Autor Tópico: AJUDA rápida em ler isso aqui em ingles (compensação em longas expos.)  (Lida 6939 vezes)

Leo Terra

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Resposta #30 Online: 05 de Outubro de 2007, 18:09:33
Leandro, a curve você pode traçar uma estmativa bem consistente com o teste de sub/super exposição...
Faça sub/superexposições de 1 em 1 ponto ou de 1/2 em 1/2 ponto até determina os limites da faixa dinâmica e da latitude, depois você pode escalonar e estimar uma queda de qualidade dentro de uma curva normal. Não é muito difícil e no digital você só precisa fazer isso uma vez por equipamento para determinar a distribuição de zonas da câmera.
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Resposta #31 Online: 05 de Outubro de 2007, 18:13:39
<Semi Off-Topic>

 O que precisa, Como faz, Onde encontrar, Como calcular, Como conhecer a curva da latitude de uma determinada mídia?

Leandro,

Para filmes, o fabricante fornece.

Para digital, eu nao sei. O sekonic L-758 tem um software q ajuda a calcular a curva de um determinado sensor, e ai voce pode baixar essa curva direto pro fotometro. Eu estive pensando seriamente em comprar um L-758... mas meu volume de negocios ainda nao justifica... eh caro pacas. Mas eh da hora.
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Resposta #32 Online: 05 de Outubro de 2007, 18:56:46
Vamos lá Padu, uma coisa por vez...

Vc está invertendo as coisas no caso do fotômetro, o fotômetro refletido mede um dado cinza para o qual é apontado, mesmo porque é isso que é necessário para se fotografar, saber o que é refletido, ou seja o que você precisa medir é LUZ REFLETIDA e não incidente.
Como a incidente não é refletida ela não pode ser usada diretamente na fotografia, neste caso é necessário criar uma "simulação" que torne possível ver quanto daquela luz que incide seria refletida por uma dada superfície de referência, no caso não existe um padrão para isso, antigamente usava-se o cinza 18%, hoje em dia a maioria dos fabricantes usam o cinza 13% como referência.
Então o que você está fazendo ao usar um fotômetro de luz incidente é exatamente medir o quanto de luz seria refletida por uma dada superfície (no caso da maioria dos fotômetros uma superfície com refletância de 13%) ao ser iluminada por aquela fonte de luz naquela distância, ou seja, o fotômetro de luz incidente na verdade simula o fotômetro de luz refletida apontando para um determinado objeto de refletância definida. ;)
No caso da sua relação com a fonte de luz ela atua sob a lei do quadrado inverso, portanto para usar o cartão ele teria que estar no mesmo ponto do fotômetro de luz incidente, caso fosse feito o procedimento correto o resultado da medição seria EXATAMENTE o mesmo. Com relação à precisão é exatamente o contrário não existe relação entre o sensor e a fonte de luz, a relação é excluiva sobre a distância entre a fonte de luz pontual e o fotômetro (no caso da luz incidente) ou o cartão (no caso da luz refletida), na verdade o refletido é ainda mais preciso, pois considera a distância que a luz percorre do objeto refletido até a câmera, mas essa perda é desprezível para fotos normais, pois o objeto não pode ser considerado pontual, então apesar de o refletido ser mais preciso neste quesito não considero que seja uma vantagem que realmente mereça ser citada rs...

A informação sobre a bolha dos fotômetros é quase que pública, dá uma volta no google que você acha, os sekonics possuem bolhas de 15% e de 13%, é importante ver qual modelo você está usando, mas é informação de domínio público, acredito que o fabricante até te passe por e-mail se você solicitar no suporte, os Minolta por exemplo são todos cinza 13%.
Quanto a comprar um fotômetro de mão existem vários motivos para isso, primeiro e mais importante é medir flash, que acredito que seja a intensão da maioria dos que investem em um fotômetro de mão.
Exitem diversos outros fatores para isso, como praticidade (ele permite expor sem esforço apesar de não ter muita precisão) e por ai vai, lembre-se que os fotômetros mais sofisticados todos medem luz refletida, eu mesmo uso em estúdio luz refletida com o Minolta, inclusive foi uma das etapas do curso de estúdio que ministrei em São Paulo.
Quanto a cartões cinza, o padrão de mercado é a refletância de 18% porque é considerado o cinza médio, é um padrão definido pela KOdak que é usado até hoje, mas não entendo onde você quer chegar, os fotômetros usam referencial cinza 13%, isso não obriga que os cartões usem referencial cinza 18%, esse referencial é apenas uma base para determinação de refletância, os fotômetros de mão usam base 13% exatamente para melhorar o resultado da exposição para pele calcasiana, isso é sistema de zonas básico, se você usar um cartão cinza 18% em vez de um referencial 13% basta então superexpor 1 ponto para ter o mesmo resultado em uma latitude como a proposta pelo sistema de zonas... Pronto... :)

A questão dos elementos
Padu a exposição varia sim conforme o tom.
Se você quiser expor com máxima qualidade um tom preto então você terá que compensar a exposição obtida no fotômetro incidente para obter este resultado.
Só um exemplo que você mesmo pode testar, primeiro exponha o preto a partir da exposição obtida por seu fotômetro incidente, depois faça o mesmo com um fotômetro de luz refletida, o resultado que você irá obter é uma preservação rica de detalhes no fotômetro refletido e uma exposição com perdas no incidente, isso é exposição, você verá também que existirá uma diferença entre as exposições usadas (o fotômetro incidente deverá ter uma exposição mais longa), isso porque o fotômetro incidente estará expondo para o cinza da bolha que usa, enquanto o fotômetro incidente estará expondo exatamente para o objeto em questão, o que proporcionará maior retenção de detalhes para este, mesmo depois do pós processo para reajustar os tons (vulgo revelação nos filmes).
Meu objetivo não é convencer você a deixar de usar incidente, na verdade só estou mostrando que apesar de simples o método por luz incidente é bastante limitado para o controle real da luz, a maioria usa exatamente por não saber o que controlar e como controlar a luz e o próprio processo de revelação.... :)Na verdade o texto que você tirou da Minolta reforça exatamente o que estou dizendo desde o começo rs... Com incidente você não define o quão escuro ou claro é o objeto (exatamente por não levar em consideração) e é preferido porque é simples e possibilita trabalhar na maioria das condições rapidamente, ou seja, não é por ser preciso ou dar controle, é porque é fácil, você aperta e ele te dá uma base que serve para expor direto do resultado obtido, mas que nem sempre vai te dar o que você precisa, enquanto o incidente precisa pensar para ajustar as compensações, mas te dá exatamente o que você precisa. Não estou dizendo que seja errado usar incidente, muito pelo contrário eu até recomendo para quem está começando, mas não que seja melhor, eu particularmente gosto de ter controle sobre o que eu faço, por isso privilegio técnicas que aumentem meu nível de controle sobre o resultado em detrimendo de técnicas mais simples (acho que eu sou meio inseguro rs). :/
Por exemplo, me lembro de uma foto que você postou (se não me engano em grande formato), na qual se você tivesse exposto sabendo os fatores que estou te passando aqui você teria revelado a foto com +1 ponto direto e obtido a máxima preservação de detalhes e tons de pele mais realistas... ;)

Eu estou falando da relação entre o tom do objeto, exposição (que tem a ver com qualidade e não com tom de representação) e tom representado, não é que esteja fragmentada, é que realmente me refiro a todos esses fatores e como eles se relacionam.. :)

Ai é que está, se você conhece a latitude da mídia tudo bem mas ai é que entra a coisa, você conhece alguma mídia com latitude simétrica? Eu particularmente não conheço, neste caso o fotômetro de luz refletida te permite colocar cada ponto da cena rapidamente sobre o ponto exato da latitude, enquanto o incidente você não saberá o que é refletido por cada elemento da superfície. Com luz relfetida você ajusta a luz para que branco fique cinza e preto fique cinza reduzindo ao máximo o contraste entre ambos, ai a pergunta é: como fazer isso com certeza com fotômetro de luz incidente? Você não faz, exatamente porque não consegue determinar com precisão quanto de luz é refletida por cada superfície somente a relação do que incide, é exatamente por isso que o fotômetro refletido gera um controle muito maior sobre a cena. :) Voltando a lembrar, não se trata de uma questão de certo ou errado e sim de uma relação entre controle e simplicidade, não discuto a simplicidade e a facilidade do fotômetro de luz incidente, ele é realmente muito fácil de usar, mas o controle proporcionado pelos de luz refletida é absurdamente maior, pois permite um controle de exposição baseado em elementos individuais da cena e não em um objeto "virtual" baseado na bolha do fotômetro.
A diferença básica entre luz incidente e luz refletida é: Com luz incidente você estará sempre expondo para um objeto "virtual" com refletância definida pela bolha, com luz refletida você estará expondo exatamente para o que está sendo apontado. Você pode chamar de complicado e desnecessário, eu chamo de controle absoluto, principalmente para as texturas, que são a alma da fotografia de moda... ;)
« Última modificação: 05 de Outubro de 2007, 19:46:37 por Leo Terra »
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Resposta #33 Online: 05 de Outubro de 2007, 19:14:53
bom, que ja extrai o maximo que podia deste topico...

so recomendo aos que porventura cairem por aqui, que procurem se informar e principalmente, testar as tecnicas de acordo com o seu workflow...

leiam os sites dos fabricantes e literatura especializada.

no mais me abstenho
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Resposta #34 Online: 05 de Outubro de 2007, 19:34:14
Engraçado você citar isso Padu, não considero quase nada na Internet como literatura especializada, e muitos dos livros de fotografia são menos ainda, porque a maioria dos que escrevem não conhecem matemática e física, não conhecem as normas e se baseiam em receitas que em muitos casos vieram de antes dos anos 50, ou seja não entendem o que estão escrevendo, apenas reproduzem, o que leva a erros grosseiros quando comparados com os resultados obtidos por equipamentos submetidos às normas atuais, recomendo a leitura dos livros do Adams (esse sim dominava todos os conceitos envolvidos na fotografia da época, tanto que desenvolveu muitas receitas funcionais, conceitos os quais muitos podem ser transferidos para os conceitos atuais com poucas modificações) e principalmente a leitura dos materiais oficiais da norma ISO e das referências sobre latitude oferecidas no site da kodak (tem um material técnico muito farto espalhado pelo site da kodak), pois eles são os elementos chave para entender como funcionam os sistemas de exposição dos equipamentos, esses fatores são muito legais porque levam ao entendimento e não à reprodução de técnicas muitas vezes ultrapassadas, só recomento a leitura dos cursinhos e glossários dos fabricantes para quem está começando, estes cursinhos são desenvolvidos para quem quem não tem a menor idéia de como começar poder começar a usar os equipamentos com baixo índice de erros, até o curso da Natgeo é mais profundo e oferece melhores resultados. O aprofundamento requer mais conhecimento, mesmo porque existem poucas técnicas desenvolvidas para as normas atuais (como eu disse a maioria teve origem antes dos anos 50), por isso é que tenho buscado desenvolver novas técnicas aplicáveis, eu sempre fotografei com meu conhecimento sobre o tema, porém recentemente tenho me empenhado em traduzir isso para técnicas que sejam de fácil entendimento (como Adams fez com o sistema de zonas. É por essas e outras simplificações e usos de técnicas antigas que ouvimos aquelas colocações incríveis de que a marca X tem um ISO 100 que equivale a ISO 125 e por ai vai rs, é por total desconhecimento das normas que regem os procedimentos...
Mas de qualquer forma espero que você tenha conseguido absorver algo útil para sua evolução como fotógrafo e até quem sabe um pedacinho da técnica que tenho desenvolvido, que se você entender verá que não é tão difícil assim, tem um entendimento muito próximo ao do sistema de zonas (mesmo porque é baseado no mesmo conceito do eyes mind).

Sobre a questão das bolhas fui dar uma busca na minha base de dados e achei o chart da norma ANSI e a norma define que as bolhas originais devem ser calibradas para 13%, então era mesmo de se esperar que fossem todos 13% rs... Acredito que isso possa ajudar você em uma busca guiada pela Internet.

« Última modificação: 05 de Outubro de 2007, 19:41:31 por Leo Terra »
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