Interessante! Nunca tinha pensado nisso mas em digitais a dupla exposição não tem muito sentido físico.
Vejam se estou raciocinando corretamente:
Em filmes quando se faz a primeira exposição uma reação química ocorre e é interrompida, porém a "memória" fica indefinidamente ali no filme sob forma de grãos já expostos.
Ao expor novamente começa tudo de novo, porém é a partir daquele ponto. Vc continua o processo daquele ponto...
Ou seja, a exposição total do quadro será a soma das individuais. A latituda total da cena fica dividida entre a quantidade de fotos tiradas na mesma película.
Por exemplo: uma região que já foi totalmente exposta não vai mais ter sensibilidade nenhuma.
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Em digitais isso não é possível pois a energia acumulada em um pixel tende a se perder quase que instantaneamente. A segunda exposição será necessariamente uma foto feita do zero de qualquer modo pois os pixels estarão "vazios".
Daria pra simular o efeito do filme... somando as exposições de cada pixels em duas foto subexpostas, porém aí teríamos um ruído considerável, o que não acontece nos grãos.
Ou seja, processos totalmente diferentes em essência.
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Creio que em digital o certo seria fazer duas fotos bem expostas e mesclar o resultado digitalmente.
Aí as possibilidades de mesclagem são muito boas. Melhores que as do filme.
Abraços!