Ivan acontece que se a tecnologia atingir um determinado patamar de eficiência chegamos naquele ponto que eu citei acima, onde o aumento do tamanho do pixel gera um ganho, mas ele é totalmente insignificante no contexto geral, neste caso mesmo que voltassemos para a questão do aumento do pixel como solução o nível de eficiência já seria tão alto que o aumento de tamanho do pixel não geraria ganho significativo, que é o que está sendo refletido na realidade, a 4 anos a diferença entre uma APS e uma 135 chegava a 3 pontos, hoje é por volta de 1 e olha que a eficiência ainda nem está perto de chegar nos 90% (na verdade está bem longe), é como o exemplo que dei do ISO baixo, em ISO 100 você dificilmente diferencia uma APS de uma 135, porque o nível de eficiência é tão alto (e tbm não chega aos 90%) que não se consegue criar uma vantagem significativa no aumento do tamanho dos pixels do formato APS para 0 135, para que esta seja vantagem. A questão é bem simples, é como eu descrevi nas minhas postagens anteriores, uma diferença de 60% para 40% de eficiência é um abismo, já uma diferença de 90% para 93% não é das maiores e de 100% para 100% (que seria o mundo da blindagem perfeita) não havieria diferença no resultado final, independente de você aumentar os pixels, mas com o mundo não é perfeito, se chegassemos na casa de 90% de eficiência os sensores praticamente já não teriam diferença para a mesma resolução entre APS e 135.
O limite da tecnologia é a blindagem que se consegue e esse limite é infinito, pode-se inventar tecnologias a cada dia. Em 2005 eu lembro de uma discussão onde disseram que nunca uma APS chegaria com a mesma resolução no nível de uma 135 como a 1Ds Chegou, que era impossível a tecnologia avançar muito mais do que isso, hoje temos câmeras APS com 1MP a mais e menos ruído REAL, o que chega a ser interessantíssimo para a nossa análise, porque enquanto muitos acreditavam que não tinha mais para onde ir os fabricantes encontraram uma forma, eu mesmo sei de duas formas que já estão patenteadas que deverão reduzir o ruído ainda mais, aproximando ainda mais APS de 135, a tendência da tecnologia é estar sempre encontrando caminhos, se eles vão conseguir fazer o trabalho de aumento na mesma cadência que se aumentam os MP é outro papo, a Canon por exemplo, parou o crescimento naquela geração limitada, já a Nikon continuou subindo, ultrapassando o ponto ideal, nas compactas o bom senso também já ficou para trás a muito tempo, mas estão ai desenvolvendo (na verdade os saltos mais singnificativos estão nas compactas, mas a falta de bom senso simplesmente acaba com as possibilidades de isso ser bem aproveitado, assim como as limitações óticas de área), é só pegar o exemplo que dei acima, a tendência é que se continuando os desenvolvimentos o APS chegue no 135 em pouco tempo, eu estimo que isso não deve demorar nem 10 anos, hoje eles estão trabalhando com blindagens e verificadores de sinal bem superiores, mas ainda podem ser muito melhoradas e conforme isso for melhorando a diferença entre APS e 135 será cada vez mais insignificante.
A subida dos MPs tem uma restrição maior do que captar o movimento, ela está limitada à lente, principalmente nos sistemas 135 com seu grande ângulo de campo e seus problemas esféricos. O pessoal tem se desdobrado para garantir bons resultados de borda para o 135 e bons resultados de área para o APS, o uso de tecnologias nanométricas é o primeiro sinal disso (a tecnologia existe a tempos, mas eles nunca tinham usado isso porque não era necessário, na verdade existem tecnologias picométricas, mas ainda estão guardadas na manga), para o APS a deixa da tecnologia picométrica seria excelente para potencializar ainda mais o formato, por outro lado as correções de carater esférico são muito complexas para serem sanadas, principalmente em lentes Zoom, o pessoal tem falado de usar tecnologias de lentes flexíveis para isso, mas são bem mais complexas, a tecnologia é absurdamente imatura e até o momento a nitidez geral dessas lentes é bem ruim (ela está sendo usada em alguns celulares com AF), se o 135 for ter uma solução para este problema será de longo prazo. Então com o panorama de ótica que temos hoje e a evolução dos sensores, o teto parece estar mesmo perto dos 20MP a 25MP com o APS sendo a mídia mais promissora, com a inserção das tecnologias picométricas ganhariamos mais uns 5MP no APS, mas o grande salto que poderia ocorrer ainda está distante, que seria conseguir o mesmo resultado que se tem hoje nas lentes rígidas, mas nas lentes flexíveis, ai poderíamos ter câmeras com áreas de sensor cada vez maiores e que conseguiriam evitar com eficiência os problemas esféricos, neste caso teríamos mais área e menos problema de campo esférico, o que mudaria a relação ótica ideal (que hoje é APS e 4/3 para os formatos de mão) para tamanhos cada vez maiores. Neste caso teríamos o melhor dos mundos. Mas ainda ficaríamos barrados no fato de que uma resolução muito alta capta mais detalhes, inclusive a tremida de sua mão rs.
Ivan concordo contigo que a coisa está ficando muito purista e até de forma irracional, isso tem até me irritado porque o pessoal considera foto boa umas fotos muito padrão purinho... Eu gosto de ter a liberdade de controlar o que faço, por isso que gosto de câmeras limpas, porque eu gosto de colocar o grão quando eu quiser, reduzo a latitude se quiser e por ai vai (no digital isso é um tanto quanto importante, uma vez que não podemos trocar a mídia), mas esta idéia que você passou me irrita é no sentido de que tomaram este purismo como regra para a fotografia, quando se comenta a necessidade de uma imagem limpa não se deve levar isso como a única forma de obter a imagem perfeita, mas sim como uma opção para se aumentar as possibilidades. Eu gosto muito de grão, principalmente em P&B, mas eu quero poder escolher quando quero ter o grão e quando não quero, nada além disso.