Ivan e Braga,
Vindo de vocês dois começo até a pensar que eu possa ter algum futuro nisso. Mas, sinceramente, não me vejo como muita gente que tem mesmo aquele senso de fotografar bem temas e fazer aquelas composições.
Quando tiro foto a idéia é experimentar a câmera e o filme. Mais a primeira parte que a segunda. Não fico muito preocupado com a arte do resultado final, mas sim com fazer a coisa funcionar. Por isso gosto tanto das manuais e me sinto muito sem graça com uma digital na mão.
De qualquer forma agradeço aos amigos essas palavras de incentivo.
Abraços
Elmo
Pois você está enganado a respeito de si mesmo. Você compõe muito bem. Duas dessas fotos demonstram isso mais que as outras (niguém acerta 100% de 100%). A primeira, na qual a igreja posicionada no fundo faz a foto, e a dos barcos, tama onde á facílimo resvalar na banalidade e sua foto é muito justa e exata.
Acho bacana usar filme, eu mesmo comprei sete rolos de Superia 400 no Extra e estão aqui me olhando ansiosos. Mas não dou especial valor nem à mídia (tanto faz se digital ou filme) ou à câmera (tanto faz se manual ou cibernética). Evidentemente que há distinção entre os métodos de captura, e eles são traduzidos na foto, e é legal olhar o filme como filme, ou olhar o bom uso da digital (que não é nada simples, ao contrário, é bastante sofisticado), mas não está aí o mérito de nenhuma foto. Chego a ter dificuldade de compreender as paixões que os meios despertam, lado a lado. Para mim é a fotografia mesma o importante, a narrativa, a composição, as escolhas do fotógrafo. Há tanta coisa boa e tanta coisa banal, e eu prefiro as boas, indiferente ao modo de fazer.
Digo isto, e faço mesmo questão de dizer, porque não reconheço em nenhum colega mérito especial pelo meio que usa ou pela câmera que tem, mas sou admirador de fotografias, seja lá como são feitas.
