De fato!
Me enganei e a foto está lá num blog. Mas mesmo comparando as duas noivas decapitadas a linguagem parece muito diferente. E até a produção da imagem, pois a maioria das fotos dele no site são muito mais contrastadas, incluindo essa degolada a cores.
Olha, não sei se pelo fato de na foto que originou o post ter um noivo "quase" completo, não vejo problema na foto da noiva solitária sem cabeça. Alí sim parece uma tomada original que evidencia o lugar, o vestido, o andar, o buquê...Confesso que não sei porque exatamente, mas desta forma está bem bacana para compor um ensaio. Parece muito mais "intencional", enquanto a outra parece erro.
Mas continuo achando a foto do casal inadequada para um ensaio com noivos. Pra mim parece erro e conheço meus clientes: Não gostariam de receber um material assim, nem os mais ousados.
Pode errar vez por outra, é claro. Mas quem não se sujeita a cometer esses erros, também não "cometerá" acertos maestrais nunca e estará fadado a ter imágens não mais que triviais pelo resto da vida.
Eu sempre procuro inovar em pelo menos umas poucas fotos em todo serviço que faço. Claro que a maioria, não mostro a ninguém e chego a deleta-las imediatamente após a captura. Só que tenho sido muito feliz em uma porcentagem bem rasoável de imágens que me proporcionam um diferencial em relação aos trivialistas de plantão que por medo de errar, continuam no "papai e mamãe" nos serviços que entregam a seus clientes.
Observando as fotos do Braian Dorsey, pude notar um monte de fotos que não seriam possíveis se ele não tivesse "errado" em um punhado de vezes antes, até achar o ponto certo e criar seu estilo único e marcante.
Eu gostaria que a Vanessa Freire (que aliás eu acho no mínimo genial), falasse se ela consegiu atinjir o nível em que está, sem nunca ter perdido uma imágem ou outra por uma tentativa de inovação que não saiu exatamente como ela imaginou na hora de clicar.
Sérgio, todos cometemos erros, principalmente nas experiências. Tenho certeza que a Vanessa, o Brain, o Greg (o Gibson), cometem muitos e clicam muuuuuuuito, fazem muita coisa para selecionar algumas fantásticas para o portifólio. As melhores fotos espontâneas são sempre tiradas em meio a muitos cliques que resultam em uma única boa. Isso é inerente ao fotojornalismo. E é importante saber o que se vai apresentar, o que se vai guardar pra pensar depois e o que vai pro lixo.
Gosto de ousadias e admiro em demasia quem inova. Apenas acho que temos alguns limites quando trabalhamos para alguém. Garanto que a degolada do tópico seria minha ruína!!
Acho excelente o trabalho do Brain (embora eu prefira a plástica do Greg Gibson). E mais ainda gosto da Vanessa. Mas o que eu mais gostaria é de ver um trabalho completo de todos eles. Não apenas seleções.
No mercado ao qual eu atendia (do qual ando meio afastado por motivos pessoais), que era um público de razoável poder aquisitivo, eu podia inovar, mas não podia deixar passar batido alianças, padrinhos, brindes e outros... Noiva decapitada com noivo sorridente... não!
Abraços