Pois é, Paula... é essa a idéia. Eu me considero um amador avançado, portanto, não reflito o perfil geral da clientela, mas ainda preservo alguma visão de "cliente", já que não tenho compromisso algum com a classe dos fotógrafos profissionais.
Quanto ao fato de você considerar a sua fotografia uma arte, em que uma edição por parte do usuário seria até um ato de vandalismo, acho que você chegou em um ponto importante. Antigamente, o cliente recebia a foto e esta seria aceita tal qual ela foi entregue. Com a fotografia digital, é comum o cliente querer editar, imprimir em diversos tamanhos, etc. É algo com o qual devemos nos habituar, pois é um caminho sem volta.
Só para você ter uma idéia de como isso é forte, a indústria fonográfica ainda não aprendeu a lidar com essa reviravolta no mercado. A própria indústria do software ainda não tem uma solução definitiva antipirataria, mas está em constante reinvenção. A Microsoft, com toda a pirataria que existe, continua sendo a gigante de sempre. Isso porque eles têm jogo de cintura: apertam ali, afrouxam daqui e assim a coisa vai.
Com o fotógrafo é a mesma coisa. Ficar batendo pé negando que o panorama do mercado mudou, só vai piorar as coisas. Se você cobriu um casamento, por exemplo, que mal há se a noiva colocar as fotos no orkut com uma edição nas cores, contraste, colar coraçõezinhos na foto, etc? Agora, se o cliente for uma agência de publicidade, a coisa muda. É aí que eu quero chegar: jogo de cintura.