Autor Tópico: [ARTIGO] Filme X Digital - Uma Resposta Definitiva?  (Lida 54059 vezes)

B.Gomes

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Resposta #60 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:04:40
Só para constar: a ladainha é recíproca, Leo. Você ouve sempre as mesmas coisas porque diz sempre as mesmas coisas, o papo não muda.
E, ao dizer que quem gosta de vinil gosta de sofrer, como não esperar reações adversas? Nem todo mundo só pensa no laboratório, nas "cntp", tem gente que vive a vida real também, com suas preferências, análises e conclusões práticas, cotidianas e que tem, sim, sua validade.
Ladainha por ladainha, esse papo da verdade absoluta da ciência também é uma.


Thiago Sigrist

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Resposta #61 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:08:40
Acho que realmente a única coisa que importa em relação ao filme é saber se ele vai continuar sendo acessível, principalmente em termos de acesso mesmo, de ser fácil de achar. Menos importante do que isso, um pouco, é a questão do preço.

Se um determinado fotógrafo usa filme para conseguir determinados resultados de maneira consistente, ele só deixará de usá-lo por dois motivos possíveis, até onde vejo:
1. O desaparecimento completo do filme no mercado.
2. A elevação dos preços de filme para níveis absolutamente proibitivos.

Não acontecendo nenhum dos dois, acredito que o filme terá longa vida.

Abraços!

 -- thiago
Thiago Massariolli Sigrist
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Leo Terra

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Resposta #62 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:19:01
Bruno como eu disse... Opinião pessoal, é opinião pessoal...
Cada um tem a sua... Avaliação técnica é outros 500, como eu disse no texto anterior, dizer qual é melhor é extremamente simples e mensurável, não tem muito o que se discutir em cima. Agora discutir gosto pessoal é algo totalmente diferente. Se alguém lhe pergunta o que é melhor responda o que é melhor (e não como foi feito) se lhe pergunta o que mais gosta, responda o que mais gosta, é fácil assim.
Na maioria das vezes não gostamos do que é melhor, se fosse assim os produtos seriam padronizados e não seria necessário fazer Marketing. Marketing é para mexer com o outro lado de uma escolha que são as emoções.
Como administrador uma coisa que aprendi foi a separar o técnico do emocional, temos um curso em administração que se chama Compras, que lida exatamente com compras técnicas para ambiente empresarial, como separar o coração da razão pois empresas e profissionais não devem comprar com o coração.
Por outro lado temos os cursos de Marketing que separam as figuras do comprador (em várias facetas do mecanismo de compra) e que leva em consideração não só o técnico como o coração.
ME desculpe Bruno, mas informações técnicas são fatos, apesar de vc distorcer minha visão sobre a busca da ciência por uma visão de uma descrição cada vez mais próxima da realidade dos fenômenos naturais, para sempre tentar se justificar, aqui estamos discutindo informações técnicas e totalmente mensuráveis, eu consigo lhe dizer com precisão a resolução, a latitude, etc de uma câmera, isso estará me dando a especificação dela e me permite facilmente fazer um hancking, agora se vc quer discutir gosto pessoal, tudo bem, só separe o que é gosto pessoal do que é fato. É tudo que sempre peço em meus discursos e acredito que não seja um pedido nem de longe absurdo.
Se vc não gosta ou não sabe usar um equipamento isso não quer dizer que ele seja pior ou melhor, pior ou melhor são atribuídos por atributos físicos.
Se eu te digo que um corredor de 100m rasos consegue correr os 100m em 11s e outro corre os 100m em 10s, obviamente o que corre os 100m em 10s é melhor, vc pode até gostar mais do outro, mas é pura impressão pessoal.
 
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Resposta #63 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:28:34
Citar
Bruno como eu disse... Opinião pessoal, é opinião pessoal...
Cada um tem a sua... Avaliação técnica é outros 500, como eu disse no texto anterior, dizer qual é melhor é extremamente simples e mensurável, não tem muito o que se discutir em cima. Agora discutir gosto pessoal é algo totalmente diferente. Se alguém lhe pergunta o que é melhor responda o que é melhor (e não como foi feito) se lhe pergunta o que mais gosta, responda o que mais gosta, é fácil assim.
Na maioria das vezes não gostamos do que é melhor, se fosse assim os produtos seriam padronizados e não seria necessário fazer Marketing. Marketing é para mexer com o outro lado de uma escolha que são as emoções.
Como administrador uma coisa que aprendi foi a separar o técnico do emocional, temos um curso em administração que se chama Compras, que lida exatamente com compras técnicas para ambiente empresarial, como separar o coração da razão pois empresas e profissionais não devem comprar com o coração.
Por outro lado temos os cursos de Marketing que separam as figuras do comprador (em várias facetas do mecanismo de compra) e que leva em consideração não só o técnico como o coração.
ME desculpe Bruno, mas informações técnicas são fatos, apesar de vc distorcer minha visão sobre a busca da ciência por uma visão de uma descrição cada vez mais próxima da realidade dos fenômenos naturais, para sempre tentar se justificar, aqui estamos discutindo informações técnicas e totalmente mensuráveis, eu consigo lhe dizer com precisão a resolução, a latitude, etc de uma câmera, isso estará me dando a especificação dela e me permite facilmente fazer um hancking, agora se vc quer discutir gosto pessoal, tudo bem, só separe o que é gosto pessoal do que é fato. É tudo que sempre peço em meus discursos e acredito que não seja um pedido nem de longe absurdo.
Se vc não gosta ou não sabe usar um equipamento isso não quer dizer que ele seja pior ou melhor, pior ou melhor são atribuídos por atributos físicos.
Se eu te digo que um corredor de 100m rasos consegue correr os 100m em 11s e outro corre os 100m em 10s, obviamente o que corre os 100m em 10s é melhor, vc pode até gostar mais do outro, mas é pura impressão pessoal.
Leo, no fundo eu entendo o que você quer dizer e reconheço a validade. Faço ironias, claro, mas sei do que você está falando, mesmo que tenha uma visão diferente em alguns pontos (não esqueça que eu também sou "acadêmico"). O que ocorre é que com freqüência você faz algumas afirmações que ultrapassam seus próprios interesses e se convertem em desrespeito às opiniões diferentes, aí é natural que as pessoas reajam a isso, cada um da sua maneira. Nesse caso, se tivesse ficado nos dados técnicos, tudo bem. Mas ao fazer juízo de valor em relação a quem gosta de vinil e de filme você sai do campo da "racionalidade" e entra em outro tipo de debate, que gera outros tipos de argumentos, entende?

Mas, nessa questão do filme, o que eu acho importante - e aí concordo com o Thiago - é que as pessoas que quiserem usá-lo tenham sempre essa oportunidade. Que a tecnologia digital, para se afirmar, não precise destruir a possibilidade das pessoas fazer fotografia de outro jeito.
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Lucas Eduardo

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Resposta #64 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:29:25
acho que o tópico se desandou...
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Roberto O. Almeida

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Resposta #65 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:38:50
Lucas, o teste foi bem inconsistente. Acho que o tópico ja tava desandado..


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Resposta #66 Online: 02 de Setembro de 2006, 19:55:16
Então Bruno, eu tenho tido muita dificuldade de me expressar de forma escrita, ainda mais depois que tentei mudar meu modo de escrever.. As coisas acabaram ficando piores do que antes heheheheh! Mas entendo onde vc quer chegar...

Quanto ao filme eu até concordo contigo que seria legal se ele se mantivesse, mas minha fé tbm é limitada, é claro para mim que se sobrarem filmes serão muito poucos, mais para atender aos saudosistas mesmo, é só uma questão de analisar a história, veja as outras tecnologias (acho que em termos de paixões o Vinil é a melhor referência), vc acha um tocador de Vinil para comprar, vc acha até Vinil para comprar novo, mas está longe de ser acessível... Acredito que a fotografia de filme deva ir para o mesmo caminho...
Recentemente tentei comprar um disco de Vinil novo do pink floyd e custava a bagatela de R$ 460,00... Não sei para vc, mas para mim é um nível de inacessibilidade bem grande, principalmente porque é o tipo de coisa que é direcionado para a brincadeira e diversão mesmo, porque nada no senso prático me levaria a ouvir um Vinil ehehehehehe.
No filme acredito que o caminho vá ser absolutamente o mesmo, comprar filmes vai se tornar caro e pouco prático mesmo porque as opções que vão restar vão ser mínimas para se fazer algo realmente construtivo.

Roberto esse teste não foi tão inconsistente para um ensaio, como você pode ver ele era a fase 1, um ensaio que buscava opções para trabalharmos o comparativo e modelarmos um teste que fosse mais representativo e certamente para isso ele foi muito útil, se eu tivesse uma Nikon de filme disponível hoje eu certamente já teria um modelo de ensaio bem interessante, baseado nessas discuções e em outros testes internacionais que tenho visto.
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Resposta #67 Online: 02 de Setembro de 2006, 20:01:11
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Mas, nessa questão do filme, o que eu acho importante - e aí concordo com o Thiago - é que as pessoas que quiserem usá-lo tenham sempre essa oportunidade. Que a tecnologia digital, para se afirmar, não precise destruir a possibilidade das pessoas fazer fotografia de outro jeito.
Exatamente, Bruno.

É tudo uma questão de escolha. Quanto mais opções, melhor.

A escolha do filme, em diversos casos, tem uma profunda justificativa estética. O simples fato de filme não ser digital já produz um resultado estético diferenciado, e isso tende a se amplificar fortemente com o passar do tempo, dado que mais e mais a captura digital tornar-se-á o padrão absoluto da fotografia.

Isso é inegável, por mais que o filme seja tecnicamente pobre. E mais importante ainda, nesses casos, não é uma questão de "gostar de filme", de saudosismo ou qualquer outro tipo de justificativa igualmente ingênua. E, mesmo assim, todas são válidas.

Abraços!

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Resposta #68 Online: 02 de Setembro de 2006, 20:11:29
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Quanto ao filme eu até concordo contigo que seria legal se ele se mantivesse, mas minha fé tbm é limitada, é claro para mim que se sobrarem filmes serão muito poucos, mais para atender aos saudosistas mesmo, é só uma questão de analisar a história, veja as outras tecnologias (acho que em termos de paixões o Vinil é a melhor referência), vc acha um tocador de Vinil para comprar, vc acha até Vinil para comprar novo, mas está longe de ser acessível... Acredito que a fotografia de filme deva ir para o mesmo caminho...
Recentemente tentei comprar um disco de Vinil novo do pink floyd e custava a bagatela de R$ 460,00... Não sei para vc, mas para mim é um nível de inacessibilidade bem grande, principalmente porque é o tipo de coisa que é direcionado para a brincadeira e diversão mesmo, porque nada no senso prático me levaria a ouvir um Vinil ehehehehehe.
No filme acredito que o caminho vá ser absolutamente o mesmo, comprar filmes vai se tornar caro e pouco prático mesmo porque as opções que vão restar vão ser mínimas para se fazer algo realmente construtivo.
 
Pois é, eu também acho que o caminho vai ser esse, infelizmente...
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Marcos Kaddoum

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Resposta #69 Online: 02 de Setembro de 2006, 20:37:30
Como eu já disse, não uso filme, não sou fotógrafo e não sou entendido no assunto. Mas, mandando pro espaço o que diz a administração ou o que for, o fato é que, quem trabalha com filme ainda está muito bem, obrigado. Se você me disser que daqui a 1 ano eles estarão perdendo mercado, ok. Mas hoje, não é o que acontece. Ninguém está perdendo mercado por não usar digital. E, como já disse, essa é a grande razão pela qual essas pessoas não mudaram pro digital. Esse é o meu ponto. As pessoas usam aquilo que lhes atende, e não aquilo que lhes é apresentado como mais eficiente. Só isso.

O que me incomoda profundamente é dizer que o cara é quadrado porque usa filme. Dizer que ele é tão ultrapassado que não usa digital.

Citar
Me desculpem, mas eu trabalho com fatos... Esse papo do Vinil é outro que eu sempre ouvi mas quando estudava em São Carlos tudo que se fazia de testes mostrava que a resposta do CD era muito superior à do Vinil, então me desculpem...

Só posso dizer pra você avisar o pessoal de São Carlos que se provarem isso, vai render um excelente doutorado na área.

Citar
Marcos vc diz que o filme ainda está vivo???? Realmente está, mas está agonizando... Nos EUA a Kodak desativou suas operações de filme, Fuji reduziu em 90%.
A Kodak descontiunou quase 70% de sua linha de filmes, a Fuji descontinuou quase 40% e isso porque o digital só atingiu níveis compatíveis com os filmes a 2 anos e só se tornou acessível recentemente, o CEO da Kodak já anunciou que em 10 anos não serão mais produzidos filmes(não sou eu que estou dizendo, são os executivos da maior empresa do ramo), se isso não é estar com sérios problemas comerciais não sei mais o que é...

Não conheço esse números, e realmente não me interessam, mas analisando de um modo geral, suponho que esse corte se deu pela queda no consumo geral, e não na queda do consumo por profissionais. Ou você realmente acha que os profissionais pararam de comprar filme e então essas empresas se viram obrigadas a cortar sua produção? Estamos falando de segmento profissional, certo? Ao menos o seus argumentos e os meus foram pra essas áreas. Eu mesmo não conheço na minha família alguém que tenha comprado filme nos últimos 2 anos. No passado eu consumia ao menos uns 8 rolos por ano.

Entendo suas colocações, mas não concordo que o simples fato de haver uma tecnologia mais recente deva obrigar as pessoas a adotá-la.

Isso realmente é a visão de um administrador/economista/marketeiro de grandes multinacionais. As grandes multinacionais da saúde vêm acabando com a medicina nos países pobres e elevando os custos da medicina de forma absurda em todo mundo por conta disso. Hoje em dia uma contusão simples no joelho exige uma Ressonância Nuclear Magnética. Eu tenho 25 anos de idade e tem um médico na minha academia me exigindo check-up cardiológico, sem nenhuma indicação, para me autorizar a a malhar. Ok, achei ótimo ele rodar um eletrocardiograma, exame barato, rápido e indolor. Agora, fazer meu plano de saúde gastar R$200/R$300 em um exame sem indicação?  É exatamente a mesmíssima visão. Fazer investimentos enormes em novos equipamentos sem uma aplicação realmente objetiva? Não há dúvidas de que um indivíduo que hoje se inicia na fotografia profissional deva comprar equipamentos digitais.


Citar
afirmações técnicas são amparadas por números, se vão lhe servir ou não isso não interessa, é técnico, é totalmente mensurável.

Com certeza afirmações técnicas são amparadas por números. O problema é interpretar a origem e aplicação desses números de forma equivocada. Números não provam nada se não forem interpretados de forma correta. Trabalhar os números a favor de um ponto de interesse é muito fácil (não estou dizendo que está fazendo isso).

Se filme tem x vantagens, digital tem 3x. Mas do que adianta uma tecnologia melhor se não será aplicada?

Acho que daqui a uns anos haverá um mercado mais específico pro filme, tanto para profissionais quanto para amantes. Com certeza será mais caro, mas também mais apreciado. E a questão financeira será a única dificuldade relacionada a disponibilidade.
Marcos Kaddoum
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Resposta #70 Online: 02 de Setembro de 2006, 20:51:54
Marcos a questão toda é que para se trabalhar com fotografia existe uma coisa chamada curva de aprendizado, os profissionais que estão evitando o digital estão simplesmente deixando de aprender algo que será fundamental e terão que aprender cedo ou tarde.
E tanto isso tem feito diferença que os profissionais que eu tenho visto usar filmes são exatamente os que mais reclamam que o mercado está inundado de novatos que estão tomando seus clientes com preços ridículos e etc, o que nem é verdade, os novatos tem cobrado até mais caro do que esses dinossauros estagnados e o que tem feito o pessoal migrar é o trabalho de melhor qualidade e bem mais eficiente que eles tem oferecido, quando se nota isso no mercado social (que é o mais bem protegido) vc já imagina como a coisa está na publicidade.

Diferente da visão que você está, os filmes que tem sido mais descontinuados são exatamente os profissionais, cromos finos, cromos de ISO alto e similares, os filmes amadores são os que ainda continuam melhores no mercado (como os clássicos Provalue e Kodak Ultra). O que tenho visto no mercado profissional são profissionais resistentes tentando manter seu negócio construído em cima do argumento de que o filme é melhor, o que é totalmente falso e os clientes já estão percebendo isso, e estão cada vez mais optando por um fotógrafo que oferece melhor qualidade final de acabamento em menor tempo por preços muitas vezes similares. Infelizmente quem não aprender a usar digital (que como uma mídia diferente exige uma curva de aprendizado, ainda mais porque você assume o papel da revelação), vai ficar para trás, porque cedo ou tarde (bem provavelmente cedo) não haverá mais espaço para quem estiver trabalhando com filme e a hora que esse indivíduo resolver migrar ele já terá ficado tão para trás, que os "novatos" que eles tanto criticam vão fazer eles parecerem amadores fotografando.

Outro dia eu estava vendo um trabalho de casamento colorido feito em filme de um bom fotógrafo de casamentos, e a diferença para os trabalhos que vejo hoje em digital era gritante, o resultado apresentado hoje pelos tidos como "novatos" em digital tem realmente feito muitos dos fotógrafos tradicionais de filme parecerem amadores...

Eu hoje tenho muito claro que não posso parar, que se eu parar serei facilmente atropelado. E me desculpe, mas quem parou está com grandes chances de ser completamente atropelado por profissionais que surgiram bem recentemente no mercado. :/
« Última modificação: 02 de Setembro de 2006, 20:59:25 por Leo Terra »
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Resposta #71 Online: 02 de Setembro de 2006, 21:01:14
Compreendo sua colocação em relação a curva de aprendizado, mas na era da informação ela é uma constante em qualquer área. Queme stá parado, é atropelado. Mesmo o cara parado em digital, com o mesmo programa que ele usava há três anos atrás. O que ainda afirmo é que se o cara faz social, e faz social bem, com filme, por que ele migraria pra digital? O mercado tem que mudar antes! E as pessoas irão se adaptar,e  não se jogar numa busca inssaciável pela tecnologia. Esse é o meu ponto. O apelo de marketing tem sido muito grande e a economia vem mudando radicalmente por conta disso. As empresas lançam hoje no mercado produtos como se lançam Updates de Softwares na informática. A custo de que?

PS: se os filmes descontinuados sãoa queles voltados pro segmento profissional, aí sim você fez um bom ponto de vista.  :laughing:  
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Resposta #72 Online: 02 de Setembro de 2006, 21:03:51
Me surgiu uam luz aqui.

O que será da fotografia, daqui a uns anos, quando as câmeras de vídeo forem capazaes de gerar quadros de altíssima resolução? Não mais tiraremos fotos, mas gravaremos instantes e então os imprimiremos...
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Resposta #73 Online: 02 de Setembro de 2006, 21:09:14
Marcos essa é uma pergunta que se faz a tempos, mas acredito que não teremos muitas mudanças neste aspécto, a fotografia por si só é uma coisa encantadora, pq se você for ser calculista nisso, as filmadoras de cinema nada mais são do que câmeras fotográficas de película em alta resolução e alta velocidade e até hoje a magia de se congelar um momento persiste. Pode até ser que um dia isso venha a mudar, mas ainda acho que essa magia de congelar é uma das coisas mais atraentes da fotografia. Além disso para fotografar o principal é a composição, a direção e a luz (como no cinema) então acredito que caso isso venha a acontecer (e o ser humano perca esse apego por congelar o momento) vai ser exatamente como essa fase que estamos passando de migração da ferramenta para algo mais completo...
PS: Lembrando que agora estamos no âmbito da especulação...
 
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Resposta #74 Online: 02 de Setembro de 2006, 21:47:00
Um homem pesou o cérebro de um elefante e o um humano, e colcluiu, baseado no número que encontrou, que o elefante é mais inteligente que o homem.

Isso é o tipo de coisa que acontece quando alguém elege um número que exprime apenas um os aspectos da qualidade fotográfica (no caso, resolução em linhas) e o toma como valor absoluto.

Enfim, quem só consegue analisar através de númerso, que tire deles bom proveito.

Eu mesmo adoraria que a digital fosse melhor que o filme naquilo que mais me interessa que é A BELEZA DA CAPTURA. Seria maravilhoso, eu jogaria fora um monte de tralha, pararia de comprar filmes que são chatos de comprar, de revelar, os negativos arranham, tem de escanear, etc.

Mas, estava fazendo (e estou) um álbum de família com as melhores fotos dos meus filhos... Apesar de ter tirado mais de dez vezes fotografias digitais do que com filme no período.... a proporção de fotos de filme escolhida é de 50%! E acrescento... são as mais bonitas.

Certamente não são as de maior resolução.

Essa história de reduzir "melhor " a apenas um parâmetro é uma visão empobrecida do que é a qualidade plástica de alguma coisa. O número é maravilhoso quando ajuda a melhor enxergar uma fenômeno, mas quando ele impede de enxergar o fenômeno na sua totalidade, aí ele é somente um tipo de engano "técnico".
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