Autor Tópico: Entrevista do aprendizado  (Lida 2857 vezes)

Ivan de Almeida

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Resposta #15 Online: 06 de Setembro de 2005, 09:47:29
Obrigado, Maurício, pelas boas vindas e pelo comentário.

Abraços,
Ivan


Fernando Bolque

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Resposta #16 Online: 06 de Setembro de 2005, 15:00:56
Citar
Mostra haver uma
necessidade de educação da paciência, haver uma necessidade de atitudes que
estão além do mero domínio técnico, da composição, etc, e se referem sim a
uma educação da personalidade, a uma mistura de rigor e paciência.



Ivan... parabéns pela entrevista... a gente precisa um tempo para digerir todas as idéias, como já disseram aí atrás... mas o texto é muito bom...

Eu comecei a fotografar há muito pouco tempo, embora sempre gostasse de fotos... ainda tenho um mundo para aprender...

Mas uma coisa que me deixa um pouco ansioso é em "descobrir-me". O que gosto de fotografar? Ainda não sei... Aliás esta questão de se descobrir sempre me intrigou... Na faculdade (Direito) tinha este quê também... do que gosto? Depois na profissão (Promotor) também entrei nesta crise... de que área eu gosto? Aí eu descobri e a coisa fluiu... Na fotografia ainda não cheguei a este ponto de resposta... só dúvidas...

Já notei que gosto de fotos de arquitetura... coisas históricas... mas as pessoas sempre me fascinaram... o cotidiano sempre me fascinou...

Daí vem a sua menção: a necessidade de paciência. Você disse bem e eu me sinto mais ou menos igual: pareço um elefante também no meio das pessoas. Parece que estou chamando mais a atenção. Como ser como Bresson: invisível?

Como mostrar o cotidiano sem interferir nele?

São apenas reflexões para mim mesmo, mas gostaria, se possível, que você comentasse algo...

Grande abraço.

 
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Xiru

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Resposta #17 Online: 06 de Setembro de 2005, 15:11:16
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Daí vem a sua menção: a necessidade de paciência. Você disse bem e eu me sinto mais ou menos igual: pareço um elefante também no meio das pessoas. Parece que estou chamando mais a atenção. Como ser como Bresson: invisível?

Como mostrar o cotidiano sem interferir nele?

São apenas reflexões para mim mesmo, mas gostaria, se possível, que você comentasse algo...

Grande abraço.
Bah colega, imagina se tu tivesse o cabelo azul...  :mf_w00t2:

Pelo menos com as digitais dá pra disfarçar bem melhor que com as analógicas, pois não precisamos grudar elas no olho e ficar mirando o assunto. mas é como roubar doce  do quarto dos irmãos.. tem que ir devagar, disfarçando...

Às vezes o local está tão tenso e caótico (como ruas cheias de gentes apressadas) que as pessoas nem se dão conta de estarem na sua mira. E acho que também estamos cada vez mais acostumados com fotos no dia-a-dia. Todo mundo tem camera, todo mundo tira umas fotinhos, todo mundo dá as caras num fotolog da vida e todos têm seus 15 minutos de fama. Quer dizer... eu já não noto tanta reação na rua por estar com uma camera "engatilhada".
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS


Ivan de Almeida

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Resposta #18 Online: 06 de Setembro de 2005, 16:36:51
Fernando e Xiru.

Essa idéia de paciência refere-se bastante ao meu momento, embora seja válida, penso, para muito. Explico. Depois desses últimos dois anos nos quais fiz um pouco de tudo, quase,  vejo hoje haver uma parte grande não do mei interesse, e uma parte pequena me interessando muito. Ao Fernando digo ter acontecido isso -e continuar acontecendo- gradativamente. Os primeiros seis meses de digital foram completamente experimentais. Qualquer coisa me fazia fotografar, pois era experimentar uma liberdade nunca tida. Permanecia fazendo retratos familiares intimistas, seguindo a tradição praticada no filme, mas experimentava meio sem rumo. Lá pelo fim desse período comecei a reencotrar o mesmo Ivan do filme, comecei a ser atraído pelos mesmos temas de antes e pela mesma maneira de fotografar. Mas ainda permanecia a experimentação. De lá para cá sinto cada vez mais convergir para poucas coisas. Às vezes uma foto me mostra algo e nela reconheço parte do caminho. Então a idéia de paciência quer dizer? "tá bom, Ivan, você já experimentou bastante, agora é hora de concentrar-se em fazer alguma coisa que preste, mesmo fazendo menos coisas".

Quanto às pessoas, não é complicado fazer fotos furtivas, basta uma grande angular para isso, pois as pessoas não sabem que a foto as inclui. Mas não é esse meu propósito e sim fotos ao mesmo tempo consentidas e naturais. Devem ser consentidas porque isso implica em não tornar objetos as pessoas, e deve ser natural pois é assim que gosto, embora mesmo uma pose seja natural, uma vez que revela algo do fotografado.

Abraços,
Ivan

 


Xiru

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Resposta #19 Online: 18 de Setembro de 2005, 23:05:12
Ae pessoal... entrevista atualizada!!

Alto nível  :thmbup:  
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS


Ivan de Almeida

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Resposta #20 Online: 19 de Setembro de 2005, 09:03:21
Obrigado, Xiru.

O grande barato da coisa é obrigar a responder e a dar conta dessas questões, e para responder é preciso estruturar aquele nosso "achômetro" meio vago. Pense nas respostas que você daria a cada questão dessas e verá que ao responder as coisas se arrumam e você ensina a si mesmo.

É como responder a questões em fóruns, etc. Não é só a quem pergunta que a coisa é útil. Quem responde a cada vez arruma as idéias um pouco melhor, mesmo já tendo respondido várias vezes a mesma coisa.

Abraços,
Ivan
PS: quem leu a primeira parte e se interessar pela continuação, a continuação está no endereço: Seqüência da Entrevista
« Última modificação: 19 de Setembro de 2005, 09:16:46 por Ivan de Almeida »