Autor Tópico: AJUDA rápida em ler isso aqui em ingles (compensação em longas expos.)  (Lida 6936 vezes)

Pedro Vilas Boas

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Resposta #15 Online: 03 de Outubro de 2007, 20:35:26
é que eu nao expliquei oq eu faço

eu coloco a 1 segundo. e 1.4 de abertura

então eu vejo o fotometro, que geralmente ta sobre-exposto.

então eu vou fechando a lente..

supor que em f2.0 à 1 segundo o fotometro esteja zerado.

então oq eu faço....

passo pra f2.8 e então me daria 2 segundos.
passo pra f4 que me daria 4 segundos
passo pra f5.6 que me dá 16 segundos
passo pra f8 que me dá 32 segundos
passo pra f11 que me dá 64 segundos
passo pra f16 que me dá 128 segundos.

PORÉM

a partir de 2 segundos (NO FILME SUPERIA ASA 100), precisa-se compensar com a abertura ou segundo(s) a mais.
então.

então, por exemplo.. se eu calcular 64 segundos, na verdade eu tenho que aumentar 1 f-stop
abertura ou tempo

abertura tira minha nitidez.
então vamos optar pelo tempo

então eu teria que aumentar de 64 segundos para 127 segundos.



-------------------------
O problema não esta aí em cima.
isso é facil...

até 2 segundos (no superia asa 100) não muda nada...  4 segundos aumentar 1/3 de um stop ... 2/3 de um stop.. 3/3 de um stop..

até ai é normal

....

o problema é quando a luz for NULA.
se eu fotometrar o ceú com a minha maquina ela vai me dar subexposto SEMPRE.
daí não da pra calcular quantos stops eu tenho que aumentar nos segundos.


Pedro Vilas Boas

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Resposta #16 Online: 03 de Outubro de 2007, 20:41:39
aliás , eu tenho outra duvida.
qualquer um de vcs sabe responder.

qual é a ordem dos stops em segundos depois de 1 segundo?

por exemplo

1/4000 < 1/2000 < 1/1000 < 1/500 < 1/250 < 1/125 < 1/60 < 1/30 < 1/15 < 1/8 < 1/4 < 1/2 < 1 < 2 < 4 <  ...oq???

segue a sequencia no inverso da sequencia da fração?
assim?
... < 1/4 < 1/2 < 1 < 2 < 4 < 8 < 15 < 30 < 60 < 125 < 250 < 500 < 1000 < ...

ou assim ??
... < 1/4 < 1/2 < 1 < 2 < 4 < 16 < 32 < 64 < 128 < 256 < ...

qual é a ordem certa em stop-by-stop do tempo?


Leo Terra

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Resposta #17 Online: 03 de Outubro de 2007, 20:46:37
Bom se você fotografar algo sem luz ou fora do range do fotômetro é de se esperar esse resultado...
Por exemplo o céu estrelado... No céu estrelado você terá o céu, que estará negro (refletindo apenas um pouco da luz do âmbiente e das estrelas), mas as principais fontes de luz serão as próprias estrelas e a própria lua. Neste caso a lua é fácil de medir, medição Spot resolve o problema (você verá que a Lua é até bem iluminada rs), já as estrelas são praticamente ipossíveis, porque será difícil conseguir um fotômetro "fechado" o suficiente, neste caso você poderá trabalhar com estimativas, como a exposição de f/5.6, 30s por exemplo, o mais complicado é trabalhar controlando a luz refletida na atmosfera (aquele efeito avermelhado das luz âmbiente dispersa nela e etc), porque essa estará quase sempre fora do range dos fotômetros e também estará variando de acordo com o local, neste caso o ideal é acabar fazendo tentativas com saltos de 2 pontos para garantir o registro do acontecimento... Ficou mais claro agora?

A ordem seria a inversa, alguns fabricantes usam o arredondamento proposto pela indústria (como na fração) outros preferem a direta...
A direta seria:
1s, 2s, 4s, 8s, 16s, 32s, 64s, 128s.
A arredondada seria:
1s, 2s, 4s, 8s, 15s, 30s, 60s, 125s.
« Última modificação: 03 de Outubro de 2007, 20:48:32 por Leo Terra »
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Resposta #18 Online: 03 de Outubro de 2007, 20:55:38
(você verá que a Lua é até bem iluminada rs)

rsrsrs
isso me fez rir.

imaginei vc fotografando o ceu/lua e ficando supreso com o quanto ele é iluminada . hahhaa
aiai ...

mas quando vc fotometrou a lua (rsrsrsr) com o spot meter , vc não precisou chegar perto dela não???
é serio, pq eu li que o spot meter mede a luz de um trosso em especifico.
(acima nao foi uma pergunta, falei de brincadeira)
(abaixo é uma pergunta)
tenho certeza absoluta que vc ja fez fotos noturnas de longa exposição.
numa pracinha por exemplo com uma grande angular.
vc tem uma luz forte dos postes, mas tem a escuridao das partes sob as arvores.
vc pegou o spot meter e fotometrou a lampada de luz ou a parte mais escura?
tou até quase adivinhando, vc fotometrou oq vc achou que seria um cinza 18% , certo?


Pedro Vilas Boas

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Resposta #19 Online: 03 de Outubro de 2007, 21:02:03
isso tudo me faz concluir que:

1) é ULTRA-necessario um caderno e uma caneta! anotar os tempos!
2) vou gastar MUITO dinheiro e uns 3 rolos de filme(sendo otimista) pra achar um tempo aproximado
3) repetir isso em todos os tipos de fotos noturnas com luminosidade diferente
por ex: achar um tempo aproximado para o ceu.
achar um tempo aproximado pra uma pracinha de uma cidade qualquer

meu deus. vou falir assim.

------
quando vcs marcarem uma saida fotografica noturna, me chamem!
vou sugar vocês!!!
vou encher muito o saco
« Última modificação: 03 de Outubro de 2007, 21:03:53 por Pedro Vilas Boas »


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Resposta #20 Online: 04 de Outubro de 2007, 00:20:45
Pedro na verdade eu fotometro vários elementos e tento enquadrar eles na curva de latitude da câmera...
Na verdade quando vc conhece o processo você acaba acostumando e fazendo rápido, é só treino..
Já viu o curso fotografia avançada em www.teiadoconhecimento.com??? Tem muuuita coisa sobre esse tipo de exposição avançada.
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Pedro Vilas Boas

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Resposta #21 Online: 04 de Outubro de 2007, 06:55:17
Pedro na verdade eu fotometro vários elementos e tento enquadrar eles na curva de latitude da câmera...
Na verdade quando vc conhece o processo você acaba acostumando e fazendo rápido, é só treino..
Já viu o curso fotografia avançada em www.teiadoconhecimento.com??? Tem muuuita coisa sobre esse tipo de exposição avançada.
eu vou ver.
mas não agora esse ano.
pq no final do ano eu quero fazer o "basico 2" aqui no RJ, no Ateliê da Imagem. Eu fiz um de introdução e pretendo terminar.
caso eu sinta necessidade de algo mais (tecnico-teorico)
aí eu procuro saber sobre os topicos que vc trata nesse curso.

fora isso (cursos),
qualquer WS de tecnicas avançadas que vcs fizerem,podem contar com a minha presença.


Paulo Machado

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Resposta #22 Online: 04 de Outubro de 2007, 08:41:31
Pedro, isto não é difícil nem complicado.

Na sua câmera mecânica o fotômetro só marca até 1s de exposição, então voce pode usar um fotômetro de mão ou uma tabela como a que tem neste site.
http://www.fredparker.com/ultexp1.htm
Ou então na página do Rodrigo Pereira, que gentilmente disponibilizou um PDF para voce imprimir e andar com ele.
http://camaraobscura.fot.br/wp-content/uploads/2007/07/guia-ev-v2.pdf

Assim voce saberá o tempo de exposição, que para a cidade iluminada vista a distância deve estar em torno de 1EV, digamos. Então com um filme ISO 100 com f2.8 voce vai precisar de 4s. Como este tempo cai na falha de reciprocidade do filme voce vai ter que fazer uma compensação de exposição.

Na tabela do Superia a compensação necessária é +1/3, então voce pode abrir a objetiva ou aumentar o tempo de exposição.

Abrir é difícil em câmeras mecânicas que só podem mudar 1 ponto então voce aumenta o tempo de 4s para 6s, mais ou menos.
Complicando: uma abertura de 2,8 tem um DOF pequeno, passemos a f16, 4 pontos a mais. Na tabela do Fred Parker tem tudo, mas calculando voce passará para 4 - 8 - 16 - 32 -  64s de exposição. Outro porém, contar o tempo de exposição.

Voce vai precisar de um relógio com cronômetro. Não é necessária muita precisão, 1 ponto a mais significa dobrar o tempo de exposição, passar de 64s para 128s. Então alguns segundos não fazem muita diferença.
Com 64s o filme pede 1 ponto a mais de exposição, então, como dobrar o tempo vai acabar demorando muito abra a lente 1 ponto, f11 com 64s.
Sacou?
When words become unclear, I shall focus with photographs. When images become inadequate, I shall be content with silent.  - Ansel Adams


padu

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Resposta #23 Online: 04 de Outubro de 2007, 14:26:31
Padu discordo que para estúdio a Luz incidente seja a melhor opção, na verdade a luz refletida possibilita um controle muito maior da luz da cena, principalmente se associado à reprodução de tons da curva de latitude da mídia... O fotômetro de luz incidente só é mais fácil, porque sempre irá definir a exposição para um dado cinza, mas também gera aquele tipo de erro clássico, como tons de pele ruins ou mesmo pouco detalhados devido ao fato de estar fora do ponto ideal de exposição. O fotômetro de luz refletida é muito mais eficiente e preciso para quem sabe o que está fazendo... ;)

Interessante o seu ponto. Eu ainda prefiro luz incidente para retratos. A maioria dos fotografos q eu conheco por aqui usam a mesma tecnica.

Como eh q vc calcula contraste com luz refletida?
http://www.flickr.com/photos/padu_merloti/ http://padu.merlotti.com <br />Sony Alpha 100, Minolta Maxxum 7, Toyo4x5  View Camera, Calumet 4x5 View Camera, 1942 US Navy 4x5 Combat Camera, Voighlander Bessa R, Canon Powershot SD800, Minolta Maxxum 7000 (aposentada), Zenit 12XP (aposentada)<br />San Diego, California


Pedro Vilas Boas

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Resposta #24 Online: 04 de Outubro de 2007, 21:57:08
Pedro, isto não é difícil nem complicado.

Na sua câmera mecânica o fotômetro só marca até 1s de exposição, então voce pode usar um fotômetro de mão ou uma tabela como a que tem neste site.
http://www.fredparker.com/ultexp1.htm
Ou então na página do Rodrigo Pereira, que gentilmente disponibilizou um PDF para voce imprimir e andar com ele.
http://camaraobscura.fot.br/wp-content/uploads/2007/07/guia-ev-v2.pdf

Assim voce saberá o tempo de exposição, que para a cidade iluminada vista a distância deve estar em torno de 1EV, digamos. Então com um filme ISO 100 com f2.8 voce vai precisar de 4s. Como este tempo cai na falha de reciprocidade do filme voce vai ter que fazer uma compensação de exposição.

Na tabela do Superia a compensação necessária é +1/3, então voce pode abrir a objetiva ou aumentar o tempo de exposição.

Abrir é difícil em câmeras mecânicas que só podem mudar 1 ponto então voce aumenta o tempo de 4s para 6s, mais ou menos.
Complicando: uma abertura de 2,8 tem um DOF pequeno, passemos a f16, 4 pontos a mais. Na tabela do Fred Parker tem tudo, mas calculando voce passará para 4 - 8 - 16 - 32 -  64s de exposição. Outro porém, contar o tempo de exposição.

Voce vai precisar de um relógio com cronômetro. Não é necessária muita precisão, 1 ponto a mais significa dobrar o tempo de exposição, passar de 64s para 128s. Então alguns segundos não fazem muita diferença.
Com 64s o filme pede 1 ponto a mais de exposição, então, como dobrar o tempo vai acabar demorando muito abra a lente 1 ponto, f11 com 64s.
Sacou?


ah sim, Paulo.
entendi, a parte teorica, perfeitamente. é bem lógico até. o problema é mais com a resposta do filme... pq ai o tempo dobra. ou aumenta +1/3 etc

entendi entendi.
eu ainda nao vou imprimir nao. mas vou salvar COM TODA CERTEZA  aqui nos favoritos.

eu vou te dizer.
por mim por mim, não ligo de aprender sem essas fontes e tal.
mas o problema é que se eu nao tivesse MAIS OU MENOS uma base.. eu ia tirar foto desde 1segundo até 2 mintutos, POR EXEMPLO.
assim , exagerando né.


por exemplo..
pedro, pra vc fazer aquela exposição vc varia de 30 a 60 segundos.
é muito mais prático e BARATO, tendo por inicio um "intervalo de confiança". do que eu pegar o filme e gastar rolos e rolos pra tentar fazer uma exposição legal


mas é isso.
muito obrigado a todos pela ajuda!
mesmo mesmo! era tudo oq eu estava precisando =)


Leo Terra

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Resposta #25 Online: 04 de Outubro de 2007, 22:37:16
Interessante o seu ponto. Eu ainda prefiro luz incidente para retratos. A maioria dos fotografos q eu conheco por aqui usam a mesma tecnica.

Como eh q vc calcula contraste com luz refletida?

Padu a luz incidente é mais usada porque é fácil, não precisa conhecer muito sobre exposição para fazer uma exposição de estúdio razoável com luz incidente, além de facilitar certos procedimentos para os quais existem receitas de bolo que funcionam razoavelmente bem.
Porém a luz refletida possibilita maior controle, com a luz incidente é muito difícil você cituar um certo tom no ponto que você deseja da exposição, pois isso encorreria na necessidade de saber exatamente o tom medido para corresponder com o tom representado pela bolha do fotômetro (normalmente o cinza 13%). Medir o contraste como o pessoal faz normalmente pode ser feito usando-se um elemento que reflita o mesmo cinza, porém a medição do contraste que o pessoal costuma fazer na verdade é uma receita de bolo das bem meia boca, pois usando a mesma luz, o contraste final que será obtido por um negativo e por um cromo é muito diferente, isso porque a curva de saturação destas mídias é absurdamente diferente, ai é que entra a mágica da luz refletida, ela lhe permite acertar o tom perfeitamente dentro da mídia e ter um controle sobre o efeito do contraste de luz sobre a mídia, já considerando-se os tons dos elementos, o que não seria possível com a luz incidente, então imagine que você tenha elementos com cinzas diferentes, mas deseja que não haja contraste entre estes, neste caso basta que você ajuste a luz para que o que é refletido seja igual em ambos os elementos, o que seria impossível na luz incidente, então na verdade o "controle" sobre o contraste que o pessoal julga ter com a luz incidente (que pode ser obtido pela luz refletida medindo-se a partir do mesmo objeto) é na verdade um engodo, porque não passa de uma receita de bolo que funciona diferente em mídias diferentes, já o controle que se obtem pela luz refletida e pelo conhecimento da curva de saturação da mídia possibilita que os elementos sejam expostos exatamente para proporcionar os efeitos desejados na exposição, o que é a alma da exposição e do próprio eyes mind proposto pelo Adams, na verdade eu criei um procedimento de exposição baseado na latitude que é um aprimoramento do sistema de zonas para as mídias modernas e para exposições avançada, que é baseado neste conceito que citei acima e é exatamente o conceito que proponho durante todo o andamento do fotografia avançada. :)
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Resposta #26 Online: 05 de Outubro de 2007, 13:54:57
Se eh mais facil e funciona....

Lembre-se que o tio Anselmo passava longe de estudio...

Pra mim, exposicao nao tem muito segredo... eh f-stop e shutter. com digital ainda, mesmo quem nao entende absolutamente NADA de exposicao, por combinatoria, nao precisa tirar muitas fotos para acertar a exposicao em cheio. em estudio, o segredo de uma boa foto esta na compreensao da luz. Alias, eh so isso que me interessa no fotometro, me ajudar a entender a luz.

Eu tive um hard time tentando entender como eh que voce calcula contraste... acho que voce estava mais preocupado em me doutrinar a usar luz refletida do que explicar o que eu perguntei.

Alias, o contraste que eu estou me referindo nao tem nada a ver com o contraste da midia. Eh completamente independente. O conceito de contraste (de luz) eh puro e simples: qual eh a proporcao de luz entre highlights e shadows. se essa proporcao vai se manter na midia, ai eh outros quinhentos. (no sekonic L-758, voce pode programar a caracteristica da midia por exemplo).

A verdade eh que nao importa o numero de tons em uma cena ou o valor refletivo de cada are, a exposicao necessaria para reproduzir os tons corretamente eh determinada pela quantidade de luz sendo recebida pela cena. Mesmo quando os tons variam, a exposicao continua a mesma. Eh simples assim... nao tem receita de bolo nenhuma. Ate uma receita de bolo seria mais complicado que isso.

BTW, o cartao cinza tem uma reflectancia padrao de 18%, nao 13
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Resposta #27 Online: 05 de Outubro de 2007, 16:41:59
Padu muito pelo contrário..
Fui bem claro.. Você pode calcular o contraste pelo modo clássico simplesmente usando a comparação com o mesmo elemento cinza, se você usa o rosto da modelo como base basta medir a luz em cada ponto no rosto da modelo e pronto, terá o contraste exatamente da mesma forma que com o fotômetro de luz incidente, você também pode usar um cartão com qualquer cinza como referência para isso que o resultado será exatamente o mesmo, lembre-se que o fotômetro de luz incidente nada mais é do que um simulador de superfície de um dado cinza, no caso a maioria é cinza 13%.. ;)

Padu você está bem enganado com relação à exposição, me desculpe, não quero te ofender, longe disso, apenas te mostrar que seu método não envolve controle do resultado OK??? :) Bom, se os tons variam a exposição varia, se você expor para um elemento preto e depois fizer o mesmo para um elemento branco verá que haverá variações drásticas na exposição...
Vou tentar simplificar, expor não está ligado diretamente a obtenção de tons e sim a definição da qualidade da captura, por outro lado você terá a contra partida de que dependendo do ponto da curva de latitude onde a exposição vai cair você terá representado um tom diferente na representação final da imagem, tom este associado à curva de latitude e ao processo de revelação escolhido, sendo assim se você expor para um objeto na Zona V e em sua imagem tiver um tom cinza de zona VI, então ela será representada em um tom de zona VI, porém se você medir diretamente sobre a zona VI você irá obter como resultado um tom de zona V, isso é só um exemplo baseado no sistema de Zonas do Adams, que possui ainda algumas limitações em relação ao método mais eficiente, mas que considero ser o feijão com arroz da exposição.
Neste caso para o aprimoramento disso para as mídias modernas seria necessário basicamente duas coisas, primeiro que saber a resposta da mídia e sua curva de latitude, isso porque com variações na latitude teremos variações sobre a questão do sistema de zonas, a outra questão é o processo de revelação que será usado, definindo como será a curva de geração de tons do mesmo.
Com base nisso torna-se possível produzir resultados concistentes inclusive em relação à contrastes.
A técnica rudimentar de medição de contrastes por luz incidente é muito inconsistente, pois depende muito da mídia utilizada, por exemplo, um contraste de 1 ponto é muito leve para um negativo, mas já é bastante significativo para a maioria dos cromos, um contraste de 4 pontos em um negativo já é dramático, já em um cromo é impraticável, isso demonstra claramente que essa técnica de medição simplesmente por receita de bolo é muito imprecisa e em muitos casos ineficiente para produzir resultados concistentes.
No caso o ideal é a associação de uma versão aprimorada do sistema de zonas baseada na luz refletida por cada elemento da cena e na latitude da mídia utilizada (esta é a técnica que utilizo e que venho desenvolvendo e aprimorando a 5 anos).
É possível realizar um procedimento parecido, apesar de menos controlado, com  de luz incidente, mas isso também requer o conhecimento da curva de latitude da mídia, associado ao conhecimento prévio de qual tom de cinza é simulado pela bolha do fotômetro...
Não existe um controle real dos contrastes do que é capturado neste método que você está propondo e que na verdade é o método usado pelo pessoal que trabalha mais no feijão com arroz, neste caso o controle é apenas do contraste da luz o que pode não ser refletido para a mídia (dependendo de sua curva de latitude), já no método que proponho (que se baseia na luz refletida pelos objetos) é possível planejar a luz para que o contraste do resultado seja exatamente o esperado, é possível por exemplo determinar a diferença exata entre os tons encontrados em cada lado do rosto dos modelos, possibilita definir qual o tom de preto que você irá querer em relação a cada um dos demais objetos, isso possibilita um controle muito maior sobre os resultados do que um conjunto de medições baseados no cinza 13%, que não garantem a representação dos tons de acordo com o esperado na mídia.
Se quiser pode chamar este método de método Leo, porque é um aprimoramento que eu venho desenvolvendo a 5 anos mesclando exposição avançada com o sistema de zonas... ;)

Quanto aos cartões o padrão realmente é 18%, mas eu não me referi aos cartões quando citei 13% estava me referindo à bolha de simulação do fotômetro, que na maioria dos fabricantes é 13% ou zona IV para favorecer a pele calcasiana. ;)

Ficou mais claro agora???
Me desculpe por qualquer coisa...
« Última modificação: 05 de Outubro de 2007, 16:53:47 por Leo Terra »
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Resposta #28 Online: 05 de Outubro de 2007, 17:30:22
<Semi Off-Topic>

 O que precisa, Como faz, Onde encontrar, Como calcular, Como conhecer a curva da latitude de uma determinada mídia?
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padu

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Resposta #29 Online: 05 de Outubro de 2007, 18:08:37
Leo,

Muito pelo contrario, eh de discussoes desse tipo q eu gosto, pois me forca a rever as minhas bases. Enquanto nao for pessoal, pode descer a lenha.

Eu conheco o sistema de zonas, mas eu nao o aplico em estudio. Incidente eh mais simples e recomendado ate pelo fabricante do fotometro (veja o artigo LEARN FROM THE PROS)

http://sekonic.com/classroom/classroom_2.asp

Na verdade, eh o contrario. Voce simula um fotometro de luz incidente se voce usar um cartao cinza perto do assunto e medir spot ali. Mesmo assim, ainda existem vantagens em utilizar incidente. Por exemplo, o sensor vai estar mais proximo da fonte de luz, o que aumenta a sensibilidade e precisao do processo.

http://www.clubfree.com/spectra/scr_exp1.htm

Padu muito pelo contrário..
Fui bem claro.. Você pode calcular o contraste pelo modo clássico simplesmente usando a comparação com o mesmo elemento cinza, se você usa o rosto da modelo como base basta medir a luz em cada ponto no rosto da modelo e pronto, terá o contraste exatamente da mesma forma que com o fotômetro de luz incidente, você também pode usar um cartão com qualquer cinza como referência para isso que o resultado será exatamente o mesmo, lembre-se que o fotômetro de luz incidente nada mais é do que um simulador de superfície de um dado cinza, no caso a maioria é cinza 13%.. ;)

Exato, entao para que comprar um fotometro? Se o que voce esta fazendo eh identico ao incidente, entao nao precisa investir $500 dolares em um fotometro certo? Usa o spot da camera mesmo... Desculpe mas eu discordo. Alias, vc pode citar a fonte de onde vc tirou que a "maioria" dos fotometros usa uma base de 13%? O proprio cartao cinza da sekonic eh 18%.
BTW, em um dos links q eu estou te passando, o cara cita que para publicar curva de saturacao, os fabricantes de filme usam fotometria incidente, e nao refletida.

Alias, na propria BH, eu nao achei 1 cartao q fosse 13%...
[ur]http://www.bhphotovideo.com/bnh/controller/home?shs=gray+card&ci=0&sb=ps&pn=1&sq=desc&InitialSearch=yes&O=RootPage.jsp&A=search&Q=*&bhs=t[/url]


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Padu você está bem enganado com relação à exposição, me desculpe, não quero te ofender, longe disso, apenas te mostrar que seu método não envolve controle do resultado OK??? :) Bom, se os tons variam a exposição varia, se você expor para um elemento preto e depois fizer o mesmo para um elemento branco verá que haverá variações drásticas na exposição...

Bom, nao eh o MEU metodo, e sim o metodo adotado por muitos fotografos em estudio, entao se vc vai ofender alguem, eh quem inventou o metodo. Eu so uso. E pra mim faz sentido. Vc ainda nao me convenceu que existe alguma vantagem significativa em usar luz refletida em estudio. Se a iluminacao for simples e controlada, a exposicao NAO varia de acordo com o tom.

Eu vendi meu minolta IV, mas ainda tenho o manual... aqui vai um exerpt dele:
Incident-light Readings
With incident-light readings, exposure is based on the brightness of the light falling on the subject. The subjet's reflectivity (how light or dark it is) does not influence the reading.
Many photographers prefer to make incident-light readings because these readings produce very predictable, consistent exposures for most average scenes. Furthermore, this method is very quick and simple, and thus is well suited to determining the exposure in fast-changing situations.


Bom, ate aqui minolta e sekonic falam que medir luz incidente eh bacana...

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Vou tentar simplificar, expor não está ligado diretamente a obtenção de tons e sim a definição da qualidade da captura, por outro lado você terá a contra partida de que dependendo do ponto da curva de latitude onde a exposição vai cair você terá representado um tom diferente na representação final da imagem, tom este associado à curva de latitude e ao processo de revelação escolhido, sendo assim se você expor para um objeto na Zona V e em sua imagem tiver um tom cinza de zona VI, então ela será representada em um tom de zona VI, porém se você medir diretamente sobre a zona VI você irá obter como resultado um tom de zona V, isso é só um exemplo baseado no sistema de Zonas do Adams, que possui ainda algumas limitações em relação ao método mais eficiente, mas que considero ser o feijão com arroz da exposição.

Nao conseguiu simplificar... Alias, a sua exposicao da ideia aqui esta fragmentada. Do que voce esta falando? Do tom da pele? Da exposicao da foto como um todo?

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Neste caso para o aprimoramento disso para as mídias modernas seria necessário basicamente duas coisas, primeiro que saber a resposta da mídia e sua curva de latitude, isso porque com variações na latitude teremos variações sobre a questão do sistema de zonas, a outra questão é o processo de revelação que será usado, definindo como será a curva de geração de tons do mesmo.
Com base nisso torna-se possível produzir resultados concistentes inclusive em relação à contrastes.
A técnica rudimentar de medição de contrastes por luz incidente é muito inconsistente, pois depende muito da mídia utilizada, por exemplo, um contraste de 1 ponto é muito leve para um negativo, mas já é bastante significativo para a maioria dos cromos, um contraste de 4 pontos em um negativo já é dramático, já em um cromo é impraticável, isso demonstra claramente que essa técnica de medição simplesmente por receita de bolo é muito imprecisa e em muitos casos ineficiente para produzir resultados concistentes.

Pera um pouco... a latitude da midia eh apenas importante para decidir quanto de contraste (light ratio) voce pode usar na sua iluminacao. E isso voce pega em um piscar de olhos tanto com incidente ou refletida.

4 pontos em um negativo pode ser aceitavel para o negativo, mas para um retrato (que nao seja estilizado), ja eh inaceitavel... mute point.

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Não existe um controle real dos contrastes do que é capturado neste método que você está propondo e que na verdade é o método usado pelo pessoal que trabalha mais no feijão com arroz,

Eu acho q eu fico com o feijao com arroz entao... alias... eh no feijao com arroz que o Avedon faz fortunas...

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Se quiser pode chamar este método de método Leo, porque é um aprimoramento que eu venho desenvolvendo a 5 anos mesclando exposição avançada com o sistema de zonas... ;)

Nao me leve a mal, mas prefiro chamar de complicado e desnecessario.



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