De fato na primeira imagem a Canon apresenta um resultado melhor.
É preciso considerar algumas coisas aí. A resolução da Canon quando em 12mpx é maior do que a resolução da Panasonic que deve, na proporção 3:4 conrresponder a 7.5mpx. Por que? Porque os 10mpx da LUmix LX1 espalham-se por um sensor mais largo. Se tirarmos deste sensor o recorte central de mesma proporção que o da Canon, ficam 7.5mpx contra os 12mpx. Evidentemente o inverso é verdadeiro. Se cortarmos os 12mpx da Canon na proporção 16:9 teremos 9mpx, menos que os 10mpx da Panasonic. Assim, coisas que enchem o quadro em uma das dimensões sofrerão relativamente perda de reolução.
A segunda coisa a considerar é que esses testes pouco valem para fotografar direito com uma super-compacta, como você as chama. Para usar uma câmera assim é imperioso que seja em RAW. Não há sentido algum em comprar uma câmera de 400/500 dólares para usar em JPEG, é um contrasenso.
E em RAW os algoritmos de redução de ruído ficam desabilitados, e somos nós que precisamos escolher o tratamento. Digo aqui o seguinte: sim, a G9 EM RAW é uma excelente cãmera, uma das melhores do segmento. Em JPEG é ruim como todas as demais.
A terceira coisa nessa comparação a considerar é que são comparados produtos diferentes com finalidades diferentes, e não produtos similares. A Panasonic não é projetada para o mesmo público da G9. O formato do sensor muda completamente as possibilidades fotográficas.
Uma lente que começa com 35mm equivalente em sensor 3:4 tem um ângulo de cobertura horizontal (ou na maior dimensão) correspondente ao de 37mm, mais ou menos, comparativamente ao filme 35mm. Porque? Porque os ditos 37mm são na diagonal, e a diagonal é mais em pé, ou seja, uma mesma diagonal produz um retângulo de lados proporcionalmente menores (mais quadrado). O compromisso ótico é bem menos crítico, você está projetando uma imagem mais próxima do círculo. Em compensação, não está de fato oferecendo uma GA, pois 37mm é uma GA modestíssima.
No caso da Panasonic, a lente projeta um círculo maior e de fato uma Grande angular. Aí dá-se o oposto. Como o retãngulo é espichado (16:9) e esse é de fato o formato do sensor, os 28mm nominais equivalem a um ângulo de cobertura que em filme seria de 26mm. O compromisso ótico é muito maior, e a ótica tem de ser muito melhor para entregar isso como entrega, isto é, com nitidez de ponta a ponta.
É muito mais fácil fazer uma lente que entrega 37mm de ângulo de cobertura-equivalente na maior dimensão do que uma lente que entrega 26mm de ângulo de cobertura-equivalente. A diferença de cobertura é enorme. Ótica custa caro.
Então, o que é preciso ao avaliar essas cãmeras é saber o que se quer, o que é importante para nós no balanço geral, e deixar um pouco de lado os reviews em JPEG. Falando de forma muito franca: se você quer fotografar em JPEG, então compre uma câmera pela metade do preço como a nova Fuji FD50 e seja feliz. Para que gastar uma grana se não vai aproveitar a câmera?