Sobre esse tema, gostaria de contar um fato!
Minha namorada estava se formando no final do ano passado (2009), a festa estava marcada para o dia 3 e 4 de dezembro. Era um evento enorme, que reunia em torno de 300 formandos (não tenho o número exato no momento) totalizando 3.000 pessoas entre convidados e formandos na sexta-feira, e em aproximadamente 6.000 pessoas no sábado.
Nós sabíamos do absurdo que era o preço do album de formatura cobrado pela empresa, então decidimos tentar levar uma câmera para registrar os momentos da festa dela. - não quero entrar nessa questão nesse momento, mas eu realmente acho um absurdo o preço cobrado para um evento que foi tão mal coberto! -
Nós combinamos assim "vamos entrar, sem esconder a camera nem nada, entramos com tudo na mão e assim, caso haja algum problema, seremos informados já na entrada do evento."
Passamos pela portaria (aonde entregamos o convite), sem problema algum, sem pedirem para que eu deixasse minha câmera guardada em um guarda-volumes(o que eu acharia um absurdo), tampouco nenhum aviso de que lá não era permitido fotografar.
Durante toda sexta-feira, fotografei normalmente minha namorada durante o jantar de formatura, claro que sem me aproveitar dos cenários espec[ificos criados pela empresa para os formandos(certos ambientes, com iluminação toda montada e etc).
No sábado (no baile), entramos do mesmo jeito, máquina na mão (se quer estava na bolsa, para não acharem que nós haviamos escondido) e do mesmo jeito estava registrando o evento.
Em um dado momento da festa, fez-se um cordão de isolamento entre as pessoas (convidados) e os formandos, pais (ou alguém próximo querido que fora escolhido pelo formando) e fotografos. Era a valsa.
Entendendo que aquele cordão não deveria ser atravessado, mantive-me fora dele, bem próximo a divisão, para ver se conseguia pegar minha namorada durante a dança com seu pai, mesmo que de longe, já que minha câmera tinha um range curto.
Nesse momento um segurança olha pra mim e pergunta "você está fotografando?" eu, já com medo, respondi que sim. Então, surpreendentemente, ele levantou a corda e falou para eu entrar no espaço em que estavam os formando com seus pares. Eu entrei e encontrei uns amigos, com suas mães, descontraídos para a dança. Resvolvi tirar uma foto deles, e, acabei tirando 3 fotos, quando dois seguraças chegam pelas minhas costas, um segura meus braços a força e o outro, brutalmente, arranca a camera da minha mão. Sem falarem nada, sem nenhum aviso.
A partir dai eu tento ir atras do cara que pegou minha câmera a força e saiu correndo, enquanto ficam me segurando até eu ser expulso da festa.
De saldo, sofri algumas lesões corporais leves, minha namorada teve seu grand finalle chorando com sua familia toda nervosa e trite (ainda mais porque ela nem viu o fato ocorrido e foi saber disso 1 hora mais tarde, por uma amiga, e ficou imaginando o que poderia ter ocorrido depois que me pegaram), e todos nós inconformados com as atitudes alí tomadas.
Depois de expulso da festa, descobri que houve uma briga durante a formatura, e os seguranças não encostaram um dedo nas pessoas envolvidas no incidente.
Começei então a me perguntar: afinal, para que e para quem a segurança estava lá?
Para segurar os formandos e os convidados é que não era.
Era para proteger os interesses da própria empresa, do dinheiro dela, aonde viria o seu maior lucro, nas fotografias. E, para isso, tiveram que abordar de forma truculenta, algué que sequer foi avisado anteriormente que não poderia fotografar naquele evento. Todo o esquema que é montado em cima disso. Afinal, que negócio é esse de dar R$30.000 para conseguir exclusividade em um evento? isso deveria ser ilegal, é suborno.
Eu já era inconformado com a forma de como essas coisas se davam mas sem me atentar as coisas enquanto estive lá dentro, mas agora é algo que passamos a entender realmente na hora que acontece. Que paramos para pensar, de fato, o que é tudo aquilo alí, aquele mundo da fantasia, com comida farta, e cenários montados, e o background que mantem aquilo pulsando.
Abraços,
Diogo