Leandro:
Não sei para os demais integrantes, mas eu estou achando interessante acompanhar as dicas técnicas em paralelo a este novo rumo que tomou a discussão sobre fotografias de espetáculos. Penso que se separá-lo, um tópico tão precioso pode morrer.
Bem, não sei, é só mais uma opinião.
Abraço.
P.S.:
Esses dias li uma entrevista com Cartier-Bresson, de Sheila Lerner, que ele diz o seguinte sobre seu trabalho:
"É preciso estar disponível. É preciso olhar. Há muito poucos que olham, vêem, identificam. Nas exposições, a maioria dá uma olhada rápida e vai direto nas etiquetas, pergunta de onde vêm as obras e quanto custam, ainda por cima".
"Cada um tira prazer daquilo que quer. Mas o olhar é, sobretudo, uma questão de sensibilidade".
Penso que essa sensibilidade se constitui por uma junção de elementos desde características pessoais até elementos sociológicos e influências externas.
No caso da fotografia de espetáculos, essa sensibilidade pode se manifestar de diferentes maneiras, desde a representação mais exagerada dos movimentos dos artistas até elementos mais subjetivos e intimistas.
Eu, particularmente, adoro um fotógrafo de jazz chamado Herman Leonard pois acho que ele consegue captar o intimismo característico de determinados músicos e a naturalidade dos ensaios etc.
http://www.hermanleonard.com/gallery.htmlVeja outro exemplo, o de William Claxton, as fotografias são maravilhosas, porém priorizam o glamour do universo musical, dos ídolos do jazz, as cenas parecem menos naturais e mais "posadas".
http://www.williamclaxton.com/movie.htmlTem outro também que me parece sintetizar esses dois estilos.
http://www.jazzphotos.com/cart.php?m=product_list&c=7Enfim, essa é uma observação apressada, não me detive a cada um deles com o cuidado que merecem, mas são impressões gerais que, de certa forma, têm a ver com a nossa discussão aqui sobre espetáculos.
Abraço.