Autor Tópico: Artigos sobre fotografia  (Lida 7397 vezes)

Carlos Magalhaes

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Online: 20 de Maio de 2008, 18:30:32
Pessoal, fiz uma busca no www.scielo.br e encontrei alguns artigos sobre fotografia que me pareceram interessantes. Gostaria de compartilhar o resultado aqui. O site às vezes não abre, mas basta insistir que funciona. Todos os artigos estão disponíveis na íntegra.

As transformações da imagem fotográfica
Miriam Lifchitz Moreira Leite
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77011998000200001&lng=pt&nrm=iso
Revista de Antropologia
RESUMO: Em seus últimos anos de vida, Brassaï examinou a vida, o pensamento e a técnica narrativa de Marcel Proust como uma gigantesca fotografia, com alterações reveladoras de perspectiva, ângulos e enquadramento. Diante de uma bibliografia eclética reunida desde 1978 sobre a Morte e o Morrer onde os autores estão em constante busca do tom capaz de exprimir o não ser, retomei o episódio da morte da Avó, em A busca do tempo perdido, como exemplo de metáforas e alusões fotográficas para exprimir o inexprimível.

Fotografia e interdito
Mauro Guilherme Pinheiro Koury
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092004000100008&lng=en&nrm=iso
Revista Brasileira de Ciências Sociais
Este ensaio trabalha com a problemática do interdito e sua relação com o objeto fotográfico. Discute as imagens traumáticas como representações culturais do sofrimento social, suas apropriações para propósitos políticos ou morais, e o uso social do sofrimento como um componente da política econômica globalizada contemporânea. Analisa, ainda, a criação de um mercado pulsante para imagens e discursos sobre o tema.

Narrativas fotográficas sobre a cidade
Zita Rosane Possamai
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882007000100004&lng=pt&nrm=iso
Revista Brasileira de História
Este artigo traça relações entre fotografia e narrativa, fotografia e coleção. Consideram-se os álbuns fotográficos enquanto coleção que apresenta uma determinada narrativa configurada pelo ordenamento das imagens fotográficas no seu interior. A partir da leitura visual de um álbum de vistas da cidade de Porto Alegre, propõe-se uma metodologia de abordagem dos álbuns e imagens fotográficas que busca tecer uma narrativa ensejando sentidos precisos, procurando dar a ver uma cidade de feições modernas.

O camponês e a fotografia
Pierre Bourdieu; Marie-Claire Bourdieu
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782006000100004&lng=pt&nrm=iso
Revista de Sociologia e Política
Recorrendo a uma etnografia da aldeia do Sudoeste francês onde o autor passou sua infância, este artigo analisa os usos sociais e o sentido das fotografias e da prática fotográfica na sociedade camponesa do Béarn nos inícios de 1960. A fotografia surgiu ali, pela primeira vez, durante as grandes cerimônias da vida familiar e coletiva, como os casamentos, em que preenchia a função de afirmar a unidade, posição e fronteiras das linhagens envolvidas. Tais cerimônias podiam ser fotografadas porque estavam fora da rotina diária, e deviam ser fotografadas para solenizar e materializar a imagem que o grupo pretendia apresentar de si próprio. Por isso, as fotografias são vistas e apreciadas não em si mesmas e por si mesmas, isto é, em termos das suas qualidades técnicas ou estéticas, mas como sociogramas leigos que possibilitam um registro visual das relações e papéis sociais existentes.

Genevieve Naylor, fotógrafa: impressões de viagem (Brasil, 1941-1942)
Ana Maria Mauad
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882005000100004&lng=pt&nrm=iso
Revista Brasileira de História
Genevieve Naylor fotografa o Brasil, em 1941 e 1942, sob os auspícios do Office of Inter-American Affairs (OIAA), órgão dirigido por Nelson Rockefeller e responsável pela implementação da Política da Boa Vizinhança. Em 1943, Nayloré convidada a expor no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e, depois, em vários museus dos Estados Unidos, suscitando diferentes impressões.Naylor formou-se influenciada pelageração de fotógrafos que nos anos 30 transformaram a imprensa ilustrada noprincipal meio de acesso ao mundo, e viajou como funcionária do governo deseu país, tendo de cumprir protocolos fotográficos bem definidos. O resultado desse jogo de influências é um conjunto de fotografias analisadas neste artigo buscando compreender o seu impacto na conformação de uma certa imagem de Brasil para os "vizinhos" norte-americanos.

As Artes de um Negócio: no Mundo da Técnica Fotográfica do Século XIX
Cândido Domingues Grangeiro
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881998000100008&lng=pt&nrm=iso
Revista Brasileira de História
Os manuais de fotografia do século XIX servem, neste artigo, para elaborar uma discussão a cerca da produção, do consumo e da circulação de retratos fotográficos no século XIX. Em suas páginas, podemos encontrar como conceitos artísticos e estilísticos eram utilizados por fotógrafos para a satisfação dos desejos de uma clientela ávida em compor sua própria imagem, conforme seus desejos, sonhos, ideologia, cultura, posição social.

Entre retratos e cadáveres: a fotografia na Guerra do Paraguai
André Amaral de Toral
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881999000200012&lng=pt&nrm=iso
Revista Brasileira de História
O registro fotográfico da guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança (1864-1870) foi, em termos gerais, uma continuidade do tipo de fotografia que se fazia na época. Mas foi, também, mais do que isso. A cobertura in loco e a força do assunto trouxeram maneiras inovadoras de se representar o conflito, o que colaborou para a constituição de uma linguagem fotográfica com características próprias em relação à pintura ou gravura do período dedicadas à guerra.

O RETRATO, A LETRA E A HISTÓRIA:
notas a partir da trajetória social e do enredo biográfico de um fotógrafo oitocentista

Lygia Segala
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091999000300010&lng=pt&nrm=iso
Revista Brasileira de Ciências Sociais
Na literatura e nas artes plásticas, nas atas e nos processos, nas sagas históricas românticas, o retrato e a biografia trançam-se por múltiplas correspondências. Neste artigo pretende-se discutir como o "machinismo" fotográfico e os projetos editoriais de livros ilustrados de luxo, em meados do século XIX, redimensionam no gosto e no culto profano essas relações singulares entre a figura e a história.

Imagem fotográfica: aparelho, representação e significação

Fernando de Tacca
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822005000300002&lng=pt&nrm=iso
Psicologia& Sociedade
O artigo pretende fazer uma digressão sobre questões referenciais da imagem fotográfica desde a formação da imagem dentro do complexo aparelho/operador até as construções de suas significações sociais e de sua circulação na sociedade. Ao pensar a imagem técnica como gênese da expansão imagética dos tempos atuais permitiu-nos avançar novas possibilidades de compreensão das subjetividades, individuais ou coletivas, da imagem fotográfica na contemporaneidade.

Apreciación histórica y estética de la fotografía: un gran reto entre lo analógico y lo digital
Rebeca Monroy Nasr
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742007000200002&lng=pt&nrm=iso
História (São Paulo)
El ensayo tiene por finalidad acercar a los que se inician en el camino del análisis visual a detenerse frente a la imagen o grupo de fotografías desde diferentes posturas teórico metodológicas de análisis. Se insiste en la necesidad de valorar las imágenes desde diferentes perspectivas técnico, formales, temático, ideológicas, que dan pie a comprender el discurso fotográfico intrínseco. De tal suerte que la lectura se realice con seriedad, profundidad y encontrando los diversos discursos que contiene la imagen desde la perspectiva histórica, social, estética, cultural, y sobre todo se subraya la necesidad de tomar en cuenta la perspectiva del creador de la imagen. Valorar la imagen desde el momento en que se creó, verla con los ojos de la época, del fotógrafo, de las dificultades técnicas, formales, de su postura ideológica, del uso social primigenio de la imagen en su momento, son algunos de los elementos a analizar y a desmontar de las fotografías para su análisis. Es necesario, que el estudioso se instale en el momento de la producción para valorar el imaginario de la época, los otros grupos documentales creados en ese momento y devele la importancia documental y estética de la imagen o imágenes en estudio. Con ejemplos claros de fotógrafos se desarrolla el análisis para comprender el cambio que ha sufrido la fotografía de su perspectiva analógica y digital, elemento que tiene que ser considerado en las fotografías de fin del siglo XX y principios del XXI. El reto del estudioso de las imágenes no es fácil, pues tiene ante sí nuevas metodologías de análisis que tendrá que desarrollar conforme de acerque a los nuevos modos de producción digital de esta nueva era fotográfica. Para ello, los recursos que nos proveen los estudiosos como Boris Kossoy, Peter Burke, Vilhem Flusser, Roland Barthes o Phillipe Duboise, entre otros, son parte de esa metodología de análisis que nos proveerá herramientas más certeras para acercarnos al maravilloso mundo de la fotografía entre lo analógico y lo digital.

Flávio Damm, profissão fotógrafo de imprensa: o fotojornalismo e a escrita da história contemporânea
Ana Maria Mauad
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742005000200003&lng=pt&nrm=iso
História (São Paulo)
O artigo tem como proposta analisar a relação entre a fotografia de imprensa e a escrita da história contemporânea. Apóia-se nos estudos sobre a história da memória do fotojornalismo brasileiro, orientados pela metodologia da história oral e do uso da fotografia na análise historiográfica. O foco central incide sobre a trajetória do fotógrafo gaúcho Flávio Damm e sua primeira reportagem de impacto, publicada na Revista do Globo, em 1948, sobre o retorno de Getúlio Vargas à cena política após o Estado Novo. Discute-se, a partir deste estudo de caso, as relações entre as palavras e as imagens na elaboração das chamadas fontes de memória, a produção do acontecimento pela mídia e sua repercussão na memória contemporânea, e por fim, a capacidade narrativa da imagem fotográfica e sua relação com a escrita da história renovada pela introdução de fontes não tradicionais - orais e visuais.

A fotografia na imprensa diária paulistana nas primeiras décadas do século XX: O Estado de S. Paulo
Telma Campanha de Carvalho Madio
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742007000200005&lng=pt&nrm=iso
História (São Paulo)
A pesquisa recupera as imagens fotográficas publicadas nas edições diárias do jornal O Estado de S. Paulo, de 1910 a 1929, identificando os temas mais recorrentes publicados pelo periódico. Com metodologia histórica, documental e de estudos de comunicação procedeu-se à organização e análise das imagens. Através da catalogação e ordenação das fotografias por datas de publicação, editorias em que foram publicadas e temas fotográficos mais recorrentes, presentes nos registros impressos, estruturou-se um banco de dados que permitiu a quantificação e o cruzamento dos registros e informações referentes a essa documentação. A análise de dados permitiu identificar elementos da formação da visualidade jornalística no país e traz subsídios para os estudos da história visual da imprensa brasileira.

A imagem incomum: a fotografia dos atos de fé no Brasil
José de Souza Martins
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142002000200015&lng=pt&nrm=iso
Estudos Avançados
A FOTOGRAFIA, na perspectiva sociológica ou antropológica, sabemos, não esgota as possibilidades cognitivas nos temas cuja visualização permite (1). Por trás da fotografia, mesmo aquela com intenção documental, há uma perspectiva do fotógrafo, um modo de ver que está referido a situações e significados que não são diretamente próprios daquilo que está sendo fotografado e daqueles que estão sendo fotografados, mas referido à própria e peculiar inserção do fotógrafo no mundo social. Sem contar, obviamente, as limitações propriamente técnicas da fotografia, que chegam a ter repercussões culturais duradouras. Um bom exemplo é que nas populações sertanejas do Brasil ainda hoje, mesmo em face de câmeras ultra-rápidas, as pessoas se perfilam diante da máquina, o corpo enrijecido, a respiração contida. Algo que, a rigor, nada tem a ver com a fotografia na atualidade, mas é de fato memória de um tempo em que a fotografia dependia de exposições longas e até de poses pré-determinadas. Freqüentemente, o fotografado tinha que contar com o apoio de algum meio disfarçado, como a cadeira de espaldar alto, um poste, uma parede, um portão, para manter-se imóvel pelo longo tempo necessário ao ato de fotografar.

A cidade de São Paulo e a era dos melhoramentos materiaes: Obras públicas e arquitetura vistas por meio de fotografias de autoria de Militão Augusto de Azevedo, datadas do período 1862-1863
Eudes Campos
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142007000100002&lng=pt&nrm=iso
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
Tomadas entre os anos de 1862 e 1863, as primeiras fotos paulistanas de autoria de Militão Augusto de Azevedo são sempre evocadas por documentarem a vetustez, a precariedade e a letargia da cidade de São Paulo dos meados do século XIX. Nossa interpretação, no entanto, baseada na leitura de fontes primárias da época, propõe um sentido substancialmente oposto a esse. Entre os anos de 1850 e 1860, a arquitetura e os espaços urbanos de São Paulo já apresentavam significativas modernizações, que aparecem nas fotografias de Militão de Azevedo, hoje pertencentes ao acervo do Museu Paulista e também da Divisão de Iconografia e Museus, do Departamento do Patrimônio Histórico paulistano.

Um olhar sob suspeita
Annateresa Fabris
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142006000200005&lng=pt&nrm=iso
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
As fotografias de Aleksandr Rodtchenko, feitas a partir de pontos de vista desconcertantes, são consideradas demasiado concentradas em aspectos formais, estando, com isso, distantes dos processos sociais e históricos contemporâneos. O artista, que introduz a fotografia de vanguarda na União Soviética, defende a busca da inovação formal como uma maneira de transformação da percepção numa sociedade revolucionária.

As fotografias de "anjos" no Brasil do século XIX
Luiz Lima Vailati
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142006000200003&lng=pt&nrm=iso
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
O presente artigo examina fotografias de crianças mortas produzidas em São Paulo no século XIX, de modo a pensar acerca da sensibilidade da época em relação à morte, bem como algumas transformações operadas nesse âmbito. A estratégia de análise privilegiará a identificação, nesse material, de elementos constitutivos das práticas e representações relacionadas à criança morta, cujas origens são bem anteriores à prática de registro fotográfico dos "anjos" e, na mesma medida, daqueles elementos que estão associados às mudanças que nesse universo tiveram lugar na segunda metade do século XIX e que, como cremos, acompanharam e fomentaram não só o advento mas também a extinção desse costume.

A lucarna do infinito: Baudelaire e a fotografia
Adalberto Muller
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-106X2007000100010&lng=pt&nrm=iso
Alea : Estudos Neolatinos
Em seu comentário agressivo à fotografia na abertura do Salon de 1859, Baudelaire parece pintar um auto-retrato do esteta antiburguês. No entanto, a posição de Baudelaire relativamente à fotografia é ambígua e deve ser entendida dentro do contexto paradoxal de seu amor à modernidade e ódio ao progresso. Através da leitura desse texto, pretendemos demonstrar o importante papel que ele desempenha na teoria baudelairiana da imaginação e mostrar como ele pode revelar uma certa cegueira dos poetas e literatos relativamente às novas tecnologias de (re)produção da imagem.
Carlos Magalhaes
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Kika Salem

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Resposta #1 Online: 21 de Maio de 2008, 00:26:57
Que trabalhão Carlos, obrigada por dividi-lo conosco.
Só conheço o artigo da Annateresa Fabris sobre Aleksandr Rodtchenko que procuro ler tudo que se produz sobre ele desde que tive conhecimento da sua existência.
 :ok:


Ivan de Almeida

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Resposta #2 Online: 21 de Maio de 2008, 10:45:09
Carlos;

Muito obrigado.

Coloquei sua mensagem nos Favoritos, vou lento e comentando.

Abraços,
Ivan


Carlos Magalhaes

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Resposta #3 Online: 21 de Maio de 2008, 12:52:01
Por nada, Kika e Ivan. Estou organizando essa bibliografia para ler na medida do (im)possível e não custa nada compartilhar aqui.

Kika, o artigo sobre o Rodtchenko foi um dos que mais me interessou. Além dele, tem um em espanhol que parece ser muito bom.

O artigo que mais me chamou a atenção, pelo tema, foi o que se chama "Fotografias de Anjos no Século XIX". Comecei a descobrir esse universo impressionante da fotografia de mortos no século XIX lendo o livro do Dubois. Mas as fotografias de crianças mortas são mais impressionantes ainda (o artigo traz algumas fotos).

Uma amiga antropóloga fez um trabalho de campo com os índios Xacriabás, de Minas. Enquanto ela estava lá, um homem mais velho se matou. Durante o velório pediram a ela que tirasse fotos para guardarem de lembrança. É um costume deles.

É muito interessante essa relação "fotográfica" com a morte"!
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Kika Salem

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Resposta #4 Online: 22 de Maio de 2008, 14:03:16
Estou organizando essa bibliografia para ler na medida do (im)possível e não custa nada compartilhar aqui.
Sei bem como é isso.

O artigo sobre o Rodtchenko foi um dos que mais me interessou.
Vamos trocando figurinha sobre ele então. Tem uma foto dele, da escada, que quando vi fiquei desorientada. Gosto dessa sensação quando vejo uma foto. Vou postá-la lá no tópico do Ivan "Algumas fotos".

Comecei a descobrir esse universo impressionante da fotografia de mortos no século XIX lendo o livro do Dubois. Mas as fotografias de crianças mortas são mais impressionantes ainda (o artigo traz algumas fotos).
Isso dá samba, ou melhor, um trabalho interessante. Mas não sei se você é como eu que não quer que a fotografia vire tese (literal e figurada) e por isso procura não misturar as coisas, embora elas sempre se misturem.
Tem um artigo, na revista Studium, sobre Witkin no qual o autor analisa um dos trabalhos dele, uma foto chamada "The Glassman", realizada depois de uma autópsia de um homem encontrado na Cidade do México, onde o fotógrafo passou dias procurando em hospitais corpos de pessoas desconhecidas. O endereço é: http://www.studium.iar.unicamp.br/14/4.html
Nas Ciências Humanas têm uma grande produção sobre sociedade/morte, que toma a fotografia como objeto só conheço uma, mas não li, então não posso comentar: KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro. Uma fotografia desbotada: atitudes e rituais do luto e o objeto fotográfico. João Pessoa, Manufatura/GREM (Série Cadernos do GREM nº 02), 2002.

Coloquei sua mensagem nos Favoritos, vou lento e comentando.
Vou acompanhar seus comentários, cujo conteúdo sempre me faz ver as coisas por um outro ângulo (também literal e figurada).


Carlos Magalhaes

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Resposta #5 Online: 22 de Maio de 2008, 19:18:08
Mas não sei se você é como eu que não quer que a fotografia vire tese (literal e figurada) e por isso procura não misturar as coisas, embora elas sempre se misturem.

Não! Tese não! Eu também não quero que a fotografia vire tese... Tem essa tendência para misturar, mas acho que estou vacinado.

Me interessei pelo artigo sobre o Rodtchenko por causa do resumo. Tinha visto algumas fotos dele no livro que citei em outro tópico (Fotografia do Século XX) e gostado muito. Coincidiu de encontrar o artigo e achei muito curiosa a idéia de "busca da inovação formal como uma maneira de transformação da percepção numa sociedade revolucionária".

Vi as fotos que você postou no tópico do Ivan. A da escada quase provoca uma vertigem. Muito legal!
« Última modificação: 22 de Maio de 2008, 19:18:43 por Carlos Magalhaes »
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Resposta #6 Online: 25 de Maio de 2008, 12:20:54
Não! Tese não!

Numa frase, consegui captar o seu pavor e um pouco do meu. kkkk
Eu também não tenho a mínima intenção de fazer nada nesse sentido, ainda que tenha feito a minha monografia sobre isso na graduação. Fotografia é pra alegrar minha vida, não perder o sono nem lutar contra o tempo. Eu gosto muito do que faço, não tenho crise nesse sentido, mas é um trabalho que consome muito. Por isso, dei-me um tempo para me concentrar na fotografia, fazer um curso prático, desvendar algumas dúvidas práticas, atualizar minhas leituras sobre isso, enfim, integrar prática/teoria que, pra mim, vive de mãos dadas e não de costas uma para a outra.

Da sua lista já destaquei o "Narrativas fotográficas sobre a cidade". Mas antes estou com um livro da Annateresa Fabris aqui na minha mesa para ler, é sobre retrato fotográfico, identidades virtuais, não no sentido relacionado ao computador, mas como abstração.

Meu interesse sobre Rodtchenko é também pura curiosidade. Esses dias estava conversando fiado com um amigo e ex-professor, ele me disse que tem uma pessoa na USP que está fazendo uma tese sobre Rodtchenko, fiquei curiosa para conhecer o trabalho, mas ainda não está concluído. Quando eu tiver acesso a ele eu lhe comunico.


Carlos Magalhaes

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Resposta #7 Online: 25 de Maio de 2008, 19:58:20
Uma monografia, uma dissertação e uma tese. Chega!  :D

Fotografia só por diversão...  :ok:
Carlos Magalhaes
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