Autor Tópico: Ruido - Dilema  (Lida 8913 vezes)

Ivan de Almeida

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Resposta #15 Online: 02 de Dezembro de 2004, 17:41:02
Vamos lá...

Primeira fonte:
How Stuff Work

Transcrevo o trecho da explicação:
   
Digital cameras have become extremely common as the prices have come down. One of the drivers behind the falling prices has been the introduction of CMOS image sensors. CMOS sensors are much less expensive to manufacture than CCD sensors.

Both CCD (charge-coupled device) and CMOS (complimentary metal-oxide semiconductor) image sensors start at the same point -- they have to convert light into electrons. If you have read the article How Solar Cells Work, you understand one technology that is used to perform the conversion. One simplified way to think about the sensor used in a digital camera (or camcorder) is to think of it as having a 2-D array of thousands or millions of tiny solar cells, each of which transforms the light from one small portion of the image into electrons. Both CCD and CMOS devices perform this task using a variety of technologies.

 
Bem, seguindo a explicação... O que é uma Captador Solar? É um dispositivo passivo! Ele gera energia, e não consome energia.

Veja bem o que está dito "corverte luz em elétrons" (na verdade não é bem isso, a luz arranca elétrons das órbitas externas dos átomos).

Mesma fonte, ela recomendou ver como funcionam as células solares, en~toa aí vai:

Converting Photons to Electrons
The solar cells that you see on calculators and satellites are photovoltaic cells or modules (modules are simply a group of cells electrically connected and packaged in one frame). Photovoltaics, as the word implies (photo = light, voltaic = electricity), convert sunlight directly into electricity. Once used almost exclusively in space, photovoltaics are used more and more in less exotic ways. They could even power your house. How do these devices work?
Photovoltaic (PV) cells are made of special materials called semiconductors such as silicon, which is currently the most commonly used. Basically, when light strikes the cell, a certain portion of it is absorbed within the semiconductor material. This means that the energy of the absorbed light is transferred to the semiconductor. The energy knocks electrons loose, allowing them to flow freely. PV cells also all have one or more electric fields that act to force electrons freed by light absorption to flow in a certain direction. This flow of electrons is a current, and by placing metal contacts on the top and bottom of the PV cell, we can draw that current off to use externally. For example, the current can power a calculator. This current, together with the cell's voltage (which is a result of its built-in electric field or fields), defines the power (or wattage) that the solar cell can produce.

That's the basic process, but there's really much more to it. Let's take a deeper look into one example of a PV cell: the single crystal silicon cell.

.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2004, 17:45:05 por Ivan de Almeida »


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Resposta #16 Online: 02 de Dezembro de 2004, 17:49:23
Quanto ao aquecimento do sensor por mudança de ISO, uma das diferenças do CMOS

The next step is to read the value (accumulated charge) of each cell in the image. In a CCD device, the charge is actually transported across the chip and read at one corner of the array. An analog-to-digital converter turns each pixel's value into a digital value. In most CMOS devices, there are several transistors at each pixel that amplify and move the charge using more traditional wires. The CMOS approach is more flexible because each pixel can be read individually.

Portanto, como no CMOS a amplificação é feita, depois da captura -passiva- mas pixel por pixel, é natural que maior o ISO, maior o aquecimento, pois a amplificação ocorre dentro do chip (conjunto de semicondutores) mas fora e depois da captura.

Está aí a explicação para o aquecimento que você procurava.

Outra explicação é que a amplificação nas bordas do sensor também o esquenta. Mas não é amplificação de captura, e sim amplificação posterior de sinal. Depois dela o sinal vai diretinho pro módulo A/D
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2004, 18:15:58 por Ivan de Almeida »


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Resposta #17 Online: 02 de Dezembro de 2004, 17:56:17
Mais uma fonte:

Global Spec

CCD image sensors (charge coupled device) are electronic devices that are capable of transforming a light pattern (image) into an electric charge pattern (an electronic image). The CCD consists of several individual elements that have the capability of collecting, storing and transporting electrical charge from one element to another. This together with the photosensitive properties of silicon, is used to design image sensors. Each photosensitive element will then represent a picture element (pixel). With semiconductor technologies and design rules, structures are made that form lines, or matrices of pixels. One or more output amplifiers at the edge of the chip collect the signals from the CCD. An electronic image can be obtained by - after having exposed the sensor with a light pattern - applying series of pulses that transfer the charge of one pixel after another to the output amplifier, line after line. The output amplifier converts the charge into a voltage. External electronics will transform this output signal into a form suitable for monitors or frame grabbers. CCDs have extremely low noise figures.

Viu onde estão os amplificadores? Não no fotosensor, mas no final do chip.
 
 
 


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Resposta #18 Online: 02 de Dezembro de 2004, 17:58:42
Desculpe-me, Leo, mas, como diziam antigamente os professores de matemática após demonstrar um teorema, CQD, Como Queríamos Demonstrar.

A captura é passiva. Não pode ser de outra forma.

Sendo passiva, a faixa de sensibilidade do fotosensor é sempre a mesma.

A amplificação varia.

 


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Resposta #19 Online: 02 de Dezembro de 2004, 18:23:37
Bom Ivan, tá ai o primeiro erro, o CCD é um dispositivo elétrico responsável pela maior parte do consumo nas câmeras digitais, tanto que a grande vantagem do CMOS é consumir muito menos energia.
Segundo é que a capacidade de captação solar de um dispositivo varia de acordo com centenas de fatores, o que não ocorre em um fotodiodo de um CMOS ou CCD.
Procure umas fontezinhas mais confiáveis, porque até a Canon divulga o menor consumo de energia como vantagem do CMOS.
Sensor gerando energia foi uma coisa bem engraçada e divertida.
Os sensores SÃO FOTODIODOS, isso á encontrado vastamente na Internet. Por definição FOTODIODOS são dispositivos onde entra-se uma Carga (padronizada) e se avalia a carga de saída após as devidas perturbações luminosas.
Definição de Fotodiodo
O legal aqui é carga de entrada.
Dados e aplicações sobre fotodiodos
Note o item 7 Relação Sinal X Ruído
Sinal significa o que é colocado como referência de entrada, quando se aumenta o sinal se aumenta o ruído, interessante não?

Interessante é que uma pseudo fonte trabalha com um achismo alegando que o CCD é um receptor solar e vc entra tão facilmente nisso Ivan? Nem pensou nas questões experimentais que isso implicaria?

Na verdade as células solares são apenas um tipo simples de fotodiodos porém que não possuem efeito controle, ou seja, não servem para uso em dispositivos de precisão pois não fornecem valores exatos por não possuirem valor referência e realmente no caso de uso deste tipo de dispositivos em câmeras digitais a latitude poderia ser infinita o que seria bem engraçado.
Cmo você pode ver os fotodiodos usados em dispositivos para medição de quantidade de luz são todos bem ativos e tem uma enorme relação entrada X ruído de saída.

Aqui tem alguns itens sobre fotodiodos em fontes universitárias

Olha esse outro que interessante, Exatamente sobre CCD. Mostrando que ele trabalha com perturbações em micro capacitores, ou seja, nada de passivo, trabalha por pulsos de carga e descarga carrega-se, espera, e coleta o dado final ;) :
When a photon
For the Japanese anime video, see Photon (anime).


--------------------------------------------------------------------------------

In physics, the photon (from Greek φοτος, meaning light) is a quantum of excitation of the quantised electromagnetic field and is one of the elementary particles studied by quantum electrodynamics (QED) which is the oldest part of the Standard Model of particle physics.
..... Click the link for more information.  strikes an atom, it can elevate an electron to a higher energy level, in some cases freeing the electron from the atom. When light strikes the CCD surface, it frees electrons to move around and they accumulate in the capacitors. Those electrons are shifted along the CCD by regular electronic pulses and "counted" by a circuit which dumps the electrons from each pixel in turn into a capacitor and measures and amplifies the voltage across it, then empties the capacitor. This gives an effective black & white image of how much light has fallen on each individual pixel.

Link de onde se encontra o texto acima
É tão interessante, pq cobra-se fontes mas fontes exigem elevada confiabilidade e qualidade técnica.
A dica que dou é que sempre que consultar fontes procure pensar se o que está escrito bate com os resultados empíricos, porque escrever qualquer um pode, agora é sempre necessário pensar se o que está sendo escrito é compatível com a realidade. No caso eu não argumentei com fontes, argumentei tentando mostrar para vocês que o que estavam propondo era totalmente irracional, e o que sua fonte infroma ainda mais irracional que a proposta de aproveitamento de latitude.
Querem fontes confiáveis, aqui tem várias, inclusive um bom link sobre diversas explicações sobre fotodiodos dos mais variados tipos.
E como podem ver ele apresenta entrada de carga, perturbação, saída de carga e comparação.
Sempre assim para medir intensidade, pois é necessário o valor de entrada de referência.

Isso explica aquecimento do sensor, ruído em alto ISO, latitude do sensor e etc.
Fatores que não podem ser explicados em um fotodiodo de geração de energia.

Bom tá ai algumas fontes, se quiserem mais depois eu procuro na rede sholar (ela está fora do ar agora) vários artigos, até em português.

Só para concluir seu que existe amplificação de saída, sei que existem mudanças no sinal de entrada, a amplificação de saída é sempre necessária para gerar sinais interpretáveis, como pode ser constatado nos ciruitos encontrados nos links em anexo.


Se quiserem um teste empírico eu proponho a todos, pegar uma 10D e fazer uma foto em RAW em ISO 100 com 5 pontos abaixo da exposição, quem quer tentar transformar o arquivo gerado em uma imagem? Hehehe vai ser engraçado.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2004, 19:03:36 por Leo Terra »
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Resposta #20 Online: 02 de Dezembro de 2004, 18:33:50
Agora me explica apenas uma coisa que é o objetivo inicial do assunto, que não diz respeito à pacividade do sensor, que ele recebe carga e compara eu estou certo, pois seu consumo de energia consta até dos services guide das câmeras, agora quero apenas que vc me mostre como vc recuperaria o 5EV naquele gráfico, seja com fonte ou recionalmente, pq que a latitude do CCD tem um limite isso é claro e cristalino além de ser de conhecimento geral, o CMOS da 10D é +/- 3EV, fornecido pelo fabricante, me conta o segredo para recuperar os 5EV não capturados, seja com fonte ou racionalmente.
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Resposta #21 Online: 02 de Dezembro de 2004, 18:40:08
Só mais uma coisa interessante que achei aqui num guia da Philips sobre CCD.
Fotodiodos atuando como micro capacitores.
Não vou digitar tudo, só a base do negócio :)
Recebem uma carga controle, sofrem interação da luz por um determinado tempo e descarregam na saída o que sobra.
Por um cálculo entre perda por tempo de exposição e perda por luz eles avaliam o sinal de saída dando a intensidade de luz comparando com o sinal de entrada.

O legal é a palavra tempo na relação, que é ainda mais interessante pois explica porque exposições maiores estão sugeitas a maior ruído, pois os fotodiodos usados apresentam perdas relativas ao tempo que permanecem carregadas, que se eu me lembro bem é uma característica dos capacitores ;) que eu me lembre capacitores precisam ser carregados.
As canequinhas do PKSato ;).
 
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Resposta #22 Online: 02 de Dezembro de 2004, 18:52:03
Ivan, tirado de um dos seus textos postados como fontes:
CMOS traditionally consumes little power. Implementing a sensor in CMOS yields a low-power sensor.
CCDs use a process that consumes lots of power. CCDs consume as much as 100 times more power than an equivalent CMOS sensor.
Consumo? Ahhh então não é tão passivo não é verdade?
Precisa de entrada ;)
Interessante que o menos sensível gaste bem menos energia, porque será, os amplificadores precisam ser mais potentes nos menos sensíveis. O que tornaria o CMOS mais gastador, mas não é o contrário, exatamente porque a carga é aplicada no sensor e ainda por cima amplificada posteriormente e mesmo assim o CCD ainda consome mais, o que demonstra que a amplificação significa muito pouco no final das contas.

Seu outro texto também fala em carga e transferência de carga. Na verdade não vi passividade nenhuma em nenhum dos textos.
Só vi eles dizerem que trabalha sobre efeito fotoelétrico como os painéis solares, não não vi nada a respeito de gerarem energia, sendo passivos.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2004, 19:02:15 por Leo Terra »
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Resposta #23 Online: 02 de Dezembro de 2004, 19:17:37
Desculpe:

Você está confundindo o consumo de energia do chip, que inclui o amplificador, com o consumo de energia do sensor, mera matriz passiva de captadores de luz. O chip consome energia, é claro, os fotosensores, não. O chip tem mais coisas que fotosensores.

Quanto à questão do fotodiodo, que é a raiz da confusão, basta imaginar que um fotodiodo é um diodo onde a corrente de controle é oriunda de um fotosensor. O fotosensor responde sempre da mesma maneira, mas o diodo, como qualquer dispositivo de amplificação, depende da corrente de alimentação. De qualquer maneira, isso já ocorre dentro da resposta sinal-ruído do fotosensor.

No CMOS o fato é que a mistura do fotosensor com o diodo de amplificação cria um ambiente eletricamente sujo, e assim a amplificação termina influindo na produção de ruído também, enquanto no CCD a amplificação apenas amplifica o ruído ambiental (e o produz também, pois mesmo separado tem alguma influência, mas em grau menor). Tanto é que o CCD é um dispositivo mais limpo que o CMOS.

Esse termo -fotodiodo- é pertinente para os CMOSs onde cada fotosensor (PASSIVO) está acoplado a um amplificador (DIODO), mas isso não faz do fotosensor dispositivo cuja resposta dependa da amplificação de forma nenhuma. O conjunto fotodiodo responde como um conjunto amplificado, mas não o fotosensor. O fotosensor apenas produz a corrente de controle, que é sempre a mesma para qualquer ISO variando somente com a quantodade de luz(descartada a poluição elétrica pela proximidade dos dispositivos).

No caso específico da câmera do Flávio, que suscitou esse debate, sequer há fotodiodos, pois a amplificação é feita por outra parte do chip, como está bem claro nos textos que transcrevi, pelo que minha explanação inicial é perfeita a respeito de ao invés de amplificar o sinal mudando o ISO é melhor amplificar por software depois, pois a captação é a mesma. Aliás, confere com a experiência do próprio Flávio e com a minha.

O problema aí é um engano semântico, pois se está tomando a palavra fotodiodo como um dispositivo único, quando na verdade é o acoplamento de dois dispositivos: um captador (fotocélula) passivo que fornece a corrente de controle dependendo da luz incidente e um diodo ativo, montados juntos. No caso do CCD a separação é mais evidente, pois o amplificador não está junto do sensor, de forma que  no CCD não há fotodiodos, sendo impróprio o uso deste termo.

Leonardo. Acho que o assunto está bastante bem explicado. Eu transcrevi vários textos, todos com igual sentido. Se quer contestar, acho válido, mas eu gostaria de ler a fonte que você cita, assim como ofereci o caminho para as fontes que citei. Do contrário é mero contraditório, e extrapola o debate útil.

Abraços,
Ivan







 


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Resposta #24 Online: 02 de Dezembro de 2004, 19:22:44
PelamordeDeus!

É claro que a amplificaçáo consome! CMOS é o nome de um conjunto de fotosensores com micro amplificadores (diodos) montados entremeados. CCD é o nome de uma matriz de fotosensores com amplificação montada na borda. CCD e CMOS consomem energia, mas o sensor não. O sensor produz energia, como está dito várias vezes nos textos.

CCD não é sinônimo de sensor. CCD é um tipo de montagem de sensores e amplificadores. CMOS não é um tipo de sensor. É um tipo de montagem.

Sensor é o nome dado ao dispositivo que produa energia a partir da incidência de fótons que arrancam eletrons das órbitas externas dós átomos dos materiais que o compóem.

Deixe uma fotocélula ligada a nada que se prduzirá em seus teminais uma carga quando a luz solar incidir nela. Aliás, é assim que se produz energia elétrica a partir de energia solar.

Ivan


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Resposta #25 Online: 02 de Dezembro de 2004, 19:59:34
Caramba!

Vamos la: Você colocou um link para uma definição de fotodiodo: Fui lá e transcrevo:

O fotodiodo é um diodo de junção construído de forma especial, de modo a possibilitar a utilização da luz como fator determinante no controle da corrente elétrica

Entendeu o que está escrito? A Luz COMO FATOR DE CONTROLE, exatamente o que escrevi acima. Essa fonte é sua. Luz como fator de controle não siginfica absolutamente gerar sinal maior com variação de amplificação nem se tornar mais sensível, pois , vamos lá, a luz é apenas fator de controle.


Continuando, da sua outra fonte:
When light strikes the CCD surface, it frees electrons to move around and they accumulate in the capacitors. Those electrons are shifted along the CCD by regular electronic pulses and "counted" by a circuit which dumps the electrons from each pixel in turn into a capacitor and measures and amplifies the voltage across it, then empties the capacitor.

O que acontece, e que está causando essa confusão é que não se está falando de pulsos eletrônicos ainda. Vamos lá: 1) Abre-se o obturador -obturação mecânica. 2) Acumula-se no capacitor a corrente gerada -capacitores são dispositivos passivos também, embora nem estejamos falando deles: 3) Essa corrente é disparada como pulso - eletronic shutter - descarregando o capacitor e então 4) esse pulso, gerado de forma inteiramente passiva, torna-se corrente de controle para a amplificação.

Aliás, desculpe-me, mas o básico de amplificação, desde a válvula, é que a corrente de controle não depende da amplificação. A corrente não é amplificada, isso é outro erro semântico. O que acontece é que a corrente de controle faz com que o dispositivo amplificador (válvula, diodo, transistor) modifique analogamente outra corrente, que com ela não se comunica, à sua semelhança. A chamada corrente amplificada não é a mesma corrente, digamos assim, não é o mesmo circuito. Há um circuito excitador e um circuito amplificado, e o dispositivo amplificador apenas modula um pelas características do outro.

Agora, Leonardo. de minha parte vou deixar esse debate por aqui. Não estou forçando nenhuma interpretação de textos, eles dizem claramente o que eu disse, mesmo os seus. Se não pararmos isso virará uma luta de egos que não terá interesse nenhum para ninguém.

Acho que quem se interessar pode ler os textos citados e chegar à sua própria conclusão.

Abraços,
Ivan
 


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Resposta #26 Online: 02 de Dezembro de 2004, 20:29:16
Bom Ivan acho que isso diz tudo:
O fotodiodo é um diodo de junção construído de forma especial, de modo a possibilitar a utilização da luz como fator determinante no controle da corrente elétrica
A luz controla corrente elétrica aplicada a ele, ou seja, TEM UMA CORRENTE QUE VARIA DE ACORDO COM A LUZ, ou seja a luz é quem controla a valvula.

Com relação ao consumo em todos os textos falam que o captador do CMOS é menos sensível que o do CCD.
Se ambos fossem passivos o CMOS gastaria mais energia pois necessitaria de uma maior amplificação, enquanto o que ocorre é o contrário, o CCD consome muito mais energia que o CMOS, exatamente porque ele trabalha por fluxo contínuo de energia e altas correntes, diferente do CMOS.

Bom de qualquer forma falei com um amigo meu que é engenheiro elétrico na divisão de telefones móveis da Motorola e ele me disse o seguinte:
O CCD recebe uma tensão de entrada sofre interações e analisa a tensão armazenada após esta interação, segundo ele a corrente passa, sai um tanto e o que resta foi o que a luz desviou.
Ele me disse que as câmeras digitais realmente elevam seu ISO de forma ATIVA, eleva-se a corrente de entrada para obter maiores volumes de cargas armazenadas em menor tempo, porém esse processo é limitado.
Ele me disse que o processo porposto por você é usado em alguns casos onde se torna arriscado atingir as tensões de ruptura dos sensores, mas as perdas são gritantes.
Perguntei para ele exemplos disso.
Ele me disse o seguinte:
Na 10D por exemplo o ISO até 1600 é feito por aumento de carga, aquela extensão de ISO para 3200 é feita por amplificação do sinal de saída do ISO 1600, então já está entendido porque o ISO 3200 tem tanta perda de latitude de sombras e qualidade e isso tudo serviu para eu finalmente entender porque o ISO 3200 tinha que ser acionado individualmente na 10D, exatamente por ser um processo de amplificação  e não um processo ativo no sensor. ;)
Bom Agradecimentos especiais ao Ricardo pelas informações.
E Ivan controle de carga não é geração de carga.

Só me explica como vc resgataria a luz daquele meu exemplo com método de amplificação, eu fiquei realmente curioso para conhecer o raciocínio.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2004, 22:57:09 por Leo Terra »
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Resposta #27 Online: 02 de Dezembro de 2004, 23:19:57
Leonardo:

Desculpe, mas não conheço seu amigo, de forma que ele não é fonte para mim. Já imaginou se todos os debates fossem resolvidos com "um amigo de um amigo me disse..."?

Geração de carga é o que fazem os fotosensores. Postei vários textos dizendo isso, e não fui eu quem os escreveu, foram fruto de uma rapidíssima busca na rede. Seu amigo discorda dos textos que encontrei. Prefiro os textos ao seu amigo.

Mas, se quiser acreditar no contrário, fique à vontade. Não é problema meu. Amplificação é um assunto que me interessou muito lá pelos 16 anos de idade, e desde então sei muito bem que não é a corrente de controle que é amplificada, como você insiste em acreditar, mas sim uma outra corrente que o dispositivo amplificador modula analogamente à conrrente de controle. Isso é o be-a-bá da amplificação, que aliás, nem deveria se chamar amplificação, mas Modulação.

Você também continua insistindo em chamar o CCD de sensor. Não é. O CCD é um chip que reune uma grade de fotosensores e um dispositivo de amplificação. Essa confusão volta toda hora no que você escreve.

Mas, enfim, já está de bom tamanho. Acredite no que quiser. Raciocinar por exemplos conduz a muita confusão. O raciocínio deve ser por princípios e causas, e não por ilações a partir de exemplo.

 


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Resposta #28 Online: 02 de Dezembro de 2004, 23:40:53
Bom eu estava escrevendo e perdi tudo agora, vou ter que reunir novamente, mas achei um data sheet da Kodak até com esquemas dos sensores.
Já vou postar os links e as páginas.
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Resposta #29 Online: 03 de Dezembro de 2004, 00:20:46
Bom vamos lá novamente.
DATA SHEET DA KODAK
Veja na página 3.
Diagrama de alimentação dos terminais P e N do FOTODIODO (Não é do CCD) VSUB e TERRA (GND), os familiarizdos com eletrônica sabem muito bem o que significa. APLICAÇÃO DE CARGA, que nocaso será perturbada e vc deverá ler a perturbação, existem várias formas de fazer isso, no CCD o que é jogado fora é armazenado num sistema semelhante a um capacitor e depois descarregado e a leitura é feita pelo que foi jogado fora.
No CMOS a leitura é feita de forma direta (vendo o que sobrou e não contabilizando o que foi jogado fora).
Veja que a amplificação não está no diagrama.

Coisa que poderá constatar na página 6 DESTE Excelente material de estado sólido.
Onde você poderá contatar o Triângulo (que significa amplificação) sendo feita apenas após a transferência dos dados.
Na página 7 do mesmo material vc ainda encontra o item 1.6 que não pode ser mais claro: Signal Carge Injection, tratando exatamente sobre as cargas que são injetadas cujo o objetivo é definir as cargas de saturação (vulgo sensibilidade ou Full Well Capacity) e servir de referência para a amplificação.

E finalmente na página 16 no item 2.9 acabam-se todas as dúvidas. :)
Onde ele fala que a faixa dinâmica de operação do dispositivo (ou latidude) é dada em função da Saturação ou Full Well Capacity, que é exatamente definida pelas cargas de entrada do dispositivo (vide item 1.6), que depois serão amplificadas usando como valor de referência a mesma carga de entrada (como tbm é descrito no item 1.6), o bonitinho é que ele tem até uma equação para definir a intensidade de sinal de saída em função deste sinal de entrada. :)
Este texto é realmente muito interessante e ilustrativo, pois trata inclusive das funções que determinam as características de opeações dos circuitos.


Este outro Material de um fabricante de CCD linear também é bastante interessante, principalmente na ilustração da página 2 que mostra que a amplificação (indicada pelo triangulinho) é feita após a captura e enfileiramento dos dados e na maior parte dos CCD ela é feita por dispositivos externos e não on-chip, como é o caso do dispositivos deste fabricante.
No caso na página 6 confira a variação permitida de variação de entradas nos terminais de tensão (exatamente a variação que definirá a sensibilidade) e que ele apresenta pernas de saída para referência de amplificação.

Depois disso acho que tudo fica mais fácil de entender.

Agora me desculpe Ivan, não foi meu amigo qeu disse, por sinal foi ele que me passou os links dos textos e as indicações de onde eu encontraria as respostas para as perguntar que tinha feito, ele nem precisava ter me mandado esse material, pois como especialista que atua na área em um grande cargo em uma grande empresa, exatamente na área de projetos eu acredito que ele deva saber o que está falando, como ficou confirmado pelos data sheet que estão em anexo.

Quando a exemplos que podem conduzir a raciocínios errados?? Bom não sei, é bem interessante esta sua colocação, pois se meu exemplo fosse tão irracional assim você teria conseguido a explicação que estou te pedindo desde que começamos a debater este assunto, te perguntei uma centena de vezes como você explicaria dentro do raciocínio que vc estava propondo e não obtive resposta, não sei se teria alguma, mas ao meu ver é simplesmente impossível e os data sheet que colei mostram que a minha teoria, além de embasada por eles, explicaria a variação do ISO, porém a sua eu estou esperando sua explicação sobre a colocação que eu fiz até agora.

Segundo o ponto 2.9 do segundo texto mostra que minha teoria explica não só a variação da sensibilidade (ISO) como também a redução gradual da latitude conforme se aumenta a sensibilidade, pois ela varia em relação ao ruído e ao ganho.

Apesar de ter colado tudo isso e estar convicto sobre o assunto eu ainda gostaria de saber como você conseguiria resgatar as luzes do meu exemplo, honestamente não é uma questão de exemplo falho, o mínimo que qualquer teoria com alguma racionalidade teria que explicar é isso, pois é um fato que ocorre empiricamente e a ciência busca modelos para explicar ocorrências empíricas, vc não pode cair em falácias ciêntíficas, mas deve se ater a explicar fenomenos, para validar sua teoria o mínimo necessário é que ela explique fenômenos constatáveis, eu lhe dei 1 e até o momento você só criticou o exemplo, mas tentar explicar com o seu argumento a contextação você não fez até o momento.
Honestamente uma boa capacidade crítica é fundamental para que vc não aceite tudo o que é lhe dado de mão beijada, a diferença entre um texto confiável ou não é quem lê o texto, por melhor que seja sua ciência ela sepre é passível de contextação e por norma ciêntífica (isso é norma mesmo da ciência) quando sua teoria não consegue explicar um certo fenômeno ela cai por terra.

Sei que nosso assunto é mais técnico do que qualquer outra coisa e que tudo isso já é mensurado e faz parte de técnica e não ciência, mas se estamos descobrindo coisas novas (mesmo que fazendo engenharia reversa como estamos tentando fazern entendendo a lógica de uma contrução) devemos respeitar os princípios ciêntíficos.

Mas tudo iso valeu de muita coisa para mim, mesmo porque eu tinha uma teoria sobre como é construído o FOVEON, uma toria sobre microprismas e hoje enquanto navegava procurando informações sobre sensores eu achei diagramas do FOVEON que confirmava minha teoria com perfeição, o que me deixou muito feliz e empolgado para escrever um artigo sobre ele.

Por fim eu sei que o sensor é o fotodiodo e que CCD é uma matriz de fotodiodos por transferência linear, mas é convencionado chamar o dispositivo de sensor e faço isso para o entendimento geral..
« Última modificação: 03 de Dezembro de 2004, 00:26:53 por Leo Terra »
Leo Terra

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