Autor Tópico: Samsung com sensor Full Frame??  (Lida 12791 vezes)

Leandro Federsoni

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Resposta #15 Online: 17 de Abril de 2008, 11:05:43
Uma notícia interessante da Samsung.
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger158408,0.htm


Leo Terra

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Resposta #16 Online: 17 de Abril de 2008, 11:25:14
Leandro hoje o custo é lente e view, view é meio desprezível no custo geral, mas sensores não são mais a questão, existem sensores APS mais caros que sensores 135, para vc ter uma idéia o sensor da A700 é mais caro do que o da 5D.
Leandro a tecnologia não anda junto, conforme a eficiência melhora menor a diferença entre 135 e APS, tanto que hoje a diferença é de pouco mais de 1 ponto, contra cerca de 2 a 3 pontos no passado, ou seja, a diferença está cada vez menor e a tendência é que se equipare a um nível de poucas diferenças no longo prazo.

Tomara Titus, essa K20D por uns US$ 900,00 seria uma boa competidora, daria bastante trabalho.
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Resposta #17 Online: 17 de Abril de 2008, 11:32:28
Leandro hoje o custo é lente e view, view é meio desprezível no custo geral, mas sensores não são mais a questão, existem sensores APS mais caros que sensores 135, para vc ter uma idéia o sensor da A700 é mais caro do que o da 5D.
Leandro a tecnologia não anda junto, conforme a eficiência melhora menor a diferença entre 135 e APS, tanto que hoje a diferença é de pouco mais de 1 ponto, contra cerca de 2 a 3 pontos no passado, ou seja, a diferença está cada vez menor e a tendência é que se equipare a um nível de poucas diferenças no longo prazo.

Tomara Titus, essa K20D por uns US$ 900,00 seria uma boa competidora, daria bastante trabalho.

Leo,

Mas esta diferença de apenas 01 ponto não está acontecendo porque a tecnologia do APS (A700) não é a mesma da 135 (5D ou D3)?

Como ficaria um sensor 135 com a tecnologia do APS da A700? Com a mesma tecnologia e mesma resolução não teremos sempre pixels com quase o dobro de tamanho no 135mm?



Leo Terra

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Resposta #18 Online: 17 de Abril de 2008, 11:49:04
LEandro a geração da A700 e da D300 é exatamente a mesma da D3.
Pensa assim...
suponha que a eficiência de um sensor em ISO 1600 era de cerca de 40% em uma APS e cerca de 60% em uma 135 de mesma resolução, ou seja o 135 tem 50% mais eficiência. Porém com o passar do tempo a eficiência vai subindo a um ponto que o APS venha a atingir a 90%, neste caso, mesmo que a 135 atingisse 100% (o que não chegaria nem perto) de eficiência, este teria apenas 11% a mais de eficiência, se o APS atingisse 99% de eficiência então a diferença seria insignificante, que é o que de fato ocorre nos ISOs mais baixos, onde a eficiência é tão alta que a diferença apesar de existir é irrelevante, então conforme a eficiência dos sistemas sobe a tendência é que os menores cheguem mais perto dos maiores, então a atendência é a aproximação constante, assim como a tendência é que as compactas também caminhem em direção às APS e assim por diante. :)

A questão não é tamanho dos pixels, tamanho dos pixels é apenas um meio de melhorar a eficiência (assim como existem outros) o que vale ai é a eficiência do sensor na captura do sinal, eficiência essa que pode ser obtida de várias formas, inclusive aumentando o tamanho dos pixels, se tivermos pixels pequenos, com eficiência próxima a 100%, não haverá diferença para pixels grandes com a mesma eficiência, a questão ai é eficiência do conjunto, de tantos pixels tantos % são aproveitáveis, porque o resto é inútil, se conseguirem uma enorme precisão em pixels (seja eles de que tamanho forem) e uma baixa perda com pixels a diferença para os pixels grandes se torna cada vez menor, porque o que usar sensores grandes proporciona é exclusivamente uma maior precisão do sensor com um maior aproveitamento de pixels e portanto uma maior eficiência. ;)
Não sei se consegui deixar claro o suficiente?
« Última modificação: 17 de Abril de 2008, 11:54:03 por Leo Terra »
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Resposta #19 Online: 17 de Abril de 2008, 12:34:21
Leo,

Sim com certeza ficou claro...e seguindo a sua linha de raciocínio a tendência é mesmo igualar....

O problema é que não está ocorrendo uma melhora muito significativa na eficiência dos sensores, inclusive deste APS da Sony, pra mim o que está ocorrendo é uma melhor eficiência na redução do ruído, isso sim é um show a parte, mas o ruído continua existindo....eu vejo muito mais ruído numa D300 do que numa D40 em ISO baixo (eu chutaria uns 50% a mais).

Eu acho que a diferença no tamanho dos pixels é imbatível, eu acredito que o desenho do sensor ou das micro lentes não vão se desenvolver muito mais do vemos hoje.....a minha maior esperança é no emprego de novos materiais na captura do sinal..

Valeu


mauro

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Resposta #20 Online: 17 de Abril de 2008, 18:15:37
Leandro,

é isso mesmo. Vejo também muito avanço no tratamento do ruído mas muito pouco na eficiência
de captura do pixel. Então o temor de muitos sobre o tamanho dos pixels nesses super-sensores que virão por aí (Sony, Pentax, novo Canon, talvez rompendo abarreira dos 30MP...) continua valendo, pois a eficiência está, hoje, ligada diretamente ao tamanho do pixel.

Tenho certeza que o pessoal da engenharia já está debruçado em pesquisas de novos materiais, hipersensíveis à luz que virão substituir essas micro-células com uso de lentes de aumento como conhecemos hoje, pois parecem que já estão no limite...

Isso sim é que trará novos patamares para indústria!

Mauro
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Leo Terra

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Resposta #21 Online: 17 de Abril de 2008, 20:17:48
Leandro não é bem assim...
Esses sensores de 12MP possuem rendimento maior do que os antigos sensores de 8MP, ou seja, mais resolução com menos ruído proporcional.
O principal tipo de proteção de ruído que tem sido feito hoje é nas blidagens térmicas e eletromagnéticas, o próprio movimento da Sony em direção a inserir o conversos A/D no próprio sensor segue nesta direção.
Eu fiz um teste da S3 Pro (com seus pixels enormes) x a A700 outro dia, a diferença é gritante, a A700 é muito superior em termos de eficiência do sensor, apenasar dos pixels menores o ruído proporcional é bem menor, garantindo uma excelente retenção de detalhes.
PAra você ter uma idéia compare os Canon de II geração da 30D com os Sony de 12MP atuais, você verá que o tratamento da Canon é excelente (continua melhor que o da Nikon), mas em troca você não tem absolutamente mais nada de ruído, o próprio movimento para sensores com 14 bits já mostra que a precisão dos sensores está absurdamente maior do que era antes e esta precisão está diretamente relacionada a ruído REAL.
A idéia básica é a seguinte.

Imagine que o ruído é algo que não era para gerar carga e gerou (normalmente temperatura e campos eletromagnéticos), agora vamos trazer isso para algo mais vizível.
Temos um copo de 1000ml e um de 500ml e vamos contar quanto de água vamos jogar dentro deles e atribuir uma cor para cada nível deles entre 10 tons de cinza, então no de 1000ml teremos um tom a cada 100ml e no de 500ml um tom a cada 50ml.
Agora suponto que após eu colocar a água ocorra algo que leve a vazar 100ml de água em cada um deles. Veja que para o copo maior esses 100ml consistem em um desvio de 1 tom, enquanto para o de 500ml significa um desvio de 2 tons. É basicamente isso que ocorre no ruído.
Os fabricantes mais sérios trabalham em tentar reduzir a quantidade de água que não deveria vazar, enquanto os mais amadores ficam tentando aumentar o tamanho do copo rs... Essa é que é a idéia.
Hoje o que eu vejo é que os fabricantes (principalmente a Sony, que foi repudiada por muito tempo por conta de ruído) estão tentando reduzir a quantidade de água que vaza e não aumentar o tamanho da panela, os novos sensores Sony estão com blidagens bem mais eficientes, gerando menos calor e reduzindo o caminho entre o sensor e o conversor A/D (que era um ponto onde se captava um nível considerável de ruído), com isso eles tem conseguido reduzir efetivamente o nível de ruído. Hoje uma 40D, uma A700 e uma D300 possuem menos ruído proporcional do que uma 30D o que torna a resolução efetivamente maior.

Mauro por incrível que pareça o CMOS ainda tem muuuito a evoluir, o nível de interferências que ele aceita ainda é consideravelmente alto, dá para deixar bem mais livre desse tipo de interferência, basta ver o que a Fuji fez em suas compactas, eles ganharam uma eficiência incrível.
« Última modificação: 17 de Abril de 2008, 20:19:25 por Leo Terra »
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Resposta #22 Online: 17 de Abril de 2008, 22:50:26
Leo,

Eu não tenho dúvida da redução de ruído real através de circuitos mais curtos e melhores pensados, mas esta solução parece estar evoluindo muito pouco, eles estão no máximo conseguindo manter o nível de ruído da versão anterior com 2Mp a mais....eu estava comparando as imagens da nova XSI com a XTI e eles estão mantendo o mesmo nível de ruído, nada de excepcional, e já vi algumas pessoas dizendo que não estão notando diferenças significativas da 40D com a 30D.....eu tenho dúvidas se na próxima leva de lançamentos com sensores de 14Mp até 16Mp conseguirá manter o nível de ruído das atuais, mesmo melhorando os circuítos, olhe os resultados da A350.

O que eu gostaria de ver é uma solução revolucionária, em que um sensor por exemplo de 2/3 com mesmo desempenho de um APS atual...ou uma compacta realmente boa.

Faz um teste da A700 com a S3 pra termos uma idéia legal das diferenças, e alguns testes fazendo compensações de exposição... :ok:
« Última modificação: 17 de Abril de 2008, 23:26:59 por Leandro Federsoni »


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Resposta #23 Online: 18 de Abril de 2008, 01:02:32
LEandro isso não é uma evolução pequena, hoje temos 4MP a mais (ou seja 50% a mais de resolução) com cerca de 20% menos ruído em relação à última geração de sensores, na verdade é um avanço bastante significativo, não dá para menosprezar um salto desta magnitude dado em apenas 2 anos, isso considerando do top para o top, ou seja do Sony atual para os Canon e Fuji naquela época. Eu considero um ganho de 50% na resolução efetiva com redução do ruído um salto gigantesco, com os sensores antigos se você jogasse 10MP você se complicava completamente no ruído, sem contar que deram um belo salto qualitativo no CMOS, que é um sensor com um potencial muito melhor de ter aproveitamento de pixels elevado (porque trabalha por DDP e não por corrente como o CCD). O salto pode até parecer que foi pequeno em um primeiro momento, mas foi muito bom e nas compactas a coisa está indo super bem também, na verdade elas é que puxam a evolução para as SLR e os caras estão operando verdadeiros milagres nas compactas, a 3 anos eu tinha uma compacta UZ que não dava para usar o ISO 200 com 3MP, hoje tenho uma de bolso da Fuji com 7MP que vai bem até ISO 400 e em ISO 400 retém mais detalhamento do que minha antiga em ISO 80, ou seja, o salto tem sido incrível, é que acompanhamos tão passo a passo que nem notamos como os avanços são significativos. ;)
Revoluções impactantes nós só teremos se surgirem novas formas de construir sensores, mas evolução também pode ser estruturada e gradual, na verdade a maioria das tecnologias evoluem assim.
Veja os automóveis por exemplo, não houve nenhum grande salto, a evolução foi gradual, mas se você comparar um Ford T com um Punto (nem peguei um carro atual top) você verá como a evolução foi incrível, na fotografia digital é a mesma coisa.
Só para lembrarmos de como as coisas eram...
Isso era o ISO 400 de uma câmera 135 de 14MP a 4 anos atrás (com tecnologia de 6 anos atrás)..
http://dpreview-img.fotki.com/gallery/kodakslrc_samples/originals/f6fm1074-raw-acr.jpg

Compare com os ISO 400 de hoje das APS de 12MP e de 14MP... Vou mais longe.... Compare com o ISO 400 de muitas das compactas que temos por ai hoje, você vai ver que o salto foi gigantesco, faz até a gente parar para pensar que a compacta de nossos sonhos (daquela época) já chegou faz tempo rs... ;)
« Última modificação: 18 de Abril de 2008, 01:17:36 por Leo Terra »
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Resposta #24 Online: 18 de Abril de 2008, 07:49:37
Leo,

Na verdade eu não estou dizendo que não tivemos evolução...O que estou dizendo é que a velocidade neste momento é mais lenta e agora eu tenho dúvidas se eles vão conseguir manter o nível de qualidade das atuais DSLR, sendo obrigados a aumentar pelo menos 2Mp a cada ano ou a cada lançamento.....e pensando neste sentido, eles nunca vão conseguir chegar num nível de eficiência dos APS para igualar com o desempenho de um sensor 135mm.

Quanto aos carros, existem bons divisores de águas na história, da uma olhada na história dos carros Citroen.

Abraço

« Última modificação: 18 de Abril de 2008, 07:54:26 por Leandro Federsoni »


Ivan de Almeida

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Resposta #25 Online: 18 de Abril de 2008, 09:00:33
Acho que o Leandro tem razão. Existem limites nesse processo de melhoramentos. Você pode refinar uma tecnologia e ter sensores menos ruidoso com mais pixels, é claro, e ter um ganho significativo nesse refinamento, mas há um ponto no qual o refinamento obtido por uma determinada abordagem cessa, e voltamos à vaca fria: o tamanho do pixel. Até porque, se o mesmo refinamento for aplicado ao sensor maior vai-se muito mais longe.

Um sensor de 12mpx FF tem mais ou menos a mesma densidade de pixels que um sensor de 6mpx APS-C. Por onde se vê haver um espaço muito expressivo para esses sensores terem mais resolução bastando manter a densidade de um sensor APS de 12mpx nele, isto é, um desenvolvimento horizontal e de processos de fabricação, sem nada de novo ser necessário.

Além disso, devido às limitações inerentes ao ato fotográfico, na faixa do APS-C não ha ganho praticamnte nenhum com o aumento dos pixels acima de certo tanto, que estimo entre 10-16mpx. Por que? Porque as lentes só entregam sua máxima resolução em certas aberturas, e se elas entregam menor resolução em outra -as quais temos de usar muitas vezes, e isso é claramente percebido na foto, como é, significa que a resolução que está entregando é menor do que a capturável pelo sensor.

Além disso, as bordas da imagem não têm a mesma resolução do centro, assim também as bordas não aproveitam o sensor (a rigor, poderia haver um sensor de densidade variável do centro para as bordas com um decaimento de 20% da densidade e não faria diferença alguma na foto, com qualquer lente). O olho humano é assim.

Em terceiro lugar, devido ao DOF, somente fotos em hiperfocal ou com nitidez em todo o campo aproveitam de fato plenamente a densidade do sensor. Para ampliar bokeh, tanto faz se fo capturado com 8 ou com 16mpx. No bokeh não existem as altas freqüências que seriam aproveitadas pelo sensor. Evidentemente, se a pessoa imaginar que vai passar a vida fotografando com essas lentes escuras que são vendidas como sendo a sétima maravilha do mundo, ela terá o DOF mais fundo, mas também uma severa limitação de linguagem e uma anulação dos benefícios da resolução do sensor devido à necessidade de usar ISOs mais altos para compensar a abertura.

E ainda, para a fotografia feita na mão, isto é, para o uso geral, as questões de estabilidade tornam-se limitadoras para a resolução. Não adianta ter 20mpx se o blur natural da fotografar na mão diminui a nitidez. Fora aplicações de estúdio e de paisagens com tripé, a instabilidade compromete, ainda mais em sensores APS-C. A resposta "use lentes estabilizadas" também não adianta muito, pois as lentes estabilizadas também são mais escuras. E a correção de estabilidade é REATIVA e MECÂNICA isto é, não é possível correção absuluta E SEM ATRASO, e em algum grau a correção deixa traços na foto. É por isso que quando se fotografa com tripé a recomendação é desligar o estabilizador, pois o tripé oferece mais nitidez que o estabilizador (tripé + trava de espelho). Na fotografia feita na mão, não existe benefício algum acima de 10/12mpx (eu diria até menos, mas não quero chocar ninguém).

Porém o sensor Full Frame com densidade igual pode receber esse limite vezes dois. A área central do sensor da 5D é mais ou menos tão densa quanto a área central do sensor da antiga 300D. Se o sensor FF for feito com 20mpx, ele poderá, na área central e usando a mesma lente, reter tantas informações quanto um sensor de 10mpx APS-C, e tudo o conseguido fora da área central será a mais. O único fator negativo é que nele o desfoque tornar-se-á mais crítico.

Um bom projeto de sensor seria um com densidade equivalente a 16mpx na área central e a 12mpx nas laterais.

A farra dos megapixels acabou. Para a fotografia geral, isto é, exceto para aplicações de estúdio, já encostamos no teto no caso dos APS-C e vamos encostar no teto brevemente nos FF (na prática, em torno dos 16mpx). Isso é... em termos de UTILIDADE já acabou a motivação para ter mais pixels (exceto, naturalmente, para aplicações especiais ou para mostrar a câmera para os amigos -risos).

Mesmo para aplicações de estúdio (principalmente still), estamos chegando a um ponto em que abordagens do tipo PhotoAcute serão mais eficazes do que o aumento de pixels do sensor.





Leandro Federsoni

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Resposta #26 Online: 18 de Abril de 2008, 10:06:28
E ainda, para a fotografia feita na mão, isto é, para o uso geral, as questões de estabilidade tornam-se limitadoras para a resolução. Não adianta ter 20mpx se o blur natural da fotografar na mão diminui a nitidez. Fora aplicações de estúdio e de paisagens com tripé, a instabilidade compromete, ainda mais em sensores APS-C. A resposta "use lentes estabilizadas" também não adianta muito, pois as lentes estabilizadas também são mais escuras. E a correção de estabilidade é REATIVA e MECÂNICA isto é, não é possível correção absuluta E SEM ATRASO, e em algum grau a correção deixa traços na foto. É por isso que quando se fotografa com tripé a recomendação é desligar o estabilizador, pois o tripé oferece mais nitidez que o estabilizador (tripé + trava de espelho). Na fotografia feita na mão, não existe benefício algum acima de 10/12mpx (eu diria até menos, mas não quero chocar ninguém).


Não tinha pensado nisso, e faz muito sentido realmente. :ok:

O que precisa ser feito primeiramente é a estabilização dos pixels, quem sabe um acordo entre os fabricantes (Não sei se o Japão aceita este tipo de cartel)....e depois disso a busca para eliminação total do ruído, e no dia em que o ruído for eliminado, poderemos sim avaliar as reais vantagens de um sistema 4/3, APS e 135mm.....e enquanto isso não ocorrer teremos sempre 135mm entregando imagens bem melhores que APS.....

Valeu


Ivan de Almeida

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Resposta #27 Online: 18 de Abril de 2008, 10:38:09
Leando;

As melhores fotografias feitas no mundo não precisaram e continuam não precisando de nada disso.

É por isso que eu não me importo muito com sensores, tecnologia, etc. No nível do meu equipamento, já me caberia, se eu conseguisse, fazer a "melhor foto do mundo".

Há poucos dias alguém em outro fórum mostrou-me uma foto. Veja:

http://www.luminous-landscape.com/essays/balmoral.shtml

Isto é fotografia, o resto é o resto.

Cheia de grãos, resolução perdida nos grãos fartamente, etc, etc. Mas espetacular.



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Resposta #28 Online: 18 de Abril de 2008, 10:48:06
Ivan acontece que se a tecnologia atingir um determinado patamar de eficiência chegamos naquele ponto que eu citei acima, onde o aumento do tamanho do pixel gera um ganho, mas ele é totalmente insignificante no contexto geral, neste caso mesmo que voltassemos para a questão do aumento do pixel como solução o nível de eficiência já seria tão alto que o aumento de tamanho do pixel não geraria ganho significativo, que é o que está sendo refletido na realidade, a 4 anos a diferença entre uma APS e uma 135 chegava a 3 pontos, hoje é por volta de 1 e olha que a eficiência ainda nem está perto de chegar nos 90% (na verdade está bem longe), é como o exemplo que dei do ISO baixo, em ISO 100 você dificilmente diferencia uma APS de uma 135, porque o nível de eficiência é tão alto (e tbm não chega aos 90%) que não se consegue criar uma vantagem significativa no aumento do tamanho dos pixels do formato APS para 0 135, para que esta seja vantagem. A questão é bem simples, é como eu descrevi nas minhas postagens anteriores, uma diferença de 60% para 40% de eficiência é um abismo, já uma diferença de 90% para 93% não é das maiores e de 100% para 100% (que seria o mundo da blindagem perfeita) não havieria diferença no resultado final, independente de você aumentar os pixels, mas com o mundo não é perfeito, se chegassemos na casa de 90% de eficiência os sensores praticamente já não teriam diferença para a mesma resolução entre APS e 135. ;) O limite da tecnologia é a blindagem que se consegue e esse limite é infinito, pode-se inventar tecnologias a cada dia. Em 2005 eu lembro de uma discussão onde disseram que nunca uma APS chegaria com a mesma resolução no nível de uma 135 como a 1Ds Chegou, que era impossível a tecnologia avançar muito mais do que isso, hoje temos câmeras APS com 1MP a mais e menos ruído REAL, o que chega a ser interessantíssimo para a nossa análise, porque enquanto muitos acreditavam que não tinha mais para onde ir os fabricantes encontraram uma forma, eu mesmo sei de duas formas que já estão patenteadas que deverão reduzir o ruído ainda mais, aproximando ainda mais APS de 135, a tendência da tecnologia é estar sempre encontrando caminhos, se eles vão conseguir fazer o trabalho de aumento na mesma cadência que se aumentam os MP é outro papo, a Canon por exemplo, parou o crescimento naquela geração limitada, já a Nikon continuou subindo, ultrapassando o ponto ideal, nas compactas o bom senso também já ficou para trás a muito tempo, mas estão ai desenvolvendo (na verdade os saltos mais singnificativos estão nas compactas, mas a falta de bom senso simplesmente acaba com as possibilidades de isso ser bem aproveitado, assim como as limitações óticas de área), é só pegar o exemplo que dei acima, a tendência é que se continuando os desenvolvimentos o APS chegue no 135 em pouco tempo, eu estimo que isso não deve demorar nem 10 anos, hoje eles estão trabalhando com blindagens e verificadores de sinal bem superiores, mas ainda podem ser muito melhoradas e conforme isso for melhorando a diferença entre APS e 135 será cada vez mais insignificante.

A subida dos MPs tem uma restrição maior do que captar o movimento, ela está limitada à lente, principalmente nos sistemas 135 com seu grande ângulo de campo e seus problemas esféricos. O pessoal tem se desdobrado para garantir bons resultados de borda para o 135 e bons resultados de área para o APS, o uso de tecnologias nanométricas é o primeiro sinal disso (a tecnologia existe a tempos, mas eles nunca tinham usado isso porque não era necessário, na verdade existem tecnologias picométricas, mas ainda estão guardadas na manga), para o APS a deixa da tecnologia picométrica seria excelente para potencializar ainda mais o formato, por outro lado as correções de carater esférico são muito complexas para serem sanadas, principalmente em lentes Zoom, o pessoal tem falado de usar tecnologias de lentes flexíveis para isso, mas são bem mais complexas, a tecnologia é absurdamente imatura e até o momento a nitidez geral dessas lentes é bem ruim (ela está sendo usada em alguns celulares com AF), se o 135 for ter uma solução para este problema será de longo prazo. Então com o panorama de ótica que temos hoje e a evolução dos sensores, o teto parece estar mesmo perto dos 20MP a 25MP com o APS sendo a mídia mais promissora, com a inserção das tecnologias picométricas ganhariamos mais uns 5MP no APS, mas o grande salto que poderia ocorrer ainda está distante, que seria conseguir o mesmo resultado que se tem hoje nas lentes rígidas, mas nas lentes flexíveis, ai poderíamos ter câmeras com áreas de sensor cada vez maiores e que conseguiriam evitar com eficiência os problemas esféricos, neste caso teríamos mais área e menos problema de campo esférico, o que mudaria a relação ótica ideal (que hoje é APS e 4/3 para os formatos de mão) para tamanhos cada vez maiores. Neste caso teríamos o melhor dos mundos. Mas ainda ficaríamos barrados no fato de que uma resolução muito alta capta mais detalhes, inclusive a tremida de sua mão rs. :)

Ivan concordo contigo que a coisa está ficando muito purista e até de forma irracional, isso tem até me irritado porque o pessoal considera foto boa umas fotos muito padrão purinho... Eu gosto de ter a liberdade de controlar o que faço, por isso que gosto de câmeras limpas, porque eu gosto de colocar o grão quando eu quiser, reduzo a latitude se quiser e por ai vai (no digital isso é um tanto quanto importante, uma vez que não podemos trocar a mídia), mas esta idéia que você passou me irrita é no sentido de que tomaram este purismo como regra para a fotografia, quando se comenta a necessidade de uma imagem limpa não se deve levar isso como a única forma de obter a imagem perfeita, mas sim como uma opção para se aumentar as possibilidades. Eu gosto muito de grão, principalmente em P&B, mas eu quero poder escolher quando quero ter o grão e quando não quero, nada além disso. ;)
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Resposta #29 Online: 18 de Abril de 2008, 10:52:16
Sem dúvida Ivan...isso é papo furado mesmo... :) o problema é que é bem mais fácil colocar ruído numa imagem limpa do que retirar ruído de uma imagem granulada.....eu por exemplo não tenho absolutamente nenhum problema de ruído com uma câmera APS de 6Mp, apenas não gostaria de comprar algo pior que isso.

Leo, tenho uma curiosidade....O que seria este "1" ponto que está separando a sensor APS do FF, por acaso seria o ISO1600 do APS equivale ao ISO3200 do FF?

Por exemplo avaliando estas duas imagens (D300 x D3 em 3200), a diferença seria de apenas 01 ponto?
http://www.imaging-resource.com/PRODS/D3/FULLRES/D3hSLI03200.HTM
http://www.imaging-resource.com/PRODS/D300/FULLRES/D300hSLI3200.HTM

Obrigado