Paulo o problema ai nem é fazer a lente variável, porque os dispositivos ficariam sob o espelho, agora o problema que vejo ai é conseguir aberturas máximas significativas, esta é a única limitação deste tipo de tecnologia. Pelo que vejo por ai é muito difícil pensar em aberturas maiores do que f/5.6, a não ser que se consiga um projeto realmente muito bom neste sentido.
Quanto às vantagens do sistema newtoniano (esse dispositivo ótico por jogo de espelhos é chamado de newtoniano), a principal é que ele apresenta muito menos aberrações óticas. Se ele for produzido com um espelho polido (e não com um espelho de vidro laminado), não há difração, o que simplesmente acaba com um dos maiores problemas das teles, que são as aberrações cromáticas e aumenta muito a nitidez, pois depende apenas de polimento, sem a interferência da difração. O número reduzido de elementos também aumenta significativamente a nitidez das imagens, os bons telescópios usam esta tecnologia exatamente para ganhar em qualidade ótica para grandes distâncias focais, porque com lentes convencionais a qualidade seria muito inferior, no patamar de custo que se opera seria impossível distinguir uma estrela de sua aberração cromática rs.
O interessante é que isso valeria para as GA também, corroborando a idéia do Leandro.
Além disso ganha-se muito com o tamanho e peso, porque você faz com 2 elementos o que precisaria fazer com 15 ou 16 e também ganha em tamanho, porque a DF é refletida, possibilitando que a lente tenha até metade do tamanho previsto.
O problema ai que o AF tem que carregar mais peso, neste caso você terá AF´s mais lentos, além da limitação que eu citei acima sobre a abertura máxima. Mas eu penso que para os enormes ganhos óticos que esta tecnologia pode produzir eu abriria certa mão de abertura e velocidade de AF para ter uma GA e uma supertele de espelho.