Autor Tópico: Um dia azul de maio  (Lida 4053 vezes)

Ivan de Almeida

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Online: 25 de Maio de 2008, 21:43:26
Um passeio pela serra, indo a lugares onde já fotografei várias vezes. Duas são as lentes usadas nessas fotos: Uma Mir 1v 37mm em f/8 e uma Helios 44m6 58mm em f/8 também. Distinguir a foto da Helios é fácil, devido ser a única onde o tamanho da montanha é maior. Para simplificar: é a primeira. Todas com polarizador linear.









Carlos Magalhaes

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Resposta #1 Online: 25 de Maio de 2008, 21:52:24
Belas fotos, Ivan. Gostei mais da 1ª e da 3ª. Estou esperando uma Mir, mas ela vai demorar a ficar boa assim.  :D
Carlos Magalhaes
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Ivan de Almeida

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Resposta #2 Online: 25 de Maio de 2008, 21:57:52
Talvez seja a lente que mais gosto entre as minhas. A mais versátil na digital. E ela tem uma coisa interessante... a escala é bem curta entre 3m e infinito, e longa antes dos 3m. Então é relativamente fácil usar em um foco que pegue primeiro plano e fundo.

O único senão dela... EXIGE um pára-sol, nem que seja de borracha vagabundo (o meu).


fabio_yamauti

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Resposta #3 Online: 25 de Maio de 2008, 22:19:14
Belas fotos Ivan. Grande cuidado na fotometria, composição e tratamento. As que me chamaram mais a atenção foram a primeira, devido aos planos e a terceira, devido à divisão da cena em retângulos.

Abs,
Fabio
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Davi Sato

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Resposta #4 Online: 25 de Maio de 2008, 23:35:56
Belas fotos Ivan. Grande cuidado na fotometria, composição e tratamento. As que me chamaram mais a atenção foram a primeira, devido aos planos e a terceira, devido à divisão da cena em retângulos.

Abs,
Fabio

Perfeito!

Ivan, além disso, destacaria os tons quentes das fotos! Gostei das variações de moldura que vc utilizou. Um bom exercício de composição.

abraços!  :)
Canon 6D / Canon 24-104 f/4 / Pentax K10d / Sigma 28-70 f/2.8 / Pentax 18-55 / Pentax 50-200.
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Pictus

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Resposta #5 Online: 29 de Maio de 2008, 01:25:49
Bacana ver em diferentes ângulos  :ok:
Acho que o sensor tá sujo.


B.Gomes

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Resposta #6 Online: 29 de Maio de 2008, 12:53:24
Gostei muito de todas, Ivan.


Kika Salem

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Resposta #7 Online: 01 de Junho de 2008, 12:10:58
Olá Ivan!

Ontem terminei de ler aquele livro "Como se compõe um quadro", mencionado noutro momento, e nas últimas páginas o autor fala da importância do primeiro plano na composição de paisagens. E aqui olhando suas fotos vejo que você sempre tem muito cuidado com o primeiro plano. Fotos frontais, chapadas, como são muitas das minhas, acabam deixando a fotografia monótona e, por conseqüência, provocando desinteresse no observador.

Gostei de todas, sobretudo da última. Saber compor com figuras geométricas, no caso desta, o triângulo retângulo (estou errada?) não é tarefa tão fácil quanto parece. Tenho observado uma tendência de se fazer as fotos todas em diagonal, eu também faço isso, mas vejo que acaba sendo uma saída fácil, uma alternativa às fotos frontais/chapadas, mas que, do mesmo modo, acaba ficando monótono devido à repetição freqüente.
Bem, vou tentando aplicar essas observações na prática.

Também espero não estar lhe "enchendo o saco" com minhas observações, mas é que é melhor ler e estudar e observar as suas fotos que já demonstram tais preocupações, do que as minhas que são tentativas de acerto e erro, embora eu também as observe.

Abraço.
« Última modificação: 01 de Junho de 2008, 12:17:50 por Kika Salem »


Marcelo K Motozono

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Resposta #8 Online: 01 de Junho de 2008, 12:19:01
parabens!

gostei muito da primeira!

abraco!


Ivan de Almeida

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Resposta #9 Online: 01 de Junho de 2008, 17:12:18
Obrigado, a todos.

Kika; hoje em dia, paisagem para mim é primeiro plano. O segundo plano não muda, você pode fazer uma paisagem isossa ou uma paisagem boa, e o segundo plano, que parece ser o fulcro da fotografia, será o mesmo. É no primeiro plano onde temos condição de acrescentar desenho à foto.

O fundamento da composição geométrica, que é a estutura oculta da composição de uma pintura ou de uma foto, são as relações de pertencimento entre as posições dos objetos, o retãngulo fotográfico e entre os objetos mutuamente. A diagonal funciona porque ela pertence ao retãngulo, então quando colocamos uma linha na diagonal ela está, ao mesmo tempo, na paisagem e na estrutura do retãngulo fotográfico.

E assim por diante. Quando colocamos algo no terço, essam coisa define um quadrado cujo lado é o menor lado do retângulo fotográfico. Quando colocamos algo na divisão áurea, inauguramos uma fractalização do retãngulo, etc, sempre pertencimentos.

Alem disso, precisamos prestar atenção ao nosso olhar para verificarmos os caminhos que ele faz na foto. Essa observação é uma fenomenologia de nosso olhar, e ela nos ensinará como vemos as coisas, como nosso olho examina as coisas. Então, conforme alinhamos objetos no caminho do olho ou não, podemos favorecer a percepção de algo, podemos conduzir a percepção a algo, etc.

Não me enche o saco, absolutamente, ao contrário, são ocasiões para expor certas opções que parecem naturais.

Outro dia estava falando com meu filho sobre isso, a partir de uma casa que fiz lá na serra. Na minha casa os caibros (madeiramento do telhado) são aparentes dentro da sala, e os projetei para coincidirem exatamente com os montantes das janelas. Quem entra na casa, tem a sensação de ordem geométrica, mas não se dá conta de haver intencionalidade nessa ordem, ela parece pura e simplesmente "natural". Isso é uma das grandes dificuldades para estudar composição. A boa composição parece simplesmente natural. Nós notaríamos se o madeiramento e os montantes estivesem muito errados, mas não notamos quando estão justos. Quando estão justos, simplesmente parece tudo estar como devia. Mas não estão justos por acaso.


Andy Bell

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Resposta #10 Online: 01 de Junho de 2008, 17:17:38
Acho que o sensor tá sujo.

Também notei
"O olho do homem serve de fotografia do invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio" - Machado de Assis (O cara!)
Ribeirão Preto - SP

http://www.flickr.com/photos/inspirefoto/
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Ivan de Almeida

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Resposta #11 Online: 01 de Junho de 2008, 18:50:51
Acho que o sensor tá sujo.

Também notei

Acho que eu mesmo indico aí em cima saber disso, André. Não quis limpar a foto no PS, coisa que seria muito fácil porque as manchas estão sobre o azul do céu, bastante uniforme. Se fosse fazer cópias em papel limparia. Não acho que isso influencia na observação da foto para web.

Vou mandar limpar o sensor aproveitando a necessidade de revisão do botão de disparo da 20D que está meio manhoso, como disse o Walter (técnico), um problema recorrente nas câmeras com sistema de membrana.


Kika Salem

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Resposta #12 Online: 01 de Junho de 2008, 23:11:11
Kika; hoje em dia, paisagem para mim é primeiro plano. O segundo plano não muda, você pode fazer uma paisagem isossa ou uma paisagem boa, e o segundo plano, que parece ser o fulcro da fotografia, será o mesmo. É no primeiro plano onde temos condição de acrescentar desenho à foto.

O fundamento da composição geométrica, que é a estutura oculta da composição de uma pintura ou de uma foto, são as relações de pertencimento entre as posições dos objetos, o retãngulo fotográfico e entre os objetos mutuamente. A diagonal funciona porque ela pertence ao retãngulo, então quando colocamos uma linha na diagonal ela está, ao mesmo tempo, na paisagem e na estrutura do retãngulo fotográfico.

E assim por diante. Quando colocamos algo no terço, essam coisa define um quadrado cujo lado é o menor lado do retângulo fotográfico. Quando colocamos algo na divisão áurea, inauguramos uma fractalização do retãngulo, etc, sempre pertencimentos.

Alem disso, precisamos prestar atenção ao nosso olhar para verificarmos os caminhos que ele faz na foto. Essa observação é uma fenomenologia de nosso olhar, e ela nos ensinará como vemos as coisas, como nosso olho examina as coisas. Então, conforme alinhamos objetos no caminho do olho ou não, podemos favorecer a percepção de algo, podemos conduzir a percepção a algo, etc.

Obrigada Ivan por evidenciar tantos elementos importantes na construção de uma fotografia como: a importância do primeiro plano, o emprego das figuras geométricas e da divisão áurea, a questão do pertencimento e a fenomenologia do olhar. Vou digerindo um a um aos poucos e tentando empregá-los na prática.

Não me enche o saco, absolutamente, ao contrário, são ocasiões para expor certas opções que parecem naturais.

Outro dia estava falando com meu filho sobre isso, a partir de uma casa que fiz lá na serra. Na minha casa os caibros (madeiramento do telhado) são aparentes dentro da sala, e os projetei para coincidirem exatamente com os montantes das janelas. Quem entra na casa, tem a sensação de ordem geométrica, mas não se dá conta de haver intencionalidade nessa ordem, ela parece pura e simplesmente "natural". Isso é uma das grandes dificuldades para estudar composição. A boa composição parece simplesmente natural. Nós notaríamos se o madeiramento e os montantes estivesem muito errados, mas não notamos quando estão justos. Quando estão justos, simplesmente parece tudo estar como devia. Mas não estão justos por acaso.

Melhor assim. Sei que faço muitas perguntas, mas não sei se as pessoas entendem o propósito. Então é sempre bom confirmar.  Você entendeu perfeitamente o objetivo delas. :)
Além disso, é interessante saber como cada um se relaciona, pensa, reflete sobre o próprio trabalho. Esse exercício acaba sendo útil não só pra quem está começando porque dispõe de inúmeros caminhos e, a partir deles, pode fazer suas escolhas, mas também pra quem expõe tais questões, pois organiza o pensamento e explicita questões que podiam ser vistas como naturais, como você ressaltou.

Bem, como disse, vou digerindo cada uma dessas orientações e tentando colocá-las em prática. Obrigada de novo.

« Última modificação: 01 de Junho de 2008, 23:18:13 por Kika Salem »


Alessandro D.

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Resposta #13 Online: 21 de Novembro de 2008, 16:37:55
Ivan,
Se me permite a intromissão (desculpe por ser inxerido), preciso retomar este tópico para dizer algumas palavras:


Não sou exímo fotógrafo. Pelo contrário, sou mero iniciante. Mas gosto de fazer as coisas com critério, para que sejam bem feitas e me orgulhe do que faço.

Por isso, quando conheci o MF e comecei a ler seus textos (e também seu blog), percebi uma fonte inesgotável de informação que vinha de encontro com o que estava busacando há tempos.

Estou no meio da leitura de um tópico seu de 2006: "LINGUAGEM" (com muita contribuição de "gente grande" no assunto - maravilhoso!) . E aí vejo estas fotos suas que traduzem em "pixels" o que você cita por lá:


(...) venho há anos pregando que a "fotografia incrível", a "fotografia idéia genial" no fundo só um truque esgotável. Por isso tento e prego a fotografia simples, a fotografia em que o fotógrafo não se distraia querendo ser "original" e sem distrair-se possa ser atento ao mundo, a si mesmo, aos seus afetos, e a fotografia resultante disse será viva, será espessa, oferecerá profudidades mesmo quando pareça óbvia.



Ainda busco minha linguagem/identidade fotográfica. Aliás eu percebia que faltava algo nas minhas fotos mas não tinha noção do que era, até encontrar este tópico. Tá certo que ainda preciso caminhar muito na fotometria, mas sempre me preocupei muito em como compor. E aí entra a história da arte e seus grandes mestres! E mais uma infinidade de coisas para aprender. Que delícia!

Acredito que tudo deve caminhar junto. O amadurecimento deve ser, talvez, lento, mas completo em cada fase do processo.

Por isso, obrigado por compartilhar seus conhecimentos e experiências conosco e abrir nossas mentes para aquilo que deve ser realmente lido e aprendido.

Abraço,
Alessandro D.
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Blasius

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Resposta #14 Online: 21 de Novembro de 2008, 17:05:39
Olá Ivan! Muito boas fotos, excelente contraste, como sempre... :ok: :ok: :ok:

Abraço, Blasius.
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