Quando eu fui comprar minha câmera, no ano passado, eu não conhecia o fórum e consultei uma comunidade de fotografia digital no Orkut. Ainda bem porque se tivesse feito alguma pergunta aqui ou em outro fórum, eu com certeza não participaria de nenhum deles e por vários motivos.
Na minha busca nessa comunidade do Orkut, eu comecei lendo mais de 700 intervenções no tópico “Que câmera comprar?”. Ao término da leitura, eu estava quase prestando assessoria sobre inúmeros modelos, marcas e categorias, mas ainda não tinha decidido a compra. De todo modo, essa leitura ajudou-me a diferenciar, em linhas gerais, uma câmera compacta (já tinha uma Sony P93) duma câmera reflex, a verificar a importância de certas funções que a minha câmera não oferecia e a selecionar três câmeras de entrada no seguimento reflex (já tinha uma analógica Mirage K-2000, ainda tenho).
Daí em diante, eu fui direito nas comunidades das câmeras e perguntei sobre os modelos em específico, procurei textos comparativos, consultei os sites de reviews e fui nas lojas manusear o equipamento.
Levei um século para definir minha escolha, quase enlouqueci meu marido a cada dúvida que levava para discutir com ele que, diga-se, não entende nada de fotografia e quase desistiu de me dar uma câmera de presente de aniversário. Mas, ao término da pesquisa, fiquei bem satisfeita porque fiz um ótimo negócio em termos de custo-benefício.
Depois disso, não fiquei mais preocupada em pensar se tinha feito a escolha certa, afinal gastei tanta energia naquela pesquisa que uma vez feito, feito está.
A partir de então, concentrei-me em (re)ler o manual, em explorar as funções, enfim, em tirar o melhor proveito daquilo que eu tinha em mãos e não a projetar expectativas naquilo que podia ter.
Só para concluir, a escolha da câmera, se é uma busca enfadonha, é e sempre será uma opção individual. As pessoas só podem oferecer alternativas dentro dos interesses e possibilidades de quem busca ajuda, mas nunca fazer a escolha pelo outro nem tampouco direcionar essa escolha.