Autor Tópico: A que ponto nós vamos chegar...  (Lida 4140 vezes)

rogerio_prazeres

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Resposta #15 Online: 09 de Dezembro de 2008, 16:08:03
Excelente visão do negócio Léo!!  :clap:
Agora dirigindo um fusquinha das DLSR... Canon D30  :wub:

rogerio_prazeres@yahoo.com.br


guigui

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Resposta #16 Online: 09 de Dezembro de 2008, 16:12:43
O Leo falou tudo.
Só para complementar, ou melhor, ilustrar, nos Estados Unidos tb não há esta regulamentação. Pelo contrário, aqui é contra a lei determinar preços de fotografia, vc não vai achar em nenhum lugar o quanto se deve cobrar por esta ou aquela foto.
Para calcular um preço as variáveis são muitas, desde o desgaste do equipamento até o seu nome no mercado, passando por área geográfica, mídia, tipo e tamanho de impressão, vida útil da foto (em geral em publicidade) , dificuldade de fazer, originalidade, custos com produção, etc etc etc... Portanto, dificilmente o preço de um fotógrafo vai ser o mesmo que outro em  uma concorrência.

()s

GuiGui  :)


Renato B.

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Resposta #17 Online: 09 de Dezembro de 2008, 16:59:52
Leo,

certíssima a sua visão... sobre a questão cultural... nada como que vive a área.

no design passamos o mesmo...mas a nossa associação tem feito campanhas para mudar este conceito junto à empresas e tem dado algum resultado.

abraços


B.Gomes

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Resposta #18 Online: 09 de Dezembro de 2008, 19:49:40
[...] Ao mesmo tempo que temos gente cobrando R$ 10,00 por uma foto de produto temos outros cobrando R$ 80.000,00. Ambos estão certos, ambos atendem seus mercados específicos. O problema está em você querer cobrar como um de 80.000,00 tendo o nome e a qualidade de um de R$ 10,00. Ai meus amigos só tenho a dizer que simplesmente não venderão nada.
Digo uma coisa, se seus custos são elevados e o público não reconhece este valor no seu trabalho então reduza seus custos, a estratégia para fotografia é a mesma adotada por qualquer empresa, se o consumidor não reconhece seu diferencial abandone-o e embarque em outra estratégia (que pode ser de custo). Costumo dizer que no começo você deve engatinhar, para depois aprender a correr, se tentar correr enquanto mal sabe engatinhar o tombo pode ser feio. ;)
Perfeita colocação. Eu particularmente não me preocupo se determinado fotógrafo cobra "x" ou "y", o que me importa é batalhar pra conseguir me estabelecer em um nicho de mercado que me interesse. Se conseguir reconhecimento num mercado que me pague o que eu acho que vale o meu trabalho, pouco me importam os que cobrarem menos, pois eles estarão se encaixando em outra faixa de serviços, que não me interessa. A gente só concorre com quem está no mesmo nível que nós, o resto corre em paralelo, servindo a outro tipo de público.


lucash_br

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Resposta #19 Online: 09 de Dezembro de 2008, 20:14:43
O perigo de associações, sindicatos em geral está, além de uma pasteurização no conteúdo, no risco de virar somente um grupo de boas-vida... Coisa q quase não acontece no Brasil ;)  :hysterical:
edit: após ler, percebi que poderia haver confusão. Os boas-vida seriam os dirigentes dos sindicatos!
Leo,

certíssima a sua visão... sobre a questão cultural... nada como que vive a área.

no design passamos o mesmo...mas a nossa associação tem feito campanhas para mudar este conceito junto à empresas e tem dado algum resultado.

abraços
« Última modificação: 09 de Dezembro de 2008, 20:15:37 por lucash_br »


Renato B.

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Resposta #20 Online: 10 de Dezembro de 2008, 10:06:57
Desculpem...acho que não conseguí me expressar direito.

Não estou defendendo a criação de um sindicato pura e simplesmente (apesar de que se a profissão for regulamentada, isso será inevitável)...
Mas quando falei em união e associação dos fotógrafos queria dizer somar esforços para tornar público a excelência da profissão e desta maneira mostrar ao leigo o quão profissional e valorizado deve ser o fotógrafo.
Até porque todo mundo acha que sabe bater fotos... e se eu sei bater fotos deve ser muito fácil (esse é o pensamento recorrente).

Desculpe Lucash_br, não vejo uma pasteurização na produção do design brasileiro, ou na arquitetura... eu vejo um empenho em fomentar a produção e a qualificação nessas áreas...(falo delas com conhecimento)
Pode estar havendo uma pasteurização na formação destes profissionais...mas isso são outros 500.

abraços


lucash_br

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Resposta #21 Online: 10 de Dezembro de 2008, 16:24:55
Quando me referi a pasteurização, seria como um todo. Jamais algo artístico será pasteurizado. Sempre haverão, no mínimo, os da contra-cultura. O que me refiro é que um sindicato tente a "organizar", por meio de burocracias, algo que não se encaixa. Claro que fotografia tem que ser tratada como um negócio qualquer, onde a pessoa recorra a um procon da vida, etc, mas, na essência, a fotografia é arte. Claro que toda arte tem o viés comercial, mas não necessariamente com um controle de valores, do tempo, etc...
As colocações anteriores foram na mosca; o cliente tem direito a chorar, vc tem o direito de fazer o preço que achar justo e pronto. Em todas as áreas existe isso. Sempre haverá alguém com preços discrepantes (tanto pra cima, quanto pra baixo). E como o Leo colocou, não deve ser encarado como problema!


Desculpem...acho que não conseguí me expressar direito.

Não estou defendendo a criação de um sindicato pura e simplesmente (apesar de que se a profissão for regulamentada, isso será inevitável)...
Mas quando falei em união e associação dos fotógrafos queria dizer somar esforços para tornar público a excelência da profissão e desta maneira mostrar ao leigo o quão profissional e valorizado deve ser o fotógrafo.
Até porque todo mundo acha que sabe bater fotos... e se eu sei bater fotos deve ser muito fácil (esse é o pensamento recorrente).

Desculpe Lucash_br, não vejo uma pasteurização na produção do design brasileiro, ou na arquitetura... eu vejo um empenho em fomentar a produção e a qualificação nessas áreas...(falo delas com conhecimento)
Pode estar havendo uma pasteurização na formação destes profissionais...mas isso são outros 500.

abraços


Marcelo Favero

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Resposta #22 Online: 11 de Dezembro de 2008, 11:08:38
Concordo com todos que percebem que quem manda é o mercado, que esses "aventureiros" que cobram preço de pinga sempre existiram, em muitas áreas. Não acho que devem ser concorrência para trabalho de qualidade (digo qualidade técnica, estética e de atendimento também, o que é outra coisa difícil). Mas ninguém deve compor preço sem uma planilha de custos muito rigorosa na mão.
Não vivo exclusivamente de fotografia, por isso me dou ao luxo de recusar trabalho e não ser muito elástico nos preços. E se tem algo que me faz recusar trabalho é quando o cliente vem com trabalho de outro fotógrafo debaixo do braço me pedindo para fazer parecido (no estilo e/ou no valor), mesmo depois de conhecer meu trabalho. Sem prepotência ou deseducação, desconverso e aconselho a fazer com aquele profissonal que o agradou primeiramente.

É certo:
Quem paga barato demais se arrepende, quem cobra barato demais não vai longe!

Outra coisa: Quanto vejo que é um trabalho legal, que vai dar muuuito tesão fazer, ou até porque acho interessante para meu portifólio, ou porque vou ganhar um cliente interessante, cobro barato! Sei que terei retorno de outra forma.
Marcelo dos Santos

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telmo petrucci

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Resposta #23 Online: 11 de Dezembro de 2008, 14:51:28
Apenas me reportando ao exemplo dado da tabela de honorários mínimos da OAB. Amigo não se iluda com isso, de fato a tabela de honorários existe, mas as vezes nem como referência ela serve, pois mesmo que para determinado ato a tabela diga que o advogado deve cobrar no mínimo R$ 1.000,00 (mil reais) sempre vai existir o babaca que cobre R$ 100,00 (cem reais) ou até mesmo menos só na esperança de fazer clientela ou ganhar um dinheiro mais rápido. Digo isso como ex-advogado, que sofreu em um escritório próprio vendo esse tipo de serviço porco sendo oferecido pelos "colegas"
infelizmente o brasileiro tem a mentalidade um pouco burra e dificilmente pensa mais a frente!

então, seguindo essa lógica na área de Fotografia não adianta criar uma associação ou sindicato para tabelar preços mínimos. Concordo com o que o pessoal disse, se seus custos e seu valor são compatíveis com sua qualidade de serviço e vc tem tido bom retorno de clientela, não há o que se reclamar, pois também sempre existirá o consumidor que prefere preço a qualidade. Eu, particularmente prefiro pagar um pouco mais e ter qualidade. Inclusive, já tenho discutido com a namorada pq quando formos organizar nosso casamento já disse de cara que não vou escolher fotografo pelo preço, e sim pela qualidade do portfolio, etc.. mesmo que para isso tenha que pagar acima da média de mercado, afinal quero qualidade naquilo que contrato!


Marcelo Favero

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Resposta #24 Online: 11 de Dezembro de 2008, 17:24:55
não vou escolher fotografo pelo preço, e sim pela qualidade do portfolio, etc.. mesmo que para isso tenha que pagar acima da média de mercado, afinal quero qualidade naquilo que contrato!


ÔPA! É o meu perfil!!!!!!!!!   :D
www.santos.fot.br

Desculpa a brincadeira, mas foi irresistível!!

Abraço!
Marcelo dos Santos

Associado Fototech


Braga.SP

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Resposta #25 Online: 11 de Dezembro de 2008, 18:10:26
Das pessoas que cobram barato demais, o problema é que muitas delas não conseguem enxergar que estão subsidiando sua própria falência. Isto é, quando esse "profissional" precisar atualizar seu equipamento, precisar de manutenção, fazer um curso, enfim, de alguma maneira, fazer uso do dinheiro do caixa, vai acabar percebendo a burrada que fez. Pode ser tarde demais.
-22.352971,-48.775582


Chello

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Resposta #26 Online: 11 de Dezembro de 2008, 19:03:36
Questão sempre polêmica.
Muito bem abordada pelos amigos.

Bom, eu concordo que devemos cobrar o justo pela qualidade e atendimento que podemos oferecer. No entanto, reformulei minha forma de cobrar para dar mais opções aos clientes e com isso me tornar mais competitivo. Reduzi custos e não joguei meu preço na lama, apenas consegui dividir melhor os serviços e flexibilizar mais para o cliente.

Foi a saída que encontrei face o crescimento enorme da concorrência "barata" literalmente!

Abs
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Ricardo Lou

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Resposta #27 Online: 11 de Dezembro de 2008, 19:33:23
Veja o o que o telmo petruccidisse, eu ia comentar este fato porque sou da área (mas não advogo), muitos advogados cobram abaixo da tabela da OAB, no caso isto é indigno à profissão de advogado. Sou irmão de um contador, na área dele isto também acontece, muitos cobram menos que o justo.

Creio que quando se tenta organizar uma profissão e parte para este lado -o da tabela de honrários- pouco se tem a ganhar, pois sempre haverá aquele que cobrará abaixo do razoavel.

É fácil constatar isto, vejam os Dentitas e Médicos, mesmo aqueles estabelecidos em bairros de classe alta, têm preços inferiores aos dos outros colegas do mesmo bairro, lógico que seus preços são acima da tabela, mas entra o fator custo/lucratividade, cada um coloca em sua planilha aquilo que julga necessário para sua profissão.

Então estas coisas sempre existirão.

Depois há um ditado em Direito que diz: "quem paga mal, paga duas vezes"

Que a arte (me) aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Oswaldo Montenegro (adaptação nossa)


wdantas

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Resposta #28 Online: 12 de Dezembro de 2008, 14:44:30
Pessoal, aqui em Recife existe uma Associação de Classe que tem site e divulga nele uma tabela de referência para fotógrafos e cinegrafistas. Uso essa tabela como REFERÊNCIA, uma vez que funciona como "salário mínimo".

O trabalho de cada um é pautado pela experiência, equipamento utilizado, horas trabalhadas, etc.
Também é comum - o que eu acho errado, o profissional cobrar a mais pra ter margem de pechincha e o cliente achar que o preço não é justo, e pechinchar. Essa prática bilateral é péssima no meu entendimento. Então sempre procuro cobrar o que acho justo em cada caso e não gosto de muita conversa, de ficar puxando para um lado e o cliente puxar pro outro até achar um denominador comum. Talvez nunca seja um COMERCIANTE, mas em todo caso, no máximo posso abater 10% se o trabalho for grande. Caso contrário, agradeço o contato e deixo o cliente a vontade pra procurar outro que atenda as suas necessidades econômicas


Renato B.

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Resposta #29 Online: 12 de Dezembro de 2008, 16:05:57
É isso aí Wdantas.... Referência é a palavra chave...

As pessoas precisam (ou criam ) valores âncoras... a partir daí julgam se determinado serviço (ou produto) é caro ou barato. Por exemplo: num corredor de shopping a sua loja é a última. Antes de chegar à sua loja, o cliente passa por 5 que vendem um jeans entre R$30 e R$50. Quando chega na sua e vê o seu jeans a R$80 (mesmo que o seu jeans tenha uma qualidade superior, eles acham caro). Neste momento as pessoas já criaram um valor de referência  e apenas os poucos que sabem reconhecer a diferença de qualidade compram na sua loja, mas mesmo assim acham que pagaram caro.(isso é estudo sério e aplicado em redes de varejo na escolha de pontos comerciais, por exemplo).

O que acontece com a fotografia... (tirando jornalismo e publicitária, que o Leo disse já utilizarem  valores de referência).
Fotografia de eventos... será que o leigo sabe diferenciar uma boa fotografia de uma fotografia comum? será que ele sabe avaliar um imagem subexposta... ou que a lente x é melhor que a y... (nem aqui, entre especialistas existe esse concenso,rsrsrsrs)...
A moda a um tempo atrás era num casamento vc. distribuir máquinas descartáveis aos convidados e cada um expunha a sua visão do evento (isso foi considerado "IN")...será que quem organizou esse evento tem conhecimento sobre fotografia? saberia valorizar um bom trabalho fotográfico?

então se ele não tem conhecimento para julgar qualidade, como ele vai saber diferenciar os preços? A qual valor ele está ancorado para julgar a sua qualidade?

Eram estas formas de pensar que queria expor...

Abraços