Autor Tópico: Olho feminino para fotografia  (Lida 7267 vezes)

Leo Terra

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Resposta #30 Online: 17 de Fevereiro de 2009, 14:16:25
Mateus opinei acima.
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LuizNdo

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Resposta #31 Online: 17 de Fevereiro de 2009, 23:07:41
Mateus, o conselho serve para vocé também. :ok:

 :ok:
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Ivan de Almeida

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Resposta #32 Online: 17 de Fevereiro de 2009, 23:25:17
De certa maneira, Deus ao me fazer constutivista me deu certas ferramentas para pensar certos assuntos. Deu-e um princípio de pensamento. Isso porque o fundamento do construtivismo é que nós somos aquilo que o ambiente, entendendo como ambiente a natureza, o mundo construído, a sociedade, a cultura, nos faz.

Porque estou dizendo isso? Bem, porque ao abordar a fotografia, ao interessar-se por ela e ao tentar dominá-la e fazer dela um caminho de expressão, nós vamos sendo moldados por ela.

Ao aprendermos a fotografar, ao desenvolvermos uma linguagem, estamos incessantemente nos referenciando na história da fotografia, de tal maneira que só podemos dizer que temos uma linguagem quando nossa produção se amalgama a essa história, quando ela obtem seu significado de seu diálogo com essa história.

Assim, mulher ou homem, o que temos é um processo no qual o indivíduo vem incorporar essa entidade "fotografia" em sua personalidade, a incorporando através de sua relação pessoal com a história da fotografia. Pois a fotografia, parafraseando o Hegel quando ele fala sobre a filosofia, a fotografia é aquilo que ela tem sido através de sua história, seus problemas são aqueles que essa história colocou, seu método é aquele que essa história tornou evidente, sua estética é aquela que sua história permite e desenvolveu.

O indivíduo recebe tudo isso sobre aquilo que era ao aproximar-se dessa história, mas só se torna fotógrafo quando entra em uma relação viva com essa história. E essa história não é homem nem mulher.

Fotografos de ambos os sexos fazem fotografia referenciando-se nessa história, que assim sobrepõe-se aos traços -se há- derivados do sexo, sejam traços biológicos ou culturais. Essa história é assexuada, pelo que, ao fim e ao cabo, o(a) fotógrafo(a)é tão somente alguém que mergulhou nessa história e a propaga.

Considerar que há traços femininos ou masculinos, isso pode ser considerado, mas tal consideração nada vale se não puder ser minimamente verificada, e, sinceramente, não vejo como verificá-la. Porque mesmo quando conseguirmos reconhecer que tais fotos são de tal fotógrafo, ainda assim o estilo estará sobreposto ao sexo.
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2009, 23:28:13 por Ivan de Almeida »


MateusZF

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Resposta #33 Online: 17 de Fevereiro de 2009, 23:41:16
Considerar que há traços femininos ou masculinos, isso pode ser considerado, mas tal consideração nada vale se não puder ser minimamente verificada, e, sinceramente, não vejo como verificá-la. Porque mesmo quando conseguirmos reconhecer que tais fotos são de tal fotógrafo, ainda assim o estilo estará sobreposto ao sexo.

Verdade Ivan, isso resume bem o que passou por mim num lapso de consciência, quando observei tais momentos.
Bom demais.

 :clap: :clap: :clap: :clap: 
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Foto é algo que depende de uma certa visão... De quem fotografa, de quem vê e de quem interpreta...

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Leo Terra

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Resposta #34 Online: 18 de Fevereiro de 2009, 00:24:06
Ivan acho interessante como nossas mentes vão de movendo com o passar do tempo... Antigamente eu era TOTALMENTE construtivista rs... Com o passar do tempo comecei a acreditar em uma visão que incluia um espaço para o Behaviorismo... Recentemente tive muito contato com a área médica e com a Biologia em algumas pesquisas que tenho feito sobre a definição do Vivo, este contato me acendeu uma centelha de aceitação de algumas teorias que pregam a origem genética de alguns comportamentos, mas não como fatores que virão a impor um determinado comportamento e sim como fatores que se associam com as influências do meio e com nosso próprio empenho para formar nossa realidade e produzir nossos comportamentos. Hoje penso muito mais em uma visão sistêmica destas teorias do que em uma predominância de uma sobre a outra. Penso que características natas irão alterar sua própria forma de perceber o contexto que lhe servirá como base de sua formação cultural e abordando isso a partir da visão do caos podemos dizer que essa pequena mudança na condição inicial deverá gerar grande mudanças na forma de perceber o mundo como um todo com o passar do tempo. Se uma mulher ve um campo total de 210° e um homem ve 180° isso por si só já deverá modificar as primeiras percepções que cada um deles terá do mundo à sua volta.
« Última modificação: 18 de Fevereiro de 2009, 00:27:34 por Leo Terra »
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Resposta #35 Online: 18 de Fevereiro de 2009, 08:22:22
Leo;

Minha visão da ciência é engraçada: não busco verdades, mas utilidades.

Então não sou radicalmente construtivista, ao contrário, como dito em outro tópico, aceito que tudo o que é do homem está contido no domínio das possibilidades de sua biologia.

O que sou, isso sim, é metodologicamente construtivista. A palavra construtivismo engloba muita coisa, incluindo o behaviorismo.


LuizNdo

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Resposta #36 Online: 18 de Fevereiro de 2009, 08:59:15
Leo, lembro da conversa que tivemos no seu primeiro WS em BH.

Eu insisti que o construtivismo deve encarar o homem como uma "caixa-preta". Afinal, o conjunto de experiências levantadas pelo construtivismo, por mais semelhantes que possam ser, é filtrado pela genética única de cada pessoa. Ou seja, a "Tábula não é Rasa".

Construtivismo, Behaviorismo, Genética e etc entran no conceito de "O todo é maior que a soma das partes". Gestalt.

Observar apenas um fator é o mesmo que dizer que "o dado tem 4 lados".
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Resposta #37 Online: 18 de Fevereiro de 2009, 09:10:47
Explica para mim a metodologia de observação da biologia pura, no que tange aos processos perceptivos (evidentemente, tirando a descrição fisiológica do olho, etc, que não dá conta absolutamente de como vemos, apenas delimita um domínio de possibilidades)...

Até hoje não consegui encontrar uma só metodologia razoavelmente decente.

Assim, é hipótese desnecessária em termos metodológicos.

Por isso eu digo não ser construtivista "filosófico", isto é, não me interessa se a verdade é uma ou outra. Mas sou construtivista em termos metodológicos, pois só através do exame do homem aculturado podemos investigar a questão, sendo impossível investigar a biologia pura (isso nem existe).

A Gestalt enuncia que o todo é maior que as partes (ou significa diferentemente), mas essa não é a única coisa que a Gestalt enuncia... ela avança por uma explicação a respeito disso, e é essa explicação que é Idealista.


rogerio_prazeres

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Resposta #38 Online: 18 de Fevereiro de 2009, 09:46:48
O assunto tomou um rumo bem interessante.  :ok:

Eu sempre pensei um pouco nisso e ao longo dos anos, por vezes tendo morado em lugares diferentes, pude observar pessoas que nunca se conheceram e que tem uma grande quantidade de trejeitos em comum.
O interessante é que vc reconhece algum movimento ou modo de se expressar que te lembra alguém, pode observar melhor e verá que a pessoa tem outros vários aspectos de comportamento semelhante incluindo o que chamamos de caráter.

Acho que a parcela genética que influencia no comportamento, ou filtra a influência do meio como disse o Luiz, tem uma quantidade de possibilidades muito grande, mas não é infinita e às vezes se repete com bastante semelhança.

Em relação a ciência, tem uma das poucas frases das músicas do grupo Engenheiros de Hawai que expressa bem o que eu penso.

"Pra entender bastam seicentos anos de estudo ou seis segundos de atenção"

Sou como o Ivan. Pra mim não importa o método, importa o resultado. Se um caipira olha pro céu  e para as galinhas e acerta se vai chover melhor que um satélite e um computador eu prefiro usar a informação do caipira.

...

Quando aos homens e mulheres. São extremamente diferentes em vários aspectos do comportamento, assim como são os gays, as lésbicas e os bissexuais e qualquer outro gênero incluindo alguns que são quase assexuados.

A única lógica da vida é se perpetuar e é o que essencialmente move os seres vivos. A influência da sexualidade no modo de enxergar as coisa e lidar com os fatos é nítidamente influenciada pela sexualidade.

Isso certamente reflete no resultado da fotografia, mas como disse o Ivan, não seria o suficiente para identificar a sexualidade do fotógrafo apenas pelo resultado.

Abraços!
« Última modificação: 18 de Fevereiro de 2009, 10:02:10 por rogerio_prazeres »
Agora dirigindo um fusquinha das DLSR... Canon D30  :wub:

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Belinha

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Resposta #39 Online: 18 de Fevereiro de 2009, 16:15:16
Olá, todo mundo. Sou novata no fórum,mas sempre amei fotografia. Atualmente,fiz curso básico com um fotógrafo profissional e tenho feito alguns pequenos trabalhos depois que comprei minha máquina profissional. Quanto ao olhar feminino para a fotografia é uma questão de sensibilidade que existe dentro do ser humano, no caso do fotógrafo, frente a imagem que ele quer captar.Não depende qual é o sexo dele. Tenho um amigo fotógrafo(inclusive fotografou o meu casamento) que é sensível demais ao captar as imagens que ao vê-las, você percebe perfeitamente o que elas querem mostrar,elas falam por si só. Mas sabem por quê...Porque antes de captar, o meu amigo fotógrafo prepara a imagem a ser captada. Ele é meu grande professor,embora não tenha sido ele quem me deu o curso básico de fotografia,mas em todo evento que eu vou e ele está, eu o observo profundamente e percebo a sua sensibilidade ao captar as imagens. Independe de sexo uma boa imagem fotográfica, depende sim, de sensibilidade, bom humor e paciência ao captá-la.A discussão que temos no nosso fórum é muito boa e proveitosa, nos faz crescer. :) 8-):) :)    :ok:Beijos, galera. Tchau. :worship: 
BelinhaSMGS


Darcy Toledo

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Resposta #40 Online: 28 de Fevereiro de 2009, 07:46:21
Acredito que a principal diferença esteja na maneira delicada como a mulher dirigi a modelo e conduz o ensaio, esta delicadeza se reflete no resultado final da foto. Uma vez participei de um workshop com 4 homens e 4 mulheres, fomos divididos em duplas mistas com uma modelo para cada equipe.... foi muito legal e engraçado acompanhar a visão e direção do meu parceiro.... eu toda delicada, medindo as palavras para deixar a modelo a vontade, ele era super direto, do tipo "senta no banco e abre as pernas", depois o meu parceiro me falou que eu deveria ser mais dura o objetiva com as palavras..... acho que foi meio assustador para os dois. Isto sem falar na criatividade... posicionamos a modelo nua em um banco de madeira segurando flores do campo,enquanto ele fotografava fiquei observando o outro grupo e o fotógrafo pegou uma banana para a modelo comer... sem chance, eu nunca faria isto...rsrsrsr
Darcy Toledo


LuizNdo

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Resposta #41 Online: 28 de Fevereiro de 2009, 09:56:57
Explica para mim a metodologia de observação da biologia pura, no que tange aos processos perceptivos (evidentemente, tirando a descrição fisiológica do olho, etc, que não dá conta absolutamente de como vemos, apenas delimita um domínio de possibilidades)...

Até hoje não consegui encontrar uma só metodologia razoavelmente decente.

Ivan, este é o ponto... não há 1 metodologia "auto-suficiente".
Nem o Construtivismo, apesar de ser uma teoria importante na pedagogia, é completo.
Por isso eu comento que há de se levar em conta outros fatores, principalmente os avanços da neurociência sobre os mecanismos do cérebro.
Eu não nego um conceito à favor do outro. Eu somo, sobreponho, e creio que o caminho é por aí.
« Última modificação: 28 de Fevereiro de 2009, 10:04:36 por LuizNdo »
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Resposta #42 Online: 28 de Fevereiro de 2009, 11:15:02
Na verdade eu tive uma conversa com o o Luiz a um tempo atrás. Depois disso tive contato com um professor da psicologia da USP que trata do assunto e as coisas começaram a mudar um pouco na minha cabeça, principalmente porque passei a ter uma idéia do efeito caótico que há na formação do indivíduo, mesmo dentro dos princípios do construtivismo. Entrou em uma equação que momentos aparentemente insignificantes podiam gerar alterações importantes na formação do indivíduo no longo prazo e na sua forma de perceber a realidade que o cerca. A princípio eu relutava muito em aceitar que um ser humano podia nascer com vantagens físicas sobre o outro, hoje em dia eu acredito que isso seja possível, pois existem características que vão afetar a parcepção da pessoa no início de sua vida e pensando de forma caótica isso vai levar a uma grande mudança de longo prazo. Não vou nem na questão da inteligência e da formação do cérebro, que certamente vai partir de conformações diferentes, apesar do sistema se ajustar muito rapidamente. Mas só pense na questão da temperatura basal e de tempo de formação da vista. Nosso olho não nasce maduro, o tempo de amadurecimento dele já será um grande modificador da percepção futura. Isso se não considerarmos defeitos físicos, que podem ter impactos ainda maiores. Uma criaça com um pequeno problema de vista não percebido pode comprometer todo o seu processo de educação e se formos adiante a própria correção deste problema pode afetar o moral da criança, levando a uma nova percepção da realidade. Indo ainda mais longe, esse probleminha associado à correção em um dado momento vai dar uma percepção diferente à de crianças com o mesmo probleminha corrigido em outro momento e assim por diante.
O número de variáveis quando pensamos apenas na questão ambiental é extremamente alto, quando adicionamos o físico então a coisa fica ainda mais complexa. Porém vale a ressalva que ainda acredito que as pessoas possam se igualar e até ultrapassar indivíduos que tiveram mais chances e oportunidades se para isso se dedicarem. ;)
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mauricio alexandre

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Resposta #43 Online: 02 de Março de 2009, 12:09:12
É Mateus!!
Exemplo disso é a Vanessa, a Lorena, a Clau, minha filha, gente q ta aprendendo mas tem um olhar diferenciado


jakare

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Resposta #44 Online: 03 de Março de 2009, 16:29:37
Há alguns dias, vi uma entrevista da Lya Luft, escritora brasileira, sobre a literatura feminina.
As questões giravam em torno de pontos muito parecidos com o que estamos discutindo aqui.

Primeiro, se existe realmente uma diferença entre um texto feminino e um masculino. Chegando até a conclusões genéricas sobre criação de artes diversas.

Assim como qualquer tipo de arte, na literatura o escritor expressa toda sua vida no papel. Mesmo quando escreve um texto ou livro que não seja sobre sua vida, sua experiência é usada. Acho que todo mundo sabe disso. Me parece bastante óbvio e inclusive já foi dito aqui.

Na fotografia, acredito que essa experiência de vida é mais discreta que na literatura, por exemplo. Mas ainda assim, acredito que o autor consegue expressar sua individualidade, e seu gênero faz parte disso.

Se um espectador consegue identificar isso, acho que é outra questão. Afinal, estaríamos falando de um observador que carrega outro universo de referências, com outra experiência de vida.

Será que na literatura conseguimos identificar o gênero de um escritor? Em alguns casos, acho que sim. Impossível alguém ler Charles Bukowski e achar que foi escrito por uma mulher.

No caso da fotografia, alguém tem algum exemplo extremo, inconfundível?
Felipe Fernandes - http://www.flickr.com/photos/jakarebr
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