Paulo HDTV usa sensores pequenos com obturação eletrônica, nem se compara com a resolução obtida pelos sensores APS com obturação mecânica, a resolução real dos sensores das compactas é menos da metade da resolução real de uma câmera APS e se considerarmos ainda a obturação eletrônica, que é necessária para as filmadoras, essa diferença se torna ainda maior, por isso não é possível portar os comparativos usados no cinema para os resultados encontrados no meio digital, principalmente de formatos como APS. Eu não conheço muitos comparativos entre equipamentos de cinema, mesmo porque nunca me aprofundei no assunto, mas os sensores das HDTV tem um desempenho inferior inclusive ao das saboneteiras, enquanto os filmes de cinema, até onde sei, têm qualidade tão boa quanto os fotográficos, então não acredito que possa ser feita uma portabilidade entre um comparativo de cinema com um de fotografia devido a essas diferenças técnicas existentes entre os formatos.
Azevedo a saída pedida é sempre essa mesma, é meio como um "padrão" das gráficas, porém a resolução de entrada não está ligada especificamente a isso, se você digitaliza um filme com baixa resolução em um scanner de 9600dpi ele irá te dar um arquivo com essa especificação, mas não lhe dará a qualidade compatível com essa especificação, por isso os veículos costumam optar por entradas de maior qualidade, exatamente para obter um arquivo final que possibilite uma boa saída. Para você ter uma idéia a fotografia digital produziu um excelente salto na produção de outdoor, produzindo resultados muito superiores aos filmes de 35mm, mas já em catálogos os filmes conseguem um resultado ainda similar, mesmo com o outdoor sendo bem menos exigente, a questão não é o que se pede de saída, é a qualidade com que se envia um arquivo (ou mídia) para produzir essa saída, por isso tenho sido enfático desde o início ao dizer que comparação que tenho feito é especificamente com digitais APS para cima.
Via de regra a qualidade de saída estará ligada especificamente à distância de visualização e nossa capacidade de distinguir elementos, tudo isso é perfeitamente possível de ser calculado, basicamente a visão humana resolve pontos de até 0,2mm a uma distância de 25cm, com essa informação você saberá quantos pontos de fato são necessários para saturar a resolução de nossos olhos. Independente do formato que você escolha para saída o que vai valer para isso é a capacidade de captura, você pode digitalizar um filme com 1 Tera pixel, se o filme não tiver essa resolução não interessa o arquivo que você estará enviando pois ele estará limitado pela capacidade de captura do filme, por isso que as veículos de ponta solicitam o envio de arquivo em perfeito e de origens muito bem definidas para seus editoriais. Um dos problemas dos veículos menores e de muitas das agências é que estes sequer sabem diferenciar o que proporciona qualidade do que não proporciona, tanto que ainda continuam cometendo o engano de solicitar imagens com uma dada densidade de saída, enquanto deveriam solicitar imagens baseados na qualidade do próprio arquivo, essa é uma das características dos grandes veículos que se baseiam em qualidade de imagem, eles solicitam materiais baseados na origem e não no arquivo final, nos EUA a Vogue chega ao cúmulo de exigir no mínimo médio formato digital de no mínimo 22MP, não sei se é necessário tanto, mas é opção deles para manter o nível de saída exigido pelos padrões deles.