Padu a proibição é quanto a alteração das característica básicas da luz.
Brilho e contraste (não localizado) não altera a característica da luz e sim a resposta da mídia em termos de latitude, esse ajuste é permitido em praticamente todos os concursos, mesmo porque se não for teríamos a restrição porque o usuário de digital ficaria prezo à resposta da câmera. Diferente do indivíduo que possui uma câmera de filme ou uma S3 que permitem o controle dessas características em nível individual, neste caso são ajustes elementares do digital que não alteram a característica da luz, ela continua atuando na cena toda, o que muda é o mesmo que trocar um negativo para um cromo ou de filme de luz de tungstênio para filme de luz do dia, a regra 2.10. restringe o uso de comandos que permitam a edição localizada (para todos, mesmo os que não usam o comando para este fim, exatamente para nivelar). A regra 2.10.1.1. define os limites atribuindo a limitação às alterações das características das imagens e permitindo ajustes apenas de forma global, nunca de forma localizada (é como se você tivesse trocado de filme na câmera de filme, você pode ter mais saturação, mais nitidez, mas não terá mudanças nas características da cena), a regra não precisa tratar de filtros, uma vez que se eles forem usados para alterar a característica da cena (principalmente de forma localizada) a própria regra 2.10.1.1. vai gerar a desclassificação da imagem pela banca, a citação específica de máscaras e layers é para já limitar de cara a edição localizada.
Concordo que o pós-processo é fundamental na fotografia, mas não é fator justo para um concurso de fotografia, montagens e manipulações localizadas não são fotografia, são manipulação, no laboratório o fotógrafo não fazia edições localizadas, ele no máximo fazia pequenos retoques, montagens, edições localizadas e etc são um misto de fotografia com manipulação (o cara que faz isso não precisa nem da fotografia para fazer arte), como eu disse, não queremos o melhor manipulador, queremos o melhor fotógrafo, exatamente por isso que é permitido ajuste de brilho e contraste, ajuste tonal, crop, etc, são os mesmos ajustes que você podia fazer em um laboratório de filme, isso é fotografia e isso é o processo digital que não ultrapassa o limite do processo fotográfico para a manipulação de imagem.
O concurso não restringe o pós-processo, ele restringe a manipulação, não queremos um recorte e cole de PS, queremos uma foto que pode ser adequada por pós-processo, queremos ver o fotógrafo técnico e não o manipulador de PS.
A idéia é disseminar a técnica fotográfica e o domínio da luz associado ao controle da mídia e seus resultados, as limitações de uso do PS estão ai com o objetivo de quem fotografa com filme (trocando de filme e atuando da química) tenha a mesma chance e esteja competindo de igual para igual com quem fotografa em digital em uma câmera com JPG ou em uma câmera com RAW, os ajustes permitidos dão a mesma liberdade a todos os usuários e restringem o concurso apenas a fotógrafos e não a manipuladores e artistas digitais. Esse é um conceito bastante importante, pós-processo é uma coisa (aquilo que você faz na conversão RAW), manipulação é outra completamente diferente e já não é mais arte fotográfica e sim uma arte digital, que pode envolver ou não fotografia (tem gente uqe faz isso com elementos 3D), certas manipulações estão mais para a pintura do que para a fotografia, como é o caso das ferramentas de luz localizadas, a manipulação já ultrapassa o conceito de pintar com a luz porque o manipulador está definindo a pintura manualmente sobre cada local e alterando a característica impressa pela luz, isso já não é mais fotografia, é pintura ou arte digital.