Renato neocosmo
Essa equivalência entre filme e pixels é um assunto complicado. Cada vez que olho, cada experi~encia me mostra uma coisa diferente, e assim há uma região de imprecisão fantástica.
Em outro tópico o Pictus postou um link com comparativos que dão avidente e inegável vantagem ás digitais com sensor APS. Como não tenho uma digital com sensor APS, mas uma s7000, minhas comparações são com o material à mão.
Da forma como fiz e descrevi acima, não é errado dizer que a resolução que dispunha no filme não era muito superior a 5/5mp, mas isso é discutível também.
Contudo, eu não contei toda a história, que se desdobrou depois.
Chateado com as fotos feitas em filme, fui olhar atrás delas e encontrei o sinal AS +1. Isso significa que ele, como antes eu insistira não querer tratamento nas cópias, as fez sem tratamento de cor, mas manterve o tratamento de sharp do lab. Ora, o sharp do lab somado ao sharp que eu aplicara em casa produziu os artifacts. Mandei copiar novamente com sharp em zero, e os artifacts diminuiram ao ponto aceitável.
Mas, e é por isso que digo mudar de idéia todo o tempo, e sentir-me andando em uma superfície sem firmeza, neste fim de semana voltei da serra com fotos feitas com três cãmeras. A s7000, minha Kiev com um ProImage 100 e velha Zenit com um Provia vencidíssimo que ganhei do Beto daqui do fórum.
Já prevenido pela história do sharp, mandei revelar e escanear o ProImage em 6mp por fotograma, sem aplicação de sharp no scanner. Pois bem, o filme não está mostrando grão quando visto em 1:1, e as fotos dos mesmos lugares comparadas ás da s7000 têm mais detalhes e mais acutãncia na definição dos objetos. Neste caso, posso dizer que o filme superou a s7000. Mas não é tão simples também, pois o filme se beneficiou de duas coisas: a ótica usada, uma excelente Jupiter-8, e sua capacidade de registrar melhor as altas e as baixas luzes, que permite ter mais detalhamento nessas zonas tonais. Uma das coisas importantes de se observar é ABSOLUTA ausência de aberrações cromáticas desta lente, importante no caso das fotos que fiz de árvores contra o céu, as quais ocorreram, embora modestamente, nas fotos da s7000, mesmo as tendo feito com diafragma f8 (o menor).
Nessa etapa da coisa, digo que tenho certeza de fazer fotos mais resolvidas e detalhadas com um conjunto de lentes Jupiter e um filme como o Kodak Ultra 100, de grão mais fino. Naturalmente é importtantíssimo neutralizar as etapas fora de casa, isto é, é importntíssimo que o laboratorista não aplique ajuste de sharp em nenhuma etapa. As comparações entre as imagens de filme e da s700 foram feitas em 100% e em 200% com interpolação.
Vou procurar na rede arquivos de RAW das DSLRs para comparar.
Renato Reis.
Você sempre deve acompanhar na conversão a imagem em 100% no preview, de modo a observar quando alguma escolha sua faz o ruído aumentar. Os limites são variáveis, dependendo da exposição da foto e do assunto. Em geral eu superexponho as fotos relativamente ao que seria a exposição em JPEG, cerca de 1 ponto, de modo que depois tenho de baixar a exposure para -1. Isso permite fazer a captura em uma faixa melhor sinal/ruído.
Normalmente deixo o contraste em zero, deixo o brilho em defaut se puder, se não puder aumento até 80/90. Mexo pouco na saturação preferiando acertar as cores no White Balance (Temperature) e Tint.
Invariavelmente converto em 12mp, em espaço de cor ProPhoto e em 16bits.
Depois trato a foto no PS, em geral em Lab Color para curves e sharp. Não gosto de sharp muito duro, então meu limite é baixo. Muitas vezes uso o sharp como ferramenta de contraste localizado, e ele funciona bem assim para regulagens como 15-8-2. Depois faço um sharp mais fino e mais leva, tipo 50-0,8-0 no geral ou em trechos da imagem escolhidos.
Peço, agora aprendi, impressão sem correção de cor ou de sharp (a de cor já peço há muito tempo, a de sharp aprendi agrora).