Então Simão, você está vivendo os impactos do que eu estou falando, que é o início da falta de PDVs com disponibilidade do produto...
Padu minha afirção não é sem fundamentos, é uma típica de análises de ciclo de vida de produtos, fundamentada em pesquisa bibliográfica e informações de mercado (a entrevista do cara da Iford por exemplo parece mais achismo, uma vez que não se fundamenta nos elementos básicos para a análise, eu teria defendido muito mais o sentido de nichos mostrando que a empresa está se preparando para atender desta forma do que tentar defender um produto em queda livre...), essas marcas que ainda existem estão "aproveitando" o que ainda resta do filme, não espere que elas continuem por muito tempo com linhas amplas ou similares porque não vão ficar, as que ficarem sofrerão muito, como já estão sofrendo, se alguma delas mantiverem a produção de filmes vai ser de um ou outro modelo. Quanto a lançar esperando ROI é o que eu disse no post anterior, têm empresas que lançam na esperança de salvar o produto, porém este é considerado um dos maiores erros nesse tipo de condição de mercado...
Só algumas definições citando Kotler
Declínio: O período em que as vendas mostram queda vertiginosa e os lucros desaparecem.
Para mim parece que ele escreveu isso pensando no filme rs....
O declínio pode ser lento, como no caso da aveia em flocos, ou rápido, como no caso do automóvel Edsel1. As vendas podem cair a zero ou se estabilizar em um nível baixo.
As vendas declinam por inúmeras razões, entre elas progressos tecnológicos1, mudanças nos gostos do consumidor e grande concorrência nacional e extrangeira.
1 - Casos onde se enquadram as condições do filme.
Matar produtos - ou deixar que morram por si - É desagradável, e freqüentemente se assemelha à tristeza de um final de festa com velhos e bons amigos. O pretzel portátil, de seis lados, foi o primeiro produto que a empresa produziu. Nossa linha não será mais a mesma sem ele.
Por incrível que possa parecer isso é comum e acho que esse é o fator que leva a Kodak investir, assim como o fator a seguir:
A gerência acredita que as vendas do produto melhorarão.
Ainda segundo Kotler (e vários outros autores do gênero)
A menos que existam fortes razões para se manter um produto fraco, ele sai muito caro para a empresa.
O que vem acontecendo com quem trabalha com filme de forma bastante clara...
Alguns comentários interessantes sobre essa questão é o cliclo de declínio.
No princípio a tendência é a queda de preços dos produto e a sobra destes nos PDV, em um segundo passo as linhas começa a ser reduzidas e os produtos de mais alto valor agregado começam a sumir das prateleiras, em um terceiro passo alguns fabricantes comçam a sair do mercado, o que em um primeiro momento pode aumentar os lucros dos que ficam, em um quarto momento o produto como um todo passa a sumir das prateleiras, por fim poucos conseguem manter uma linha bem pequena de produtos em operação, isso quando conseguem.
O filme está entre o nível 3 e 4 deste estágio, já passou pelos dois primeiros...
Como você pode ver eu não estava fazendo minhas afirmações sem base como você está dizendo, muito pelo contrário, estou bem embasado....
Só a queda de mercado de cerca de 30% ao ano nos últimos 3 anos e os maiores fabricantes estarem tendo enormes perdas em suas divisões de filmes já são um indicador de declínio acentuado do produto, na verdade é um produto agonizante. Quando vejo a Kodak lançar um novo filme com US$ 1.8 bi de 'perdas oriundas da divisão de filmes (isso é público, como eu disse a fonte é o próprio balanço da empresa, é só entrar no site deles ir em relação com investidores e pegar) eu vejo claramente casos antigos de resistência em aceitar a morte do produto, nada além disso.
Só para deixar claro, não estou aqui defendendo que os fabricantes acabem com os filmes, só estou falando que a história mostra que quem quiser filmes daqui a alguns anos vai ter que procurar muito e gastar muito, além de ter que começar a aprender a revelar, porque a tendência é que o processo também se torne de difícil acesso (isso acredito que demore um pouco mais para acontecer do que o fim do mercado de filmes como o conhecemos). Não estou em uma cruzada contra os filmes, na verdade tudo que estou fazendo é dar um alerta para que quem gosta de filmes não fique nutrindo falsas esperanças e se prepare para o que deve acontecer, sei que dói (você não faz idéia de como doeu para mim o fim do vinil e como está doendo eu ver o filme agonizando), mas temos que esttar preparados... É legal que uma vez eu estava falando sobre isso com meu primo e discutindo exatamente a angústia de ver um produto que gostamos morrer e ele me comentou que na medicina algumas vertendes trabalham com um conceito dos 5 estágios da morte e que pelo que eu descrevia as pessoas que gostam do produto vivem estágios parecidos rs...
Eu tinha anotado porque achei muito interessante, não achei agora, vou postar pelo que me lembro, se algum médico puder me corrigir caso eu esteja errado...
Primeiro Estágio: negação e isolamento.
Segundo Estágio: raiva.
Terceiro Estágio: barganha.
Quarto Estágio: depressão.
Quinto Estágio: aceitação.
Eu com relação ao filme já estou no Quinto estágio rs... Você parece que está no primeiro, mas te despertei um pouco do segundo rs...
Bom é isso, a idéia é deixar um alerta das dificuldades que irão surgir nos próximos anos, sem contar que mesmo que nenhuma empresq queira mais fazer filmes não é o fim do mundo, lembre-se que os primeiros fotógrafos faziam seus próprios filmes, porque nós 100 anos depois não conseguiríamos?