O que eu apreendi desse tópico, sobretudo do texto do José Azevedo, e por isso ressuscitei-o, não foi o menosprezo pela técnica, mas que a fotografia como forma de expressão agrega muitas variantes. E, claro, uma dela e muito importante está associada ao desenvolvimento tecnológico que, de uma forma ou de outra, interfere no modo como se vê a imagem em contextos específicos e nas exigências (técnicas ou não) que se agregam à esta imagem. Agora tem os casos (raros) de fotógrafos que transpõem os interesses específicos do seu tempo ou de seu ofício.
Agora tudo tem que ser contextualizado, pois cada trabalho, situado num determinado tempo/lugar, dialoga com um determinado nível de exigência e com ferramentas disponíveis.
Nos dias de hoje, poucos descartam completamente a questão técnica (embora essa possibilidade não esteja descartada), haja visto o frisson que causam as discussões técnicas em torno de lançamentos de equipamentos e de novas tecnologias, por exemplo.
Enfim, ao reavivar o tópico quis dar ênfase ao texto do José, não desconsiderar a questão técnica (nem Ansel Adams
) pela qual me interesso bastante, porque sem ela eu não vou alcançar o resultado que procuro, ainda que aprecie fotos cujas qualidade técnica não atenda aos padrões estabelecidos.
Nesse universo, a gente também tem que considerar as "lutas de representação" que se dão no âmbito simbólico. Guardada as proporções/importância, em vários níveis/estágios, o mundo da fotografia é permeado por elas. Acho que é mais ou menos isso que o Francisco está pedindo pra gente considerar.