Brother, como sempre vc arrebentando no melhor estilo "POST-WORKSHOP"...
Peguei bem o sentido amplo da cpoisa..sóq uero esmiuçar algumas coisinhas
"Para chegar nisso a minha sugestão é que você fotometre apenas pela parte iluminada da modelo. Dê uma checada na parte de sombra do corpo e veja que está com, pelo menos uns 4 pontos de diferença."
Você tem como dar um daqueles seus exemplos práticos? Eles sempre solucionam minhas duvidas, até pq nao entendi bem como se faz essa comparação de 4 pontos.
"Por isso, nem sempre uma luz super potente é necessária. Essas imagens foram feitas só com a luz de modelagem (normal, de tungstênio, com uns 100/150 watts no máximo) em uma sombrinha acima da modelo"
Como a point-and-shoot é automatica, ela jogaria automaticamente pra iso 100 nessa condição de iluminação. Se eu diminuir o ISO pra 100 ela vai me dar sempre uma velocidade de 1s e aí eu acabo me prendendo ao tripé. Ainda nao consegui uma forma de enganar a maquina nesse ponto
Fora isso, só to fechando com o lugar que vou usar pra fotografar e tento mostrar aqui pra vcs
ps: Lindas as suas fotos...dei uma olhada no album e fiquei impressionado com os resultados tipo "cross processing" de algumas delas. A da sua mãe, se nao me engano, nossa é um encanto tb. Será que um dia o photoshop (ou o photoshoper aqui..rs) vai emular com naturalidade essas caracteristicas?
Abraços meu véio..e mt obrigado!
Oi Rafael,
obrigado pelos elogios. Que bom que as dicas têm sido úteis. Um dia, quem sabe, junto um monte delas num livro pra ficar mais fácil tirar dúvidas, o que você acha?
"como se faz essa comparação de 4 pontos."
Chama-se de "ponto" a diferença entre uma velocidade ou uma abertura "cheias", seja para mais ou para menos:
- Exemplos de velocidade (sem mexer na abertura): de 250 para 500 a diferença é um ponto. De 250 para 1000 é dois pontos e assim por diante, sem se mexer na abertura.
- Exemplos de abertura (sem mexer na velocidade): de 5.6 para 4 a diferença é um ponto, de 5.6 para 2.8 é dois pontos, de 5.6 para 2 é três pontos e assim por diante, desde que não se mexa na velocidade.
Atualmente as máquinas eletrônicas produzem velocidades e aberturas fracionadas, tipo 1/320 ou f/4.8. Nesses casos, é mais prático se usar a compensação de exposição da máquina do que ficar calculando valores fracionados.
Uma diferença de um ponto para mais - de 250 para 125, por exemplo - significa que você está permitindo a entrada do dobro de luz. Para menos - 250 para 500 - passa só a metade.
Agora, olhe a primeira foto que você colocou de referência. O fotógrafo deve ter fotometrado pelo ombro ou pelo pescoço dela, que são as partes onde a luz está mais intensa. Vamos dizer que ali tenha dado f/4, 1/125. Como os fotômetros fazem medição da cena para 18% de preto, ele já estaria reduzindo o brilho - parte mais clara da cena - e, com isso, deixando os escuros mais densos. Para se certificar de que os escuros estariam bem densos, fotometrando a barriga da modelo a medição deveria ser, no máximo, f/4, 1/8 - quatro pontos a menos, sendo uma área com quatro vezes menos luz que a primeira área fotometrada.
"Como a point-and-shoot é automatica, ela jogaria automaticamente pra iso 100 nessa condição de iluminação. Se eu diminuir o ISO pra 100 ela vai me dar sempre uma velocidade de 1s e aí eu acabo me prendendo ao tripé. Ainda nao consegui uma forma de enganar a maquina nesse ponto"
Aí é uma limitação de equipamento. Ela não tem NENHUM ajuste manual? ISO, compensação de exposição (EV + - )? Até minha Canon S100 velhinha tem. Bom, se a sua não tiver o negócio é fazer experiências usando os modos pré programados. Alguns favorecem velocidade e ISO maiores e grande abertura para se congelar movimentos, outros já são o contrário. Eu sugiro que você faça testes em casa mesmo, com uma lâmpada normal, para saber o que usar na hora com a modelo. Lembre que com essas point and shoot, no zoom maior, a abertura da lente é mais fechada, a velocidade mais baixa, e no zoom mais aberto, a abertura da lente é maior, mais luminosa, permitindo uma velocidade maior.
O ideal mesmo seria uma máquina manual, mas nem sempredá, né.
Legal que você curtiu minhas fotos, eu gosto de fazer umas experiências de vez em quando. Cross processing em filme fica muito interessante. Os que eu fiz até hoje foram slide em revelação de filme, ainda vou fazer o contrário, filme em revelação de slide. O efeito é bem diferente, pretendo fazer umas experiências para ver o resultado que eu prefiro.
A foto da minha mãe que você fala é uma das primeiras ali, onde ela está olhando para trás, no banco da frente do carro? Essa foto deve ter mais de trinta anos, deve ter sido feita com aquelas Kodak antiguinhas. Foi por aí que eu comecei a tomar gosto pela fotografia. Para chegar naquele resultado, hoje, acho que depende mais da foto original do que de Photoshop. Quando você tem uma idéia, quanto mais próximo dela você conseguir chegar sem trucagens, mais fácil será chegar nela. É bem óbvio isso, mas a grande maioria prefere passar horas no Photoshop depois do que uma hora preparando tudo antes. Dá menos trabalho, hehehehe...
Abração,
José Azevedo