Autor Tópico: Fotografia amadora...  (Lida 15273 vezes)

Marcos Kaddoum

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Resposta #15 Online: 21 de Agosto de 2005, 13:14:23
Pois é, Matheus, esse é meu ponto. Da mesma forma que não entendo de fotografia, não entendo de vinho. Mas como a grande maioria das pessoas, não preciso de experiência nessas áreas pra dizer se é bom ou ruim.

Por outro lado, sem experiência, não posso analisar e classificar, e nem mesmo, no que diz respeito a fotografia, tentar melhorar. Como melhorar se não sei o que está errado? Não dá, né? Mas quem disse que quero melhorar? E que para mim não está bom o suficiente? Pra mim, na questão do vinho, está.

Quanto as classificações amador/profissional/semi-profissional, sei que as duas primeiras são claramente distintas. Semi-profissinal não existe. Se é importante a distinção das duas primeiras? É sim, mas concordo com você que esses rótulos não cabem aqui na maioria das discussões. Mas antes um amador ruim do que um mal profissional.

Tem coisa mais chata do que quando a gente tá se divertindo fazendo alguma coisa e vem um cara falando que daquele jeito não é o certo e que devemos fazer assim ou assado? Pois é... então deixa o leigo em paz.

Voltando ao vinho... É como naquele jantar que todos estão bebendo e se divertindo e vem um cara e manda: "Esse vinho é encorpado, apresenta aroma e sabor de frutas silvestres maduras, toques de madeira, e notas de baunilha e canela." Na boa?! Cala a boca e bebe, p****!!

Abraços,
Marcos Kaddoum
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Matheus

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Resposta #16 Online: 21 de Agosto de 2005, 13:33:58
Gostei da citação ... heheh

Eu acho algo ainda pior, ja foi em restaurante, aniversario de casamento dos meus pais, e veio o bacana todo cortês dizendo "o vinho que melhor acompanha o pedidos dos senhores é o bla bla bla (não me lembro agora) ... O vinho custou 39 reais e eu mal consegui beber meio copo! não gostei ...

Mas já um campo largo que custa 3,90 no supermercado, já acho mais agradável que o importado que o bacana recomendou.

Outro dia em mesmo peguei uma Olympus Trip das antigas aqui e fui bater umas fotos pela cidade, e quando eu iria tirar de uma estátua de cobre do Carlos Drummond de Andrade, veio um bacana dizendo "Não tira assim não q vc não vai pegar os detalhes do rosto dele" ... mas eu não queria tirar foto do rosto, e sim pegar a luz q o sol tava refletindo no cobre, estava meio dourado.

E quando foi ver, o bacana era um fotografo de Belo Horizonte, cheio da nota e prestígio, mas pra ele eu estava tirando uma foto errada.

Mas pra mim era certa uai, era o que eu queria!

Então é isso, fazer o que, eu não sei muito, alias quase nada, mas sei tirar aquelas fotos que me agradam, e vem um bacana cheio de equipamento na bolsa dizendo que eu estou errado .. hehe .. fica difícil.
« Última modificação: 21 de Agosto de 2005, 13:42:35 por Matheus »


Ivan de Almeida

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Resposta #17 Online: 21 de Agosto de 2005, 13:40:56
Vinho é bom -risos. Bons vinhos são coisas ótimas, infelizmente custando algum dinheiro.

Porém, como mudamos nosso gosto em relação aos vinhos? Só há uma forma, por comparação e por acúmulo de experiências. Todo campo parece uniforme ao leigo, mas mostra-se variado na medida em que o exploramos. Assim, um leigo em fotografia não distingue as mesmas coisas em uma foto que nós. Outro dia mostrei duas fotos a um amigo, duas ampliações grandes, uma claramente mais nítica e feita com lente melhor, e ele não conseguir perceber o que eu dizia ser melhor.

Há um ditado sobre vinhos que diz não podermos tomar o melhor primeiro, do contrário o segundo ficará insuportável. É mais ou menos isso. O que nos leva a distingui-los é o acúmulo de experiências e sua comparação.

As distinções que descobrimos nos fazem apreciar mais a coisa, e tem mais prazer em tomar um bom vinho quem tem o gosto educado, assim como tem mais prazer em ver uma boa fotografia quem tem o oho educado.

 


Marcos Kaddoum

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Resposta #18 Online: 21 de Agosto de 2005, 19:11:10
Matheus,

Daí é que vai, tanto pro seu vinho, quanto pra sua foto, o gosto é seu.  :laughing:  E é disso que tô falando. Aprofunda quem quer.

E como o Ivan exemplificou. O conhecimento muda a visão das coisas. Em qualquer área, a respeito de qualquer assunto.

Abraços,
Marcos Kaddoum
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pelhon

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Resposta #19 Online: 21 de Agosto de 2005, 21:33:49
Muito interessante a comparação.

Será que é necessário conhecimento para julgar algo como bom?
Ou o importante é vivenciar aquilo e através da experiência formar um gosto do que é bom ou ruim.

A mais de 3 anos tive meu primeiro contato com um vinho (não o famigerado Sangue de Boi). Fui apresentado aos conceitos de como apreciar um vinho, retrogosto, textura, persistência etc.
Era um vinho chileno e até que gostei do vinho (e não poderia dar muita opinião porque era o primeiro que tomava). Mas algo no gosto dele me marcou, algo que até hoje só consigo descrever como "um leve gosto lacteo". Enfim, o tempo passou e continuei provando outros vinhos, outras uvas.
Em uma outra oportunidade abrimos duas garrafas do mesmo produtor e safra mas de uvas diferentes. Ali pude realmente perceber que sim, as uvas tem sabores diferentes e ai sim dizer qual uva gostei mais. Na ocasião eram uvas CABERNET SAUVIGNON e MERLOT e para o meu paladar achei mais agradável a CABERNET SAUVIGNON.

Enfim, a um mês atrás fui jantar com esses amigos e serviram um vinho durante a refeição. Olhei a garrafa e vi que era de uvas CARMENERE. Até ai não me dizia muito porque nunca tinha ouvido falar naquela uva.
Após o primeiro gole na hora soube que vinho era: o primeiro já tinha tomado a 3 anos atrás e que hoje, depois de vivenciar outras experiências posso dizer, sim é a uva que mais gosto.

Acredito que com a fotografia muitos aspectos sejam parecidos. Salvo compulsivamente fotos tiradas por pessoas (que não sei se são amadoras ou profissionais) com o propósito de estudar e saber o que, naquela foto, me atraiu a ponto de salva-la.

Já sei que em fotos p&b de pessoas acho atraente um pouco de granulação. Gosto de retratos com são ousados e inovadores. Enfim, de tanto ver e ver fotos posso aos poucos dizer o que gosto e quem sabe mimetizar isso e criar algo novo, ou ficar apenas na cópia do que agrada meus olhos.

Espero não ter fugido do assunto ou viajado demais. Mas ao ler tudo o que escreveram sobre o tema não pude deixar de colocar algo que vivênciei.
 
Lucas Pelhon
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Marcos Kaddoum

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Resposta #20 Online: 21 de Agosto de 2005, 22:57:54
Essas comparações com vinho vão acabar em bebedeira, já já...  :laughing: Talvez devêssemos mudar o sujeito da analogia.

No final das contas todos concordam que quanto mais experiente, quanto maior o contato, quanto mais informação, diferente é a avaliação.
Marcos Kaddoum
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helder84

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Resposta #21 Online: 22 de Agosto de 2005, 16:40:29
Muito interessante os pontos que vocês citaram até aqui.

Pra mim, fotografia, como todas as artes, é relativa. Tudo nela acaba sendo relativo, dependendo do ponto de vista de cada observador, cada artista que compõe.
O exemplo que o Matheus deu deixa bem claro isso.
Porém com o vinho não tive boas experiencias. A ressaca no outro dia foi sempre horrível.

As vezes mostro alguma foto que eu tirei pra alguém, algumas pessoas dizem "que foto esquisita", outras olham e não entendem, enfim, poucas entendem. E acabo sempre por pensar: "Será que o problema sou eu, ou elas?".
No final chego sempre a conclusão que são os dois lados. Eu preciso sempre aprender mais.
E elas... bom, vcs ao longos dos comentários resumem o que eu penso delas.

No final das contas, independente de profissional ou amador, a maioria fotografa, mas poucos registram...
E vale lembrar que o homem que é considerado melhor repentista do Brasil não sabe ler nem escrever, e ganha menos de um salário mínimo. Ele mora no nordeste e infelizmente não lembro seu nome.

Eu sempre gostei de foto desde o momento que uma foto de paisagem me fez viajar e vendo aquilo pedi a minha mãe que deixasse eu tirar uma foto dela, quis ver se conseguia o mesmo impacto, e claro que não consegui. Gosto de enquadramento, alguns mais ousados, luz, toda a poesia que envolve, entender como uma câmera funciona p/ que tire melhor proveito dela, e claro, o registro em si.

O livro DIANTE DA DOR DOS OUTROS de 'Susan Sontag' em certos pontos fala da importância dessa arte e diz que um profissional com anos de experiência não possui vantagem sobre os amadores. Pois segundo ela, muitas vezes a imagem em si supera a técnica.
Ela retrata o assunto usando exemplos de imagens de violência. E pra isso vai desde pinturas de Goya até as guerras que nunca deixam de ser atuais.

Sobre a pergunta do Ivan: O QUE FAZER COM ISSO?
De certa forma, cada um que ajuda aqui no fórum já faz bom uso desse conhecimento. Mas é natural que queiram algo mais, e concerteza é sobre isso que você fala.
Não sei ao certo onde quero chegar, vou levando um dia de cada vez.
Tenho projetos em mente, creio que se tudo der certo começo um destes ainda este ano. Estes primeiros não tem valor comercial. Trata-se apenas de prazer por prazer.
Pra mim, não vejo problemas em trabalhar com fotografia. Porém, pra esse dia chegar ainda vai demorar, pois ainda falta muito o que estudar. Não estou querendo dizer que irei trabalhar com isso, também não digo que não. Ainda é cedo afirmar!

Aqui em Belém um dos fotografos mais famosos chama-se Miguel Chikaoka. Se não me engano ela é Paulista.
Já tive oportunidade de fazer uma oficina com ele. O que impressiona logo de cara é o jeito simples que ele tem.
No fotosite.com.br tem uma parte que pergunta aos fotografos como eles se tornaram fotografos. Olha a resposta dele:

Como me tornei fotógrafo?
Sem intenção. De encontros.
Da necessidade que temos de fazer fluir sentimentos e dar forma às nossas visões.

Quando? Onde?
Mergulhando nas Câmeras Obscuras descobri a Luz, como quem descobre que a dor e o amor existem.
Com a Morte (...), o pulso, a freqüência da Luz e a possibilidade de viajar em suas ondas.
Signos e significados.
Caminhos sem Fim.

Li as respostas de todos, e a que mais me chamou atenção foi a acima.
 :photo:
« Última modificação: 22 de Agosto de 2005, 16:40:45 por helder84 »


Xiru

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Resposta #22 Online: 02 de Setembro de 2005, 03:33:00
Citar
Assino embaixo tudo o que o Ivan e os demais disseram. Ainda hoje um colega olhou pra minha câmera (apenas uma FZ15) e soltou a frase que mais tenho ouvido desde que comprei uma câmera um pouquinho mais "avantajada" e na cor preta: "bah, tua câmera é profissional!". Não há uma única vez em que não ouço esta frase quando estou com alguém que não fotografa. A segunda frase é também inevitável: "quantos megapixels tem?". Quando digo que tem somente 4, a pessoa me olha espantada: "mas como? a minha P93 tem 5 megapixels de qualidade!". Sim, ele disse qualidade! Explicar? Esquece...

Bah! Quando tiro da bolsa a F717zinha, com aquela lente... eu ouço exatemente as mesmas coisas que o Georges. "Ah, mas ela é profissional!"... "Quantos megapixel tem? E que baita zoom heim?!"..... E dai as pessoas estranham que tenha "só" 5X zoom...

Citar
Pois é, George.

Mas agora, aproveitando o gancho, gostaria de propor uma pergunta, que é a pergunta a me inquietar hoje em dia:

Pois bem, na medida em que vamos ganhando perícia na fotografia, em que vamos desenvolvendo uma linguagem, etc, e que definitivamente não queremos fazer isso profissão: O QUE FAZER COM ISSO?

Explico. Minha natureza me faz interessar-me por um sem número de coisas, mas a partir de certo ponto o interesse precisa canalizar-se para uma interação útil com o mundo. Util não siginfica comercial, me de um praticismo imediato, mas uma interação onde a produção insemine o mundo de alguma maneira.

Sinto-me atualmente muito perto disso. Sinto ser obrigado, sob pena de futuramente poder me desinteressar no grau em que hoje me interesso, obrigado a encontrar vertedouro para essa produção, encontrar "lugar no mundo" para essa produção.

É um tema que gostaria de debater com vocês. O que pensam disso?

Abraços,
Ivan

Pois é.. há muito tenho essa mesma coceirinha. Há algum tempo fiz um blog e dei uma canalizada com textos e umas besteiras em Photoshop (quando comecei o blog, não tinha a minima noção de como usar o editor). Dai tá lá, eu acho poca coisa, tem gente q acha pior e tem gente q faz questão de me conhcer só pq leu alguma coisa q eu escrevi. E nem penso, baixo a cabeça e escrevo o que as "energias" jogam em mim. :P  
Acontece que vez que outra tem alguém achando que sou um baita esquerdista, que eu devia era deixar de ser um "inútil" e virar ativista de algo como UNE, MST, PT e blablabla..."Tu é hipócrita, pq escreve certas coisas e mas não é um ativista nem militante".... cada louco q eu ouço... Dai eu tenho que explicar que só escrevo preocupado em algo comum a todas pessoas um certo vazio, agonia, solidão, que é, pra mim, o que faz um roubar pra ter mais.. que faz um usar droga,,, que faz um ser um politico corrompido.. que faz um precisar se da alta alta alta sociedade... vazios, medos de ser só mais um "zé à esquera", como diz o Tom Zé... E respondo que as coisas tem q mudar no dia a dia, na consciencia de cada um, etcetc e blablabla..

E o que isso tem a ver com foto???   :mf_w00t2:

Tem a ver com uma coisa que "nós" que adoramos fotografar temos, geralmente, em comum... O olhar observador, minucioso... Andamos nas ruas com um olhar diferente dos outros.. buscamos, reparamos cada detalhe, cada olhar q passa na nossa frente. E se ve muita tristeza, muita mascara. e muita alegria tbm.

Então, pra reforçar a idéia do charles, helder, georges e cia. (EDUCAÇÃO DO OLHAR), acho que nós, que temos esse "dom" e coragem de ver além das "máscaras", ensinar as pessoas a ver tbm.. e a se mostrar mais como cada uma é... Tanto na fotografia quanto no "amar"...

Citar

(...) Ele não tem que saber discernir e identificar o que está certo ou errado. Já ví um milhão de fotos tiradas por outras pessoas de um pôr do sol, completamente estourado, em que a pessoa é apaixonada pela foto. (...)

Poutz!! Isso acontece direto comigo!! Sempre tão me mostrando fotos assim, e babando... e eu vou dizer: EU BABO JUNTO, babo pra alegria q a pessoa tá sentindo!

Engraçado.. quando as pessoas bem LEIGAS mesmo vem me mostrar fotos que acham ótimas deles... eles vem com uma energia fantártica, sorrisão aberto, etc. E não ficam se gabando do que fizeram, se achando os tais. Ficam é querendo compartilhar a beleza do momento. Muito lindo. Isso é fhotographia nua e crua. Pode ser garranchos, mas escritos com o coração saindo pela boca!

PS: recado pro Ivan : lembra aquele tópico comparando o olho humano à camera fotográfica?
Leia isso: "Sinto ser obrigado, sob pena de futuramente poder me desinteressar no grau em que hoje me interesso, obrigado a encontrar vertedouro para essa produção, encontrar "lugar no mundo" para essa produção."

Olha, só as coisas que tu ensinou lá  tu já pode considerar  um ótimo lugar no mundo pra um ponto de vista que tu desenvolveu, e esse lugar é "visitado" (lido) por pessoas que, como eu, ficam mais ainda entusiasmadas com a fotografia e o olhar o mundo.  :thmbup:  
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS


ot4vio

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Resposta #23 Online: 02 de Setembro de 2005, 09:32:49
Bom, não pretendo ser um formador de opinião do fórum, portanto, apenas vou frizar essas palavras do Ivan:

"Já outros são avançados na técnica, mas absolutamente incipientes nos aspectos estético-poéticos da fotografia (isso, aliás, é bem comum)."

Isso é o que mais vejo acontecer, a troca de valores, da arte pelo simples hobby... Sendo que deveria ser do simples hobby para a arte... =\


Xiru

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Resposta #24 Online: 02 de Setembro de 2005, 10:28:02
Eu particularmente acho que fotografia não "tem-que-ser" isso ou aquilo. Que ela seja o que cada um quiser pra si. Hobby, arte, banalismo, paixão... Tem só é que ser livre. Dai pra frente, vale qualquer coisa...

Tenho a minha opinião sobre o que ela "tem-que-ser", mas nem alardeio muito, pq isso é opinião profundamente intima de cada um. Ou em outras palavras: "Foda-se a intenção do artista"... É, é uma frase exagerada. Radical. Mas o que vale é que ela lembra que a intenção do artista não tá acima da liberdade que cada um tem pra desfrutar de uma "obra" da maneira que bem entender...
« Última modificação: 02 de Setembro de 2005, 10:29:27 por Xiru »
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS


Leo Terra

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Resposta #25 Online: 02 de Setembro de 2005, 10:43:38
:clap:

Estou gostando de ver. :)
Leo Terra

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guigui

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Resposta #26 Online: 02 de Setembro de 2005, 11:50:44
Ois!
Não sei porque não tinha xeretado esse tópico antes... está espetacular!
E ainda por cima fala de duas das 3 coisas que mais amo nesse mundo : fotografia e vinho!!! ( sorry, a terceira não vou contar...heheh :segredo: )
Li coisas maravilhosas que todos escreveram, difícil citar todos agora.
Entendo a inquietação do Ivan, a reação de todo mundo quando vê uma câmera com uma lente "grande" e acha que é "profissional", etc. É mesmo até engraçado, há uma grande mescla entre o que é "bom" e "ruim" em fotografia, e o que seria amador ou profissional. Concordo que esses termos são muito inexatos. Tecnicamente se diz que o profissional vive daquilo, enquanto o amador faz apenas pelo prazer de fazer. E o que acontece quando o amador faz tão bem que o resultado é melhor do que o cara que ganha prá fazer aquilo? Pronto, a regra caiu.
Se a gente estiver considerando a fotografia como "ciência exata" , por ex. uma foto de uma jóia que vai para um outdoor, ela tem que ter parâmetros aceitáveis para que seja vendedora do produto fotografado. Mas a mesma foto não vale muito se não passar emoção, desejo, intensidade, ARTE.
 Dois fotógrafos completamente diferentes podem fazer a mesma foto "funcionar", mas um sempre vai agradar mais que o outro ( e nem sempre o mesmo).
Quase todos nós aqui estamos querendo fotografar mais e melhor, aprender, decifrar, descobrir mais e mais, e, pessoalmente, acho que isso é uma vontade de a gente se expressar. Cada um vai ter a sua, individual, e cada um vai gostar mais ou menos do que vê por aí.
Seria mesmo uma pena se o fator determinante da foto "amadora ou profissional" fosse o equipamento com que foi realizada. Então vamos todos economizar e comprar uma médio ou grande formato, ou o que fôr mais caro do mercado, e automaticamente viramos pro? ai ai ai!!! ;)
Falando nisso.... a diferença pro vinho é que uma garrafa do vinho caro e uma garrafa do vinho barato, no dia seguinte, é proporcional ao número de Aspirinas que você precisa!! Mas que é bão, é bão messs.
bjs
GuiGui
Amadora de fotografia e de vinho


Alex Biologo

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Resposta #27 Online: 02 de Setembro de 2005, 19:41:50
Achei o tópico interessante, acho que vale a pena dar meus pitacos. Não posso falar de vinho pq eu detesto, talvez possa falar de fotografia.

É interessante como (assim como em todas as artes) surgem pessoas que querem apenas repetir o que outros fizeram, não possuem uma identidade própria, só seguindo o modelo de leitura do movimento artístico. Isso me veio a cabeça ao ler o comentário do Matheus sobre a foto da estátua.

É claro que técnica é importante, mas mais importante do que aq técnica é ter o que falar, ter algo a ser expresso, se vc tiver isso, independente da forma de arte que utilizar vai realmente criar arte. Outro dia estava discutindo com o Fernando sobre as fotos que cada um de nós bate, temos olhares extremamentes diferentes (independente das falhas técnicas de cada um) cada um busca dizer uma coisa com a máquina e é isso que faz com que as fotos sejam arte (a qualidade da arte entra em outra discussão, bvem mais complexa) e por assim dizer é bem mais fácil fazer arte como amador doq ue como profissional, afinal o profissional tem que seguir uma pauta, o amador tem que fazer aquilo que ele tem vontade.
Alex Martins dos Santos - São Paulo/SP
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