Bom, pra explicar isso tem de entrar um pouco nos domínios da física.
A luz possui caráter dual: alguns fenômenos são explicados pela teoria ondulatória, outros pela teoria corpuscular. A polarização é um fenômeno ondulatório, regido pelas equações de Maxwell.
A polarização refere-se à orientação do vetor campo elétrico (E), que pode estar numa direção fixa ou variar no tempo.
A luz, em geral, não é polarizada: o vetor E não possui uma direção preferencial. Quando polariza-se a luz, o vetor E pode tanto se manter numa única direção, quando se diz que a polarização é linear, como pode variar no tempo, normalmente sendo uma polarização circular (também podendo ser elíptica).
A primeira figura abaixo mostra uma onda plana polarizada linearmente. Considere a direção de propagação da onda, para onde aponta a seta mais grossa, como o eixo z. Os dois eixos ortogonais ao z são os eixos x e y. Quando a polarização é linear, as componentes x e y estão em fase. Um observador olhando a onda se afastando iria ver o vetor E variando numa única direção.
Já na figura abaixo aparece uma onda plana polarizada circularmente. As duas componentes x e y do vetor possuem a mesma amplitude, mas estão defasadas de 90°. O vetor campo elétrico irá então girar.
O polarizador circular é necessário em câmeras com auto-focus. Essa é a única explicação que já ouvi que faz sentido: no caso das SLR auto-focus, o espelho reflete parte da luz para o prisma, e parte da luz é transmitida para o sensor de foco. Só que essa luz transmitida é polarizada linearmente. Se você usar um polarizador linear na frente da sua lente, de modo aos eixos de polarização ficarem perpendiculares, não chegará luz alguma ao tal sensor.
Para usar o polarizador, basta girá-lo e você verá o efeito. Mas veja que o efeito gerado pelo polarizador depende da orientação da luz. "Para polarização máxima do céu, o sol deve estar a cerca de 90°" (Ansel Adams)