Não tenho formação técnica para discutir o assunto ao nível em que ele chegou. Portanto, só me resta ficar bem quietinho no meu canto lamentando a minha santa e maldita ignorância. Santa porque me desperta a vontade de aprender; maldita porque, por vezes, faz-me sentir um inútil.
Essa questão do esforço e dom deve ser cuidadosamente avaliada. Claro que com esforço qualquer pessoa poderá, um dia, tocar piano com competência proporcional à sua vontade e dedicação. Mas, não há como negar existência de um talento nato (ou dom) em uma criança que, com poucas semanas sentada ao mesmo instrumento, venha a tocar Chopin, Strauss, Bach, e por aí vai.
Ansel Adams aos doze anos de idade já fazia fotografias que muitos de nós sequer sonham em chegar perto disso.
Há não muito tempo, a televisão mostrou um garoto de dezessete anos, morador de Heliópolis em São Paulo, que por seu talento, ganhou uma bolsa para estudar música clássica na Filarmônica de Israel. E pergunto: quantas pessoas financeiramente bem estabelecidas, cujo meio social lhes proporcinaram excelentes oportunidades como essa, não tiveram um "fim" artisticamente bastante modesto, quando não, a própria desistência disso?
Como já disse, não sou especialista no assunto, mas, minha percepção acerca deste tema me faz ter hoje esse tipo de raciocínio. Se estiver errado, por favor, conduzam este pobre ignorante que vos escreve ao caminho da aprendizado correto.