado que "os deputados são todos canalhas".
>Portanto, peço a V. Exa. que leia a íntegra de meu comentário na CBN, do
>dia 24 de abril de 2007:
>
>"Amigos ouvintes,
>
>Eu costumo colecionar absurdos nacionais que ouço, vejo ou leio nos jornais
>para fazer meus comentários aqui na CBN. Muito bem. Há dias em que não sei
>por onde começar. Há tantas vagabundagens neste país que só mesmo sorteando
>um assunto.
>
>Eu sorteei um que saiu no jornal O Estado de S. Paulo e acho que foi um
>peixe grande.
>
>O amigo ouvinte já deu a volta ao mundo? Não sei se sabe que são 44 mil
>quilômetros. Pois bem...
>
>Todos sabemos que nossos queridos deputados têm o direito de receber de
>volta o dinheiro gasto em gasolina, seja indo para seus redutos eleitorais,
>ou para o motel com sua amante ou seu amante. Pois bem, a Câmara, ou
>melhor, você e eu, meu amigo, nós pagamos esse custo, desde que eles levem
>notas fiscais para comprovar o gasto de gasosa.
>
>Muito bem, de novo. Vai prestando atenção.
>
>Nos primeiros dois meses da atual legislatura, os deputados, em dois meses
>apenas, pediram o reembolso de 11 milhões e 200 mil reais, pagos com a
>verba da Câmara.
>
>Os repórteres do Estadão Guilherme Scarance e Silvia Amorim fizeram as
>contas e concluíram que entre fevereiro e março, com dinheiro público, os
>deputados teriam gasto um milhão de litros de gasolina. Ou seja, essa
>quantidade de gasolina daria para dar a volta ao mundo 255 vezes.
>
>São 255 vezes 44.000 quilômetros, que dá a distância de 11.200.000
>quilômetros. E aí é que vem a resultante espantosa:
>
>A distância da Terra à Lua é de 384 mil quilômetros, ou seja, senhores,
>senhoras ouvintes, daria para fazer a viagem de ida e volta à Lua 15 vezes.
>
>Será que eu fiquei louco? Se algum matemático me ouve, verifique se estou
>errado. Mas acho que não. E o procurador-geral do Tribunal de Contas da
>União, sr. Lucas Furtado, denunciou-os dizendo que é uma "forma secreta de
>dar aumento de salários que eles não têm como justificar"... Será que o sr.
>Arlindo Chinaglia não vê isso ou só pensa no bem do PT?
>
>E me digam, amigos, quando é que vão prender esses canalhas? Quando a PF
>vai encanar essa gente, com humilhação? Quando?
>
>Ah... desculpe... eles têm imunidades e também foro privilegiado...
>
>É isso aí... amigos, otários como eu..."
>
>Esse foi o meu "crime", Sr. Juiz. Irrefletidamente, escrevi "os deputados",
>talvez parecendo uma generalização; mas é óbvio que me referia aos autores
>da falsificação de notas fiscais das viagens interplanetárias e não a todos
>os parlamentares, principalmente porque há alguns que respeito
>profundamente - talvez não mais que uns 17, já que ultimamente cresceu o
>número dos 300 picaretas referidos uma vez por nosso "grande timoneiro".
>
>Além disso, Sr. Juiz, quero deixar claro que considero o Legislativo a
>maior conquista que nos legou o Império, há mais de 150 anos, fundamental
>instituição nestes tempos lulistas, bolivarianos e equatorianos, para
>impedir que parlamentares sejam caçados nas ruas como ratazanas grávidas,
>como acontece na Venezuela e no Equador.
>
>Sempre defendi o Legislativo, como aconteceu no episódio do petista Bruno
>Maranhão, milionário bolchevista que invadiu a Casa. Desafio meus
>denunciantes, Meritíssimo, a mostrar uma frase de meus comentários, em que
>expresse desejo de que o Legislativo seja enfraquecido. Em 1996, pediram
>minha cabeça ao saudoso Luis Eduardo Magalhães, quando falei que "deputados
>do Centrão estavam sendo comprados como num "shopping center"". Quiseram
>capar-me, Meritíssimo. Nove anos depois, vimos que eu não estava tão errado
>assim, com o advento épico do mensalão, das sanguessugas e dos "dossiês",
>seguidos de esfuziantes absolvições de quase todos (os três últimos foram
>agora reeleitos e absolvidos pelo "povo"). Mas, em todos meus uivos e
>ganidos, sempre ansiei pela pureza do Legislativo, contra os políticos que
>nele entram ou para fugir da polícia ou para viver num país paralelo,
>cheios de privilégios, sem pensar um minuto em nós, que eles deveriam
>representar.
>
>Em meus devaneios românticos, sonho com Joaquim Nabuco, Tavares Bastos,
>Zacharias de Góes, Ruy Barbosa e, mais modernamente, em gente como San
>Thiago Dantas, Milton Campos, homens que, quando assomavam à tribuna, o
>vulto de Montesquieu brilhava no teto e invadia as galerias.
>
>Meritíssimo Juiz, nesses anos de comentarista nunca tive o sádico prazer de
>emporcalhar o nome do Congresso, nem mesmo por falta de assunto. Neste
>caso, quando denunciei, junto com o Estadão, essa fraude intergaláctica,
>esperava candidamente que as notas fiscais fossem conferidas e os ladrões
>punidos. Não imaginava que fossem processar o denunciante, como se fazia na
>antiguidade, matando-se o mensageiro de más notícias.
>
>E mais, Meritíssimo, se um dia os nobres deputados apresentarem projetos de
>Lei para o bem dos brasileiros, condoídos com a miséria que nos rói, se um
>dia eu visse alegorias patrióticas, trêmulos oradores, polêmicas sagradas,
>gestos indignados pelo bem do Brasil, meus comentários virariam hinos de
>louvor, panegíricos à instituição.
>
>Assim sendo, Meritíssimo, peço a V. Exa. que me absolva, com a mesma
>leniência concedida recentemente a grande brasileiros como Waldemar da
>Costa Neto, Paulo Rocha, José Janene, e tantos outros...
>
>Agora, se V. Exa. se decidir por minha condenação, peço-lhe um único favor,
>humildemente: Condene-me a serviços comunitários, como faxineiro da Câmara
>dos Deputados , e garanto a V. Exa. que varrerei a sujeira dos tapetes
>verdes, lustrarei bronzes e mármores com o mesmo zelo e empenho que tenho
>tido, nos últimos 15 anos, usando apenas as vassouras da ironia e as farpas
>do escovão.
>
>Atenciosamente,
>
>Arnaldo Jabor.
Renato Ventura - Mococa e Ribeirão Preto/SP[/size]
email: renatoventura@uol.com.br



Guga

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Resposta #1 Online: 18 de Maio de 2007, 23:02:06
Gabriel é o cara!!! Mas considero o Usuário culpado sim...!!!

Abraços!!!
Gustavo Vasques
Rio de Janeiro - RJ
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